domingo, 27 de março de 2022

POESIA LÍRICA: NEL MEZZO DEL CAMIN... - OLAVO BILAC - COM GABARITO

  Poesia lírica: Nel mezzo del camin...

                    Olavo Bilac

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada

E triste, e triste e fatigado eu vinha.

Tinhas a alma de sonhos povoada,

E a alma de sonhos povoada eu tinha...

 

E paramos de súbito na estrada

Da vida: longos anos, presa à minha

A tua mão, a vista deslumbrada

Tive da luz que teu olhar continha. 

 

Hoje, segues de novo... Na partida 

Nem o pranto os teus olhos emudece,

Nem te comove a dor da despedida.

 

E eu, solitário, volto a face, e tremo,

Vendo o teu vulto que desaparece

Na extrema curva do caminho extremo. 

 

Olavo Bilac. In: Clássicos da poesia lírica brasileira: antologia da poesia brasileira anterior ao Modernismo. O Estado de S. Paulo, p. 153-154.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 10-1.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é a forma do texto?

      O texto é uma poesia.

02 – Quantos versos e quantas estrofes há na poesia?

      Possui 14 versos e 04 estrofes.

03 – Quantos versos há em cada estrofes?

      04 versos nas duas primeiras estrofes e 03 versos nas duas últimas.

04 – Há rima no texto? Justifique sua resposta com exemplos.

      Sim: Fatigada / povoada; estrada / deslumbrada; vinha / tinha; minha / continha; partida / despedida; umedece / desaparece; tremo / extremo.

05 – procure descobrir como se chama um poema composto pelo número de versos e de estrofes que você apontou nas questões anteriores.

      Um poema composto por 14 versos (dois quarteto – quatro versos – e dois tercetos – três versos). Chama-se soneto.

06 – De acordo com o texto, qual é a idade da personagem?

      Um adulto que já viveu outras experiências amorosas.

07 – De que ponto de vista é apresentado o amor no texto?

      O amor é apresentado do ponto de vista de quem já viveu e olha para o passado.

 

POEMA: ESSE NÓ(S) - ULISSES TAVARES - COM GABARITO

 Poema: Esse Nó(s)


Eu me chamo eu.

A turma me chama nós.
Longe da turma
Me sinto só


Mas sou eu.

Com a turma sou nós
Mas quero ser eu.
De nós em nós
Eu sou mais eu.


TAVARES, Ulisses. Viva a Poesia viva. São Paulo: saraiva, 1998. p. 10.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 163-4.

Entendendo o poema:

01 – O poema estabelece uma oposição entre o eu lírico (o locutor) e sua turma.

a)   Que pronome identifica o eu lírico?

O pronome eu.

b)   Que perfil você acha que tem o eu lírico: ele é criança, adolescente ou adulto?

Provavelmente é um adolescente.

c)   Quem você acha que são as pessoas que formam a turma?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Provavelmente é uma turma de amigos da escola ou do bairro.

02 – A turma chama o eu lírico de nós.

a)   Classifique esse pronome e indique a pessoa e o número (singular ou plural) em que ele está.

Pronome pessoal do caso reto, 1ª pessoa do plural.

b)   Pela forma como a turma trata o eu lírico, é possível supor que ele é bem aceito ou não? Por quê?

Sim, pois ele é incluído no grupo.

03 – Leia e compare estes versos:

        “Longe da turma / Me sinto só / Mas sou eu”.

        “Com a turma sou nós / Mas quero ser eu”.

        Dos itens que seguem, marque aquele que melhor expressa o pensamento ou o sentimento do eu lírico.

        Medo        Tristeza        Contradição        Rejeição.

04 – Nos versos “Com a turma sou nós / Mas quero ser eu”, o eu lírico parece ter receio de perder sua identidade. Você mudaria suas características ou sua identidade para fazer parte de um grupo?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – O poema faz um jogo com a palavra nó(s).

a)   Quais são os sentidos da palavra nó(s) no título?

O título pode ser lido como nó (esse problema) e esse nós (essa palavra nós).

b)   Qual é a classe gramatical da palavra, de acordo com cada um desses sentidos?

No primeiro sentido, é substantivo; no segundo, é um pronome substantivado.

 



POEMA: FINAL - FERREIRA GULLAR - COM GABARITO

 Poema: Final

          Ferreira Gullar


Era o que eu tinha a contar
Sobre o meu gato Gatinho
Que muito tem me ensinado
De amizade e de carinho.

Um siamês, pelo escuro
Olhos azuis, cara preta
É o bicho – lhes asseguro –
Mais “fofo” deste planeta.

Um gato chamado Gatinho, de Ferreira Gullar. São Paulo: Salamandra, 2000.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 88-9.

Entendendo o poema:

01 – Na 1ª estrofe do poema, foram empregados os substantivos gato e Gatinho. Considerando a classificação desses substantivos, explique por que apenas um deles tem letra inicial maiúscula.

      Gatinho é substantivo próprio, ao passo que gato é substantivo comum.

02 – Como você sabe, substantivos abstratos podem nomear sentimentos e ações. Identifique no poema dois substantivos abstratos que traduzem os sentimentos existentes entre o gato e seu dono.

      Amizade e carinho.

03 – Na 2ª estrofe, o poeta descreve o seu gato. Que substantivos, simples e comuns, participam dessa descrição do animal?

      Siamês, pelo, olhos, cara, bicho.

04 – O substantivo gato é primitivo. Que substantivos derivados dele você conhece?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: gatil, gateza, gataria, gaticídio, gatinhar, engatinhar.

 

 

TEXTO: A CAPOEIRA - EUSÉBIO LÔBO SILVA - PROJETOS INTEGRADORES - COM GABARITO

 Texto: A capoeira   

    A capoeira é, além de uma luta, uma expressão cultural ligada à expressividade do corpo e à resistência.

        As pessoas trazidas da África para serem escravizadas no Brasil desenvolveram esse misto de dança e luta ao som de cânticos tradicionais, do berimbau e de outros instrumentos de percussão. Por ser uma luta criada entre os escravizados, foi vista como ameaça pelos governantes, que, em 1821, tomaram medidas de repressão à capoeiragem, que incluíam castigos físicos e até mesmo prisão.

        Mestre Bimba (1899-1974) é considerado o criador da chamada luta regional baiana, um estilo de capoeira criado na década de 1920, com movimentos mais rápidos e acompanhado de música. Mais tarde, quando a capoeira não era mais proibida, essa luta passou a ser chamada de capoeira regional.

        Na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas (1882-1954), com a ajuda fundamental de Mestre Bimba, a capoeira passou a ser divulgada como esporte e desde então adquiriu mais e mais adeptos, vinculando-se, assim como o samba, o futebol e o carnaval, à identidade cultural do Brasil.

        Formada por movimentos, como ginga, rolê, rasteira, chicote e bananeira, a prática da capoeira está vinculada à subjetividade de cada praticante, ou seja, embora exista um modelo a ser seguido, cada roda de capoeira é única, uma vez que existem a concepção, a lógica do movimento, a improvisação e a sequência de golpes de cada pessoa que a joga.

        PONTE

        O corpo na ponte

        A ponte pode ser executada de dois modos: o primeiro é o movimento de arquear o corpo para trás até apoiar as mãos sobre o chão e, em seguida, lançar a pélvis e as pernas para retornar à posição em pé; no segundo, executa-se a bananeira, arqueia-se o corpo até o apoio dos pés sobre o chão e retorna-se à posição em pé.

        Função da ponte

        A função dessa movimentação é, inicialmente, desenvolver flexibilidade. A segunda é usar dessa flexibilidade para esquivar ou livrar-se de golpes que procedam do nível alto. A terceira função é ornamentar o jogo.

             SILVA, Eusébio Lôbo da. O corpo na capoeira. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2012. v. 3. p. 102.

Fonte: Da escola para o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São Paulo, 2020, editora Ática. p. 56-8.

Entendendo o texto:

01 – Você já jogou capoeira? Conhece o movimento de ponte?

      O importante é que, independentemente de terem ou não praticado capoeira, os estudantes comentem o movimento, que podem ter praticado em outro tipo de atividade física.

02 – Segundo o autor, o movimento da ponte possui três funções. Quais são elas? De que modo essas funções confirmam que a capoeira, além de uma luta, pode ser considerada uma forma de expressão artística?

      As funções da ponte são desenvolver a flexibilidade, usar essa flexibilidade na esquiva e ornamentar o jogo. Essas funções não se restringem apenas à habilidade ou à força para lutar, mas também se referem à ornamentação do jogo, o que confirma a função estética ligada à capoeira.

03 – A ilustração a seguir mostra como fazer a ponte descrita no texto. Observe-a:

a)   Converse com os colegas: Vocês acham que a ilustração deixou mais claro como realizar o movimento da ponte?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Vocês teriam feito algo diferente sem a ilustração? O quê?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Observe esta outra ilustração, que mostra as etapas para a realização de outro movimento, chamado escorão. Com base na imagem, descreva no caderno como esse movimento deve ser executado, passo a passo.

·        Compare sua descrição do movimento do escorão com a de seus colegas. Conversem sobre quais ficaram mais claras e como melhorar as demais. Após essa troca de ideias, se necessário, reformule sua descrição.

Para realizar o movimento do escorão, o lutador arqueia o corpo para a frente e apoia as duas mãos no chão. Depois disso, deve levantar uma das pernas e desferir um golpe com ela, esticando-a para cima.

 

 

 

 

ARTIGO DE OPINIÃO: DIREITO À EDUCAÇÃO - IBERÊ THENÓRIO E MARIANA FULFARO - COM GABARITO

 Artigo de Opinião: Direito à educação

         Iberê Thenório e Mariana Fulfaro

        Antes da criação das escolas como espaços coletivos de aprendizagem, os tutores formavam jovens privilegiados de modo individual. O tutor era uma espécie de responsável pela totalidade da educação do jovem, muitas vezes morando na mesma casa e repassando ao aprendiz todo tipo de conhecimento.

        O filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), por exemplo, foi tutor de imperador Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.). Durante a Idade Média, apenas a nobreza contava com tutores para sua formação. Porém, isso ainda era algo acessível a poucos e geralmente privilegiava homens. Muitos reis nem eram alfabetizados.

        O valor da escola como um direito de todos, independentemente do gênero ou da classe social, é uma conquista bastante recente. Apenas no século XX, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a educação ampla e irrestrita passou a ser considerada um direito de todos e um dever do Estado. A importância da educação é reconhecida mundialmente e diversos órgãos internacionais buscam garantir que o acesso à educação seja realmente um direito de todos.

        Para discutir o uso que você e seus colegas fazem da internet para estudar, reúnam-se em pequenos grupos, conversem sobre as questões proposta a seguir e anotem as conclusões no caderno para depois postar na página de vocês. Não se esqueçam também de registrar possíveis dúvidas ou de pensar em diferentes propostas para serem comentadas na live.

               Iberê Thenório e Mariana Fulfaro criaram um estúdio para gravar os vídeos do canal Manual do Mundo, que se ocupa com o que eles chamam de “entretenimento educativo”.

Fonte: Da escola para o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São Paulo, 2020, editora Ática. p. 92-3.

Entendendo o texto:                                         

01 – Como você estuda? Consulta apenas livros? Usa os livros, mas também acessa sites? Estuda apenas por meio de sites? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Com essa questão é possível sondar os hábitos de estudo dos estudantes e as razões de suas escolhas, reconhecendo as particularidades de cada turma.

02 – Que sites e/ou canais de vídeo você acessa para estudar? Como se certifica de que as informações presentes neles são confiáveis?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Comente com os estudantes que uma forma de avaliar a confiabilidade dos sites é verificar se fazem parte de uma plataforma comercial (.com) ou educativa (.org ou .edu). Também é importante verificar, por exemplo, se o autor do conteúdo é um especialista da área, se o texto cita estudos feitos por outros autores ou centros de pesquisa reconhecidos, e se fornece referências bibliográficas que possam ser consultadas em uma checagem.

03 – Acredita que os sites são completos e trazem informações claras, ou sente que por vezes eles são superficiais?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Cabe aqui instigar a troca de ideias. Alguns sites apresentam conteúdo de forma extensa e completa, enquanto outros simplificam a abordagem, podendo tratar as informações de maneira superficial.

04 – A linguagem dos sites e dos vídeos que você costuma acessar é igual à dos livros? Se você vê diferenças, quais são? Qual você prefere? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que os estudantes apontem, por exemplo, que alguns sites possuem uma linguagem mais “fácil”, com conteúdo resumido e de leitura rápida. Além disso, na internet é possível assistir a vídeos sobre diversos assuntos, o que tende a ser atraente para os estudantes, pois neles há alguém explicando o conteúdo e, às vezes, fazendo demonstrações práticas e explorando recursos visuais variados, o que pode facilitar o aprendizado para alguns.

05 – Quando precisa fazer uma pesquisa, você busca informações em livros ou somente na internet? Se a pesquisa é feita apenas usando a internet, você acessa mais de um site para comparar informações ou confia no primeiro que acessa?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Nesta questão, é importante destacar a relevância da busca em mais de uma fonte confiável, para ter acesso a uma diversidade de informações e comparar semelhanças e diferenças nos discursos. Além disso, retome com os estudantes o que conheceram do funcionamento dos algoritmos e chame a atenção para o fato de que, muitas vezes, os primeiros sites indicados por um mecanismo de busca podem ser aqueles que pagam para aparecer no topo da lista e que, portanto, não são necessariamente os mais completos e confiáveis.

06 – Você e seus colegas já criaram grupos para compartilhamento de informações escolares via celular? Acreditam que esse é um bom recurso? Em que situações ele pode ser utilizado?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Grupos como esses, quando bem administrados, contribuem com a troca de informações e a aprendizagem colaborativa, já que os estudantes podem ajudar uns aos outros com lembretes de datas de avaliações, esclarecimento de dúvidas quanto a determinados conteúdos, combinando grupos de estudo, etc.

07 – Você tem alguma dica de procedimento de estudo usando a internet para dar a seus colegas? Qual?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É importante ouvir os estudantes e conhecer o uso que eles fazem da tecnologia para avaliar possibilidades de intervenção educativa. Procure evitar estabelecer juízos de valor a respeito da relação dos jovens com as várias mídias e tecnologias: o que importa aqui é a problematização desse uso e, portanto, o incentivo à reflexão, à autocrítica e ao diálogo.

TEXTO: ESCOLA E FAMÍLIA: HORA DE FIRMAR A PARCERIA - FERNANDA SALLA - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: Escola e família: hora de firmar a parceria

       

Fonte da imagem -  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjEk_b0c1sxPFDKf3IRiWiwmw_exUFgvzUpFBCrs_rQUumc5wNkPkigo7C6YRFG08wV8E25xMbJqMo937dMah51Fv4Y_k0groqtyvNe6tru1B2JxCSOOrnIhREgNVlCOWprJWW1kznldbKp3QG6Es8i9gp3mSuhBgOXkpk_jjdNJKBpGfaX4AHbKL9/s1280/FAMILIA.jpg

      Para que os pais possam trabalhar pela aprendizagem da garotada, a comunicação entre você e eles precisa ser eficiente. Vale se desarmar de preconceitos e melhorar os momentos de contato pessoal e as mensagens escritas. Saiba como

POR: Fernanda Salla – 01 de Junho | 2013                                              

        Os depoimentos que ilustram esta reportagem são reais e retratam o desencontro envolvido na relação entre professores e pais. No centro do embate está a responsabilidade de cada um desses agentes na Educação de crianças e jovens. Os docentes sabem que o envolvimento da família tem um grande impacto no sucesso escolar dos alunos e, por isso, querem a ajuda dela. Porém, reclamam que os pais são omissos, colocando neles a culpa por problemas de indisciplina e pelo fracasso dos filhos nos estudos. Essa visão aparece nos relatos coletados na pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental: Aproximando-se da Configuração Atual, da Fundação Victor Civita (FVC), realizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC) em 2012.

        A concepção é explicada principalmente por um indicador: o baixo rendimento de estudantes que vivem em ambientes socioeconômicos vulneráveis. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2012 mostram que crianças nesse contexto apresentam o dobro de risco de ter um aproveitamento escolar fraco. Aliada a esse fato está a dificuldade dos professores em lidar com alunos que possuem uma bagagem cultural familiar diferente da esperada pela escola e que chegaram às salas de aula com a universalização da Educação Básica. Aqui o jogo do empurra-empurra fica mais sério, já que a situação cultural e socioeconômica não pode tirar de ninguém o direito de aprender. "Nem sempre é possível contar com um ambiente ideal em casa para dar continuidade ao trabalho realizado na escola, mas é responsabilidade do educador ensinar mesmo assim", afirma Maria Eulina Pessoa de Carvalho, docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

        Na contramão do discurso docente, estudos mostram que os pais valorizam a escolarização dos filhos, vendo nela um meio de ascensão social. É o que aponta a pesquisa Esforços Educativos de Mães num Território de Alta Vulnerabilidade Social: um Estudo de Caso, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Nos depoimentos colhidos, mães afirmam não só se preocupar com o aprendizado dos filhos mas como investir nele.

        O que impede, então, que a vontade e o empenho de professores e familiares sejam construtivos? Um fator decisivo é a má comunicação. "Os docentes não conhecem as famílias e elas não sabem como funciona a escola dos filhos", diz Antônio Augusto Gomes Batista, do Cenpec. Se isso ocorre na sua escola, pense em mudar a dinâmica e unir esforços com foco no sucesso da turma.

        [...]

SALLA, Fernanda. Escola e família: hora de firmar a parceria. Nova Escola, São Paulo, 2 jun. 2013. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1578/escola-e-familia-hora-de-firmar-a-parceria?gclid=CjwKCAiAuqHwBRAQEiwAD-zr3bSWtjY6ogHfkjk57ilc46D5bYqcIzjUN-73K0uhx-IhWMfsf-h4JRoCIqIQAvD_BwE. Aceso em: 10 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 66.

Entendendo o texto:

01 – Como vocês percebem a relação entre escola e família, de maneira geral?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos devem expressar seu ponto de vista e exemplificar com situações cotidianas.

02 – Quais estratégias a escola em que estudam adota para se comunicar com as famílias? Elas apoiam os estudantes, participam, procuram conversar com a direção/professores, entre outras formas de participação?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos deverão identificar os momentos em que a família vai à escola, como reunião de pais e eventos, e relatar as percepções sobre as relações formadas. Aproveite para refletir como eles sobre quais os momentos e os motivos que fazem a família ser chamadas à escola.

03 – O que poderia melhorar na relação escola-família no contexto de aprendizagem de vocês? Quais são as estratégias que poderiam ser adotadas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos podem refletir sobre como a relação que a família deles tem com a escola influencia na relação que eles próprios têm com a escola. Aproveite para explorar com os alunos sobre qual a relação que seus familiares tiveram com a escola deles e sobre a importância dada à educação formal em sua família.




 

TEXTO: DINÂMICA DO BALÃO - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA -COM QUESTÕES GABARITADAS

 Texto: Dinâmica do balão   

        Nível 1 – Depois que alguém lançar o balão para cima, o desafio é que cada integrante toque apenas uma vez nele, sem haver repetições. Caso o balão caia no chão, recomecem essa etapa, até que todos o tenham tocado uma vez. Portanto, o número total de toques será igual ao número de pessoas presentes. Façam a contagem dos toques em voz alta.

 Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM3_LBKyVadkkXHlQTovJq1QOCBcF6h62b94k6zMED8hgwnAsBniD6g-g-C4g0Maf0A1pYXzbKghDgLo8NdDnkpnnfF0itXGZaRjg2fvSYlD7vhMFvgJpTDMZlHKZz6O5Nhzg36aBMjc-yGeBESaM2qVUk5tsbb384Jo8AheXn--i0ljcDnW2ixJH8/s245/bola%201.jpg


        Nível 2 O desafio vai ficar mais complicado! Agora, dê a mão a um colega, formando uma dupla com ele. As duas mãos devem ficar sobrepostas, como se vê na foto ao lado, para que a dupla bata ao mesmo tempo no balão uma só vez. Atenção: depois de tocar uma vez no balão, troque de parceiro, formando uma nova dupla com outro colega. Como cada estudante formará duas duplas diferentes, o número total de toques no balão será o mesmo contado no nível anterior, ou seja, deverá ser igual ao número de pessoas da turma.

        Nível 3 – No terceiro nível, a dinâmica evolui para três mãos sobrepostas, como mostra a imagem abaixo. Cada estudante vai tocar no balão três vezes, porém cada vez com pessoas diferentes compondo um trio. Na formação do segundo e do terceiro trio, não é necessário alterá-los totalmente, bastando trocar apenas um integrante. A única regra é que o mesmo trio nunca poderá se repetir. A turma toda tem de bater no balão o mesmo número de vezes contando nos níveis anteriores.

        Nível 4 – Por fim, no quarto e último nível, todos devem tentar tocar no balão ao mesmo tempo e o mesmo número de vezes nos níveis anteriores. Organizem-se da maneira que acharem mais eficaz para tentar completar o desafio, usando a criatividade. Caso o balão caia no chão, recomecem o nível e aproveitem essas oportunidades para testar diferentes estratégias.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 14-5.

Entendendo o texto:

01 – O que foi mais difícil na dinâmica? O que foi mais fácil?

      Provavelmente umas das dificuldades foi encontrar uma estratégia em comum a partir do segundo nível de dificuldade. Isso ocorre quando o grupo não está habituado a trabalhar em equipe e ouvir o outro.

02 – Como foi interagir com pessoas que provavelmente usaram estratégias diferentes das suas?

      No início foi meio complicado, tivemos que aprender com o outro ao trocar opiniões, pontos de vista, etc.

03 – Na opinião de vocês, mesmo com estratégias diferentes, é possível realizar a mesma tarefa? O que essa dinâmica mostrou com relação a isso?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: espera-se que os alunos concluam que diferentes estratégias podem ter a mesma taxa de sucesso.

04 – Vocês se sentiram frustrados ou tiveram que reconstruir suas estratégias em algum momento?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Este é um bom momento para reforçar com os alunos a importância de alterar as estratégias à medida que os fatos se apresentam.

05 – Em que medida vocês acham que ações em equipe, como as da dinâmica do balão, fazem parte do processo de realização de alguma tarefa ou meta?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos percebam que, para serem atingidas, muitas metas demandam trabalho em equipe, enquanto outras podem ser mais bem realizadas individualmente.

06 – Reflitam sobre como precisamos, continuamente, buscar estratégias para resolver situações na vida.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos reflitam sobre a importância de perceber que a realidade se altera continuamente, exigindo reformulações dos planejamentos.

07 – Como o diálogo com o outro contribui para a construção desta dinâmica e de outros processos na vida?

      O esperado é que os alunos compreendam que o outro nos ajuda no nosso próprio autoconhecimento e que podemos nos aprimorar com críticas construtivas.

 

A ESCOLA QUE NÓS QUEREMOS - WINKEL, S; NICOLLIELO, B. - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: A escola que nós queremos

     “Junto com meus colegas, luto por melhorias na minha escola”

        Faço parte do grêmio da EE Oswaldo de Oliveira Lima, em Suzano (região metropolitana de São Paulo), há dois anos. Nosso objetivo é levar as reclamações e sugestões de todos à direção e conseguir mudar as coisas. Os outros estudantes nos veem como representantes deles. Cada um tem sua função. Eu respondo pelos documentos e pelas atas de reunião. Tem quem cuide do nosso blog, das ações de sustentabilidade e da revitalização do espaço, por exemplo. Somos 40 integrantes compartilhando uma mesma vontade: melhorar a escola.

        [...] Já revitalizamos alguns ambientes, como um depósito de entulho em que montamos um jardim. Também fizemos uma horta em um lugar que não servia para nada. Temos, ainda, um projeto de reaproveitamento de carteiras e materiais didáticos usados. Além disso, a professora Simone Corsini organizou oficinas de grafite com o apoio dos alunos. Conseguimos autorização da direção para fazê-los utilizando os muros da escola. [...]

        É claro que fazer tudo isso dá trabalho. Ficamos mais tempo depois da aula para colaborar com os projetos que elaboramos, mas vale a pena, pois queremos deixar o ambiente mais acolhedor.

WINKEL, S; NICOLIELO, B. “Junto com meus colegas, luto por melhorias na minha escola”. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/8931/junto-com-meus-colegas-luto-por-melhorias-na-minha-escola#_=_. Acesso em: 22 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 64-5.

Entendendo o texto:                                                     

01 – Após a leitura do texto, façam grupos de três e pensem nos seguintes pontos:

a)   O que nós gostaríamos de mudar?

b)   Por que essa mudança é importante?

c)   Como ela ajudaria no nosso aprendizado?

d)   O que é necessário para realizar essa mudança?

e)   Como cada um da comunidade escolar poderia contribuir para realiza-la?

Todas são resposta dos alunos.

02 – Quais foram os critérios para elaborar as propostas de melhoria para a escola? Vocês consideram o que e como gostariam de aprender?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que o aluno consiga argumentar a escolha de critérios, justificando sua resposta com dados, análises e experiências.

03 – O que vocês, como turma, podem fazer para buscar implementar uma ou mais dessas propostas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que a atividade possa instigar o jovem a pensar em caminhos para colocar suas ideias em prática a partir da realização de parcerias com outros alunos e em diálogo com a direção da escola.

FILME(ATIVIDADES): DIVERTIDA MENTE - ANDRÉ BIERNATH - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Filme: Divertida Mente

        [...] coisas que o filme “Divertida Mente” ensina sobre o cérebro e s emoções

        O filme “Divertida Mente” [...] conta a história de Riley, uma garota de 11 anos que enfrenta uma série de mudanças em sua vida. [...] O enredo se desenrola dentro da cabeça da menina, onde cinco emoções – Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo – são responsáveis por processar as informações e armazenar as memórias. O desenho foi dirigido pelo americano Pete Docter, que procurou ajuda de psicólogos e neurologistas na preparação do roteiro. Abaixo, listamos [...] conceitos trabalhados nas cenas que encontram respaldo na ciência. [...].

1 – As memórias são fixadas pelas emoções

        Durante o filme, [...] [as cinco emoções] ficam dentro de uma sala, onde acompanham tudo o que acontece com Riley. Os principais eventos do dia são guardados em esferas – a representação de nossas memórias. Cada uma delas tem uma cor e está relacionada com [...] [a emoção] mais forte daquele momento. Pode ser alegria, tristeza, raiva... Já se sabe que as lembranças são fixadas no cérebro junto com um estado de humor. [...]

2 – Não existe [...] [emoção] melhor ou pior

        Apesar de preferimos os momentos alegres de nossa vida, cada emoção tem a sua importância – e é necessário saber usá-las da melhor forma possível diante dos desafios. [...]

3 – A tristeza é necessária                         

        A personagem Alegria tenta, a todo o momento, sufocar e ignorar a Tristeza. “A animação faz uma crítica ao mundo atual, em que precisamos estar felizes o tempo todo, a qualquer custo”, comenta Cleide. Há ocasiões em que um pouco de melancolia é essencial para encarar e lidar com as dificuldades que surgem em nossa vida.

4 – O medo nos faz sobreviver – assim como o nojo

        [...] [Essas duas emoções] nos livram de grandes enrascadas. O medo impede que entremos na jaula do leão durante uma visita ao zoológico. O nojo, por sua vez, não deixa a gente comer um lanche apodrecido. [...]

5 – Muita alegria é ruim

        O exagero na felicidade faz o indivíduo perder a noção das coisas: é como se tudo fosse mais florido do que a realidade. Em Divertida Mente, a personagem Alegria não cansa de ver as coisas com extremo otimismo – mesmo quando a situação exige um pouco de medo, tristeza, nojo ou raiva.

6 – A raiva impede injustiças

        Calma, ninguém está falando que gritar e quebrar tudo são soluções para os problemas. Mas especialistas na área de psicologia concordam que [...] [essa emoção] tem o potencial de indignar e corrigir eventuais injustiças. O segredo, mais uma vez, está no equilíbrio.

[...]

BIERNATH, André. 9 coisas que o filme Divertida Mente ensina sobre o cérebro e as emoções. Saúde, 0 out. 2019. Disponível em: https://saude.abril.com.br/bem-estar/9-coisas-que-o-filme-divertida-mente-nos-ensina-sobre-o-cerebro-e-as-emocoes/. Acesso em: 19 dez. 2019.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 82-3.

Entendendo o filme:

QUIZ

01. Qual é a idade de Riley no início do filme?

      a) 10 anos

      b)  8 anos

      c) 14 anos

      d) 12 anos

02. Qual é o nome do lugar onde as emoções de Riley vivem?

       a) Cérebro Central

       b) Mundo da Imaginação

       c) Zona do Pensamento

       d) Quartel-General

03. Qual é a primeira emoção a surgir em Riley?

       a) Tristeza

       b) Raiva

       c) Nojinho

       d) Alegria

04. Qual é o nome do amigo imaginário de Riley?

       a) Bing Bong

       b) Charlie

       c) Puff

       d) Snicker

05. Qual emoção é responsável pela proteção de Riley?

       a) Tristeza

       b) Medo

       c) Raiva

       d) Alegria

06. Qual é o nome da cidade em que a família de Riley morava antes de se mudar?

     a) Chicago

     b) Los Angeles

     c) Minnessota

     d) Nova York

07. Qual emoção é capaz de controlar o painel de controle do Quartel-General?

      a) Tristeza

      b) Alegria

      c) Nojinho

      d) Raiva

08. Qual é o nome do jogo que os amigos de Riley jogam na escola?

      a) Hockey

      b) Vôlei

      c) Basquete

      d) Futebol

09. Qual é a profissão dos pais de Riley?

      a) Jornalistas

      b) Médicos

      c) Empresários

      d) Advogados

10. Qual é o nome da música que toca nos créditos finais do filme?

      a) Try Everything - Shakira

      b) Immortals - Fall Out Boy

      c) Wrecking Ball - Mile Cyrus

      d) Lava - James Ford Murphy

Questões dissertativas

01 – Como as emoções e a memória estão relacionadas?

      De acordo com o texto, as recordações são fixadas associadas com os sentimentos vividos, logo a memória de uma situação vivida não se limita ao fato ocorrido, mas também ao que sentimos naquele momento.

02 – Por que não podemos dizer que existem emoções melhores e piores?

      Todas essas emoções são naturais aos seres humanos e, apesar de causarem diferentes sensações que podem ser consideradas melhores ou piores, todas são fundamentais para nossa saúde quando estão em equilíbrio.

03 – O que a tristeza, a raiva, o nojo, a alegria e o medo podem nos acrescentar?

      Que cada emoção pode acrescentar algo diferente, dependendo da situação vivida, e que cada uma delas é importante para sabermos lidar com essas diferentes situações.

04 – Quais emoções demonstradas pelos outros você considera mais fáceis de lidar? E as mais difíceis?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Com relação às suas emoções, quais são as mais fáceis e as mais difíceis de lidar?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Você acha que tem dificuldade para identificar as suas emoções? Que estratégias você usa para identifica-las?

      Resposta pessoal do aluno.

 

ILUSTRAÇÃO: IGUALDADE E EQUIDADE - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Ilustração: Igualdade e Equidade

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-sv8Q5sLJAtySdmPe56r_r29Dfwf0IfEGSO5ozfm77bWjW0gqyYdacJKYUvEWiDI7dkuEB_4__-Y8VRpp6OmCa_hX1bbnC6JC-5njh-KqFO34gfh6FlU6oqaxgn1i9HWumtMdbXXeK84sGbrdofqnobF6yk0goMGOvxIFYKL2BcBZm9iqfqk-Its9/s300/igualdade.jpg 

A ilustração representa a diferença entre igualdade e equidade no acesso a uma atividade de lazer e/ou prática esportiva.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 104.

Entendendo a ilustração:

01 – Por que o título da primeira cena é igualdade e o da segunda é equidade?

      A igualdade garante o acesso a um direito da mesma forma para todas as pessoas; e a Equidade garante o acesso a um direito de acordo com a necessidade de cada pessoa, o que caracteriza a equidade.

02 – Considerando a análise da imagem, o que vocês entendem por equidade?

      Resposta pessoal do aluno.            

03 – Pensem em situações reais que exemplifiquem a aplicação dos conceitos de igualdade e equidade.

      A igualdade, é definida como a garantia de acesso a esses direitos para todas as pessoas.

      A equidade, existe para garantir a igualdade de acesso aos direitos fundamentais para todas as pessoas.

04 – Como você interpretou a imagem dos ciclistas? Sua interpretação está de acordo com as definições apresentadas?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Você concorda com os conceitos de igualdade e equidade? Como você considera que eles estão presentes em seu ambiente?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Compreender os conceitos de igualdade e equidade contribui para a construção do seu projeto de vida? Comente.

      Resposta pessoal do aluno.