sexta-feira, 4 de março de 2022

TIRA: BILL CAPÍTULO 3 - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO

 Tira: Bill capítulo 3

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O Estado de S. Paulo, 9/10/2000.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 260.

Entendendo a tira:

01 – O enunciado do 1° quadrinho é um período simples ou composto? Justifique.

      Período simples, porque há apenas uma oração.

02 – O enunciado do 2° quadrinho é um período composto por coordenação.

a)   Qual é a conjunção que liga as orações? Classifique-a.

Mas – conjunção coordenativa adversativa.

b)   Que tipo de relação essa conjunção estabelece entre as orações?

Oposição.

03 – O enunciado do 3° quadrinho é um período composto.

a)   Que tipo de período composto ele é?

Período composto por subordinação.

b)   A conjunção que liga as orações desse período é quando. Que ideia ela exprime nessa situação?

A ideia de tempo.

04 – A palavra aí é um elemento de coesão frequentemente usado na linguagem oral. No enunciado do 3° quadrinho, que palavra poderia ser empregada em seu lugar, com sentido aproximado?

      Depois, por isso, então, em seguida.

CRÔNICA: IRMÃOS - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO

 Crônica: IRMÃOS

            Clarice Lispector

        -- Mas agora vamos brincar de outra coisa. Quero saber se o senhor é inteligente. Este quadro é concreto ou abstrato?

        -- Abstrato.

        -- Pois o senhor é burro. É concreto: fui eu que pintei, e pintei nele meus sentimentos e meus sentimentos são concretos.

        -- É, mas você não é todo concreto.

        -- Sou sim!

        -- Não é! Você não é todo concreto porque seu medo não é concreto. Você não é completamente concreto, só um pouco.

        -- Eu sou um gênio e acho que tudo é concreto.

Clarice Lispector. Para não esquecer. 3. ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 74.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 262-3.

Entendendo a crônica:

01 – No texto, a conjunção "mas" foi empregada duas vezes. Localize essas duas situações e responda:

a)   Com que finalidade, provavelmente, a personagem que é a primeira a falar emprega essa conjunção no início texto?

Para mudar de assunto, abandonando o que estava sendo abordado anteriormente.

b)   Na frase: "É, mas você não é todo concreto", que ideia a conjunção "mas" exprime?

Oposição.

02 – Que afirmação relativa à palavra "pois", na frase: "Pois o senhor é burro", é correta?

a)   Ela pode ser substituída por "porque", pois expressa justificativa, explicação.

b)   Ela pode ser substituída por "logo", pois expressa conclusão.

c)   Ela quer dizer "diante disso, nesse caso, então, pois então".

03 – Leia estes dois trechos do texto:

"Você não é todo concreto porque seu medo não é concreto."

"É concreto: fui eu que pintei"

a)   No primeiro trecho, que ideia a conjunção destacada expressa?

Causa.

b)   Entre a oração "É concreto" e a oração "fui eu que pintei", há uma conjunção implícita. Qual é essa conjunção e que valor ela tem nesse contexto?

Porque – valor de causa.

04 – Identifique no texto:

a)    Uma oração iniciada por uma conjunção coordenativa que expressa a ideia de adição.

Eu sou um gênio e acho que tudo é concreto.

b)    Uma frase na qual uma conjunção estabelece a ideia de exclusão entre duas palavras.

Este quadro é concreto ou abstrato?

 

TIRA: PETECA - ATREVIDA - VOCATIVO - COM GABARITO

 Tira: Peteca

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Atrevida, jan. 1997.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 264.

Entendendo a tira:

01 – No 1° quadrinho:

a)   Qual é a função sintática dos termos Filhinha e fofura?

Ambos são vocativos.

b)   Tanto na fala da mãe quanto na fala de Peteca, os verbos estão implícitos. Na fala da Peteca há, ainda, uma oração implícita. Considerando-se o contexto, em qual delas há um período composto? Classifique-o.

Na fala de Peteca / período composto por coordenação: Aqui (está) tudo bem, e aí está tudo bem / como vão as coisas?

02 – No 2° quadrinho:

a)   Identifique uma locução conjuntiva e uma conjunção.

Depois que quando.

b)   Que ideia elas exprimem na frase?

A ideia de tempo.

03 – No último quadrinho, identifique um termo que exerce na fase a mesma função sintática que os termos Filhinha e fofura na frase do 1° quadrinho.

      Mãe.

QUADRO: PERDIDO (VAGAMUNDO) - LIVIJIAN - COM GABARITO

 Quadro: Perdido (Vagamundo)

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LIVIJIAN. Quadro Perdido (Vagamundo), de 1992.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 266-7.

Entendendo o quadro:

01 – O quadro é o retrato de uma mulher com o rosto encoberto, sentada num banco. Observando os detalhes, responda:

a)   O que a mulher tem na mão esquerda?

Um pedaço de pão.

b)   O que ela está fazendo?

Ela dá pão aos pombos.

c)   O que ela tem nos ombros?

Um cobertor.

d)   Observe os cabelos dela, o tipo de calçado e de bolsa que usa. Ela é uma mulher jovem ou idosa? Justifique.

Possivelmente é uma mulher jovem, pois mochila, jeans e tênis são mais usados por jovens.

e)   Os tênis estão sujos e velhos. O que isso sugere?

Que ela já andou muito e que, talvez, não tenha onde lavá-los.

02 – O quadro se intitula Perdido (Vagamundo). Levante hipóteses:

a)   Relacionando a mulher retratada no quadro a tantas outras pessoas que vivem nas praças e na ruas, que história você acha que ela tem? Que razões a teriam levado a essa situação?

Possivelmente, ela abandonou o lar e agora vive nas ruas, talvez tentando uma vida nova em outro lugar diferente daquele em que vivia.

b)   Os jornais, nesse momento, servem de tapete à mulher. Mas com que finalidade ela leria um jornal?

É possível que à procura de emprego.

c)   Onde provavelmente o banco está situado? O que ele representa para a mulher?

Talvez em uma praça. Ele representa para ela a casa. Ali ela fez sua refeição e provavelmente passou a noite.

03 – Identifique no quadro ao menos três aspectos que lembram pobreza.

      A meia de seda furada, os tênis surrados, o pão sem recheio.

04 – Note que o rosto da mulher não é retratado no quadro. Observe a posição de sua cabeça e de seus braços.

a)   O que significa o fato de o rosto dessa mulher não ser revelado?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O fato de o rosto da mulher estar oculto permite generalizar a condição dela, ou seja, ela não representa apenas uma pessoa abandonada ou desempregada, mas uma multidão anônima. Também pode significar que a mulher perdeu ou procura sua própria identidade nas ruas da cidade.

b)   O que expressam a posição em que se encontra o corpo, o jeito retraído, a cabeça apoiada na mão direita?

Expressam tristeza, angústia, desespero.

c)   Na sua opinião, o que a personagem está pensando?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Provavelmente algo como “E agora? O que faço?”.

05 – Mesmo estando numa condição de miséria, a personagem dá pão aos pombos.

a)   O que esse gesto revela sobre o caráter e os sentimentos dela?

Esse gesto revela uma pessoa sensível e solidária.

b)   Em sua vida, a mulher parece ter encontrado pessoas com o mesmo caráter e os mesmos sentimentos dela? Por quê?

Não, pois está abandonada, isolada.

06 – O quadro apresenta alguns sinais de modernidade. Identifique três deles.

      O jornal, os tênis, a coca-cola, a bolsa jeans.

07 – Observe as cores do quadro. Predominam cores frias: o cinza, o azul (na tonalidade escolhida pelo pintor) e o preto.

a)   Que relação existe entre essas cores e o tema do quadro?

As cores frias reforçam o estado de tristeza, frieza e abandono da personagem do quadro.

b)   Qual é o único elemento pintado em cor viva, quente?

A coca-cola.

08 – O quadro se constrói a partir de algumas relações de oposição. Das afirmativas abaixo, indique aquelas que explicam corretamente essas relações.

a)   A ideia de tristeza e desolação está em oposição à ideia de vida e esperança representada pelos pombos e pelo pão dado a eles.

b)   Os aspectos da vida moderna urbana e industrial – representados pelo jornal, pela coca-cola, por exemplo – estão em oposição à vida natural, representada pelos pombos.

c)   As cores frias sugerem vida e alegria, ao passo que a cor viva sugere tristeza.

d)   A coca-cola chama a atenção não apenas por sua cor, mas também porque está deslocada do contexto. O consumismo que ela representa está em oposição à miséria da personagem.

09 – A vida moderna, com o avanço da tecnologia, trouxe um conjunto de invenções que facilitaram a vida do homem: energia elétrica, meios de comunicação eletrônicos, meios de transporte arrojados, aparelhos eletrodomésticos, etc. O quadro foi produzido em 1992; portanto, é contemporâneo, atual. Com base nessa obra, você acha que a modernidade trouxe benefícios a todos? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não, porque mesmo com os avanços tecnológicos não são suficientes para libertar o homem da miséria.

HISTÓRIA: TESEU CONTRA O MINOTAURO - MENELAOS STEPHANIDES - COM GABARITO

 História: Teseu contra o Minotauro

     Texto I

        [...]

        -- Viemos aqui para morrer, não para sermos desonrados!

        -- Quem é você, que ousa me fazer advertências? – gritou Minos. – Está esquecendo que sou rei da poderosa Creta? E se isso não bastar, fique sabendo que sou filho de Zeus, pois parece que você não sabe!

        Em seguida olhou o céu, ergueu os braços para o alto e gritou:

        – Zeus, meu pai, por favor, mostre quem eu sou!

        E então, imediatamente, um raio brilhou no céu sem nuvens, sinal de que Zeus reconhecia seu filho.

        Teseu ficou surpreso, mas nem naquela hora perdeu sua coragem:

        – Se isso tem tanta importância – disse – então eu devo dizer que também sou filho de Poseidon!

        Minos não acreditou nele:

        -- Se você é filho de Possêidon, então poderá me trazer isto aqui de volta!

        E tirou seu anel, lançando-o em seguida, com força, bem longe, no meio do mar profundo.

        Imediatamente, Teseu, dando um mergulho, desapareceu nas águas profundas. Passou-se um bom tempo sem que ele reaparecesse. Todos diziam que ele devia ter se afogado, e Minos acrescentou:

        -- Que pena! O Minotauro vai comer um a menos!

        Porém Ariadne, a filha de Minos, que também estava entre os presentes, encobriu o rosto e secretamente enxugou suas lágrimas. Prestara atenção em Teseu desde o primeiro momento, e a ousadia dele a havia comovido. De imediato, um forte amor se aninhou dentro dela enquanto uma flecha de Eros, o filho alado da deusa Afrodite, trespassava-lhe o coração. Dessa maneira, agora estava sofrendo com a dor pelo desaparecimento do brilhante e valoroso jovem.

        Teseu, contudo, não estava perdido. Assim que mergulhou na água, golfinhos o apanharam e conduziram sem demora até o palácio do deus mar, Possêidon, o Abalador da Terra, irmão de Zeus e nada inferior em força ao deus que detém os raios em suas mãos.

        Em um trono majestoso, que parecia uma imensa concha, sentava-se o deus que governava as ondas. Ao seu lado estava a belíssima Anfitrite, esposa do eminente deus. Perto deles encontravam-se Triton e muitas outras divindades marinhas.

        Possêidon recebeu Teseu com alegria e, assim que ouviu o porquê de ele ter descido ao seu reino aquático, ordenou a Triton que corresse para trazer o anel. O deus marinho não demorou a voltar, juntamente com uma multidão de Nereidas. Uma delas trazia o anel e o entregou a Teseu. Imediatamente então. Anfitrite colocou sobre os cabelos dele uma coroa de ouro e Possêidon, que percebera que Teseu não devia se demorar mais, ordenou a Triton e às Nereidas que o conduzissem à praia.

        Teseu saiu do mar no momento em que todos se preparavam para ir embora. De repente alguém gritou:

        -- Teseu! Teseu voltou!

        Ao vê-lo, Minos não ousava crer em seus próprios olhos! Além de Teseu não ter se afogado, usava uma coroa na cabeça, toda de folhas de ouro! Mas o rei de Creta ficou ainda mais surpreso quando se aproximou e recebeu dele o anel que havia lançado ao mar. Percebera agora que Teseu não era um mortal comum, e teve medo dele. Por isso, disse ao seu séquito:

        -- Esse deve ser o primeiro a ser comido pelo Minotauro!

        Escutando as palavras de seu pai, Ariadne ficou mortificada. Tinha pena de todos os rapazes e moças, mas ouvir tais palavras sobre Teseu era como se um punhal lhe atravessasse o coração.

        [...]

Menelaos Stephanides. Teseu, Perseu e outros mitos. São Paulo: Odysseus, 2000. p. 97-100.

Texto II    

        Com o novelo escondido debaixo do braço, Ariadne correu para encontrar Teseu:

        – Sou filha de Minos – disse-lhe. – Meu nome é Ariadne e, por mais estranho que possa lhe parecer, não quero que você pereça. Preferiria morrer, se você morresse!

        Teseu ficou surpreso. Lembrou-se, contudo, de que havia pedido a ajuda de Afrodite e compreendeu prontamente. Olhou Ariadne. Era belíssima, como uma deusa. Admirou a coragem dela, ficou maravilhado com sua beleza e também se apaixonou por ela de imediato.

        -- Não vim aqui para morrer – respondeu – e sim para matar o Minotauro!

        -- Isso ninguém pode – disse Ariadne – E no entanto algo me diz que você conseguirá... Mas de qualquer maneira não poderá ver de novo a luz do sol, porque quem entra no Labirinto não consegue encontrar a saída. Foi por isso que vim vê-lo. Tome este novelo. Quando entrar no Labirinto, amarre a ponta do fio junto à entrada e siga em frente, desenrolando-o. É a única maneira de você não se perder. Na volta, enrolando de novo o fio, encontrará a porta. Quero apenas que depois disso você não me deixe em Creta, pois meu pai poderia até mesmo me matar! [...]

        O herói ficou entusiasmado. – Obrigado, grande deusa! Disse quando se viu sozinho. E pela manhã, quando o colocaram no Labirinto, amarrou o fio na entrada, conforme Ariadne lhe havia dito, e prosseguiu, desenrolando o novelo. O caminho dentro do Labirinto era interminável e inimaginavelmente confuso. Ora ia por lá, ora por aqui, ora voltava para trás, depois de novo para frente, e pela direita, pela esquerda, para cima e para baixo... E assim Teseu caminhou por muito tempo até que, de repente, onde menos esperava, viu o Minotauro diante de si!

        A luta com a fera imediatamente teve início. O terrível monstro investia com os chifres contra Teseu. O jovem herói, porém, muito ágil, foi para o canto para se proteger, golpeando-o no flanco com a espada. Porém o golpe pouco dano causou ao Minotauro, que investia mais e mais. Mas sempre Teseu conseguia desviar-se das investidas da fera; e assim, não sofreu nada.

        Até que, num dado momento, a fera, visivelmente extenuada, quis tomar fôlego. Teseu não perdeu a oportunidade. Imediatamente a agarrou pelos chifres e com uma força inacreditável atirou-a no chão e enfiou depressa a espada em seu peito. E esse foi o seu fim! Não seriam mais necessárias outras vítimas para o monstro do Labirinto!

        O herói olhou o cadáver do Minotauro, enxugou o suor da testa e pensou: “Agora só me resta encontrar a saída”. E começou a sair, enrolando de novo o fio do novelo. E felizmente ele tinha aquele novelo, porque, ao passo que algo lhe dizia que devia seguir por um lado, o fio o conduzia por outro. E quando novamente achava que determinado caminho era o certo, o fio seguia por outro. Perplexo, Teseu não podia entender por que o fio o conduzia por entre passagens tão inacreditáveis, até que, certa hora, viu de repente a saída diante de si.

        -- Se não tivesse esta linha, estria perdido – disse – Ariadne me salvou!

        E eis que a linda moça o esperava na saída. Estava sozinha. Felizmente, Mimos não havia se preocupado em colocar sentinelas, pois pensava ser totalmente dispensável.

        Chorando de alegria, a filha de Minos caiu nos braços de Teseu. E este não tinha palavras para agradecer-lhe. Apenas lhe entregou o novelo, o “fio de Ariadne”, como ficou conhecido desde então.

        [...]

Idem, p. 103-5.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 14-9.

Entendendo a história:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Afrodite: a deusa do amor, também conhecida como vênus.

·        Apreensivo: preocupado, receoso.

·        Extenuado: cansado, enfraquecido.

·        Flanco: um dos lados do corpo.

·        Mortificada: atormentada, muito preocupada.

·        Nereidas: na mitologia grega, ninfas marinhas filhas de Nereu.

·        Possêidon: o deus do mar, também conhecido como Netuno, responsável pelos terremotos, motivo pela qual é chamado de o Abalador da Terra.

·        Perecer: morrer.

·        Séquito: conjunto de pessoas que acompanham outra(s).

·        Trespassar: atravessar, furar.

·        Zeus: o pai dos deuses e dos homens, também conhecido como Júpiter ou Jove.

02 – As ações e atitudes de Teseu demonstram que ele é diferente dos homens comuns. Que fatos ocorridos no encontro entre Teseu e Mimos comprovam essa afirmação?

       Teseu ousa se dirigir ao rei e repreendê-lo; além disso, aceita o desafio do rei e lança-se ao mar, em busca do anel.

03 – Leia o boxe abaixo, que fala da origem de Teseu.

        A VERDADEIRA ORIGEM DE TESEU

        Havia muitos anos Egeu era casado, mas não conseguia ter filhos com sua esposa.

        Desesperado, pede ajuda à feiticeira Medéia, que lhe promete um filho sob algumas condições.

        Depois disso, certa noite Egeu vai visitar Piteu, rei de Trezena, e se embebeda com vinho que o amigo lhe oferece.

        Na manhã seguinte, quando acorda, percebe que passara a noite com Etra, filha de Piteu, e acredita que é ela a escolhida para lhe dar um filho.

        De fato, nove meses depois Etra dá à luz Teseu. Porém a criança era, na verdade, filha de Etra e Possêidon, deus do mar, pois Egeu realmente não podia ter filhos.

O Teseu de ouro (1880), H. J. Draper.

a)   Que informação do boxe explica por que Teseu é tão bem recebido por Possêidon?

A informação de que Teseu ra, na verdade, filho de Possêidon.

b)   Qual é, então, a razão de Teseu ser tão diferente dos homens comuns?

Teseu era filho de um deus.

04 – Nas religiões cristã, judaica e muçulmana, Deus é considerado um ser que está acima dos homens e não se mistura com eles nem se envolve diretamente em seus problemas. Observe o comportamento dos deuses da mitologia grega citados no texto: Possêidon, Afrodite, Eros e Zeus.

        Esses deuses gregos têm comportamento semelhante ao que tem o Deus das religiões cristã, judaica e muçulmana? Justifique sua resposta com exemplos do texto.

      Não; os deuses da mitologia grega brigam entre si, disputam para ver quem tem maior poder, interferem na vida dos seres humanos e até têm filhos com eles.

05 – Ariadne se apaixona por Teseu ao conhecê-lo.

a)   Que qualidade de Teseu atraiu a atenção de Ariadne?

A ousadia, conforme a afirmação do trecho “a ousadia dele a havia comovido”.

b)   Por que os sentimentos de Ariadne a colocam numa situação difícil?

Porque amar Teseu e ajuda-lo significa ir contra a vontade do seu pai.

06 – Teseu, vendo-se em dificuldades, pede ajuda à deusa Afrodite. De fato, ele é ajudado, e a ajuda vem por meio de Ariadne, que lhe dá o novelo de linha. Porém, essa ajuda tem uma consequência.

a)   Qual é a consequência da ajuda providenciada por Afrodite?

Teseu, ao conhecer Ariadne, apaixona-se por ela.

b)   Que qualidades de Ariadne chamaram a atenção do herói?

Sua beleza e sua coragem.

07 – Vencer o Minotauro era uma tarefa impossível para um homem comum. Nem mesmo os golpes de espada de Teseu faziam o monstro se abalar. Entretanto, não podendo vencê-lo pela força, o herói usou uma técnica que o levou à vitória.

a)   Qual foi essa técnica?

Teseu primeiro se defendeu dos golpes do Minotauro até cansá-lo; depois, quando este se cansou, lançou-o ao chão para cravar-lhe a espada no peito.

b)   Veja este conjunto de qualidades que os heróis geralmente apresentam:
valentia – honra – força – astúcia – liderança.

b) A técnica utilizada por Teseu é exemplo de qual dessas qualidades?

      É exemplo de astúcia.

c)   As demais qualidades também se aplicam a Teseu? Justifique.

Sim, Teseu era valente, forte, honrado e se impôs como líder ao decidir combater o Minotauro e salvar a vida das sete moças e dos sete rapazes que seriam devorados pelo monstro.

08 – Releia este trecho do texto em estudo, observando a palavra destacada:

        “De imediato, um forte amor se aninhou dentro dela enquanto uma flecha de Eros [...] trespassava-lhe o coração”. Que palavras poderiam substituir aninhou, nesse contexto?

      Abrigou, alojou.

09 – Compare estes dois enunciados:

        “Trespassava-lhe o coração”

        Beijava-lhe as mãos com carinho.

        Nesses enunciados, o pronome oblíquo lhe tem valor de um pronome possessivo. Que pronomes possessivos poderiam substituir o pronome oblíquo nos enunciados?

      Seu e suas, respectivamente.

10 – Observe estas palavras do texto e o sentido que apresentam:

        Interminável: o que não pode terminar.

        Inimaginável: o que não se pode imaginar.

a)   Conclua: Que sentido tem a partícula in- colocada no início dessas palavras?

A partícula in- tem sentido de negação.

b)   Empregando in-, forme palavras com o seguinte sentido:

·        O que não se pode calcular: incalculável.

·        O que não se pode pensar: impensável.

·        O que não se pode dizer: indizível.

·        O que não se pode contar: incontável.

11 – Observe este trecho:

        “[Teseu] Ora ia por lá, ora por aqui, ora voltava para trás”.

a)   O que a expressão ora... ora dá a entender sobre o comportamento de Teseu no Labirinto?

Que ele não sabia para onde ir, estava confuso sobre qual direção tomar.

b)   Escreva uma frase a respeito do comportamento do Minotauro durante a luta, empregando também ora... ora.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O Minotauro ora atacava, ora se defendia, ora avançava, ora recuava, ora feria, ora era ferido.

 

AUTORRETRATO: O MENINO - MILLÔR FERNANDES - COM GABARITO

 Autorretrato: O menino

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        Eu sou um menino maior que muitos e menor que outros. Na cabeça tenho cabelo que mamãe manda cortar mais do que eu gosto e, na boca, muitos dentes, que doem. Estou sempre maior que a roupa, por mais que a roupa do mês passado fosse muito grande. Só gosto de comer o que a mãe não quer me dar e ela só gosta de me dar o que eu detesto. Em matéria de brincadeiras as que eu gosto mais são as perversas, mas essa minha irmãzinha grita muito.

Millôr Fernandes. Conpozissões infãtis. 2. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1976. p. 11.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 25.

Entendendo o auto retrato:

01 – Nesse auto retrato, o menino se define comparando-se com outros. Como ele é em relação aos outros meninos?

      Ele é maior que muitos e menor que outros.

02 – O menino refere-se à mãe e a outras coisas, como seu cabelo, o que come, etc.

a)   O modo como a mãe o trata é comum a todas as mães? Justifique sua resposta.

É comum às mães que se preocupam com a aparência, a saúde, a educação de seus filhos.

b)   A relação que ele tem com as coisas é agradável ou desagradável? Por quê?

Desagradável, porque sua vontade e seu gosto nunca são levados em consideração.

03 – Ao falar das brincadeiras, o menino menciona a irmã. Ela é mais velha do que ele? Justifique sua resposta.

      Mais nova. Porque ele se refere a ela empregando o diminutivo.

04 – Pensando no título do texto e no que o menino diz sobre a mãe, a roupa e a irmãzinha, responda: Por que, na sua opinião, o menino começa a se definir pelo tamanho?

      Porque o tamanho é o que o identifica, o que o situa em relação ao mundo adulto, é o que o faz ceder à vontade dos adultos.