REPORTAGEM: Bullying é da minha conta!
Quem
pratica o bullying possui um comportamento prejudicial e agressivo;
geralmente, não consegue posicionar-se pelo diálogo e atinge as pessoas com
depreciações e humilhações. A vítima agredida passa por situações de
hostilidade, fica
retraída e sofre em demasia. Tudo isso pode ocasionar graves consequências,
como depressão e ansiedade, e até dificultar a socialização do indivíduo.
No cenário da prática
de bullying, o espectador é a “terceira personagem”. Trata-se da pessoa
que, normalmente, adota uma atitude passiva, talvez por receio de se expor, por
falta de iniciativa de se posicionar e/ou por medo de também ser alvo de
ataques. O espectador é uma testemunha que não sai em defesa da vítima nem se
junta aos agressores. Com essa postura, contribui para a continuidade do
conflito.
O bullying também
pode ser cometido por meio das tecnologias de comunicação. Tal prática, mais
comum do que se imagina, é descrita como cyberbullying e ocorre quando
agressão e violência são feitas em meio virtual e se tornam ainda mais cruéis,
pois o constrangimento torna-se abrangente através das redes sociais e de
diversos aplicativos de comunicação instantânea. Isso faz com que a vítima não
se sinta mais segura em lugar nenhum, em momento algum.
Em parceria com as
grandes redes sociais Facebook e Instagram, a SaferNet lançou
em abril de 2019 a campanha #ÉDaMinhaConta, com o objetivo de promover
reflexões acerca do assunto e de inibir a prática do cyberbullying. A campanha
teve origem no Dia da Internet Segura, realizado no Brasil, em 05 de
fevereiro do mesmo ano, a partir do encontro de um grupo de jovens. Os
materiais da campanha #ÉDaMinhaConta foram criados para abordar o tema,
promover reflexões e atitudes, como: a) o que fazer ao identificar alguém que é
alvo de bullying; b) ser uma vítima de bullying, e c) ser acusado de
praticar bullying.
De acordo com Natalia
Paiva, gerente de Relações Institucionais do Instagram, “o objetivo é
criar uma reflexão, estimulando a empatia e o respeito às diferenças”. Para
participar, basta entrar nas redes sociais, postar e compartilhar as histórias
sobre o tema. Também é possível utilizar as peças publicitárias criadas para o
evento, como os adesivos GIF exclusivos de #ÉDaMinhaConta.
Daniele Kleiner,
gerente de bem-estar do Facebook, informou que se alguém postar algo que
o leitor considera ser ofensivo ou intimidador, o fato pode ser denunciado na/à
própria rede social. “Trabalhamos para combater o bullying em todas as
suas formas, tanto pessoalmente quanto online, e reforçamos que não há
lugar para isso em nossa plataforma”.
A ONG (Organização Não Governamental) SaferNet é uma referência na defesa dos direitos humanos na Internet no Brasil. Atua na educação e orientação de crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre o uso responsável e seguro da Internet. A organização mantém um serviço gratuito para esclarecer dúvidas, ensinar formas seguras de uso da rede e também orientar sobre casos de violência online, como humilhação, intimidação, chantagem ou compartilhamento não autorizado de imagens íntimas. O canal está disponível em dois endereços: www.helpline.org.br ou www.canaldeajuda.org.br.
Conheça a
campanha Acabar com o Bullying #ÉDaMinhaConta. Disponível em:
<https://new.safernet.org.br/content/conheca-campanha-acabar-com-o-bullying-edaminhaconta>.
Acesso em: 12 out. 2019.
Entendendo o texto
1- Assinale a alternativa
correta. Qual a finalidade e a intencionalidade do texto “Bullying é da
minha conta!”?
a) organizar projetos
escolares contra a prática de bullying;
b) descrever situações da
prática de bullying entre estudantes;
c) informar
o leitor e conscientizar sobre as consequências da prática de bullying;
d) promover o
diálogo entre estudantes para o combate ao bullying.
2- De
acordo com o texto, o que a prática de bullying desencadeia nas vítimas?
A vítima
sofre e pode ser vítima de graves consequências, como depressão e ansiedade,
além de encontrar dificuldades de socialização.
a)
agressor, apoiador e vítima.
b)
vítima, agressor e julgador.
c)
vítima, apoiador e julgador.
d) agressor,
vítima e espectador.
4-
Observe o emprego de aspas no trecho em destaque:
“[...] De
acordo com Natalia Paiva, gerente de Relações Institucionais do Instagram,
‘o objetivo é criar uma reflexão, estimulando a empatia e o respeito às
diferenças’”.
Qual é a
função das aspas no trecho sublinhado? Há outras maneiras de escrever esse
trecho? Proponha uma delas.
A função das aspas
é marcar a citação da fala de Natalia Paiva. Outra maneira de formular o trecho
é: Natalia Paiva informou que o objetivo era criar uma reflexão,
para estimular a empatia e o respeito às diferenças.
5- Com
base na reportagem, qual é a principal diferença entre bullying e ciberbullying?
O bullying
é uma forma de violência física ou psicológica, que pode se manifestar de
diferentes maneiras e influenciar as relações interpessoais, com a disseminação
de mentiras ou boatos sobre alguém. O cyberbullying acontece quando a
agressão e a violências sofridas ocorrem em meio virtual.
Em parceria
com as grandes redes sociais Facebook e Instagram, a SaferNet lançou
em abril de 2019 a campanha #ÉDaMinhaConta.
Se propagou
pelo Instagram e o Facebook.
Para
participar, basta entrar nas redes sociais, postar e compartilhar as histórias
sobre o tema.
Hashtag (#) é um termo estrangeiro cuja função é identificar o tema do
conteúdo compartilhado nas redes sociais. O tema é antecedido pelo símbolo do
“jogo da velha” (cerquilha).
8- Observe o trecho a
seguir:
“Trabalhamos para combater
o bullying em todas as suas formas, tanto pessoalmente quanto online, e
reforçamos que não há lugar para isso em nossa plataforma”.
a) Que sentido a palavras
“suas” acrescenta à palavra “formas”?
A palavra “suas” produz o
sentido de “posse/possuidor”. Equivale a dizer “as formas do bullying”.
A palavra “suas” acompanha a
palavra “forma”, interferindo no significado.
Acrescenta o sentido de
posse/possuidor.
A função de “nossa” é
acompanhar e modificar a palavra “plataforma”
e) Qual é o sentido e a
função da palavra “isso” no trecho lido?
A palavra
“isso” retoma a informação anterior e a substitui o procedimento de retomada e
estabelecimento de coesão). Equivale a dizer “não há lugar para bullying”.