segunda-feira, 9 de julho de 2018

TEXTO: A BOLA E O BOLO BRANCO - PEDRO VICENTINI - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Texto: A BOLA E O BOLO BRANCO

        Tagobar era um ratinho bem pequeno.
        Por isso mesmo vivia ainda com sua mãe. E nunca havia saído da sua toca.
       Mas cresceu e cansou-se de ficar ali. Chegou para sua mãe e disse-lhe:
        – Mamãe! Quero sair e conhecer o mundo!
        – Meu filho. Sabia que isso iria acontecer qualquer dia. Não devo impedir-lhe. Pode ir. Mas devo dar-lhe alguns conselhos.
      A casa onde moramos é muito grande. E nossa toca fica na sala de visitas. Quando você sair vai encontrar muita coisa nova, móveis, tapetes, mesas, cadeiras e um enorme aparelho de televisão. Poderá percorrer todo o aposento e brincar a vontade.
     Mas muito cuidado quando você encontrar a bola branca. Chama-se novelo de lã. É da dona da casa que costuma tricotar. Mas perto dele costuma ficar um bicho muito feroz e perigoso que se chama gato. É o nosso maior inimigo.
        Quando você o avistar desvie e passe bem longe dele.
        O outro quarto que você vai entrar em seguida é a cozinha. Sei que você vai adorar porque tem bastante comida. Brinque e coma a vontade mas muito cuidado com o bolo branco. Chama-se queijo e é uma das coisas mais gostosas que existem.
    Mas, geralmente, perto dele costuma ficar uma arma terrível e extremamente mortífera. É a ratoeira. Afaste-se dela pois ela pode matar.
        Tagobar ouviu tudo direitinho e com muita atenção. Depois pegou sua mochilinha, despediu-se de sua mãe e saiu para conhecer o mundo.
        Ficou deslumbrado com a sala. Encontrou alguns móveis grandes que nunca imaginou pudessem existir. Brincou a vontade com tudo que achou, rolou e se divertiu a valer.
        De repente avistou a bola branca. O novelo de lã reconheceu!
        Bem ao seu lado um bicho peludo e feio que dormia.
        Esse é o gato que minha mãe contou.
        Resolveu sair logo dali, passando bem longe desse animal perigoso. E entrou num outro quarto bastante iluminado.
        Deve ser a cozinha, pensou.
        Gostou muito dela. Entrou em vários armários e achou comida a vontade. Divertiu-se bastante, roeu e experimentou um pouco de tudo. Comeu até demais.
        Foi quando viu o bolo branco. É o queijo, já sabia! E viu, bem ao lado uma máquina montada que poderia matar.
        Olhou-a de longe e resolveu ir saindo.
        Foi então que viu uma porta que dava para um corredor escuro. Engraçado, pensou. Minha mãe não falou dele. Aproximou-se com cuidado dessa entrada. Olhou bem, não viu nenhum perigo e, resolveu entrar.
        Era um pequeno corredor. A única coisa que tinha era uma comprida escada de madeira. E, no alto dela outra porta, pequena, também de madeira.
        Resolveu subir e investigar.
        Tagobar não sabia, mas era o sótão da casa onde estavam guardadas todas as bugigangas descartadas. Uma misturada de coisas de tudo que era tipo, bem velhas, todas com forte poeira a cobri-las.
        Tagobar sentiu-se em casa, pois era o que mais gostava para brincar.
        E divertiu-se a valer mexendo com tudo, divertindo-se e rolando a vontade.
        Entretanto, não sabia, mas não estava sozinho. Nesse local vivia um pequeno morcego.
        Que assustou-se com todo o movimento e confusão que Tagobar fazia. E começou a voar em círculos procurando um local para se esconder.
        Tagobar nunca vira nem ouvira falar desse bicho mas também se assustou.
        Saiu correndo pela porta. Desceu rapidamente a escada, passou pela cozinha e nem ligou para o bolo branco nem pela ratoeira armada. Entrou na sala e cortou caminho sem se importar com a bola branca, quase passando por cima do gato que ainda dormia.
        E entrou em casa chamando pela sua mãe.
        – Mãe! Mãe! Mãe!
        – Sim Tagobar! Porque está assustado? O que aconteceu?
        – Mamãe! A senhora não vai acreditar!
        – Mas eu vi um anjo!
                                                                                 Pedro Vicentini
Entendendo o texto:                     
01 – Qual é o título do texto?
      O título do texto é “A bola e o bolo branco”.

02 – Quem é o autor?
      O autor do texto é Pedro Vicentini.

03 – Quantos parágrafos há no texto?
      O texto tem 35 parágrafos.

04 – Qual é o tema principal da história?
      A história fala sobre o ratinho que queria sair de casa.

05 – Quais são os personagens principais da história?
      Os personagens principais da história são o ratinho Togobar e a mãe.

06 – O que o ratinho queria?
      Ele queria sair da toca para conhecer o mundo.

07 – Quais foram as duas principais recomendações da mãe?
      Ela falou para o filho tomar cuidado com a bola branca da sala e com o bolo branco da cozinha.

08 – Em que lugar estranho o ratinho entrou? E o que ele encontrou lá?
      Ele entrou no sótão e lá ele encontrou um morcego.

09 – Quando ele chegou em casa, o que ele contou para a mãe que viu?
      Ao chegar em casa ele disse que viu um anjo.



CONTO: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA - ANA MARIA MACHADO - COM GABARITO

CONTO: Menina Bonita do Laço de Fita


        Era uma vez uma menina linda, linda.
      Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
        A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
        Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas.
        Ela ficava parecendo uma princesa das terras da África, ou uma fada do Reino do Luar.
        E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
        E pensava:
        -- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
        Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
        -- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
        A menina não sabia, mas inventou:­
        -- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
        O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela.
        Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
        Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
        -- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
        A menina não sabia, mas inventou:
        -- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
        O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi.
        Mas não ficou nada preto.
        -- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
        A menina não sabia, mas inventou:­
        -- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
        O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
        Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
        -- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
        A menina não sabia e ... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
        -- Artes de uma avó preta que ela tinha...
        Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
        Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
        Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.
        Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
        E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
        -- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
        E ela respondia:
        -- Conselhos da mãe da minha madrinha...
                                                                   Ana Maria Machado.
Entendendo o texto:
01 - QUAL É O TÍTULO DO TEXTO?
      O título do texto é “Menina bonita do laço de fita”.

02 – QUEM É O AUTOR?
      A autora é Ana Maria Machado.

03 – QUANTOS E QUAIS SÃO OS PERSONAGENS QUE APARECEM?
      Os personagens são a menina, o coelho branco, a mãe, a coelha escura e os filhotinhos.

04 – QUAL ERA O SONHO DO COELHINHO BRANCO?
      O sonho do coelhinho branco era ter filhotes pretinhos como a menina.

05 – QUAL ERA A PERGUNTA QUE O COELHO SEMPRE FAZIA PARA A MENINA?
      A pergunta que o coelho sempre fazia para a menina era “Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?”

06 – ELA DISSE A VERDADE? POR QUÊ?
      Ela mentiu para o coelhinho várias vezes, inventando diferentes justificativas para sua cor. Mas a verdade era que a cor dela vinha de seus pais.

07 – COM QUEM O COELHO SE CASOU?
      O coelho se casou com uma coelhinha pretinha.

08 – QUAIS FORAM AS CORES DOS SEUS FILHOTES?
      Nasceram filhotes de várias cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.


domingo, 8 de julho de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): DISNEYLÂNDIA - TITÃS - COM GABARITO

Música(Atividades): Disneylândia

                                  Titãs        
     
Filho de imigrantes russos casado na Argentina
Com uma pintora judia,
Casou-se pela segunda vez
Com uma princesa africana no México

Música hindú contrabandiada por ciganos poloneses faz sucesso
No interior da Bolívia zebras africanas
E cangurus australianos no zoológico de Londres.
Múmias egípcias e artefatos íncas no museu de Nova York

Lanternas japonesas e chicletes americanos
Nos bazares coreanos de São Paulo.
Imagens de um vulcão nas Filipinas
Passam na rede de televisão em Moçambique

Armênios naturalizados no Chile
Procuram familiares na Etiópia,
Casas pré-fabricadas canadenses
Feitas com madeira colombiana
Multinacionais japonesas
Instalam empresas em Hong-Kong
E produzem com matéria prima brasileira
Para competir no mercado americano

Literatura grega adaptada
Para crianças chinesas da comunidade européia.
Relógios suiços falsificados no Paraguay
Vendidos por camelôs no bairro mexicano de Los Angeles.
Turista francesa fotografada semi-nua com o namorado árabe
Na baixada fluminense

Filmes italianos dublados em inglês
Com legendas em espanhol nos cinemas da Turquia
Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné

Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul.
Pizza italiana alimenta italianos na Itália

Crianças iraquianas fugidas da guerra
Não obtém visto no consulado americano do Egito
Para entrarem na Disneylândia.

Entendendo a canção:
01 – A canção retrata o quê?
      Retrata a globalização, fronteiras econômicas, culturais, religiosas, artísticas, acadêmicas, enfim... bem mais acessíveis buscando a máxima do capitalismo que é consumir, consumir, consumir...

02 – Aqui, o título “Disneylândia” nos faz lembrar que toda essa confusão que a música nos passa nada mais é que o real da vida moderna. Cite como isto acontece?
      É a interpenetração de pessoas, é a liberdade de locomoção, é a liberdade de expressão, é o todo dinâmico que ao mesmo tempo é caótico e supostamente necessário.

03 – Que tipo de poesia é?
      É uma poesia abstrata e secamente concreta.

04 – Nos versos: “Crianças iraquianas fugidas da guerra / Não obtém visto no consulado americano do Egito / Para entrarem na Disneylândia.”, O que o autor quis dizer?
      Que todo este processo de globalização tanto pode ser para o bem, como para o mal, pois em meio a tantas “trocas” e intercâmbios, há também a presença globalizada do preconceito, da intolerância, do racismo, que também transitam neste pacote mundial.

05 – Já no verso: “Literatura grega adaptada / Para crianças chinesas da comunidade europeia.”, o que mostra neste trecho da música?
      Mostra como a globalização interliga tanto a sociedade que faz com que as culturas se unam. Como a literatura grega é vista por chineses. A globalização faz com que todas as culturas se unam, formando praticamente uma.

06 – Em que versos relata sobre a globalização dos produtos comercializados em um local, mas é providos de outras regiões?
      “Lanternas japonesas e chicletes americanos nos bazares coreanos de São Paulo...”

07 – Quando na música fala que os “relógios suíços falsificados no Paraguai vendidos por camelôs mexicano de Los Angeles”, que quer dizer?
      Que é um país de contrabando que exporta materiais ilegais a certos países que compra para revendê-las.

08 – Qual a relação entre a globalização e a música “Disneylândia”?
      A globalização baseia-se na importação de produtos, onde são fabricados em um certo país e revendidos em outros. Assim como cita um verso da música “Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul.”

09 – Analise o trecho da música abaixo:
       “Casas pré-fabricadas canadenses
        Feitas com madeira colombiana
         Multinacionais japonesas
         Instalam empresas em Hong-Kong
         E produzem com matéria prima brasileira
         Para competir no mercado americano.”

O trecho acima, evoca uma das principais características do mundo moderno:
a)   A integração dos mercados.
b)   A restrição da circulação de mercadorias.
c)   O modo de produção fordista.
d)   A dimensão cultural da globalização que se manifesta através da música.

10 – Observe o trecho da música “Disneylândia”, que faz referência ao processo de transformação do mundo capitalista, principalmente a partir da década de 1980.
        “Música hindú contrabandiada
         Por ciganos poloneses faz sucesso
         No interior da Bolívia zebras africanas (...)
         Multinacionais japonesas
         Instalam empresas em Hong-Kong
         E produzem com matéria prima brasileira
         Para competir no mercado americano.”

 Esse processo ficou conhecido como:
a)   Nova Ordem Mundial.
b)   Organização do Espaço Mundial.
c)   Regionalização
d)   Globalização.
e)   Ordem Geopolítica.





FILME(ATIVIDADES): LISBELA E O PRISIONEIRO - GUEL ARRAES - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): LISBELA E O PRISIONEIRO


Data de lançamento 22 de agosto de 2003 (1h 50min)
Direção: Guel Arraes
Gêneros Comédia Romance
Nacionalidade Brasil

SINOPSE E DETALHES

        Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).

Entendendo o filme:

01 – Quais são os elementos da narrativa (narração)?
      O Amor de dois jovens (uma patricinha e um malandrinho, basicamente)

02 – Resuma o filme. 
      Um malandro de primeira traça uma gatinha e se dá bem em cima de todo mundo, o típico Brasileiro. Você acaba gostando por que o cara parece com aquele seu primo que pega todas e se dá bem até com mulher casada.

03 – Quem é o narrador e que tipo de narrador ele é?
      Lisbela narra parte da história em primeira pessoa. 

04 – Quem são os protagonistas? 
      Lisbela e o Malandro, digo o prisioneiro, temos ainda o corno (Frederico), a mulher do corno.

05 – Quem são os antagonistas?
      O Corno e a mulher dele.

06 – Quem são os personagens secundários? 
      O pai de Lisbela e mais uma cambada de malandros. 

07 – Que tipo de ambiente é passado o filme? 
      Ambiente semiárido no serão brasileiro. 

08 – E o tempo é psicológico ou cronológico? 
      Psicológico. Pois se trate de uma ficção.




POEMA: EM DESPEDIDA: PROIBINDO O PRANTO - JOHN DONNE - COM GABARITO

Poema: Em despedida: proibindo o pranto
                                                       John Donne

Como esses santos homens que se apagam
Sussurrando aos espíritos "Que vão...",
Enquanto alguns dos amigos amargos
Dizem: "Ainda respira" E outros: "Não"

Nos dissolvamos sem fazer ruído,
Sem tempestades de ais, sem rios de pranto,
Fora profanação nossa ao ouvido
Dos leigos descerrar todo este encanto.

O terremoto traz terror e morte
E o que ele faz expõe a toda a gente,
Mas a trepidação do firmamento,
Embora ainda maior, é inocente.

O amor desses amantes sublunares
(Cuja alma é só sentidos) não resiste
À ausência, que transforma em singulares
Os elementos em que ele consiste.

Mas a nós (por uma afeição tão alta,
Que nem sabemos do que seja feita,
Interassegurado o pensamento)
Mãos, olhos, lábios não nos fazem falta.

As duas almas, que são uma só
Embora eu deva ir, não sofrerão
Um rompimento, mas uma expansão,
Como ouro reduzido a aéreo pó.

Se são duas, o são similarmente
Às duas duras pernas do compasso:
Tua alma é a perna fixa, em aparente
Inércia, mas se move a cada passo.

Da outra, e se no centro quieta jaz,
Quando se distancia aquela, essa
Se inclina atentamente e vai-lhe atrás
E se endireita quando ela regressa.

Assim serás para mim que pareço
Como a outra perna obliquamente andar.
Tua firmeza faz-me circular,
Encontrar meu final em meu começo.

              DONNE, John. In: CAMPOS, Augusto de. Verso reverso contraverso.
                                                               São Paulo, Perspectiva, 1978. p. 141-2.
Entendendo o poema:

01 – O belo poema que acabamos de ler pode ser considerado um texto dissertativo? Por quê?
      O aluno deve notar que texto apresenta um percurso argumentativo.

02 – É por meio de uma comparação que o poeta sugere a forma de separação que pretende. Indique essa comparação e comente seu efeito.
      O poeta estabelece uma comparação com os santos homens que expiram sussurrando; cabe a cada aluno comentar o efeito que essa comparação lhe causa.

03 – Que argumento o poeta utiliza para justificar sua opção por uma separação sem ruído?
      Não se deve permitir que os leigos percebam a separação dos amantes: seria uma profanação.

04 – O que sugerem a você as imagens “tempestades de ais” e “rios de pranto” (segunda estrofe).
      Trata-se de hipérboles, de formas extremamente enfáticas de expressão.

05 – Qual a finalidade da comparação entre terremoto e a trepidação do firmamento no conjunto do texto?
      Mostrar que o tremor mais importante e mais poderoso é imperceptível, não produz ruído. Assim deve ser a trepidação do amor que os une.

06 – O que são, a seu ver, “amantes sublunares” (quarta estrofe)? Que tipo de comportamento o poeta lhes atribui?
      Trata-se de uma referência irônica aos amantes incapazes de alcançar as esferas celestes mais altas; são amantes sem espiritualidade (“cuja alma é só sentidos”).

07 – O que distingue o par amoroso poeta – mulher amada dos “amantes sublunares”?
      A elevação espiritual, a afeição alta que os une.

08 – Como o poeta interpreta a separação da amada? Que imagens utiliza para reforçar sua concepção?
      O poeta a traduz como uma expansão das duas almas, e não como um rompimento.

09 – Nas três últimas estrofes, o poeta desenvolve uma belíssima imagem para convencer a amada de que, ainda que separados, estão unidos. Reescreva esse trecho com suas próprias palavras, preservando toda a riqueza de detalhes do texto original.
      Trata-se da imagem do compasso em movimento, que o aluno deve identificar e reescrever.

10 – Qual a passagem do texto que sintetiza brilhante e belissimamente todo o raciocínio desenvolvido?
      “Tua firmeza faz-me, circular, / Encontrar meu final em meu começo.”

11 – Releia o poema atentamente e responda: qual o caminho percorrido pelo poeta para chegar à imagem final do texto?
      Primeiramente, o poeta sugere que a separação deve ser como a morte tranquila de um santo homem; a seguir, faz comparações, idêntica como elevada a afeição que os une, considera a separação uma expansão das duas almas e, finalmente, introduz a imagem do compasso.

12 – A argumentação desenvolvida pelo poeta é, na sua opinião, convincente? Você considera o poema um texto bem-sucedido?
      Resposta pessoal do aluno.

FÁBULA PARA SÉRIES INICIAIS: NARCISO E ECO - COM GABARITO

Fábula: Narciso e Eco


      Narciso, vocês sabem, era aquele tremendo gatão da Bíblia, perdão, da outra mitologia. E eco era aquela bonitona, também mitológica. Mas só era encantadora nos três primeiros minutos, porque no quarto enchia. Não conseguia ter uma única expressão ou pensamento próprios. Eco só sabia repetir o que os outros diziam:
        -- O que os outros diziam.
        Que mania essa tua, Eco! – resmungava Narciso, já cansado daquele caso e começando a vestir a toga. – Vive me repetindo!
        Realmente, caros feitores, com Eco não havia saco.
        -- Não havia saco.
        Por isso, Narciso resolveu ir à vida:
        -- Não te aguento mais, mulher, você enche até cesto de vime.
        -- Cesto de vime.      
        Vou botar o pé na estrada, e vê se não vem atrás de mim.
        -- Atrás de mim.
        Eco não seguiu atrás dele, mas, diz a lenda, foi definhando de amor, definhando, até que dela ficou apenas a voz no ar claro da manhã.
        -- No ar claro da manhã.
        Mas, não tendo mais Eco a quem olhar, Narciso acabou olhando a si próprio num lago, e ficou tão apaixonado pela própria imagem, que saltou no lago pra se auto possuir. Conseguiu apenas se afogar. Depois disso, uma bela flor nasceu no lago e todos passaram a chama-la de Narciso, mas já não adiantava mais nada.
        Não adiantava mais nada.

        Moral: Não adiantava mais nada!

Entendendo a fábula:
01 – Quais eram os personagens da fábula?
      Narciso e Eco.

02 – Qual era o defeito da Eco?
      Ela não conseguia ter um pensamento próprio.

03 – A Eco tinha uma mania, qual era?
      Ficar repetindo o que os outros diziam.

04 – O Narciso já estava cansado desta situação, qual foi a decisão tomada por ele?
      Vou botar o pé na estrada, e vê se não vem atrás de mim.

05 – Você acha que a Eco foi atrás do Narciso? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – O que aconteceu com o Narciso?
      Ele olhou a si próprio num lago, e ficou apaixonado pela imagem, e saltou no lago, e terminou morrendo afogado.

07 – Você concorda com a moral da fábula? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.



TEXTO: O QUE FAZER COM A FÁBRICA DE MAMONA? COM GABARITO

Texto: O que fazer com a fábrica de mamona?
          
                
        Numa cidade do interior de São Paulo existe uma fábrica de óleo de mamona.
        O óleo de mamona é muito usado como lubrificante.
     A fábrica fica numa cidade pequena, de aproximadamente 8 mil habitantes, onde 2 mil desses trabalham de alguma forma com a mamona, seja na lavoura, na fábrica ou na comercialização.
         Acontece que a fumaça que sai das chaminés dessa fábrica deixa o ar contaminado.
         O único hospital da cidade não dá conta de atender as pessoas com problemas respiratórios e alérgicos que por lá aparecem diariamente.
         O prefeito da cidade tem muitas dúvidas sobre o que fazer, pois se ele proibir a fábrica de funcionar, estará promovendo desempregos, mas se a fábrica continuar funcionando desse jeito, mais pessoas ficarão doentes.
         O prefeito então, decidiu consultar os vereadores, que lhe apresentaram as seguintes sugestões:
1)   Exigir que os donos das fábricas coloquem filtros nas chaminés e multa-los em caso de desobediência.
2)   Exigir que a fábrica mude para uma área industrial a ser construída num bairro distante da área urbana da cidade.
3)   Construir mais hospitais para atender os doentes com problemas respiratórios.
4)   Exigir que a fábrica diminua a produção, diminuindo assim, a poluição na cidade.
5)   Exigir que toda a população use máscaras contra a poluição.

                               Publicado pelo blog da prof. Kátia Morato.

Entendendo o texto:
01 – Que problema ambiental o texto de refere?
      Refere-se a fumaça que sai das chaminés dessa fábrica deixa o ar contaminado.

02 – Por que o prefeito tinha dúvidas sobre o que fazer com a situação?
      Porque se ele proibir a fábrica de funcionar, estará promovendo desempregos, mas se a fábrica continuar funcionando desse jeito, mais pessoas ficarão doentes.

03 – Que doenças esse problema ambiental estava causando na população da cidade?
      Problemas respiratórios e alérgicos que por lá aparecem diariamente.

04 – No que a mamona é transformada na fábrica?
      O óleo de mamona é muito usado como lubrificante.

05 – Das sugestões dadas pelos vereadores, qual você acha que deve ser aprovada pelo prefeito? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Por que os vereadores apresentaram algumas sugestões ao prefeito?
      Porque o prefeito tinha muitas dúvidas em como resolver o problema.