quinta-feira, 31 de maio de 2018

TEXTO: ONDE ESTÁ O MENINO? ARYANE CARARO - COM GABARITO

Texto: Onde está o menino?


      Este livro não tem história. E, por isso mesmo, talvez tenha muitas. Zoo, do espanhol Jesus Gabán, aglomera animais a cada dupla de páginas. Há bichos com pelos, que parecem pelúcia. Estão lá os quatis e o urso panda, por exemplo. Há os que têm carapaça dura. Como tatu, o caranguejo e o chifre do rinoceronte. Tem também os de pernas longas, como o flamingo, a garça e o colhereiro. Cada grupo está em uma página.
    Mas uma coisa não muda. Em todas as páginas, um menino observa tudo de longe. Às vezes, quase se esconde. E é bem divertido procurar onde ele está. Nessa brincadeira, as ilustrações em nanquim e aquarela de Jesus revelam muitas outras coisas. Sutilezas como os olhos chorões nas asas das borboletas. Os filhotes de pássaro no topo dos cactos. E a lesma no nariz da tartaruga, que quase parece um dinossauro. O livro que deixa para você contar a história que enxergar ali, surpreende pela beleza das ilustrações. Delicadas, com uma dose de surrealismo mágico e deliciosamente compostas. Vale ficar um tempão observando cada página.

                                Aryane Cararo. Disponível em: www.estadao.com.br.

Entendendo o texto:
01 – O texto acima é do gênero:
      “Resenha de livro”.

02 – O texto lido atende ao propósito de:
a) divulgar um zoológico.
b) divulgar o livro “Zoo”.
c) divulgar o trabalho do escritor Jesus Gabán.
d) divulgar diferentes espécies de animais.

03 – Leia com atenção as passagens a seguir e assinale aquela que explicita o objetivo identificado acima:
a) “Há bichos com pelos, que parecem pelúcia.”
b) “Estão lá os quatis e o urso panda, por exemplo.”
c) “[...] as ilustrações em nanquim e aquarela de Jesus revelam muitas outras coisas.”
d) “Vale ficar um tempão observando cada página.”

04 – Predomina no texto a linguagem:
a) formal                            b) regional
c) literária                          d) informal.

05 – A autora do texto expõe a sua opinião sobre o livro “Zoo” em:
a) “Há bichos com pelos, que parecem pelúcia.”
b) “Em todas as páginas, um menino observa tudo de longe.”
c) “E a lesma no nariz da tartaruga, que quase parece um dinossauro.”
d) “[...] surpreende pela beleza das ilustrações.”

06 – “Mas uma coisa não muda”. A que coisa a autora se refere?
      A autora refere-se à presença de um menino, observador, em todas as páginas do livro “Zoo”.

07 – Na passagem “E, por isso mesmo, talvez tenha muitas.”, o pronome “muitas” tem como referente o substantivo:
a) histórias                                b) páginas
c) ilustrações                            d) sutilezas.

08 – Na parte “E é bem divertido procurar onde ele está.”, o pronome “ele” retoma:
a) o urso panda                       b) o caranguejo
c) o chifre do rinoceronte        d) o menino.

09 – Na frase “Delicadas, com uma dose de surrealismo mágico e deliciosamente compostas.”, o adjetivo em destaque caracteriza:
      As ilustrações que compõem o livro “Zoo”.

10 – Na passagem “E é bem divertido procurar onde ele está.”, o termo “bem”:
a) complementa o sentido do adjetivo “divertido”.
b) intensifica o sentido do adjetivo “divertido”.
c) explica o sentido do adjetivo “divertido”.
d) retoma o sentido do adjetivo “divertido”.

TEXTO: GIGI E SOFIA TÊM SEDE! - COM GABARITO

Texto: Gigi e Sofia têm sede!


    Gigi e Sofia estão infelizes. As patas são altas demais e muito magras, e o pescoço demasiado longo.
        --- Estamos cheias! – lamentam-se aos animais da savana. – Para vocês é fácil beber. Abaixam-se um pouco, estendem a língua e pronto! Para nós, girafas, isso é uma acrobacia! Temas de afastar nossas imensas patas antes para podermos baixar a cabeça até a água. E, além disso, sempre corremos o risco de quebrar a cara...
        Os antílopes, as gazelas e os doces hipopótamos se reúnem. De repente, têm uma ideia...
        --- Há grandes canos da floresta! – dizem os hipopótamos. – Vamos buscá-los.
        Em menos de dois segundos, os canos são instalados perto do lago; Gigi e Sofia colocam-se, então, em dois pés de árvores e aspiram a água com seus grandes canudinhos.

Entendendo o texto:

01 – Qual o título do texto?
      Gigi e Sofia têm sede.

02 – Como se sentem Gigi e Sofia?
      Infelizes.

03 – Por que estão se sentindo assim?
      Por que suas patas são altas demais e magras, e o pescoço muito longo.

04 – O que para eles é mais difícil de fazer do que os outros animais da savana?
      Beber água, por causa do longo pescoço e patas.

05 – Quais animais se reúnem com uma boa ideia?
      Os antílopes, gazelas e os hipopótamos.

06 – O que eles vão buscar na floresta?
      Grandes canos.

07 – Como funcionou a ideia deles para Gigi e Sofia?
      Instalaram os canos perto do lago, assim elas aspiram a água com seus canudinhos.

TEXTO: RATOS GOSTAM DE QUEIJO? - COM GABARITO

Texto: Ratos gostam de queijo?

           Verdade ou mito?

        O rato doméstico gosta tanto de queijo quanto de qualquer outra comida que ele possa levar da sua cozinha. A espécie é onívora: ingere todos os tipos de alimento de origem animal ou vegetal. O que acontece, segundo os cientistas, é que esses bichos são atraídos por refeições de cheiros fortes. Então, é mais fácil eles irem atrás de queijo, bacon ou leite do que de outros alimentos sem odor. Mas na hora da fome, os roedores topam tudo!
        E você sabe qual é a diferença entre rato e camundongo? Os dois são roedores e a principal diferença entre eles é o tamanho. Os ratos, mais conhecidos como ratos-de-telhado, chegam a 19 centímetros de comprimento, têm cauda longa e fina e escalam muito bem (sobem em árvores, fios e telhados).
        Já os camundongos são pequenos, atingindo 7 centímetros de comprimento. Eles vivem escondidos em tocas construídas em paredes, armários, caixas e outros lugares protegidos. Por não gostarem muito de andar, fazem as tocas perto de um lugar com comida.
        No Brasil, ainda são comuns as ratazanas: maiores, elas atingem 26 centímetros de comprimento, vivem nos esgotos e não conseguem subir nos canos, árvores, calhas e outros locais altos.
                                            Disponível em: <http://recreio.uol.com.br/>.

Entendendo o texto:
01 – O texto acima atende ao objetivo de:
a) dar uma notícia.
b) apresentar uma explicação.
c) expor uma opinião.
d) narrar uma história.

02 – O conteúdo do texto lido é de natureza:
a) jornalística
b) humorística
c) científica
d) didática.

03 – De acordo com o texto, os ratos domésticos são onívoros porque:
a) “[...] ingerem todos os tipos de alimento de origem animal ou vegetal.”
b) “[...] são atraídos por refeições de cheiros fortes.”
c) “[...] é mais fácil eles irem atrás de queijo, bacon ou leite [...]”
d) “[...] têm cauda longa e fina e escalam muito bem [...]”

04 – Assinale o adjetivo que apresenta o sentido equivalente à locução “sem odor”:
a) incomuns.
b) insípidos.
c) inodoros.
d) incolores.

05 – Relacione, numerando conforme indicação:
1. Características dos ratos
2. Características dos camundongos
3. Características das ratazanas

(2) “[...] vivem escondidos em tocas construídas em paredes, armários, caixas [...]”
(1) “[...] chegam a 19 centímetros de comprimento [...]”
(3) “[...] atingem 26 centímetros de comprimento [...]”
(1) “[...] têm cauda longa e fina e escalam muito bem [...]”
(3) “[...] vivem nos esgotos e não conseguem subir nos canos, árvores, calhas [...]”
(2) “[...] são pequenos, atingindo 7 centímetros de comprimento.”

06 – No trecho “Mas na hora da fome, os roedores topam tudo!”, a conjunção “mas” estabelece uma relação de:
a) comparação
b) conclusão
c) adição
d) oposição.

07 – Na passagem “Por não gostarem muito de andar, fazem as tocas perto de um lugar com comida.”, a preposição “por” indica a ideia de:
a) finalidade
b) causa
c) modo
d) lugar.

terça-feira, 29 de maio de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): EU SÓ QUERO UM XODÓ - DOMINGUINHOS - COM GABARITO

Música(Atividades): Eu Só Quero Um Xodó

                                         Dominguinhos
Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó pra mim do meu jeito assim
Que alegre o meu viver

Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só

Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó pra mim do meu jeito assim
Que alegre o meu viver

Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó pra mim do meu jeito assim
Que alegre o meu viver.
                                   Composição: Anastácia / Dominguinhos.

Entendendo a canção:

01 – O uso da palavra xodó no título: “Eu só quero um xodó” indica que há o desejo de:
(A) mudar o jeito de ser.
(B) encontrar um amor.
(C) continuar a sofrer.
(D) ficar só.

02 – Qual o tema da canção?
      O tema é o amor.

03 – Como esse tema aparece na canção?
      Aparece na queixa do sujeito que sente falta de um amor.

04 – Diga algumas rimas que você encontrou na letra da canção:
      Xodó / só; bem / ninguém; sofrer / viver; mim / assim.

05 – Na sua opinião, qual o efeito que as rimas provocam?
      As rimas contribuem para a musicalidade e o ritmo da canção.

06 – Agora, você vai escrever o maior número de rimas para cada palavra abaixo:
·        Amor =
·        Sofrer =
      Resposta pessoal do aluno.

FILME(ATIVIDADES): GÊNIO INDOMÁVEL - GUS VAN SANT - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): GÊNIO INDOMÁVEL

 Data de lançamento 20 de fevereiro de 1998 (2h 06min)
Direção: Gus Van Sant
Gênero Drama
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Em Boston, um jovem de 20 anos (Matt Damon) que já teve algumas passagens pela polícia e servente de uma universidade, revela-se um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa fazer terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analistas, até se identificar com um deles.

Entendendo o filme:

01 – Quais os principais sintomas emocionais apresentados por Will e quais sua hipóteses sobre a origem destes?
      Inseguro, imaturo emocionalmente, faltava-lhe inteligência emocional, rebeldia, agressividade... Tem sua origem no fato de ter ficado órfão muito cedo, culpa pela morte do pai e ter passado por lares adotivos, os abusos que sofreu nesses lares.

02 – Qual a história do filme?
      O filme narra a trajetória de um garoto pobre com a capacidade incrível de resolver os problemas matemáticos. Órfão Will mora em um quarto com três amigos inseparáveis. Will é ajudado pelo professor Lambeau que descobriu sua capacidade para a matemática.

03 – Em sua opinião por que o filme é intitulado “Gênio Indomável”?
      Porque Will é um gênio, mas não aceita o fato, se esconde atrás de uma máscara de um jovem rebelde e afasta todos os que tenta ajuda-lo, pelo medo que sente de que depois eles possa o abandonar, tornando uma pessoa indomável com um bloqueio social.

04 – Quem é o “gênio” do filme? Justifique sua resposta.
      Psicólogo Sean, que consegue fazer Will superar seus medos e ir atrás do que realmente vale a pena, fazendo Will ver o quão gênio ele é, e que ele é capaz.

05 – Quem é o “Indomável” no filme? Justifique sua resposta.
      Will por ele ser uma pessoa difícil de lidar com outras pessoas pelo bloqueio que ele mesmo criou e não deixar ninguém ajudá-lo.

06 – Cite um trecho do filme (um ponto alto) onde se pode notar explicitamente a Psicologia da Educação atuando.
      Quando Sean o psicólogo consegue “domá-lo” reeducando-o e fazendo com que ele acreditasse em si mesmo, e fazendo ele enxergar que nada do que tinha acontecido até ali era culpa dele, e que pra ele ir além só bastava ele querer e acreditar em sua capacidade e foi isso que ele conseguiu fazer.

07 – Como a Psicologia da Educação atuou na vida do “Gênio Indomável”?
      Reeducando Will por meio da educação formal e sessões psicoterapêuticas, eliminando primeiro seu medo interior, ensinando Will a tomar decisões que mudariam para sempre sua vida. Fazendo com que Will saísse do seu mundo em que vivia e procurar novos horizontes um novo conceito de viver.

08 – Qual a parte do filme mais lhe chamou a atenção e por qual motivo? Narre em breve linhas.
      A parte em que o psicólogo Sean repete por diversas vezes na cara de Will que ele não era culpado de nada do que tinha acontecido até aquele momento, e é essa hora que Will mostra quem realmente ele é, um menino sensível e que só queria uma oportunidade. Então Will abraça Sean chorando muito. A vida muitas vezes nos obriga a ser e agir de uma forma em que achamos que estamos protegidos, mas nem sempre essa é a forma correta.

09 – Você acredita na capacidade de um professor em mudar a vida escolar e até mesmo particular de um aluno?
      Sim.

a)   Por quê?
Querendo ou não todo professor tem esse poder vai dele saber usá-lo ou não, o poder de influenciar na vida do seu aluno. Ele guia seu aluno para o melhor caminho, mas é seu aluno que decide se vai seguir ou não.

10 – Quais as principais lições podemos aprender com o filme?
·        Receber ajuda não é uma vergonha...
·        ... E é corajoso baixar a guarda.
·        Escolha bem as pessoas que te cercam.
·        A educação pode vir de qualquer lugar.
·        Devemos parar de nos preocupar com que os outros dizem.


FÁBULA: O SAPO E A COBRA - AUTOR DESCONHECIDO - COM GABARITO

Fábula: O SAPO E A COBRA


     Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
         -- Olá! O que você está fazendo estirada na estrada?
         -- Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha e você?
         -- Um sapo. Vamos brincar?
         E eles brincaram a manhã toda no mato.
  

        -- Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando sobre o tronco - disse a cobra.
         E eles subiram.
      Ficaram com fome e foram embora, cada um para a sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
         -- Obrigada por me ensinar a pular.
         -- Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
         Em casa o sapinho mostrou para a sua mãe que sabia rastejar.
         -- Quem ensinou isso a você?
         -- A cobra minha amiga.
         -- Você não sabe que a família da cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
         Em casa a cobrinha mostrou a mãe que sabia pular.
         -- Quem ensinou isso a você?
         -- O sapo meu amigo.
         -- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu com a família do sapo e…bom apetite! E para de pular. Nós cobras não fazemos isso.
         No dia seguinte cada um ficou no seu canto.
         -- Acho que não posso rastejar com você hoje – pensou o sapo.
         A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: “Se chegar perto, eu pulo e o devoro”.
         Mas lembrou- se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato.
        Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos. Mas ficaram sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos…
     Moral: Esta fábula do folclore africano faz nos refletir sobre como o mundo seria melhor sem os preconceitos que afastam as pessoas.
                                                                          Autor desconhecido

Entendendo a fábula:
01 – Quais eram os personagens do texto?
      O sapo e a cobra.

02 – Qual era o local que aconteceu os fatos?
      Foi na floresta.

03 – O sapinho encontrou um bicho comprido e perguntou, quem é você?
      Sou uma cobrinha.

04 – Os dois foram brincar, o que cada um ensinou para o outro?
      O sapo ensinou a dar pulos e a cobrinha ensinou a rastejar.

05 – Quando a mãe do sapinho viu ele rastejando, o que disse?
      A família da cobra não é gente boa. Eles tem veneno. E pare de rastejar, não fica bem.

06 – E a cobrinha foi mostrar o que tinha aprendido com o sapinho a sua mãe, o que ela disse?
      Que besteira! A gente nunca se deu bem com a família do sapo e só serve de alimento. E pare de pular.

07 – Qual era o pensamento da cobrinha com relação ao seu amigo sapinho, depois do que tua mãe lhe disse?
      Era: “Se chegar perto, eu pulo e o devoro.”

08 – De acordo com o texto, os dois amigos nunca mais brincaram juntos, mas pensavam a mesma coisa, o que eles pensavam?
      Ficavam sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos.




LENDA: O SACI - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

Lenda: O Saci


  Gente da cidade grande, acostumada com a luz elétrica, entregador de pizza, televisão, poluição, telefone celular, trânsito e computador, não entende nada de Saci e só vai ver o Saci no dia de São Nunca.
         Acontece que o Saci é filho do mistério, filho do vento que assobia, filho das sombras que formam figuras no escuro da floresta, filho do medo da assombração. O Saci é uma dessas coisas que ninguém explica.
         Por exemplo. É muito fácil explicar uma casa. Ela tem tijolos, portas, paredes, janelas e serve para morar. É muito fácil também explicar um cachorro. É um animal mamífero, pertence à espécie canina, abana o rabo, às vezes morde, faz xixi no poste, é amigo das pulgas e serve para latir e tomar conta de casas e apartamentos.
         Agora, tente explicar o gosto. Por que tem gente que gosta de uma coisa e gente que gosta justo do contrário?
         Experimente explicar a beleza ou explicar um sentimento ou as coincidências que acontecem ou o gosto ou os sonhos, os acasos ou um pressentimento. Você já teve um pressentimento? Já sentiu que uma coisa ia acontecer e, no fim, ela aconteceu mesmo? Pois bem, agora tente explicar!
         Às vezes a gente está calmamente em casa com uma coisa na mão.  O telefone toca. A gente atende. Bate um papo. Quando desliga, cadê a coisa que a gente estava segurando? Sumiu! A gente não consegue acreditar. A coisa estava aqui agorinha mesmo! A gente procura em todo o canto, xinga, reclama, arranca os cabelos, vira a casa de cabeça para baixo e nada. De repente, olha pro lado... não é possível! A coisa estava ali o tempo todo bem na cara da gente!
         Numa casa de caboclo, quando isso acontece, as pessoas dizem que foi obra do Saci. Dizem que o Saci tem mania de esconder as coisas e depois fica escondido, dando risada, enquanto a gente faz papel de bobo.
         O Saci é um ser misterioso habitante do mato. Sua aparência é de um negrinho pequeno e risonho, de uma perna só, com um capuz vermelho enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem órgãos para fazer xixi e cocô. Costuma ter três dedos nas mãos, que são furadas, e, quando quer, solta um assobio misterioso e fica invisível. Além disso, vive com o joelho machucado e as comandar os mosquitos, pernilongos e pulgas que vivem atazanando a vida da gente. Tem outra coisa: O malandrinho aprecia fumar cachimbo e consegue soltar fumaça pelos olhos! quando está de bom humor, pode ajudar as pessoas a encontrar objetos perdidos. Em compensação, adora pregar as piores peças nos outros: faz os viajantes errarem seu caminho, esconde dinheiro e coisas de estimação, faz vasos, pratos e copos caírem sem motivo e quebrarem, gosta de judiar dos bichos e é especialista em fazer comida gostosa dar dor de barriga. De vez em quando, o Saci sai girando em volta de si mesmo, feito um pião maluco, e gira tanto, tanto, tanto que até levanta as folhas secas e a poeira do chão. Aliás, muitos afirmam que é só por isso que existem os rodamoinhos.
         O Saci tem vários nomes, dependendo da região onde aparece: pode ser Saci Cererê, Saci Taperê, Saci Pererê, Saci Saçura, Saci Siriri, Saci Trique. Às vezes é chamado de Matitaperê, Matintaperera ou Sem – Fim, que na verdade, são nomes de pássaros. É que em certos lugares, dizem, o danado, quando perseguido, dá risada, vira passarinho e desaparece deixando todo mundo de queixo caído.
         O Saci pode ser perigoso. Às vezes chama as criancinhas, canta, dança, inventa lindas histórias e acaba fazendo as infelizes se perderem na floresta. Pode também fazer um caçador entrar no mato e nunca mais voltar.
         Para dominar o Saci só tem um jeito: primeiro, pegar uma peneira. Segundo, esperar um rodamoinho dos fortes. Terceiro, atirar a peneira bem em cima do pé de vento. Quarto, agarrar o Saci que aparecer preso na peneira. Quinto, arrancar seu capuz e, sexto prender o espertinho dentro de uma garrafa. Sem aquele gorro vermelho o Saci fica apavorado, ameaça, geme, choraminga, fala palavrão, implora e acaba fazendo tudo que a gente quer.        
         Pode até ser bom morar na cidade, mas como seria gostoso, um dia, assim, de repente, encontrar um Saci de verdade fazendo bagunça, fumando cachimbo, soltando fumaça pelos olhos, virando passarinho e sumindo no espaço!
Ricardo Azevedo. Armazém do folclore.
São Paulo, Ática, 2000. p. 18 a 20.

Entendendo a lenda:
01 – O que o texto trouxe de novidade sobre o Saci que você ainda não sabia?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Quem é o autor do texto?
      Ricardo Azevedo.

03 – De onde o texto foi tirado?
      Armazém do Folclore. São Paulo. Ática, 2000. p. 18 a 20.

04 – Segundo o texto, gente da cidade grande não entende nada de Saci. Você concorda com isso? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – O autor diz que o Saci é uma coisa que ninguém explica, que é mais fácil explicar uma casa ou um cachorro. Por quê?
      Porque o Saci é uma lenda. Enquanto uma casa ou cachorro são palpáveis.

06 – A quem o autor se refere quando fala em caboclo?
      Ao povo que mora no campo.

07 – Indique no texto a parte referente às características físicas do Saci.
      O Saci é um ser misterioso habitante do mato. Sua aparência é de um negrinho pequeno e risonho, de uma perna só, com um capuz vermelho enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem órgãos para fazer xixi e cocô. Costuma ter três dedos nas mãos, que são furadas, e, quando quer, solta um assobio misterioso e fica invisível.

08 – Quais são os nome que o Saci recebe conforme a região onde aparece?
      O Saci tem vários nomes, dependendo da região onde aparece: pode ser Saci Cererê, Saci Taperê, Saci Pererê, Saci Saçura, Saci Siriri, Saci Trique.

09 – Na região onde você mora, como o Saci é conhecido?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Por que em alguns lugares, ele recebe nome de pássaros?
      É que em certos lugares, dizem, o danado, quando perseguido, dá risada, vira passarinho e desaparece deixando todo mundo de queixo caído.

11 – Indique as frases que mostram o jeito de ser e de agir do Saci.
(X) Tem mania de esconder as coisas.
(   ) Gosta de ver as pessoas fazendo papel de bobas.
(   ) É mal – humorado.
(X) É brincalhão.
(X) Fuma cachimbo.
(   )  Protege os bichos.
(   ) Auxilia os caçadores  a se localizarem nas florestas.
(X) Gosta de judiar dos bichos.
(   ) Tem bom humor.
(X) Esconde dinheiro e as coisas de estimação.
(X) Faz um caçador entrar na mata e nunca mais voltar.

12 – Em sua opinião, qual foi a intenção do autor ao escrever este texto?
      Resposta pessoal do aluno.

13 – Quantos parágrafos possui este texto?
      O texto possui 13 parágrafos.

14 – Releia o penúltimo parágrafo e desenhe, no caderno, as etapas de como pegar um Saci.
      Resposta pessoal do aluno.

15 – Você sabia que o Saci ganhou um dia só para ele no nosso calendário? Pesquise que dia é esse e porque foi escolhido para homenageá-lo.
      Resposta pessoal do aluno.