quarta-feira, 25 de abril de 2018

CONTO: A DESPEDIDA - FANNY ABRAMOVICH - COM GABARITO

Conto: A DESPEDIDA 
             Fanny Abramovich


      Zeca entendeu tudo na hora. Deu um grande abraço no irmão. Trocaram um olhar, e meio que combinaram tudo, sem dizer nenhuma palavra. Foram detrás do prédio. Não acharam nenhum lugar de que gostassem. Caminharam um pouco mais e chegaram num terreno baldio. Pararam perto duma árvore, cavaram a terra com as pazinhas que tinham trazido. Enterraram o hamster no maior silêncio.
         Cobriram a cova com a terra. Com tristeza, com dor, Zeca fez uma cruz com dois paus de madeira que encontrou pelo caminho e amarrou com elástico. Com uma caneta escreveram: “Olhos vermelhos. Dez meses de idade. Saudades de Edu e Zeca.”
     Voltaram para casa chorando. Edu se apoiava em Zeca, que caminhava devagarinho, sentindo que a ocasião não era pra nenhuma estabanação. Deu o tempo que o Edu precisava. Não disse nada, nem ouviu nada. Só silêncio e lágrimas rolando.
          Em casa, Edu se trancou no quarto. Não quis saber de mais nada. Nem de jantar, muito menos de conversar ou ver tevê. Zeca até emprestou o seu videogame, mas nem isso animou o Edu. Deitado na cama, olhos fechados, coberto até o pescoço, porque estava sentindo frio, só pensava na falta que Olhos Vermelhos ia fazer. Chorou até dormir. Dormiu de cansaço.
          Edu sofria, Zeca chamava o irmão pra ler suas revistinhas, mas Edu nem se interessava... A mãe insistia pra que ele fosse dar umas voltas, brincar com os amigos, jogar futebol, apostar corrida, pedalar na bicicleta. Ele só queria ficar em casa. Pensando.
          Resolveu desenhar num caderno grosso tudo o que lembrava as aprontações e da carinha marota de Olhos Vermelhos. Ficava horas nisso... Tinha perdido alguém que adorava! E quem perde alguém tão querido não sai dando voltas por aí, procurando um jogo de futebol ou tomando sorvete na esquina. Os pais tinham que entender que perder o melhor amigo era duro. Muito duro. Talvez mais tarde encontrasse alguma coisa que o consolasse. Agora, por enquanto, nesse momento, não tinha nada, nadinha! Só um coração vazio.

ABRAMOVICH, FANNY. IN: OLHOS VERMELHOS.
SÃO PAULO: MODERNA ,1995.

Entendendo o conto:
01 – Qual é a autoria do texto? Em qual livro está publicado?
      Fanny Abramovich – Livro Olhos Vermelhos.

02 – Qual o tema principal de A despedida? Assinale apenas uma alternativa:
(  ) animal de estimação           
(X) lidar com as perdas de algo ou alguém  
(  ) amizade                           
(  ) afeto entre irmãos.

03 – Quem era Olhos Vermelhos?
      O hamster.

04 – Quem eram Edu e Zeca?
      Eram dois irmãos.

05 – Qual dos dois meninos ficou mais triste pela perda? Qual poderia seria o motivo?
      Edu, o hamster era dele e pelo contexto era mais novo que Zeca.

06 – Qual a relação entre o título A despedida e o texto? Explique com suas palavras mais sugestões, a produção e o gabarito:
      A despedida de alguém que era amado pelos meninos e que morrera, no caso, o hamster e como eles lidariam com a perda.

07 – Que outro título você daria, considerando a relação com o texto?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Escreva duas ações que estão no texto comprovando que Zeca se importava com o sofrimento do irmão.
      Resposta pessoal do aluno.

09 – “E quem perde alguém tão querido assim não sai dando voltas por aí, procurando um jogo de futebol ou tomando sorvete na esquina.” Você concorda com essa ideia? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Você já sofreu uma grande perda? Se quiser, relate em um parágrafo a sua experiência e como lidou com isso.
      Resposta pessoal do aluno.

SONETO: IMPRECAÇÕES CONTRA UMA INGRATA - BOCAGE - COM GABARITO


Soneto: Imprecações contra uma ingrata
          

                                    (Improviso) Bocage

Vai-te, fera cruel, vai-te, inimiga,
horror do mundo, escândalo da gente,
que um férreo peito, uma alma que não mente,
não merece a paixão, que afadiga:
O céu te falte, a terra te persiga,
negras fúrias o Inferno te apresente,
e da baça tristeza o voraz dente
morda o vil coração, que Amor não liga:
Disfarçados, mortíferos venenos
entre licor suave em áurea taça
mão vingativa te prepare ao menos:
E seja, seja tal tua desgraça,
que ainda por mais leves, mais pequenos
os meus tormentos invejar te faça.

                                   BOCAGE, Manuel Maria B. du. Sonetos completos de Bocage.
                                                                                                 São Paulo: Núcleo, 1995.

 Entendendo o poema:
01 – O sentimento ou estado de alma que teria motivado a criação desse soneto poderia ser:

    a) O ódio invejoso contra uma mulher.
    b) A indignação contra as autoridades do país.
    c) O amor desmedido por uma mulher.
    d) O orgulho ferido.
    e) A raiva da própria mãe.

02 – Que versos podem justificar essa hipótese?
       “Não merece a paixão, que me afadiga”,
       “Morda o vil coração, que Amor não liga”.

03 – O que a pessoa a quem o poema se dirige fez para o eu lírico?
       Não correspondeu a seu amor e despertou nele um estado insuportável de paixão.

ARTIGO DE OPINIÃO: USAR ÁGUA SIM; DESPERDIÇAR NUNCA - ANTONIO ERMÍRIO DE MORAES


ARTIGO DE OPINIÃO: USAR ÁGUA SIM; DESPERDIÇAR NUNCA


     O verão veio bravo. Ninguém aguenta o calor. É tempo de piscina, praia, refrescos, sorvetes e muito desperdício de água.
        Esse mau hábito não é novo. Ao ler uma instrutiva reportagem publicada pelo “Estado” (6/2/2006), fiquei estarrecido ao sabor que o consumo por pessoa em São Paulo é de 200 litros recomendados pela ONU.
        Em 2005, o consumo da água na região da Grande São Paulo aumentou 4% em relação a 2004. Só em dezembro, foram consumidos 128 milhões de metros cúbicos de água – o maior consumo desde 1997.
       É uma soma fantástica e sinalizadora de muito desperdício. Os repórteres responsáveis pela reportagem mencionada “flagraram” muitas pessoas lavando as calçadas com mangueira a jato em lugar de vassoura. Trata-se de um luxo injustificável. No consumo doméstico, cerca de 72% da água são gastos no banheiro e, neste, o chuveiro responde por 47%. Os banhos exageradamente demorados desperdiçam água e energia elétrica.
        É verdade que o asseio é uma das virtudes dos brasileiros e devemos conservá-la. Mas não há necessidade de ficar meia hora debaixo do chuveiro para manter a boa higiene. Quando estudei nos Estados Unidos, há mais de 50 anos, a dona da república onde morava, uma senhora franzina e de cara muito fechada, me fez pagar uma sobretaxa de aluguel porque sabia que, como brasileiro, eu estava acostumado a tomar banho todos os dias e a “gastar” muita água. Na época, garoto novo, achei a mulherzinha um monstro de avareza. Hoje, vejo que todas as nações do mundo precisam economizar água.
        O Brasil é um país abençoado por possuir cerca de 20% da água do mundo. Isso é um privilégio quando se considera que só 3% da água do planeta é aproveitável e que mesmo esses 3% não são imediatamente utilizáveis, porque uma grande parte está nas geleiras longínquas e em aquíferos profundos. Na verdade, a quantidade de água que pode ser usada para alimentar os seres vivos, gerar energia e viabilizar a agricultura é de aproximadamente 0,3%.
        Desse ponto de vista, a água é um bem escasso. Não é porque temos 20% da água do mundo que podemos perde-la irresponsavelmente. O uso da água precisa ser racionalizado, em especial nas grandes aglomerações urbanas, onde os mananciais não dão conta de atender a população.
        O Brasil já possui uma lei das águas, promulgada em 1997, cujo objetivo central é o de “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água”. Recentemente, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou o plano Nacional de Recursos Hídricos, com vistas a induzir o uso racional da água.
        Tais instrumentos são importantes. Mas o Brasil ganhará muito se as escolas e as famílias ensinarem as crianças a não repetirem os desperdícios praticados pelos adultos. Comece hoje a ensinar seus filhos e netos. E, sobretudo, dê o bom exemplo. Afinal, para mudar hábitos, os exemplos e a educação são peças-chave.

                            Antônio Ermírio de Moraes. Folha de São Paulo, 12 fev. 2006.

Entendendo o texto:
01 – A que assunto o artigo de Antônio Ermírio de Moraes se refere?
      Ao desperdício de água no Brasil.

02 – Qual é a posição apresentada no título a respeito do assunto do artigo? Copie os trechos do texto em que essa posição é reafirmada.
      O autor é contra o desperdício de água, de acordo com o título; “Esse mau hábito não é novo”, “é uma soma fantástica e sinalizadora de muito desperdício”; “trata-se de um luxo injustificável”; entre outros.

03 – Do ponto de vista do articulista, o que deve ser feito a respeito do desperdício de água?
      O consumo de água precisa ser racionalizando e o bom exemplo deve ser dado na escola e nas famílias no sentido de educar as futuras gerações.

04 – Em que parágrafos essas ideias são expressas?
      Essas ideias aparecem no sétimo e no nono parágrafos.
       

TEXTO: AME A SUA SELEÇÃO - CLARA ALBUQUERQUE - COM GABARITO

Texto: AME A SUA SELEÇÃO


         A Seleção Brasileira nasceu pra mim na Copa de 1986. Muitos de vocês já conhecem essa história: eu não tinha completado três anos ainda, mas já adorava a farra do futebol. Na ocasião, uma de minhas avós, ao voltar de uma viagem com presentes para os netos, trouxe para meu irmão uma camisa da Seleção e, para mim, uma boneca. Era dia de jogo do Brasil e eu achei aquilo um absurdo. Do jeito que só uma criança faria, chorei e protestei pelo fato dele ter recebido um presente relacionado à festa da Copa do Mundo e eu não. Felizmente, minha mãe encontrou uma solução: tratou de escrever Brasil com lápis de cera verde numa folha de papel ofício e colou a “obra” numa camiseta amarela que eu já tinha no armário. Estava pronta a camisa da Seleção Brasileira que, pela minha reação de felicidade e satisfação, era tão oficial quanto a que Falcão, Casa grande, Zico, Sócrates e companhia desfilavam nos campos do México.
         Pra minha mãe, a Seleção Brasileira nasceu em 58, quando ela era arremessada pra cima por meu avô a cada gol do Brasil no nosso primeiro título mundial. Pra meu pai, foi na Copa do Mundo seguinte, quando a família toda se reunia em volta do rádio pra ouvir as partidas do time que conquistou o bicampeonato. Sempre tive a certeza que a cada partida, gol de Pelé e de Ronaldo, drible de Garrincha e Neymar, jogada de Sócrates e Ronaldinho, título, goleada ou derrota do Brasil, nascia uma Seleção Brasileira particular pra alguém. Umas mais espetaculares e outras sem muito brilho e com algumas cabeças de bagre dentro de campo, mas todas especiais de alguma forma.
         No meu caso, já que não tive a felicidade de crescer assistindo a genialidade de Pelé e sua turma ou a arte da Seleção de 82, ela sempre teve uma outra característica muito importante: festa, sim, papel picado, sorrisos, fogos de artifício e gols (que você pode substituir por Romário), mas não necessariamente muito futebol. Ou alguém que viu sua primeira taça de título mundial ser levantada por Dunga poderia pensar diferente?
         Pois bem, oficialmente, a Amarelinha nasceu em 1914 e em quase cem anos de existência, como todo mundo já sabe, se transformou não só na seleção mais vitoriosa do mundo, mas também na maior expressão da nossa cultura. Seria normal pensar, então, que na milésima partida oficial da Seleção Brasileira, ela merecia, no mínimo, uma chuva de papel picado, não acham? Pois a CBF acha que não. Na milésima vez que o escudo mais poderoso do futebol mundial entrar em campo, será contra o Gabão, num lugar onde toda vez que eu vou falar, preciso consultar de novo pra lembrar.
         Fico assustada com a quantidade de pessoas que dizem que a Seleção Brasileira morreu para elas. Confesso que isso está bem longe de acontecer pra mim, mas preciso dizer também, que, infelizmente, não é nada difícil entendê-la.

Clara Albuquerque. Disponível em: 
                                                              Acesso em: 10 dez. 2011.

Entendendo o texto:
01 – No início do texto, a cronista conta sua primeira experiência com a Copa do Mundo, assim como a de seus pais. Qual seu objetivo com esses relatos?
        A cronista pretende comprovar que uma Copa do Mundo sempre “faz nascer” uma seleção Brasileira para alguém, ou seja, sempre apresenta uma primeira seleção marcante para alguém.

02 – A cronista menciona três Copas do Mundo que apresentam, respectivamente, uma Seleção Brasileira para ela, para a mãe e para o pai. O que, nos três casos, parece ter ajudado a tornar essa experiência marcante para as três crianças?
        Para as três crianças, a Copa do Mundo envolvia um contato alegre com a família, tinha um caráter de reunião festiva. Isso ajudou a tornar memorável essa experiência com o futebol.

03 – Para a cronista, a noção de “nascimento” de uma Seleção Brasileira para alguém implica que essa seleção tivesse sido bem-sucedida? Comprove sua resposta.
        Não. Quando falou do “nascimento” de uma seleção, a cronista mencionou partida, gol, drible, jogada, título, goleada, mas também mencionou derrota. Em seguida, ela afirmou que algumas seleções eram mais espetaculares, outras não tinham muito brilho (mas algumas cabeças de bagre), mas todas eram especiais.


TEXTO: A AGENDA DE CAROL - INÊS STANISIERI - COM GABARITO


TEXTO: A AGENDA DE CAROL


        Carol é uma menina de 10 anos que usa a agenda como diário. Leia o que ela anotou sobre as mudanças que vem observando no próprio corpo. Segunda-feira, 11 de março Hoje foi fogo! Depois da aula de Educação Física, os meninos ficaram com um cheiro horrível. E como a aula termina na mesma hora e vai todo mundo pro bebedouro e pro vestiário junto, dá vontade de morrer! Todos suados e aquele cheiro fortíssimo. Isso tem acontecido de uns tempos pra cá. Isso não era assim. A gente brincava, corria, suava e não tinha cheiro. Será que é por causa dos pelinhos que estão nascendo em todo mundo? Mas, se for, bem que a galera podia usar um desodorante básico, né? Ia facilitar a vida da gente. O João Ameba, então, não dá nem pra comentar! O cara corre igual a um louco, chega ao final com a camisa molhada. Sem brincadeira, não dá pra chegar perto dele. Não sei como a professora aguenta. Eu então odeio gente fedorenta. O cara não se manca. Eu sei que eu não tenho esse cheiro horrível, já fiz o teste em mim. Um dia, no vestiário, bem escondido, levantei e cheirei bem debaixo do meu braço. Estava tudo em ordem. Ai, mas tem horas que eu queria ficar congelada no tempo porque dentro de mim está tudo cada vez mais estranho, no meu corpo, na minha cabeça... Quer saber, diário? Pelo menos essa história do cheiro, eu vou resolver agora mesmo. Manhêêê...

                                  (Inês Stanisieri. A agenda de Carol. BH. 2006).

Entendendo o texto:
01 – No Texto, a menina parece conversar com alguém. Se ela é o remetente, quem é o destinatário?
      A – ( ) a professora.
      B – ( ) a própria mãe.
      C – ( ) um colega da escola.
      D – (X ) o seu diário.
      E – ( ) qualquer pessoa.

02 – Em determinado momento, Carol para de falar do momento em que ela vive. Que frase inicia uma volta ao passado?
      A – (  ) “Hoje foi fogo!”
      B – (  ) “Todos suados e aquele cheiro fortíssimo.”
      C – ( X) “Isso não era assim.”
      D – (  ) “Ia facilitar a vida da gente.”
      E – (  ) “O cara não se manca.”

03 – “Eu sei que não tenho esse cheiro horrível, já fiz o teste em mim.” No período acima, que vocábulo poderia unir as orações, logo após a vírgula, de modo que o sentido seja mantido?
      A – (X ) pois.
      B – ( ) assim.
      C – ( ) para.
      D – ( ) logo.
      E – ( ) mas.

04 – Diante de uma possível causa para o cheiro desagradável dos colegas, Carol pensa em uma boa solução. Assinale a opção que apresenta, respectivamente, a causa e a solução:
      A – ( ) a aula de Educação Física / tomar banho.
      B – ( X) pêlos no corpo / usar desodorante.
      C – ( ) o vestiário cheio / esperar esvaziar.
      D – ( ) a correria no pátio / parar de correr.
      E – ( ) o tumulto no bebedouro / evitar aglomerações.


domingo, 15 de abril de 2018

FILME(ATIVIDADES): SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS - PETER WEIR - COM GABARITO


Filme(ATIVIDADES): SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
Data de lançamento: 28 de fevereiro de 1990 (2h 08min)
Direção: Peter Weir
Nacionalidade: EUA

SINOPSE E DETALHES

        Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos".

Compreensão do filme:

01 – Qual o formato da proposta educacional da escola?
      É uma instituição preparatória ortodoxa, seu ensino é tradicional, outros princípios muito preservados eram a disciplina, honra e excelência. A educação era engessada, a escola pretendia apenas ensinar, não havia alguma intenção em fase o aluno aprender e pensar, o aluno não tinha autonomia.

02 – Descreva como era a relação professor e aluno, professor e escola.
      Os professores eram proibidos de criar um vínculo com os alunos, a escola queria apenas que os professores realizassem uma ótima preparação para o vestibular. Os professores utilizavam a “nota” para deter o aluno, era o método do tradicionalismo. Porém o professor John Keating, transforma a rotina tradicional, e inspira seus alunos a viverem a vida, mas a escola não aceita de modo algum este ensino convencional.

03 – Como era o comportamento da família e escola, família e aluno?
      Os pais dos alunos são contra os novos ideais que seus filhos descobriram, e apoiam plenamente a escola. Para os pais e a escola, os alunos deveriam aceitar as imposições profissionalizantes, sem quebrar as regras, os alunos não aceitavam a ideia de um regimento forte que seus pais e escola tinham o costume de impor. A família e escola retiravam totalmente a liberdade dos alunos.

04 – Qual a diferença entre o conhecimento baseado na aprendizagem mnemônica e aprendizagem voltada para construção do sujeito?
      A aprendizagem mnemônica, auxilia na memória, é uma forma de memorizar fórmulas e listas, de maneira simples, é uma sequência que possui um sentido, uma lógica. Já na aprendizagem voltadas para a construção do sujeito, “o sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver”. (Rubem Alves). A educação visa conhecimento, consciência e organização para afirmação do sujeito.

05 – Qual o significado da cena dos garotos andando na escuridão com uma lanterna?
      Os garotos são cheios de sonhos, e vontade de viver, a cena dos garotos andando na escuridão com uma lanterna significa a quebra para uma renovação, significa uma luz na mente dos alunos, pois eles querem uma decisão em suas vidas.

06 – Qual é a representação da entrada na caverna durante a noite?
      O professor John Keating desperta em alguns alunos a necessidade deles buscarem a si mesmos, com intenção de firmar sua personalidades. Os jovens acabam entrando na caverna durante a noite, isto acaba representando a devida “liberdade”, a vontade de viver a vida, o conceito do “Carpe Diem”. (Vontade de viver a vida intensamente).

07 – Qual o significado dos garotos subirem nas carteiras e o professor observar pela fresta da porta?
      Os garotos sobem nas careiras, como significado de observar a vida com outros olhos, com pensamentos e opiniões, a ideia de não perder o tempo precioso. O professor ao observar pela fresta da porta percebe que sua metodologia passou segurança para seus alunos, agora eles são sujeitos, e proclamam o ato de viver.

08 -  Onde se passa a trama do filme?
      A trama se dá em uma escola, um internato masculino, que adota um sistema de ensino tradicional de conservador bastante rígido, focado claramente para ingressar os alunos em faculdades renomadas.

09 – Como devem ser escolhidos e trabalhados os conteúdos de ensino na visão do professor / personagem e em que cena atesta seu posicionamento em relação a esses aspectos?
      O professor é avesso ao método tradicionalista. Ele estimula o aluno a pensar e analisar as poesias com suas experiências. A cena que atesta esse fato é quando ele manda rasgar as folhas de introdução de um livro de análise de poesia. Ele ensina que não se pode analisar poesia como gráficos, pois elas contêm “palavras e ideias que podem mudar o mundo.”

10 – Indique uma cena que expresse um princípio de aprendizagem significativa:
      Papel do professor: estimulador e facilitador da aprendizagem.
      Cena: O aluno Anderson é tímido e introvertido, o professor o estimula a gritar e consegue com que o aluno faça a poesia oralmente, desafiando-o a soltar o pensamento e estimula o potencial contido. O aluno não só declama a poesia, como se surpreende com o texto. Este é um exemplo de aprendizagem significativa, em que o aluno é estimulado pelo professor e dá o feedback da aprendizagem.


MÚSICA(ATIVIDADES): CHICO MINEIRO - TONICO E FRANCISCO RIBEIRO - COM GABARITO

Música(Atividades): Chico Mineiro

                                           Tonico e Francisco Ribeiro

        Cada vez que eu me alembro do amigo Chico Mineiro, das viagem que nos fazia era ele meu companheiro. Sinto uma tristeza, uma vontade de chorar, alembrando daqueles tempo que não mais hái de vortar. Apesar de eu ser patrão, eu tinha no coração o amigo Chico Mineiro, caboclo bom, decidido, na viola era delorido e era o peão dos boiadeiro. Hoje porém com tristeza recordando das proeza da nossa viagem motim, viajemo mais de dez ano, vendendo boiada e comprano, por esse rincão sem-fim. Caboclo de nada temia mas porém, chegou um dia, que Chico apartou-se de mim.

Fizemo a úrtima viage
Foi lá pro sertão de Goiais.
Foi eu e o Chico Mineiro
também foi o capataz.
Viajemo muitos dia
pra chegar em Ouro Fino
aonde nós passemo a noite
numa festa do Divino.

A festa tava tão boa
mas antes não tivesse ido
o Chico foi baleado
por um homem desconhecido.
Larguei de comprar boiada.
Mataram meu companheiro.
Acabou o som da viola,
acabou seu Chico Mineiro.

Despoi daquela tragédia
fiquei mais aborrecido.
Não sabia da nossa amizade
porque nós dois era unido.
Quando vi seus documento
me cortou meu coração
vim sabê que o Chico Mineiro
era meu legítimo irmão.

Entendendo a canção:
01 – A canção sertaneja nos descreve o quê?
      Descreve o modo simples de vida do sertanejo, do “caipira”, muito embora, essa expressão “caipira” ainda sofra um pouco de preconceito, por ser vista de forma pejorativa.

02 – Que nome se dá a este tipo de preconceito?
      Preconceito linguístico.

03 – Essas pessoas tem como característica o seu linguajar próprio que foi muito bem demonstrado nesta canção. Cite algumas palavras.
      Alembro – alembrado – viage – passemo – fizemo – urtima – vorta – delorido.

04 – Essa canção é sem dúvida, um exemplo claro de que não temos apenas uma forma de falar. A nossa língua varia, e muito, e essas variedades são apenas diferentes e nunca melhores e mais corretas. Devemos nos atentar para quê?
      Para que não caiamos em um preconceito linguístico, onde certas variantes da língua possam ser discriminadas e outras privilegiadas.

05 – Que versos o poeta descobre que Chico Mineiro era seu irmão?
      “Quando vi seus documento
       me cortou meu coração
       vim sabê que o Chico Mineiro
       era meu legítimo irmão.”

06 – Conte com suas palavras a história do Chico Mineiro.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Um homem convivia com o amigo Chico Mineiro numa comitiva de transporte de gado. Durante uma parada em Ouro Fino, os amigos foram para a Festa do Divino, onde aconteceu uma tragédia e o Chico Mineiro foi baleado por um homem desconhecido e quando pegou os documentos descobriu que eram irmãos.
     

FÁBULA: A MOSCA E A FORMIGUINHA - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

Fábula: A MOSCA E A FORMIGUINHA
                MONTEIRO LOBATO

        - SOU FIDALGA! – DIZIA A MOSCA À FORMIGUINHA QUE PASSAVA CARREGANDO UMA FOLHA DE ROSEIRA. - NÃO TRABALHO, POUSO EM TODAS AS MESAS, LAMBISCO DE TODOS OS MANJARES, PASSEIO SOBRE O COLO DAS DONZELAS E ATÉ ME SENTO NO NARIZ. QUE VIDÃO REGALADO O MEU...
        A FORMIGUINHA ARRIOU A CARGA, ENXUGOU A TESTA E DISSE:
        - APESAR DE TUDO, NÃO INVEJO A SORTE DAS MOSCAS. SÃO MAL VISTAS. NINGUÉM AS ESTIMA. TODA GENTE AS ENXOTA COM ASCO. E O PIOR É QUE TEM UM BERÇO DEGRADANTE: NASCEM NAS ESTERQUEIRAS.
        - ORA, ORA! – EXCLAMOU A MOSCA. – VIVA EU QUENTE E RIA-SE A GENTE.
        - E ALÉM DE IMUNDAS SÃO CÍNICAS – CONTINUOU A FORMIGA – NÃO PASSAM DUMAS PARASITAS. JÁ A MIM TODOS RESPEITAM. SOU RICA PELO MEU TRABALHO, TENHO CASA PRÓPRIA ONDE NADA ME FALTA DURANTE O RIGOR DO MAU TEMPO. E VOCÊ? VOCÊ, BASTA QUE FECHEM A PORTA DA COZINHA E JÁ ESTÁ SEM O QUE COMER. NÃO TROCO A MINHA HONESTA VIDA DE OPERÁRIA PELA VIDA DOURADA DOS FILANTES.
        - QUEM DESDENHA QUER COMPRAR – MURMUROU IRONICAMENTE A MOSCA.
        DIAS DEPOIS A FORMIGA ENCONTROU A MOSCA A DEBATER-SE NUMA VIDRAÇA.
        - ENTÃO, FIDALGA, QUE É ISSO? – PERGUNTOU-LHE.
        A PRISIONEIRA RESPONDEU, MUITO AFLITA:
        - OS DONOS DA CASA PARTIRAM DE VIAGEM E ME DEIXARAM TRANCADA AQUI. ESTOU MORRENDO DE FOME E JÁ EXAUSTA DE TANTO ME DEBATER.
        A FORMIGA REPETIU AS EMPÁFIAS DA MOSCA, IMITANDO-LHE A VOZ: “SOU FIDALGA! POUSO EM TODAS AS MESAS... PASSEIO PELO COLO DAS DONZELAS...” E LÁ SEGUIU O SEU CAMINHO, APRESSADINHA COMO SEMPRE.
        QUEM QUER COLHER, PLANTA. E QUEM DO ALHEIO VIVE, UM DIA SE ENGASGA.

LOBATO, MONTEIRO. FÁBULAS. SÃO PAULO.
EDITORA BRASILIENSE, 1994.

Entendendo a fábula:
01 – QUAL É O TÍTULO DO TEXTO?
      A mosca e a formiga.

02 – QUEM É O AUTOR?
      Monteiro Lobato.

03) QUAIS SÃO OS PERSONAGENS DA HISTÓRIA?
      Os personagens do texto são a formiga e a mosca.

04 – QUANTOS PARÁGRAFOS EXISTEM NO TEXTO?
      O texto possui 12 parágrafos.

05 – COMO VIVIA A MOSCA?
      A mosca não trabalha vive posando em todas as mesas, lambiscando todos os manjares, passeando pelo colo das donzelas e até se sentando nos narizes.

06 – COMO VIVIA A FORMIGA?
      Ela é rica pelo seu trabalho, tem casa própria e nada falta a ela durante o rigor do mau tempo, e ela é honesta.

07 – DO QUE A MOSCA SE ORGULHAVA?
      A mosca se orgulhava de não trabalhar e ter tudo.

08 – DO QUE A FORMIGA SE ORGULHAVA?
      Ela se orgulhava de ser honesta e trabalhar.

09 – EXPLIQUE A MORAL DA HISTÓRIA:
      Resposta pessoal.

10 – NO TEXTO EXISTEM ALGUMAS PALAVRAS GRIFADAS, PROCURE NO DICIONÁRIO O SIGNIFICADO DELAS E REGISTRE O QUE MAIS SE ENCAIXA NO CONTEXTO:
      Fidalga: pessoa nobre.
      Lambisco: Comer pouco, beliscar.
      Regalado: farto, abundante.
      Arriou: baixar, pôr no chão.
      Asco: nojo
      Degradante: infame
      Parasitas: que vive à custa alheia.
      Filantes: pessoa que procura obter as coisas sem gastar dinheiro.
      Exausta: ababado.
      Empáfias: vaidade.



CONTO: O SONHO DE ÍCARO - COM GABARITO


Conto: O sonho de Ícaro

    Contam os que sabem que Dédalo foi um homem muito sábio na Grécia. Ele era o pai de Ícaro.
    Quando eles estavam presos no labirinto do Minotauro, teve a ideia de construir dois pares de asas para ele e o filho fugirem dali.
    Dédalo construiu-as com as penas dos pássaros, depois as colou em cera. Antes de levantar voo, disse ao filho:
    – Não voe muito alto, perto do sol a cera derrete. Nem voe muito baixo, perto do mar a umidade deixa as penas pesadas e você pode cair.
    Mas a sensação de voar foi tão estonteante para Ícaro que ele esqueceu a recomendação e elevou-se tanto nos ares a ponto do pior acontecer.
    A cera derreteu, Ícaro perdeu as asas, caiu ao redor do mar de Creta e morreu afogado.

Entendendo o conto:
01 – Qual é o título do texto?
      O título do texto é “O sonho de Ícaro”

02 – Quais são os personagens do texto?
      Os personagens do texto são Ícaro e Dédalo.

03 – Onde eles estavam presos?
      Eles estavam presos no labirinto do Minotauro.

04 – O que eles construíram? E como?
      Eles construíram asas colando penas de pássaros com cera.

05 – Que recomendação o pai deu ao filho?
      Ele disse para o filho não voar nem muito alto, nem muito baixo.

06 – No fim o que aconteceu com Ícaro?
      Ícaro acabou gostando tanto de voar que esqueceu o que o pai disse e voou tão alto, que suas asas derreteram e ele acabou se afogando.