terça-feira, 20 de março de 2018

QUESTÕES DO ENEM - COM GABARITO

ENEM (2000)
POEMA: BICHO URBANO

Se disser que prefiro morar em Pirapemas
Ou em outra qualquer pequena cidade do país,
Estou mentindo
Ainda que lá se possa de manhã
Lavar o rosto no orvalho
E o pão preserve aquele branco
Sabor de alvorada.
A natureza me assusta.

Com seus matos sombrios suas águas
Suas aves que são como aparições
Me assusta quase tanto quanto
Esse abismo
De gases e de estrelas
Aberto sobre minha cabeça.

              GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991.

          Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do ser humano com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso.
a)  “e o pão preserva aquele branco / sabor de alvorada”.
     b) “ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no o orvalho”.
     c)  “ a natureza me assusta./ com seus matos sombrios suas águas”.
     d) “suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto”.
     e) “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gazes e de estrelas”.

ENEM (2011)



       Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O senhor vê:  o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: - Zé-Zim, por quê é que você não cria galinhas-d´angola, como todo o mundo faz? – Quero criar nada não... – me deu resposta: - Eu gosto muito de mudar. [...] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. [...] essa não faltou também à minha mãe, quando eu era menino, no sertãozinho de minha terra. [...] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de- janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe.
                     ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas.
                                                                   Rio de Janeiro: José Olympio, 1956.

01 – Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social típica das áreas rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de dependência entre agregados e fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque o personagem-narrador:
     a)  Relata a seu interlocutor a história de Zé-Zim, demonstrando sua pouca disposição em ajudar seus agregados, uma vez que superou essa condição graças à sua força de trabalho.
     b)  Descreve o processo de transformação de um meeiro – espécie de agregado – em proprietário de terra.
     c)  Denuncia a falta de compromisso e a desocupação dos moradores, que pouco se envolvem no trabalho da terra.
    d)  Mostra como a condição material da vida do sertanejo é dificultada pela sua dupla condição de homem livre e, ao mesmo tempo, dependente.
    e)   Mantém o distanciamento narrativo condizente com sua posição social, de proprietário de terras.

02 – Esta história, com narrador-observador em terceira pessoa, apresenta os acontecimentos da perspectiva de Miquilim. O fato de o ponto de vista do narrador ter Miquilim como referência, inclusive espacial, fica explicitado em:
     a) “O homem trouxe o cavalo cá bem junto”.
     b) “Ele era de óculos, corado, alto [...]”.
     c) “O homem esbarrava o avanço do cavalo [...]”
     d) “Miquilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele, [...]”.
     e) “Estava mãe, estava tio Terêz, estavam todos”.

UEL (1995)

      O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é pôr os campos-gerais a fora e dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucúia. Toleima. [...] Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniões... O sertão está em toda a parte.

     a)  José Lins do Rego.
     b) Graciliano Ramos.
     c)  João Guimarães Rosa.
     d) Jorge Amado.
     e) João Cabral de Melo Neto.

ENEM (2010)

S. O. S. PORTUGUÊS

     Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso.

                             S.O.S. Português. Nova Escola. São Paulo: abril, ano XXV.                                                                                          n. 231, abr. 2010.

      O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas próprias do uso.
     a)     Regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil.
     b)    Literário, pela conformidade com as normas da gramática.
     c)     Técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.
     d)    Coloquial, por meio do registro de informalidade.
     e)     Oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.


ENEM (2011)

         LÉPIDA E LEVE


Língua do meu Amor velosa e doce.
Que me convences de que sou frase
Que me contornas, que me vestes quase.
Como se o corpo meu de ti vindo me fosse
Língua que me cativas, que me enleias


Os surtos de ave estranha,
Em linhas longas de invisíveis teias,
De que és, há tanto, habilidosa aranha...
[...]
Amo-te as sugestões gloriosas e funestas,
Te amam, ó língua-lama, ó língua-resplendor,
Pela carne de som que à ideia emprestas
E pelas frases mudas que proferes
Nos silêncios de amor!...

                                    MACHADO, Gilka, in: MORICONI, Ítalo. (Orgs.).
                                                   Os sem maiores poemas brasileiros do século.
                                                                     Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

          A poesia de Gilka Machado identifica-se com as concepções artísticas simbolistas. Entretanto, o texto selecionado incorpora referências temáticas e formais modernistas, já que, nele, a poeta:
     a)  Procura desconstruir a visão metafórica do amor e abandona o cuidado formal.
     b) Concebe a mulher como um ser sem linguagem e questiona o poder da palavra.
     c)  Questiona o trabalho intelectual da mulher e antecipa a construção do verbo livre.
     d) Propõe um modelo novo de erotização na lírica amorosa e propõe a simplificação verbal...
    e)  Explora a construção da essência feminina, a partir da polissemia de “língua”, e inova o léxico.

 PUC – CAMP (2010)


      A sua ferocidade ultrapassa tudo: sulcam de profundas cicatrizes, com um ferro, as faces dos recém-nascidos para lhes destruir as raízes dos pelos; e desse modo crescem e envelhecem imberbes e sem graça, como eunucos. Têm o corpo atarracado, os membros robustos e a nuca grossa: a largura das costas fá-los assustadores. [...] Não põem pé em terra nem para comer nem para dormir e dormem deitados sobre o magro pescoço da montada, onde sonham à sua vontade [...] Nenhum deles se for interrogado poderá dizer donde é natural, porque, concebido num lugar, nasceu já noutro ponto e foi educado mais longe.

                             Descrição dos Hunos em Fernando Espinosa. Antologia de
                       Textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1972, p. 4-6.

          Nessa descrição que faz Espinosa, os elementos da barbárie e da animalização do homem ganham uma expressão igualmente violenta, e parecem antecipar.
     a) O prestígio que ganhariam as descrições pitorescas e detalhistas nos tratados dos primeiros viajantes e exploradores coloniais.
     b) Os recursos de que se valeriam os prosadores naturalistas, interessados em associar condição biológica, classe social e comportamento humano.
     c) As imagens de que se valeriam os modernistas de 22, quando buscaram denúncias uma história nacional marcada por sucessivas violências.
     d) O gosto manifesto por escritores intimistas da década de 30 do século XX, quando davam vazão à melancolia e à negatividade pessoais.
     e) A atitude de poetas interessados no peso das palavras, consideradas como signos concretos, materiais, expressivos por si mesmos.

       
ENEM (2004)
                                     BRASIL



O Zé Pereira chegou de gravata
E perguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristão?
- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quece!
La longe a onça resmungaava Uu! Ua! Uu!
O negro zonzo saído da fornalha


Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval.

    ANDRADE, Oswald de, Pau-Brasil. 2. Ed. São Paulo: Globo. 2003, p. 165.

01 – Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é:

     a) Ambígua, pois aponta tanto o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.
     b) Inovadora, pois mostra que os três grupos formadores – portugueses, negros e indígenas – pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.
     c) Moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.
     d) Preconceituosa, pois critica tanto indígenas como negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.
     e) Negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade.

02 – A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifestação do:
     a) Poeta e do colonizador apenas.
     b) Colonizador e do negro apenas.
     c)  Negro e do indígena apenas.
     d) Colonizador, do poeta e do negro apenas.
     e)  Poeta, do colonizador, do indígena e do negro.

                ROSA, N. In:  SOBRAL, João Jonas Veiga. A tradução dos bambas.
     Revista Língua Portuguesa, ano 4, n. 54. São Paulo: segmento, abr.2010.

ENCCEJA (2002)



    O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.
       - Anda, excomungado.
   O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou mata-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. 
A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o.
Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

                           RAMOS, Graciliano. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1973.

          Em vidas secas, publicado em 1938, estão presentes o desamparo e a incerteza do homem quanto ao próprio destino. A incerteza de Fabiano quanto a seu destino aparece no seguinte passagem do texto:
     a)  O pirralho não se mexeu.
     b) ...A obstinação da criança irritava-o
     c)  ...Esse obstáculo miúdo... dificultava a marcha.
     d) Precisava chegar, não sabia onde.

ENCCEJA (2005).



          [...] no começo de 1937, utilizei num conto a lembrança de um cachorro sacrificado na Maniçoba, interior de Pernambuco, há muitos anos. Transformei o velho Pedro Ferro, meu avô, no vaqueiro Fabiano; minha avó tomou a figura de sinhá Vitória, meus tios pequenos, machos e fêmeas, reduziram-se a dois meninos [...]

                  Fragmento de carta de Graciliano Ramos a João Conde, 1944.

          Sinhá Vitória, Fabiano, Baleia e os dois meninos são personagens do romance Vidas secas (1938). A carta acima é de seu autor, Graciliano Ramos (1892 – 1953). Ela nos informa que, para compor a identidade dos personagens citadas, o escritor:

     a)  Fez pesquisas em livros de história.
     b)  Recriou elementos de suas memórias.
     c)  Entrevistou parentes e amigos.
     d) Inspirou-se em outros romances.


TEXTO: COMPLICADOS E PERFEITINHOS - DENISE BRITO - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


COMPLICADOS E PERFEITINHOS:


        Entenda as mudanças no seu corpo na puberdade, que marca a passagem da infância para a adolescência. Por volta dos 11 anos, garotos e garotas parecem que se apaixonam pelo espelho. É mesmo gostoso perceber as rápidas transformações que começam a acontecer no corpo: a puberdade. As mudanças nessa fase ocorrem também nas ideias e até nos sentimentos. E há momentos de insegurança. [...] A preocupação excessiva com a aparência e o excesso de crítica são normais nessa idade, diz a psicóloga Marizilda Donatelli. “É duro mesmo. Esse momento é um desafio, e cada um enfrenta de um jeito”, diz. [...] Nos meninos, é um hormônio chamado testosterona que começa a aumentar. Nas meninas, são os estrógenos e a progesterona. É o aumento da quantidade dessas substâncias que provoca as seguintes mudanças no seu corpo: No menino e na menina ■ É comum que os hormônios acabem desequilibrando a oleosidade da pele e isso leva ao entupimento das glândulas sebáceas e ao aparecimento da acne, as espinhas. Para resolver o problema, basta procurar um dermatologista. [...] Meninas ■ A partir dos nove anos, a estatura (altura) aumenta rapidamente e é comum ver, numa sala de aula, as meninas ficarem bem maiores que os meninos (mas é por pouco tempo...). Pode ocorrer alteração no humor, ou seja, sem motivo nenhum, se sentir triste ou irritada, um pouco antes da primeira menstruação. Chega a primeira menstruação [...]. A partir daí, diminui o ritmo do crescimento da altura. Meninos A partir dos 11 anos, a estatura (altura) aumenta com velocidade muito grande e, nessa fase, os meninos ultrapassam o tamanho das meninas (e ainda continuam crescendo por muito mais tempo que elas). O crescimento do corpo começa pelas extremidades [...]. Por isso é comum os meninos ficarem com um pezão e mãos que parecem enormes. Surgem os pelos pubianos, nas axilas e no rosto. [...] A voz começa a mudar e, durante a transição, fica desafinando; demora uns seis meses.
            Denise Brito. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di03050810.htm>.
Acesso em:09 mar 2011.

Entendendo o texto:
01 – Das frases a seguir, a única que faz uma referência direta ao leitor é:
      A – ( ) “Entenda as mudanças no seu corpo na puberdade...”
      B – ( ) “E há momentos de insegurança.”
      C – ( ) “Nos meninos, é um hormônio chamado...”
      D – ( ) “Para resolver o problema, basta procurar...”
      E – ( ) “Surgem os pelos pubianos, nas axilas...”

02 – “... garotos e garotas parecem que se apaixonam pelo espelho.” A expressão destacada indica que os garotos e as garotas:
      A – ( ) se apaixonam facilmente por qualquer pessoa.
      B – ( ) adoram comprar espelhos.
      C – ( ) perdem a vaidade.
      D – ( ) começam a se interessar pela própria aparência.
      E – ( ) namoram através de um espelho.

03 – Para resolver o problema das espinhas, os jovens procuram o médico. Há, entre as orações acima, respectivamente, uma relação de:
      A – ( ) consequência / fato.
      B – ( ) problema / opinião.
      C – ( ) causa / consequência.
      D – ( ) fato / causa.
      E – ( ) finalidade / fato.

04 – “Chega a primeira menstruação [...]. A partir daí, diminui o ritmo do crescimento da altura.” Analisando o contexto onde está a palavra daí, podemos assegurar que ela transmite ideia de:
      A – ( ) modo.
      B – ( ) lugar.
      C – ( ) tempo.
      D – ( ) comparação.
      E – ( ) intensidade.

05 - De acordo com o texto, muitas alterações ocorrem com os jovens na pré-adolescência. Dessas mudanças, qual ocorre tanto nos meninos quanto nas meninas, além das terríveis espinhas?
      A – ( ) Mudanças no estado emocional.
      B – ( ) Alterações na voz.
      C – ( ) Crescimento desordenado dos pés e mãos.
      D – ( ) Aumento da estatura.
      E – ( ) Primeira menstruação.



LENDA: SACI PERERÊ - SÉRIES INICIAIS - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


LENDA: SACI PERERÊ




Entendendo o texto:
01 – O texto é um/uma:
A) fábula.
B) lenda.
C) conto.
D) receita.



02 – Ser saci é:
A) brincar com as crianças na rua.
B) morar na cidade.
C) usar uma carapuça vermelha na cabeça.
D) ser o mito mais famoso do Brasil.

03 – De acordo com o texto, o amigo do Saci é:
A)  a mula sem-cabeça.
B) o Lobisomem.
C) a Cuca.
D) o Curupira.

04 – No texto, encontramos algumas palavras escritas com letras maiúsculas. Elas foram escritas assim, por quê?
A) estão em início de frases ou indicam nomes próprios.
B) estão em um texto folclórico.
C) indicam substantivos comuns.
D) indicam adjetivos e nomes comuns.

05 – Em “ele era um curumim", a palavra em destaque pode ser substituída por:
A) agitado.
B) criança.
C) danado
D. Curupira.



TEXTO: A PRESENÇA DO NEGRO NOS LATIFÚNDIOS - SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA - COM GABARITO

Texto – A Presença do negro nos latifúndios

        Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)

01 – Segundo o autor, os antigos moradores da terra:
a) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifúndios coloniais.
b) colaboravam com má vontade na caça e na pesca.
c) não gostavam de atividades rotineiras.
d) não colaboraram com a indústria extrativa.
e) levavam uma vida sedentária.

02 – “Trabalho acurado” é o mesmo que:
a) trabalho apressado
b) trabalho aprimorado
c) trabalho lento
d) trabalho especial
e) trabalho duro

03 – Na expressão “tendência espontânea”, temos uma(a):
a) ambiguidade
b) cacofonia
c) neologismo
d) redundância
e) arcaísmo.

04 – Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
a) os portugueses
b) os negros
c) os índios
d) tanto os índios quanto os negros
e) a miscigenação de portugueses e índios.

05 – Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito (a):
a) disposição
b) responsabilidade
c) inteligência
d) paciência
e) orgulho.

06 – “Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico..." a conjunção, em destaque, escabele uma relação de:
a - conclusão
b- explicação
c- alternância
d- oposição
e- soma
07 – “Dificilmente se acomodavam, ..." a palavra em destaque expressa:
a- tempo
b- dúvida
c- modo
d- lugar
e- negação

08 – “Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. "a oração em destaque é uma:
a- oração subordinada substantiva objetiva direta
b- oração subordinada substantiva completiva nominal
c- oração subordinada substantiva subjetiva
d- oração subordinada substantiva predicativa
e- oração subordinada substantiva apositiva.

09 – “tendência espontânea" as duas palavras obedecem à mesma regra de acentuação. 
a- verdadeiro                            b- falso

10 – “menos sedentárias" a palavra em destaque é invariável porque é uma preposição.
a- verdadeiro                             b- falso 

        Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
                                             (Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)

11 – Segundo o autor, os antigos moradores da terra:
a) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifúndios coloniais.
b) colaboravam com má vontade na caça e na pesca.
c) não gostavam de atividades rotineiras.
d) não colaboraram com a indústria extrativa.
e) levavam uma vida sedentária.

12 – “Trabalho acurado” (l. 6) é o mesmo que:
a) trabalho apressado
b) trabalho aprimorado
c) trabalho lento
d) trabalho especial
e) trabalho duro

13 – Na expressão “tendência espontânea” (/. 7), temos uma(a):
a) ambiguidade
b) cacofonia
c) neologismo
d) redundância
e) arcaísmo

14 – Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
a) os portugueses
b) os negros
c) os índios
d) tanto os índios quanto os negros
e) a miscigenação de portugueses e índios

15 – Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito (a):
a) disposição
b) responsabilidade
c) inteligência
d) paciência
e) orgulho.



segunda-feira, 19 de março de 2018

FILME(ATIVIDADES): OLGA - JAYME MONJARDIM - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

FILME(ATIVIDADES): OLGA 

Data de lançamento: 20 de agosto de 2004 (1h 39min)
Direção: Jayme Monjardim
Gêneros: BiografiaDramaHistóricoRomance
Nacionalidade: Brasil

SINOPSE E DETALHES

        Berlim, início do século XX. Olga Benário (Camila Morgado) é uma jovem judia alemã. Militante comunista, é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde recebe treinamento militar e é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) de volta ao Brasil. Na viagem, enquanto planejam a Intentona Comunista contra o presidente Getúlio Vargas, os dois acabam apaixonando-se. Parceiros na vida e na política, Olga e Prestes terão de lutar pelo amor, pelo comunismo e, principalmente, pela sobrevivência.

        Olga Benário nasceu em uma família judia em Munique na Alemanha no dia 12 de fevereiro de 1908. Seu pai Leo Benário era um advogado social democrata e sua mãe Eugénia era uma dama da alta sociedade que não apoiava as ideias revolucionárias da filha. Em 1923, aos 15 anos, Olga entrou para o partido comunista. Em 1926 foi presa por traição e libertada poucas semanas depois. Em 1928 liderou uma missão no Tribunal de Justiça para libertar seu companheiro Otto Braun, comunista e revolucionário que havia sido sentenciado à prisão de Berlin-Moabit. Em 1934 Olga foi designada para uma missão cujo objetivo era levar em segurança ao Brasil o líder comunista Luís Carlos Prestes. Ambos deveriam se passar por marido e mulher para ajudar no disfarce. Durante a viagem Olga e Prestes se apaixonaram. Devido a influência comunista de Prestes, e da popularidade proveniente da Coluna Prestes, Getúlio Vargas, durante o governo provisório, desenvolveu uma lei de segurança que permitia prender todos aqueles que se opusessem ao governo. Prestes liderou a Aliança Nacional Libertadora acreditando que, tal como a Coluna Prestes, militares, tenentes e comunistas o apoiariam em uma frente política revolucionária comunista, de caráter antifascista e anti-imperialista. O movimento de Prestes se colocava em oposição ao integralismo e a filosofia fascista do governo Vargas, e pretendia a revolução com o apoio da URSS. Este movimento ficou conhecido como Intentona Comunista. Com o fracasso da revolução, Olga e Prestes foram presos e separados. Grávida de Prestes, Olga travou uma batalha contra o governo para ter sua filha no Brasil e não ser deportada para Alemanha nazista, devido ao fato de ser judia. Como uma vingança pessoal de Vargas e Filinto Müller contra Prestes, Olga foi deportada para a Alemanha. Na madrugada de 27 de novembro de 1936, nasceu Anita Leocádia, a filha de Olga e Prestes. Leocádia, mãe de Prestes, fazia uma grande campanha na Europa pela liberdade de Prestes, Olga e Anita. Devido a esta campanha em favor dos direitos humanos, Olga pode ficar com a filha até não poder mais amamentá-la. Quando Anita completou 14 meses foi retirada de Olga, e a avó obteve a guarda da neta. Porém, Olga inicialmente acreditava que Anita poderia ter sido levada pelos nazistas, e só ficou sabendo tempos depois que Anita estava a salvo. Em 1938 Olga foi levada para o campo de concentração de Lichtenburg, e em 1939 para Ravensbrück, o único campo feminino. Em fevereiro de 1942, Olga foi executada na câmara de gás com mais de 200 prisioneiros no campo de Bernburg.

Entendendo o filme:
01 – Descreva a principais característica da personagem Olga.
      A rigidez dos valores e o idealismo na busca de um mundo mais justo e igualitário.

02 – Quem foi Luís Carlos Prestes? Qual sua participação na política brasileira?
      Foi um militar, líder político e revolucionário brasileiro. Em 1909. Concluídos os estudos neste, segue na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, atual Academia Militar das Agulhas Negras, contribuindo com o sustento da família com o seu soldo. Aluno brilhante, chegaria à patente de segundo-tenente.
       Ao tomar conhecimento das "cartas falsas" atribuídas a Artur Bernardes, começa a envolver-se em questões políticas, dedicando-se ao combate ao futuro presidente que estava sendo programado pelos militares. Já como capitão, lidera o foco da primeira revolta tenentista na região das Missões, em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. Suas metas eram o combate à oligarquia, estabelecimento do voto secreto, e convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
      Além disso, decretou-se sua prisão preventiva, o que o forçou a entrar para a clandestinidade. Sua prisão seria revogada em 1958 pelo presidente Kubitschek, mas, com o Golpe Militar de 1964, novamente torna-se um clandestino. Deixa o Brasil novamente rumo à União Soviética em 1971, voltando com a anistia decretada em 1979, sendo que a partir daí, passa a se distanciar do PCB, deixando a secretaria-geral do partido em 1983, cargo que ocupou por décadas. Crendo que o PCB desviara-se do ideal marxista, seu novo partido será o PDT, legenda sob a qual pedirá votos a Brizola e a Lula nas eleições de 1989.

03 – Porque o governo brasileiro torturava várias pessoas? Qual era seu objetivo?
      Qualquer pessoa que fosse contra a Ditadura ou tivesse ligações com o Comunismo era punida das piores maneiras que se pode imaginar.

04 – Porque Olga foi deportada para a Alemanha?
      Olga Benário tinha ideais comunistas, foi descoberta e presa.

05 – Explique, resumidamente, como eram as vidas das pessoas dentro dos campos de concentração nazista.
      Os campos de concentração nazistas foram criados por Hitler que queria "criar um nova raça" uma "raça só descendentes de sangue azul".
     Enfim ele criou esses centros de concentração nazistas com a finalidade de exterminar os "sangues ruins". No caso negros e judeus. 
      Seu alvo: Os Judeus.
   Os centros de concentração eram basicamente galpões medianos aonde judeus e negros ficavam por dia... Semanas... Mais logo eles eram levados para câmaras. 
      Que tipos de câmaras? 
      Câmaras de gás, câmaras de nitrogênio... E principalmente as fornalhas. 
      O que são as fornalhas? 
      É basicamente fornos grandes em que os judeus entravam... 
      O processo: eles saiam dos galpões, entram em uma sala, tiravam suas roupas e entravam no forno. E eram carbonizados vivos. 
      Enfim, eles passavam fome, e trabalhavam... Uns iam para as casas dos generais como empregados. 

06 – Como se deu a morte da Olga? Explique.
      Morreu em uma câmara de gás em 1942, na Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.