domingo, 14 de janeiro de 2018

TEXTO: O BRASIL NUNCA SOFRERÁ UM GRANDE TERREMOTO? COM GABARITO

TEXTO: O Brasil nunca sofrerá um grande terremoto?


     Não dá para descartar uma mega tragédia desse tipo, mas a possibilidade é muito pequeno. Pelo menos enquanto a gente estiver vivo. “Já devem ter   ocorrido grandes terremotos no Brasil há centenas de milhões de anos. Mas, nos dados sismológicos coletados desde o século 18, não há registro de tremor  forte em nosso território”, afirma o geólogo João Carlos Dourado, especialista    em sismologia da Unesp de Rio Claro (SP). A certeza de que o Brasil era uma   terra abençoada por Deus e imune a terremotos, porém, foi abalada no início   de dezembro, quando um tremor de 4,9 graus na escala Richter no vilarejo de Caraíbas (MG) causou a primeira morte no país. De fato, o Brasil tem pelo menos 48 falhas pequenas sob sua crosta – uma delas teria causado o chacoalhão   fatal. Mas a imagem de um país remendado não é para assustar. Primeiro, porque o Brasil fica no meio de uma placa tectônica, a Sul-Americana, longe   das instáveis regiões de contato entre placas. Segundo, porque as fraturas daqui geram no máximo terremotos médios como o de Caraíbas. Mesmo   que um abalo atinja uma cidade grande, provavelmente os efeitos não serão   devastadores. “As casas do vilarejo desabaram por serem construções muito   simples, sem suporte estrutural. Em áreas urbanas, as estruturas são reforçadas e mais resistentes a tremores dessa intensidade”, diz João Carlos.

                                                 RATIER, Rodrigo. Superinteressante.                                                São Paulo, n. 248, p.42, na. 2008. (Fragmento).

 Entendendo o texto:
     01 – De acordo com o texto, por que grandes cataclismas como terremotos dificilmente serão vistos no Brasil?
      Pelo fato de o Brasil estar situado no centro de uma grande placa tectônica, e não na junção entre placas, em que elas se movimentam.

     02 – O que aconteceu na época que teria motivado a publicação desse texto?
      Um caso inédito, em que uma pessoa morreu após uma abalo sísmico ocorrido no interior de Minas Gerais.

    03 – Como o geógrafo consegue minimizar a preocupação dos leitores?
      Ao afirmar que, se houver terremotos no Brasil, as consequências não serão tão graves, pois eles ocorrerão em escalas menores.

     04 – Em que orações do texto há conjunções que expressam ações contrárias ou opostas à oração anterior? Como se chamam essas conjunções?
      “Mas a possibilidade é muito pequena”; “mas, nos dados sismológicos coletados desde o século 18, não há registro de tremor forte em nosso território”, “porém, foi abalada no início de dezembro”; “mas a imagem de um país remendado não é ...”. As condições mas e porém são coordenativas adversativas.

     05 – Releia este trecho:
      “Segundo, porque as fraturas daqui geram no máximo terremotos médios como [geram] o de Caraíbas. Mesmo que um abalo atinja uma cidade grande, provavelmente os efeitos não serão devastadores”.
      - Que valor semântico apresentam as conjunções destacadas? Como elas se chamam?
      A conjunção porque introduz uma explicação sobre o motivo de os terremotos no Brasil virem a ser mais brandos, caso ocorram (coordenativa explicativa). A conjunção como estabelece uma comparação entre o tipo de terremoto de Caraíbas, no Brasil, e os outros terremotos do mundo (subordinativa comparativa). E a conjunção mesmo que expressa uma concessão ou permissão, ou seja, os efeitos dos terremotos serão pequenos, mesmo ocorrendo em cidades grandes (subordinativa concessiva).


sábado, 13 de janeiro de 2018

TEXTO: XENOFOBIA E RACISMO(FRAGMENTO) - COM GABARITO

Texto: XENOFOBIA E RACISMO (fragmento)

  As recentes revelações das restrições impostas, há mais de meio século, à imigração de negros, judeus e asiáticos durante os governos de Dutra e Vargas chocaram os brasileiros amantes da democracia. Foram atos injustos, cometidos contra estes segmentos do povo brasileiro que tanto contribuíram para o engrandecimento de nossa nação.
        Já no Brasil atual, a imigração de estrangeiros parece liberalizada e imune às manchas do passado, enquanto que no continente europeu marcha-se a passos largos na direção de conflitos raciais onde a marca principal é o ódio dos radicais de direita aos imigrantes.
        Na Europa, a história se repete com o mesmo enredo centenário: imigrantes são bem-vindos para reforçar a mão-de-obra local em momentos de reconstrução nacional ou de forte expansão econômica; após anos de dedicação e engajamento à vida local, começam a ser alvo da violência e da segregação.
                                                                           (O Globo, 13/7/01)

1) A seleção vocabular do primeiro período do texto permite dizer que:
a) o adjetivo  recentes  traz como inferência que as  revelações  referidas no texto ocorreram nos dias imediatamente antes da elaboração do artigo.
b) a escolha do substantivo  revelações  se refere a um conjunto de informações que, para o bem do país, deveria permanecer oculto.
c) o substantivo  restrições  indica a presença de limitações oficiais na política migratória do país.
d) o adjetivo impostas se liga obrigatoriamente a um poder discricionário, como o presente nas ditaduras de Dutra e Vargas.
e) em razão das referências históricas imprecisas do texto, o segmento há mais de meio século se refere a uma quantidade de anos superior a 50 e inferior a 100.

2) Se as restrições de imigração eram impostas a negros, judeus e asiáticos, podemos dizer que havia, nesse momento, uma discriminação de origem:
a) racial e religiosa.
b) exclusivamente racial.
c) econômica e racial.
d) racial e geográfica.
e) religiosa, econômica, racial, geográfica e cultural.

3) Em relação ao primeiro período do texto, o segundo:
a) explicita quais as revelações referidas.
b) indica, como informação nova, que os atos cometidos eram negativos.
c) esclarece qual a razão dos atos referidos terem chocado os brasileiros.
d) mostra a consequência dos fatos relatados anteriormente.
e) comprova as afirmativas iniciais do jornalista com dados históricos.

4) Ao classificar os atos restritivos à imigração de injustos, o autor do texto mostra:
a) somente a opinião dos brasileiros amantes da democracia
b) a sua opinião e a de alguns brasileiros.
c) a sua opinião e a dos leitores.
d) somente a sua opinião.
e) a sua opinião e a dos brasileiros em geral.

5) Ao escrever que os atos injustos foram cometidos “contra esses segmentos do povo brasileiro…”, o autor do texto mostra que:
a) a população brasileira da era Vargas sofria pela discriminação oficial.
b) negros, judeus e asiáticos são vistos como brasileiros pelo autor do texto.
c) o povo brasileiro é constituído de raças e credos distintos.
d) alguns segmentos de nosso povo foram autores de atos injustos.
e) o Brasil e seu povo já passaram por momentos históricos difíceis.

6) O segundo parágrafo do texto é introduzido pelo segmento “Já no Brasil atual…”; tal segmento indica:
a) uma oposição de local e tempo.
b) uma oposição de tempo.
c) uma consequência do primeiro parágrafo.
d) uma comparação de duas épocas.
e) uma indicação das causas dos fatos relatados.

7) Ao escrever que a imigração de estrangeiros parece “imune às manchas do passado”, o autor do texto quer indicar que:
a) os estrangeiros já esqueceram as injustiças de que foram vítimas.
b) a imigração ainda traz marcas dos atos injustos do passado.
c) os imigrantes atuais desconhecem os fatos passados.
d) nada mais há que possa manchar o nosso passado histórico.
e) o processo migratório atual em nada lembra os erros do passado.

8) De todas as ideias expressas abaixo, aquela que NÃO está contida direta ou indiretamente no texto é:
a) Os imigrantes são bem-vindos no Brasil de hoje.
b) A atual situação dos imigrantes na Europa faz prever conflitos futuros.
c) Os estrangeiros acabam sendo perseguidos, em alguns países, apesar de seus bons serviços.
d) A expansão econômica da Europa provocou a saída de emigrantes.
e) Os imigrantes são fator de colaboração para o progresso das nações.




TEXTO: A CASA ILHADA - MILTON HATOUM - COM GABARITO

Texto: A casa ilhada
            Milton Hatoum


 Era junho, auge da enchente, por isso tivemos que embarcar na beira do Igarapé do Poço Fundo e navegar até a casa no meio da ilhota.
 Os moradores das palafitas nos olhavam com surpresa, como se fôssemos dois forasteiros perdidos num lugar d Manaus que podia ser tudo, menos uma atração turística. No entanto, o cientista Lavedan, antes de voltar para Zurique, insistiu para que o acompanhasse até a casa ilhada, teimando em navegar num rio margeado de casebres pobres.
        [...]
        Eu conhecia de vista a casa ilhada: um bangalô atraente e misterioso, que só parecia das sinal de vida depois do anoitecer, quando as luzes iluminavam a fachada e o jardim. Sempre que atravessava a ponte sobre o igarapé, via uma ponta do telhado vermelho e, de um ângulo, podia ver as portas e janelas fechadas, como se algo ou alguém no interior da casa fosse proibido à cidade ou ao olhar dos outros.
        [...]
        O catraieiro atracou ao lado de um barco abandonado, em cuja proa se podia ler Terpsícore em letras vermelhas e desbotadas Lavedan soletrou o nome do barco, enganchou a alça da sacola no ombro e saltou na lama; sem olhar para trás, caminhou com firmeza na direção da casa.
        Entendi que devia esperá-lo na canoa.
        Hoje, não saberia dizer quanto tempo Lavedan demorou dentro da casa. O catraieiro me emprestou um chapéu de palha; depois assobiei, cantarolei, observei detalhes da casa e do lugar; talvez tenha injuriado o suíço misterioso, de quem só sabia o nome e as qualidades de ictiólogo contadas por ele mesmo. Meses mais tarde conheceria algo do homem transtornado que ele foi ou que sempre será. No entanto, ao regressar da casa, Lavedan parecia sereno, reconfortado; murmurou palavras de agradecimento e pediu desculpa por ter ocupado uma parte da minha manhã.
        [...]
        Isso aconteceu em 1990. Ou, para ser preciso: 16 de junho de 1990. Não me lembro com nitidez do que me ocorreu há duas semanas, mas, se me lembro desta data, é porque no dia 18 de junho daquele ano os jornais noticiaram a morte do único morador da casa ilhada. O corpo, sem sinal de violência, fora encontrado na tarde do dia anterior.  A fotografia da casa me conduziu à notícia da morte. Encarei tudo isso como uma coincidência Até que, dois meses depois, recebi uma carta de Lavedan. [...]

                                HATOUM, Milton. A cidade ilhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. P. 69-72. (Fragmento.)

01 – Milton Hatoum apresenta uma linguagem enxuta, objetiva e, nesse conto, revive algumas lembranças de sua cidade natal, Manaus.
a)   Explique por que os dois visitantes despertaram tanto a atenção dos moradores.
       Com a enchente, quase ninguém deveria navegar por aquele local, que era pouco atraente; e também por serem pessoas estranhas à região.
  
             b) O que tornava a casa ilhada um lugar diferente?
        Ela ficava completamente isolada e fechada; não se via ninguém; só a noite era iluminada.

02 – Ao chegar a casa ilhada, o suíço Lavedan, pesquisador de peixes, desceu rapidamente da canoa e entrou na casa.
           a) Na sua opinião, por que ele conferiu o nome do barco ao lado da casa, antes de entrar sozinho?
      Lavedan deveria conhecer o morador da casa e seu barco, por isso se assegurou, antes de entrar, se essa pessoa continuava a residir ali.

           b) Segundo o texto, Lavedan teria se demorado muito na visita à casa ilhada? Justifique sua resposta.
      Sim, pois o narrador e acompanhante precisou colocar um chapéu de palha para se proteger do sol, enquanto tentava ocupar o tempo, à espera do suíço.

            c) De acordo com o texto, Lavedan parecia agitado e decidido, ao dirigir-se à casa; mas voltou calmo. O que teria se passado nesse lugar?
       O suíço talvez tivesse resolvido algum problema pessoal com o morador da casa.

03 – A atitude tensa de Lavedan encontra explicação no último parágrafo.
           a) O que se pode concluir quanto aos fatos ocorridos na casa ilhada?
      É possível que o suíço estivesse envolvido na morte do morador da casa.

           b) Na última frase, o que o emprego da locução até que nos sugere em relação à frase anterior?
      O narrador, que antes não tinha suspeitado de nada, mudou sua opinião ao receber a carta de Lavedan.

04 – Releia este trecho.
      “Lavedan soletrou o nome do barco, enganchou a alça da sacola no ombro e saltou na lama [...]”
           a) Observe as ações praticadas pelo sujeito.  Quantos são os verbos que expressam essas ações?
      Três: soletrou, enganchou, saltou.

           b) Como cada verbo flexionado constitui uma oração, quantas são as orações nesse trecho? Separe-as e observe se, separadas, elas têm o sentido completo.
      São três: 1ª oração: Lavedan soletrou o nome do barco; 2ª enganchou a alça da sacola no ombro; 3ª e saltou na lama. Todas apresentam sentido completo.

a)   Que orações, no trecho em estudo, estão unidas por uma palavra?
       Que sentido essa palavra expressa? Por quê?
       A 2ª e a 3ª orações estão ligadas pela palavra e, que expressa a soma ou o acréscimo de outra ação que acontece em sequência à anterior.

           d) Observe que entre a primeira e a segunda orações se empregou uma virgula, separando-as. Nesse caso, as ações ocorrem da mesma forma que entre a segunda e a terceira orações? Por quê?
      Não, pois não há uma palavra ligando-as, por isso as ações acontecem sem a ideia de continuidade; são ações separadas.

           e) A palavra e pode unir palavras da mesma natureza (substantivo + substantivo, adjetivo + adjetivo etc.). No caderno, copie do texto uma passagem em que isso ocorre.
       “Atraente e misterioso”, “a fachada e o jardim”, “as portas e janelas”.

            f) As palavras que ligam elementos da mesma natureza ou ligam orações recebem o nome de conjunções. No caderno, transcreva do segundo parágrafo as conjunções que unem orações expressando:
       - comparação                 - oposição                 - finalidade
       Comparação: “Como se fôssemos dois forasteiros perdidos num lugar de Manaus”.  Oposição: “No entanto, o cientista Lavedan [...] insistiu”.
       Finalidade: “para que o acompanhasse até a casa ilhada”.

      g) No terceiro parágrafo, há duas orações introduzidas por conjunções que situam o tempo em que os fatos ocorrem. Quais são elas?
         “...quando as luzes iluminavam a fachada e o jardim” e “sempre que atravessava a ponte sobre o igarapé”.

        h) Como já pôde observar, as orações ficam, em geral, separadas por pontuação ou ligadas por conjunção. Explique a diferença de sentido, quando isso acontece, lendo estas frases.
       - “[...] depois assobiei, cantarolei, observei detalhes da casa e do lugar;
       - [...] depois assobiei e cantarolei e observei detalhes da casa e do lugar;
       No primeiro caso, cada ação termina antes que a outra comece, pois são ações        separadas, não contínuas. No segundo caso, as ações são contínuas, encadeadas, acontecem em sequência à anterior, dando maior dinamismo aos fatos.

i)             No quarto parágrafo, explique por que a conjunção no entanto introduz uma oração cuja ideia se opõe a um fato anterior.
        Na oração anterior (“que sempre será”), o narrador julga que Lavedan será sempre um homem transtornado; mas afirma, logo depois, o contrário, ou seja, que “Lavedan parecia sereno”.

       j) No último parágrafo, que conjunção também expressa uma ideia contrária a outra? Esclareça sua resposta.
      A conjunção mas. O narrador diz que não conseguia se lembrar de fatos recentes ocorridos com ele, mas não se esquecera de uma data distante, a da morte do morador da ilha.

       k) Que conjunção introduz uma oração que explica o motivo de ele se lembrar daquela data?
        A conjunção explicativa porque (“é porque no dia... da casa ilhada”).


TEXTO: SALVAR VIDAS ESTÁ NO NOSSO SANGUE - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Texto: SALVAR VIDAS ESTÁ NO NOSSO SANGUE  
  

    Uma bolsa de sangue doada pode salvar até três vidas.
  Com 450 ml desse líquido tão precioso, o qual nosso organismo repõe em apenas alguns dias, é possível renovar a esperança de vida de muitos pacientes. O Beneficência Portuguesa de São Paulo possui o maior banco privado da América Latina. Só em 2008, teve mais de 30 mil bolsas coletadas, que atenderam a cerca de 51 mil transfusões. Uma média de 80 doações por dia, com a presença de aproximadamente 40 mil candidatos ao longo do ano. Números que nos enchem de orgulho. Afinal, nada é mais responsável do que salvar vidas.

        Folha de São Paulo, São Paulo, 24 jun. 2009.
(Encarte Folha Corrida.) Folhapress.
 Entendendo o texto:

     01 – Qual é a entidade filantrópica responsável por essa campanha e qual é o objetivo?
      O hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. O objetivo da campanha é informar à população a importância de doar sangue e persuadi-la a participar da ação.

02 – Que argumentos foram usados para estimular as pessoas a colaborar com a campanha?
      A informação de que, com uma simples doação, é possível salvar a vida de até três pessoas, e o doador recupera em pouco tempo o que doou.

03 – Relacione o texto verbal à imagem.
      Quem doa pode salvar vidas. O coração simboliza a vida, e a mão seria a de um possível doador.

04 – Explique o duplo sentido expresso no título da campanha.
      No sentido objetivo, o título informa que podemos salvar vidas ao doar nosso sangue. No sentido subjetivo, que nós temos o hábito de salvar vidas.

05 – No título, o verbo salvar está no infinitivo impessoal. Por que o infinitivo é chamado de forma nominal? Justifique sua resposta com base no texto.
      Ele equivale a um nome, isto é, ao substantivo salvação.

06 – Que outras formas nominais, presentes no texto, equivalem a adjetivos?
     O particípio doada caracteriza o substantivo bolsa; privado refere-se a banco; coletadas caracteriza bolsas; e os três particípios concordam com os substantivos.

07 – Observe os verbos empregados no presente do indicativo:  está, pode, repõe; é, possui, enchem. O que expressam esse tempo e esse modo verbais? Releia o texto.
       O presente expressa verdade universal, bem como fatos que ocorrem no momento em que se fala; o modo indicativo expressa ações que ocorrem realmente.

08 – Leia esta frase: “...o qual nosso organismo repõe em apenas alguns dias...”.
      - O verbo destacado pertence a qual conjugação? Por quê?
      Pertence à 2ª conjugação, porque deriva de pôr, que se origina da forma latina poer.

      - Empregue-o, em uma frase, na 1ª pessoa do plural do   Pretérito perfeito.
      Por causa do frio da rua, repusemos nossos casacos.

      - O que se pode concluir quanto à classificação desse verbo?
      Trata-se de um verbo anômalo; o radical e as desinências sofrem alterações       expressivas.

09 – Que formas verbais no texto foram flexionadas no pretérito perfeito do indicativo? Que sentido elas expressam no contexto?
      As formas verbais teve e atenderam, que indicam ações concluídas.

     10 – Que tempos são derivados do pretérito perfeito do indicativo?
       O pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo.

     11 – Releia esta frase: “...é possível renovar a esperança de vida de muitos pacientes”. Reescreva-a, substituindo a forma nominal pelo substantivo equivalente.
       É possível a renovação da esperança de vida de muitos pacientes.


TEXTO: A LENTE DE CONTATO QUE CURA A CEGUEIRA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

TEXTO: A lente de contato que cura a cegueira

   Tratamento revolucionário consegue regenerar os tecidos do olho.
 As células-tronco são a grande esperança da medicina – sua capacidade de regenerar qualquer tecido do corpo promete curas incríveis. E elas acabam de operar seu primeiro milagre: fazer os cegos voltar a ver. Cientistas australianos desenvolveram uma lente de contato especial, que é revestida de células-tronco e consegue recuperar a visão de pessoas com problemas na córnea (a camada mais externa do olho).  Alguns dias depois que a lente é colocada, as células-tronco começam a migrar para o olho, onde substituem as células da córnea e fazem a pessoa recuperar a visão. O procedimento foi testado em 3 pacientes cegos, que estavam na fila para receber transplantes de córnea.
        E os resultados foram incríveis. Dois dos pacientes se tornaram capazes de ler, e o terceiro pôde até voltar a dirigir. Como as células-tronco são retiradas do olho do próprio paciente, não há risco de rejeição – 18 meses após o tratamento, nenhum dos 3 cegos teve qualquer complicação. “Nós ainda estamos em fase de testes, mas o procedimento é bem simples e logo poderá ser usado em qualquer hospital”, afirma o criador da técnica, o oftalmologista Nick di Girolamo, da Universidade de New South Wales.
                                                      
BLANCO, Gisela. Superinteressante, São Paulo, p.30, ago. 2009.

Entendendo o texto:

     01 – Que experiência relatada no texto comprova o êxito nas pesquisas com células-tronco?
      O uso de uma lente de contato coberta por células-tronco que passam a ocupar o lugar das células da córnea com problemas, quando colocadas nos olhos de pessoas cegas, devolvendo-lhes a visão.

     02 -  Apesar da série de polêmicas que envolvem os estudos com células-tronco, cientistas australianos divulgam suas conquistas.
Qual é a sua opinião sobre esse assunto?
      Resposta Pessoal.

     03 – Copie, no caderno, os pronomes relativos ocorrentes no texto e seus antecedentes.
      Os antecedentes estão entre parênteses: “...que cura...” (lente); “que é revestida...”
(Lente); “...onde substituem...” (olho); “...que estavam na fila...” (paciente).

     04 – Reescreva, no plural, a frase a seguir, em que há um pronome Indefinido variável. Destaque-o.
      “... e logo poderá ser usado em qualquer hospital”.
      “... e logo poderão ser usados em quaisquer hospitais.
      Pronome indefinido: Qualquer.



TEXTO: PAÍS DO FUTURO - LUIZ CAVERSAN - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Texto: PAÍS DO FUTURO

Rio de Janeiro – Lembra-se de quando o Brasil era o país do futuro?
   Primeiro foi um gigante adormecido (“em berço esplêndido”), que um dia iria acordar e botar pra quebrar.
  Depois tornou-se o país do futuro, um futuro de riqueza, justiça social e bem-aventurança.

        Eram tempos, aqueles, de postergar tudo o que não podia ser realizado no presente. A dureza do regime militar deixava poucas brechas para que se ousasse fazer alguma coisa que não fosse aquilo já previsto, planejado, ordenado pelos generais no poder.
Só restava então aguardar o futuro, que nunca chegava (mais uma vez vale lembrar: foram 21 anos de regime autoritário).
        O pior é que, mesmo depois de redemocratizado o país, a coisa continuou e continua meio encalacrada, com muitos sonhos tendo de ser adiados a cada dia, a cada nova dificuldade. Com a globalização, temos que encarar (e temer) até as crises que ocorrem do outro lado do mundo. Todavia há que se aguardar o futuro com otimismo, e alguma razão para isso existe.
Dados de uma pesquisa elaborada pela Secretaria de Planejamento do governo de São Paulo revelam que o Brasil chegará ao próximo século, que está logo ali na esquina, com o maior contingente de jovens de sua história.
        Conforme os dados da pesquisa, somente na faixa dos 20 aos 24 anos serão quase 16 milhões de indivíduos no ano 2000.
Com esses dados, o usual seria prever o agravamento da situação do mercado de trabalho, já tão difícil para essa faixa de idade, e de problemas como a criminalidade em geral e o tráfico e o uso de drogas em particular.
        Mas por que não inverter a mão e acreditar, ainda que forçando um pouco a barra, que essa massa de novas cabeças pensantes simboliza a chegada do tal futuro? Quem sabe sairá do acúmulo de energia renovada dessa geração a solução de problemas que apenas se perpetuaram no fracasso das anteriores?
        Nada mal começar um milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos.

                                 Luiz Caversan – Folha de São Paulo, 28.11.98.
Entendendo o texto:

01) Encontra apoio no texto a afirmação contida na opção:
a) A existência de 16 milhões de jovens brasileiros no ano 2000 constituirá um problema insolúvel.
b) Com a população jovem brasileira na casa dos 16 milhões, só se pode esperar o pior.
c) Não se pode pensar de forma otimista em relação ao próximo século.
d) Pode-se pensar positivamente em relação ao nosso futuro, apesar de alguns problemas.
e) Pode-se pensar de forma positiva sobre nosso futuro a partir da previsão do agravamento do desemprego.

02) A ideia de futuro vem representada no texto por uma sequência de conceitos. A opção que indica essa sequência é:
a) expectativa – gigantismo – idealização – otimismo
b) otimismo – expectativa – idealização – gigantismo
c) gigantismo – otimismo – idealização – expectativa
d) expectativa – idealização – otimismo – gigantismo
e) gigantismo – idealização – expectativa – otimismo

03) A linguagem coloquial empregada no texto pode ser exemplificada pela expressão:
a) “em berço esplêndido”
b) botar pra quebrar
c) bem-aventurança
d) dados de uma pesquisa
e) somente na faixa

04) Postergar significa:
a) polemizar
b) preterir
c) manifestar
d) difundir
e) incentivar

05) Em “o maior contingente de jovens de sua história”, o substantivo “jovens”, embora masculino, refere-se tanto aos rapazes quanto às moças. É comum, porém, que na distinção de gêneros haja referência a conteúdos distintos. Nas alternativas abaixo, a dupla de substantivos cuja diferença de gêneros NÃO corresponde a uma diferença de significados é:
a) novos cabeças – novas cabeças
b) vários personagens – várias personagens
c) outro guia – outra guia
d) o faixa preta – a faixa preta
e) algum capital – alguma capital

06) Em “…começar um milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos”, a parte sublinhada é substituível, sem mudança do significado, por:
a) a juventude, a audácia
b) a competência, a imaginação
c) a criatividade, a perseverança
d) a criatividade, a coragem
e) a imaginação, o destemor


TEXTO: O HOMEM E A GALINHA - RUTH ROCHA - COM GABARITO

Texto: O HOMEM E A GALINHA
            Ruth Rocha


Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:
      – Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente:
      – Vamos ficar ricos!
      E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão de ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
      – Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão de ló… Muito menos tomar sorvete!
      – É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
      – Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
      – E se ela não botar mais ovos de ouro?
      – Bota sim – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
      – Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
      – E se ela não botar mais ovos de ouro?
      – Bota sim – o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
      – Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!
      – E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.
      – Bota sim – o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Uma dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão de ló.
                                                                                       Ruth Rocha
Entendendo o texto:

1)   O texto recebe o título de O homem e a galinha.  Por que a história recebe esse título?
a)   Porque eles são os personagens principais da história narrada.
b)   Porque eles representam, respectivamente, o bem e o mal na história.
c) Porque são os narradores da história.
         d) Porque ambos são personagens famosos de outras histórias.
         e) Porque representam a oposição homem-animal.

2) Qual das afirmativas a seguir não é correta em relação ao homem da fábula?
a) É um personagem preocupado com o corte de gastos.
b) Mostra ingratidão em relação à galinha.
c) Demonstra não ouvir as opiniões dos outros.
d) Identifica-se como autoritário em relação à mulher
e) Revela sua maldade nos maus-tratos em relação à galinha.

3) Qual das características a seguir pode ser atribuída à galinha?
a) avareza
b) conformismo
c) ingratidão
d) revolta
e) hipocrisia

4) Era uma vez um homem que tinha uma  galinha. De que outro modo poderia ser dita a frase destacada?
a) Era uma vez uma galinha, que vivia com um homem.
b) Era uma vez um homem criador de galinhas.
c) Era uma vez um proprietário de uma galinha.
d) Era uma vez uma galinha que tinha uma propriedade.
e) Certa vez um homem criava uma galinha.

5) Era uma vez é uma expressão que indica tempo:
a) bem localizado
b) determinado
c) preciso
d) indefinido
e) bem antigo

6) A segunda frase do texto diz ao leitor que a galinha era uma galinha como as outras. Qual o significado dessa frase?
a) A frase tenta enganar o leitor, dizendo algo que não é verdadeiro.
b) A frase mostra que era normal que as galinhas botassem ovos de ouro.
c) A frase indica que ela ainda não havia colocado ovos de ouro.
d) A frase mostra que essa história é de conteúdo fantástico.
e) A frase demonstra que o narrador nada conhecia de galinha.

7) O que faz a galinha ser diferente das demais?
a) Botar ovos todos os dias independentemente do que comia.
b) Oferecer diariamente ovos a seu patrão avarento.
c) Pôr ovos de ouro antes da época própria.
d) Botar ovos de ouro a partir de um dia determinado.
e) Ser bondosa, apesar de sofrer injustiças.

8) O homem ficou contente. O conteúdo dessa frase indica um (a):
a) causa
b) modo
c) explicação
d) consequência
e) comparação

9) A presença de travessões no texto indica:
a) a admiração da mulher
b) a surpresa do homem
c) a fala dos personagens
d) a autoridade do homem
e) a fala do narrador da história

10) Que elementos demonstram que a galinha passou a receber um bom tratamento, após botar o primeiro ovo de ouro?
a) pão-de-ló / mingau / sorvete
b) milho / farelo / sorvete
c) mingau / sorvete / milho
d) sorvete / farelo / pão-de-ló
e) farelo / mingau / sorvete


11) Dizem, eu não sei… Quem é o responsável por essas palavras?
a) o homem
b) a galinha
c) o narrador
d) a mulher
e) o ovo.