quinta-feira, 12 de outubro de 2017

TEXTOS CURTOS COM DESCRITORES PARA O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO


Questão 1 - Leia o texto abaixo.


A gansa dos ovos de ouro
 Fábula de Esopo, recontada por Ana Maria Machado.

        Era uma vez um casal de camponeses que tinha uma gansa muito especial. De vez em quando, quase todo dia, ela botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme, mas em pouco tempo eles começaram a achar que podiam ficar muito mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles por hora, ou a todo momento que eles quisessem.
Falavam nisso sem parar, imaginando o que fariam com tanto ouro.
        — Que bobagem a gente ficar esperando que todo dia saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve ter dentro dela um jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a gente precisava.
        — Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um aparelho, alguma coisa assim. Se a gente pegar pra nós, não precisa mais de gansa.
        — É... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito rico.
        E resolveram matar a gansa para pegar todo o ouro.
        Mas dentro não tinha nada diferente das outras gansas que eles já tinham visto – só carne, tripa, gordura...
        E eles não pegaram mais ouro. Nem mesmo ganharam um ovo de ouro, nunca mais.

MACHADO, Ana Maria. O Tesouro das Virtudes para Crianças.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999.

 O ditado popular que melhor combina com essa história é:
A) “A união faz a força”.
B) “Quem tudo quer tudo perde...”.
C) “De grão em grão a galinha enche o papo”.
D) “A vingança tarda, mas não falha”.

Descritor 04 – Inferir uma informação implícita em um texto



Questão 2 - Leia o texto abaixo.


O príncipe sapo

  Uma feiticeira muito má transformou um belo príncipe num sapo, só o beijo de uma princesa desmancharia o feitiço.
  Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em que o príncipe morava. Cheio de esperança de ficar livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber de nada, atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo.


     Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe, casou-se com a princesa e foram felizes para sempre.

Seieszka, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas.
São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997, [s. p]. 

O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?
A) O beijo da princesa.
B) O feitiço da feiticeira.
C) O nojo da princesa.
D) O pedido do sapo.

Descritor 7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Questão 3 - Leia o texto abaixo.

  

Cuidado

        Depois da chuva, o menino vestiu uma roupa azul muito bonita e saiu todo alegre para brincar.
        A mãe avisou:
        — Cuidado! A roupa é nova, não vá se sujar.
        Pouco depois o menino voltou com a roupa suja de lama. A mãe, zangada, falou:

        — Mas você não sabia que a roupa estava limpinha? Que roupa custa dinheiro? Será que você não sabe que menino educado não fica deste jeito?
        — Tudo isso eu sei. O que eu não sabia é que o carro ia passar bem na poça d’água e jogar lama em mim.

O menino ficou sujo de lama porque
A) a mãe ficou zangada.
B) era desobediente.
C) era mal educado.
D) o carro jogou lama nele.

Descritor 8 – estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

Questão 4 - Leia o texto abaixo.


O MACACO E A VELHA

 Havia uma velha, muito velha, chamada Marocas. Ela possuía um lindo bananal. Mas a coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia um macaco que lhe roubava todas.
  Um dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no armazém vários quilos de alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num grande tabuleiro e o levou para o meio do bananal, pensando em dar uma lição no macaco.
        Logo que Marocas voltou para casa, lá veio o macaco Simão de mansinho. Quando avistou o boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava as bananas.
        O macaco, muito zangado, deu-lhe uns sopapos, ficando com a mão grudada no alcatrão. Deu-lhe um pontapé. Ficou preso no boneco também o seu pé. O macaco deu, então, uma cabeçada e ficou todinho grudado.
        Marocas, saindo do barraco, pegou o chicote e surrou o macaco e só parou, quando Simão, dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu.
        Certa manhã, Simão teve uma ideia para se vingar da velha Marocas. Ele entrou numa pele de leão que encontrou na floresta. Pulou o muro da casa da velha e escondeu-se no bananal.
        Quando a velha apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um bote. A velha gritou e tentou fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo do poço que havia no quintal.
        O macaco, vendo o perigo que ela corria, ficou muito triste, pois queria assustá-la, mas não matá-la. Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em volta, subiu num pé de jamelão, pegou num galho bem grosso e espichou bem o rabo até o fundo do poço.
        Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, chegando ao bananal, surpreenderam-se com a cena.
        O macaco fazendo força, trazendo Marocas dependurada no seu rabo. Depois desse dia, as coisas mudaram. Marocas e o macaco ficaram amigos. Era uma beleza!
Ela, em vez de pancadas, dava-lhe bananas e doces.

CAPPELLI, Alba; DIAS, Dora. O macaco e a velha. Coleção Lua de papel.
FTD. *Adaptado: Reforma Ortográfica. 

 O que deu início à briga entre Marocas e o macaco?
A) A lição que Marocas deu no macaco.
B) A surra de chicote que o macaco levou.
C) O boneco roubar as bananas do macaco.
D) O macaco comer as bananas da Marocas.

Descritor 7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Questão 5 - Leia o texto abaixo.


MEIO AMBIENTE

        A descoberta do estranhíssimo sapo-fóssil
        Apareceu pelas colinas da Índia um sapo bem esquisitão. Para começar, ele é roxo (“creeedo!”). Tem sete centímetros e um focinho pontudo. A cabeça é meio pequena para o corpo, e, por isso, o bicho parece mais uma bolha gosmenta roxa (Creedo!) do que um ser vivo.
        E mais estranho que isso só o nome dele: Nasikabatrachus sahyadrensis (mas esse nome palavrão na verdade quer dizer uma coisa bem simples – “sapo da montanha Sahyadri”).
        O sapo pode até ser feioso, mas, para os seus descobridores, ele é o bicho mais bonito do mundo. É que o sapo da montanha é um fóssil vivo, de 130 milhões de anos atrás. Os antepassados dele viveram na época dos dinossauros, e, por isso, o sapão roxo é muito importante para entender como os anfíbios da família dele evoluíram. Logo... o Nasika é lindo!

Disponível em: <http://www.canalkids.com.br/central/arquivo/meio_sapofossil.htm> 

 De acordo com esse texto, qual é a opinião dos pesquisadores sobre o sapo encontrado na Índia?
A) Ele é o bicho mais lindo do mundo.
B) Ele tem sete centímetros e focinho pontudo.
C) É roxo e apareceu nas colinas da Índia.
D) É um fóssil vivo de 130 milhões de anos.

Descritor 11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Questão 6 - Leia o texto abaixo.


ELA É SUPER

   Conheça as incríveis habilidades da onça-pintada e saiba mais sobre esse felino.
  Capaz de se disfarçar na mata, andar com leveza, escalar árvores altas e atravessar rios, a onça parece ter os poderes de invisibilidade de um guerreiro ninja.
  

      Ela usa todas essas habilidades para caçar e se proteger. Costuma ser mais ativa quando o sol se põe e pode caçar à noite, pois enxerga bem no escuro e tem audição e olfato aguçados.
        Como tem pernas curtas, ela não corre. Se esconde, segue a presa sem ser percebida e ataca saltando de um galho ou do meio da mata de repente, com uma mordida mais forte do que a de felinos maiores.

Revista Recreio, São Paulo: Abril, n.487, p. 20, 9 de jul. 2009.
Fragmento. 

  De acordo com esse texto, a onça-pintada usa suas habilidades para
A) aguçar o olfato.
B) caçar e se proteger.
C) enxergar no escuro.
D) ficar invisível.


Descritor 1 – Identificar uma informação explícita em um texto.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

POEMA: O CAMELÔ - TATIANE BATISTA MACEDO - COM GABARITO


O CAMELÔ
                                 Tatiane Batista Macedo

Acorda, João,
Já passa das cinco.
O relógio não pára, a vida não pára.
É hora de ir para a vinte e cinco,
Vender as mercadorias
Que, com os únicos centavos e tantos esforços, acabou de comprar.
No corre-corre, no grita-grita:
— Três por um real!
João nem se dá conta
Que, às suas costas,
O policial durante a ronda
Leva as mercadorias.
João, e agora?
E agora, João?
Como comprará o leite da Gabriela,
O pão do Pedro,
A saia da Maria?
E agora, João?
Como pagará o aluguel ao seu Manuel?
João, e agora?
Os policiais ainda amarram os sacos.
João volta.
Não pode.
João pega.
Não dá!
João é impedido.
Não pode! Não pega! Não dá!
Corre, corre agora?
E o leite e o aluguel e a saia e o pão?
Não posso, não dá.
No corre-corre, no grita-grita,
O único som: uma lágrima caindo...

                                                       Publicado em www.dedic.com.br.
Interpretação do texto:
1 – Qual o título do texto? E o que quer dizer?
      O Camelô. Pessoas que vendem as mercadorias pelas ruas.

2 – A que horas João acorda? Para ir onde vender as mercadorias?
      Levanta as 5 horas da manhã. Pegam suas mercadorias e vão para a vinte e cinco.

3 – O que aconteceu com João, enquanto ele oferecia as mercadorias no grita-grita. “Três por um real!”?
      A polícia fazendo ronda, levava suas mercadorias, sem que ele percebe-se e não conseguiu pegar de volta as mercadorias.

4 – Qual é a preocupação de sua mulher?
      Como irão conseguir pagar o aluguel, comprar o pão, o leite a saia da Maria, sem dinheiro.

5 – No corre-corre, no grita-grita, qual é o som que se ouve, no último verso?
      “O único som: uma lágrima caindo...”   

6 – Quem é o autor do texto?
      Tatiane Batista Macedo.
     





CRÔNICA: DIA DA CONFRATERNIZAÇÃO - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Fonte da imagem - https://www.blogger.com/u/4/blog/post/edit/7220443075447643666/1268113511918592679#

Crônica:Dia da confraternização
          Luís Fernando Veríssimo
DE: Gerência Executiva
PARA: Todos os funcionários

        Como é do conhecimento de todos, esta Empresa realiza anualmente o seu Dia da Confraternização, uma oportunidade para colegas de trabalho e seus familiares se reunirem num ambiente de congraçamento, descontração e sadio companheirismo. Como em outras ocasiões, o Dia da Confraternização deste ano teve lugar na Sede Campestre da Fundação que leva o nome do Fundador da nossa Empresa e saudoso pai do nosso atual Diretor- Presidente. Infelizmente, nem todos sabem compreender o espírito do evento, como atestam os desagradáveis acontecimentos, a que passamos a nos referir.
        Já no primeiro jogo do torneio de futebol interdepartamental que se realizou pela manhã, Recursos Humanos X Manutenção e Oficinas, surgiram os primeiros incidentes. O doutor Almeida, assessor do nosso Departamento Jurídico, prontificou-se gentilmente a atuar como juiz. As chacotas dirigidas aos calções largos do doutor Almeida eram compreensíveis, pois estavam dentro do espírito descontraído da ocasião. Nada justifica, no entanto, a covarde agressão de que foi vítima o doutor Almeida depois de apitar o pênalti que deu a vitória ao Departamento de Recursos Humanos.
        No jogo Contabilidade X Almoxarifado, realizado a seguir, era evidente a intenção dos jogadores do Almoxarifado de atingir, deslealmente, o nosso estimado caixa Gurgel, que quando se recusa a descontar vales para o pessoal o faz por orientação da Direção e não — como pareciam pensar seus adversários — por decisão própria. Gurgel ficou desacordado até a hora da distribuição dos brindes, outro lamentável episódio que comentaremos adiante.
        O torneio de futebol atingiu o cúmulo da violência no jogo decisivo, Secretaria X Embalagem e Expedição, realizado às três da tarde, quando todos já reclamavam o início do churrasco, e uma tentativa de invasão da churrasqueira por parte de um grupo de mães à procura de comida para seus filhos fora repelida à força por elementos do nosso Departamento de Segurança Interna. Houve uma batalha campal entre jogadores e assistentes e o nosso companheiro Druck, do Faturamento, que atuava como juiz, está hospitalizado até hoje. Recebendo, aliás, completa assistência da Empresa, embora não fosse um acidente de trabalho, mas tudo bem.
        Como faz todos os anos, nosso Diretor-Presidente preparou-se para dizer algumas palavras antes de começar o churrasco, agradecendo a colaboração de todos para o crescimento da Empresa durante o ano. Foi recebido com gritos de “Aí, linguinha”, “Fala, seboso” e “Nada de discurso, queremos comida”. Também recebeu um pão na testa. Com seu conhecido espírito democrático e tolerante, nosso Diretor-Presidente decidiu suprimir o discurso.
        O churrasco transcorreu sem maiores incidentes, fora o prato de salada de batata despejado, à traição, sobre a cabeça do doutor Almeida, reflexo ainda da sua atuação como juiz pela manhã, mas o consumo de chope foi alto e a certa altura ouviram-se pedidos descabidos para que a digníssima esposa do nosso Diretor Industrial, dona Morena, fizesse um strip-tease em cima da mesa, sendo nosso Diretor obrigado a segurar sua mulher à força.
        Chegou a hora de sortear os números que receberiam brindes, o que foi feito pela digníssima esposa do nosso Diretor de Planejamento, dona Santa, recebida com gritos de “Pelancuda! Pelancuda!”. O primeiro número sorteado por dona Santa foi o do seu sobrinho Roni, do Departamento de Arte, o que despertou revolta geral e gritos de “Marmelada!”. Todos avançaram sobre os brindes e na confusão diversos membros do nosso Conselho Fiscal foram pisoteados, e dona Morena sofreu alguns apertões.
        A Direção está disposta a esquecer os acontecimentos do Dia da Confraternização se os funcionários se comprometerem a esquecê-los também. Elementos da Secretaria e de Embalagem e Expedição têm-se envolvido em seguidas brigas durante o horário de trabalho a respeito do jogo inacabado, e o doutor Almeida, cuja presença no nosso Departamento Jurídico é indispensável, está impedido de aparecer na Empresa sob o risco de apanhar. Isto está afetando a nossa produção. Se as coisas continuarem assim, a Direção será obrigada a tomar medidas drásticas, podendo, inclusive, cancelar o Dia da Confraternização do próximo ano!
Interpretação do texto:
1 – O que é Dia de Confraternização? E para que serve?
      É uma reunião realizado no fim de ano, entre todos os funcionários e familiares da empresa. Serve para o entrosamento, a união e o companheirismo entre os funcionários.
2 – Onde foi realizado a confraternização?
      Na Sede Campestre da Fundação.
3 – Qual foi o principal torneio entre os funcionários? Quantas partidas teve? Quais eram os times?
      Foi o torneio de futebol interdepartamental. Foi realizado três partidas. Recursos Humanos x Manutenção e Oficinas; Contabilidade x Almoxarifado; e Secretaria x Embalagem e Expedição.
4 – Qual foi o incidente ocorrido no primeiro jogo? E quem sofreu a agressão?
      Houve chacotas com relação ao calções e a agressão. Quem sofreu a agressão foi o Dr. Almeida, que era o juiz da partida.
5 – No segundo jogo, também houve agressão, quem foi agredido? E qual foi a consequência?
      Foi o caixa Gurgel, que ficou desacordado até a hora da distribuição dos brindes.
6 – No terceiro jogo, o que aconteceu? E quem foi o agredido?
      Houve uma batalha campal entre jogadores e assistentes. O companheiro Druck, que atuava como juiz.
7 – A partir de que horas, foi servido o churrasco? E qual o incidente ocorrido?
      A partir da 3 horas, já reclamavam pelo churrasco, e até algumas mães tentaram invadir a churrasqueira para pegar comida para os filhos, a qual foram repelidas pelo Departamento de Segurança Interna.
8 – O Diretor Presidente conseguiu fazer o discurso antes do churrasco como era de costume? E qual foi a agressão recebida?
      Ele foi recebido por gritos como: “Aí, linguinha”; “Fala Seboso” e “Nada de Discurso, queremos comida”, além de levar um pão na testa.
9 – Quem fez o sorteio dos brindes? Para quem saiu o primeiro prémio? E qual foi a reação dos funcionários?
      Foi sorteado pela Dona Santa, esposa do Diretor de Planejamento. O sorteio saiu para o seu sobrinho Roni. Os funcionários reagiram gritando “marmelada!”.
10 – De que maneira terminou o sorteio dos brindes?
      Os funcionários avançaram sobre os brindes, na confusão várias pessoas ficaram machucadas, inclusive a Dona Morena esposa do Diretor Industrial.
11 – Qual foi o resultado final do Dia da Confraternização?
      A Diretoria está disposta à esquecer todos os incidentes, desde que os funcionários também se comprometam a esquecer e acabar com as discussão que ainda existe dos torneios. Caso contrário não haverá mais a confraternização no próximo ano.


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

MÚSICA(DITADURA): DEBAIXO DOS CARACÓIS DOS SEUS CABELOS - COM GABARITO

Música(Atividades): Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos

                                                Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Um dia a areia branca
Seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora
Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante.


Interpretação da música:
1 – Quais os possíveis sentidos para essa música? Por que você acha que ela passa despercebida pela censura?
      Por ser um cantor romântico todos ouvintes acreditavam ser uma música dedicada a uma mulher.
      Passou despercebida pela censura devido uma boa dose de romantismo que conquistou os corações das jovens apaixonadas.

2 – Quais versos permitem compreender que se trata de uma canção dedicada a Caetano Veloso?
      Os versos: “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, uma história pra contar, de um mundo tão distante”. Caetano ostentava uma vasta cabeleira, daí o motivo do nome da música.

3 – Que outras formas foram utilizadas, além da música, pelos grupos sociais para se manifestar contra os desmandos dos governos militares?
      Passeatas, jornais como veículo de denúncia, publicações como o Pasquim, peças teatrais (Centro Popular de Cultura) e filmes (Cinema Novo).

4 – De acordo com a música, como se sentiria o exilado quando “janelas e portas” se abrissem com a sua chegada?
      Que mesmo longe, ele jamais seria esquecido.

5 – Na canção, os autores dizem que “ao se sentir em casa/sorrindo vai chorar”. Explique os possíveis sentidos para esses versos.
      “Em casa” seria o Brasil, e ele choraria de emoção ao retornar a sua pátria.

6 – Os autores mencionaram um “mundo distante”. Onde seria este mundo? Que versos tornam possível essa resposta?
      “Mundo tão distante” também seria o Brasil, afinal Caetano estava exilado em Londres.
      “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, uma história pra contar, de um mundo tão distante”.

7 – E sobre a censura, o que você sabe? Você acha que, nos dias atuais, ela ainda existe? Comente exemplificando.
      Resposta pessoal do aluno.

8 – Considerando que Roberto Carlos fazia parte da Jovem Guarda e que não era perseguido pela censura e que Caetano era considerado “subversivo” pelo governo militar, o que poderia ter levado Roberto a compor a canção?
      Pois ele era considerado um “bom moço” que não criticava explicitamente a política da época e compôs esta canção em homenagem ao amigo que se encontrava exilado na Inglaterra.

9 – Na época em que a música fora sucesso nas rádios, e Roberto Carlos por ser um cantor romântico, o público ouvinte...:
a)   Acreditava que era a alusão aos cabelos cacheados que Caetano Veloso possuía.
b)   A conotava como sendo dedicada a uma mulher.

c)   Uma forma de protestar contra o regime político brasileiro, da época.
10 – Quais versos apontam o desejo do exilado de voltar para a terra natal?
      Os versos são: “Você olha tudo e nada / lhe faz ficar contente / Você só deseja agora / Voltar pra sua gente.

11 – Você sabe o que é “exilado” e o significado de ser um “exilado político”?
      Resposta pessoal do aluno.

12 – Em: “Você anda pela tarde / E o seu olhar tristonho / Deixa sangrar no peito / Uma saudade um sonho”, a que se referem “saudade” e “sonho”?
      Saudade da família, da pátria e dos amigos e sonha em retornar ao Brasil.

13 – Que versos indicam a esperança dos autores com relação ao fim do regime de governo da época?
      Um dia vou ver você / chegando num sorriso / pisando a areia branca / Que é seu paraíso.

14 – Além dessa canção, você conhece outra que fala de exílio político?
      Resposta pessoal do aluno.

15 – O ano de 1968 foi o ápice da ditadura no país, após o AI5 decretado pelo governo Costa e Silva, que viria “calar” toda manifestação artística em desacordo com os preceitos do novo regime. Qual o sentido da palavra “calar”?
      Nada escapava da tesoura da censura, qualquer insinuação a repressão que o país vivia era motivo para que qualquer expressão artística fosse proibida muitos artistas foram exilados, presos e torturados.

16 – Coube, portanto, a Caetano Veloso revelar essa história, 21 anos depois. O artista rememorava fatos relacionados à sua prisão e exílio e, para surpresa do público fez esta revelação. Que aconteceu com a canção após a revelação?
      A partir da revelação, o antigo sucesso “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, foi revestido de outro significado e acabou se firmando como um clássico do repertório popular.

  


sábado, 7 de outubro de 2017

POEMA: LIBERDADE - FERNANDO PESSOA - COM GABARITO

LIBERDADE

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada.
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quando é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

                               Fernando Pessoa. Obra Poética. Rio de Janeiro:
                                                               Nova Aguilar, 1977 p. 188-9.
Interpretação:
1 – Existe no poema uma oposição entre o dever e o prazer. A que elementos o autor associa o dever? A que outros elementos associa o prazer?
      O dever está associado às atividades de nosso mundo cultural: ler um livro, estudar, ter um dever a cumprir.
      O prazer está associado ao mundo natural: o sol, a lua, o rio, a brisa, as flores, a música, as crianças...

2 – Quanto às rimas, o que você nota? Qual a relação desse tipo de rima com o conteúdo do poema?
      As rimas são irregulares, perfeitamente adequadas ao tema do poema.

      3 – Comente esta definição do autor: “Livros são papéis pintados com tinta”.
      Resposta pessoal do aluno.

4 – Compare a visão que o poeta tem da escrita com a visão da personagem do texto “A descoberta da escrita”.
      É uma visão totalmente diferente. Enquanto o poeta “desfaz” dos livros e da literatura, a personagem de A descoberta da escrita dedica toda sua vida para encontrar um meio de poder escrever...

5 – o poeta enaltece os encantos do mundo natural, contrapondo-o à artificialidade do mundo cultural, e declara sua preferência pela natureza. Por outro lado, quando se escreve um poema, o que se pressupõe? Que contradição existe na postura do poeta?
      Ao mesmo tempo em que critica os livros, é por meio de um deles que o autor fará chegar seus versos ao leitor. É um “papel pintado com tinta” que imortaliza a voz do poeta.

6 – Observe a última estrofe do poema. Qual sua opinião sobre o argumento utilizado para convencer o leitor?

      O argumento é irrefutável.

CRÔNICA: A DESCOBERTA DA ESCRITA - IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO -COM GABARITO


CRÔNICA: A DESCOBERTA DA ESCRITA
                      Ignácio de Loyola Brandão

        Tentava escrever e eles surgiam, levando todo o material. Confiscavam e sumiam. Sem satisfações, mas também sem recriminações. Não diziam nada, olhavam e recolham o que estava sobre a mesa.
        Tentou mudar de casa, não adiantou. Eles chegaram, apenas a caneta tocava o papel. Como se aquele toque tivesse a capacidade de emitir um sinal, perceptível somente por eles, como o infra som para um cachorro. Levaram todos os papéis. E, quando ele tentou comprar, as papelarias não venderam sema a requisição oficial. Nenhum tipo de papel, nada. Caderno, cada criança tinha direito a cotas estabelecidas. Desvio de cadernos era punido com degredo perpétuo. Rondou as padarias e descobriu que o pão era embrulhado em plásticos finos, transparentes. E, quando quis comprar um jornal, viu que as margens não eram brancas, vazias. Agora, havia nelas um chapado preto, para impedir que se escrevesse ali. Uma noite, altas horas, escreveu nas paredes. E pela manhã descobriu que eles tinham vindo e caiado sobre os escrito. Escreveu novamente. Caiaram, outra vez. Na terceira, derrubaram as paredes. Ele procurava desmontar caixas, aproveitar as áreas internas. Eles tinham pensado nisso, antes. As partes internas eram cheias de desenhos, ou com tintas escuras sobre as quais era impossível gravar alguma coisa. Experimentou panos brancos, algodão cru, cores leves como o amarelo, o azul claro. Eles também tinham pensado. As tintas manchavam o pano, borravam, as letras se confundiam.
        Eles não proibiam, prendiam ou censuravam. Pacientemente, vigiavam. Controlavam. Dia a dia, minuto, segundos Impediam que ele escrevesse. Sem dizer nada, simplesmente tomando: objetos, lápis, canetas, cotos de carvão, pincéis, estiletes de madeira, o que ele inventasse.
        Dois, cinco, doze anos se passaram. Ele experimentou fabricar papel, clandestinamente, em porões e barracos escondidos no campo. Eles descobriram, arrebentavam as máquinas, destruíam as matérias-primas.
        Ele tentou tudo: vidros, madeira, borracha, metais. Percebia, com o passar do tempo, que eles não eram os mesmos. Iam mudando, se revezando. Constantes, sempre incansáveis, silenciosos.
        Deixou o tempo correr. Fez que tinha desistido. Só pensava, escrevia dentro da própria cabeça tudo o que tinha. Esperou dois anos, cinco, doze. Quando achou que tinha sido esquecido, colocou o material num carro.
        Tomou estradas para o norte, regiões menos povoadas. Cruzou pantanais, sertões, desertos, montanhas. Calor, frio, umidade. Encontrou uma planície imensa, a perder de vista. Onde só havia pedras. Ficou ali. Com martelo e cinzel, começou a escrever. Gravando bem fundo nas pedras imensas os sinais. Ali podia trabalhar, sem parar.
        E o cinzel formava, lentamente, ás, bês, cês, dês, pês. Traços. Palavras, desenhos.
                       Ignácio de Loyola Brandão. O homem do furo na mão
                          & outras histórias. São Paulo: Ática, 1987. p. 29-30.
                                                                    (Série Rosa dos Ventos).

Interpretação:
1 – Ao ler o título, em que você pensou? Sua hipótese se confirmou após a leitura? Justifique o título do texto.
      Resposta pessoal do aluno. O título remete a um passado longínquo; provavelmente a expectativa dos alunos girará em torno das primeiras tentativas do homem de registrar sua fala.

2- Observe que, no primeiro período do texto, o autor refere-se a eles. O pronome pessoal é geralmente empregado no lugar de um nome que já é do conhecimento do leitor ou que será imediatamente citado. É o que ocorre nesse texto? Como você explica o emprego desse pronome?
      Não. O autor usa o pronome sem antecedente. Além de instigar o leitor (queremos, a todo custo, saber quem são eles), a indefinição do referente confere ao texto um caráter alegórico: Eles são os órgãos repressores.

3 – Como o texto é narrado em terceira pessoa, os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular, quando se referem às ações da personagem principal, e na terceira pessoa do plural. Estes últimos têm que tipo de sujeito? Qual a importância disso para o texto?
      Na maioria das vezes, os verbos aparecem sem o pronome, configurando um sujeito indeterminado. Esse recurso sintático faz aumentar o suspense, a curiosidade em torno do sujeito da ação.

4 – O texto apresenta uma progressão. De que maneira o autor a constrói?
      A progressão na narrativa é construída de várias maneiras: enumerando ações (e insucessos); com indicações temporais (muitos anos passaram) e com a informação de que eles iam se revezando, como passar do tempo.

5 – No trecho: “Percebia, com o passar do tempo, que eles não eram os mesmos. Iam mudando, se revezando”, como se poderia explicar esse “revezamento”? A quem, concretamente, o autor estaria se referindo com esse texto? Procure estabelecer uma relação entre esses fatos e uma determinada época histórica vivida recentemente pelo povo brasileiro.
      O autor se refere aos representantes dos órgãos repressores. Provavelmente, com a mudança do governo, os funcionários (ou censores) mudam também. O autor, alegoricamente, refere-se ao período da ditadura militar, em que se institui a censura nos meios de comunicação, da qual ele mesmo foi vítima.

6 – Como você imagina que seja “escrever dentro da própria cabeça”? Você costuma fazer isso? A quem atinge, comais intensidade, a impossibilidade de escrever?
      Resposta pessoal do aluno.

7 – Esperar dois, cinco, 12 anos, até achar que tinha sido esquecido é um ato de resistência. O que, na sua opinião, manteve na personagem a vontade de escrever? Por que ele não desistiu se não tinha forças suficientes para enfrentar seus repressores?
      Nos períodos de grande repressão política, o movimento de resistência é o que impede a morte total da cultura de um povo. Com atividades divulgadas apenas em círculos fechados, ou lutando na clandestinidade para ver chegar o dia da liberdade de um regime autoritário, os pensadores, intelectuais, artistas, mestres jamais desistem de divulgar as ideias que julgam acertadas para seu povo. Fingir que desistiram é apenas uma estratégia de preservação.

8 – O que a escrita, tão ardentemente desejada pelo personagem, estaria simbolizando no texto? Nesse sentido, o que significaria “gravar bem fundo nas pedras”?
      A escrita simboliza a liberdade de expressão. “Gravar nas pedras” simbolizaria deixar suas ideias registradas para sempre Nesse sentido, entende-se o título do texto: a descoberta da escrita foi a concretização do desejo da personagem de poder expressar-se, escrever o que pensava e sentia: ele, finalmente, descobre uma maneira de escrever.

9 – Que processo de construção de período predomina no texto? Por que o autor o escolheu?
      Predomina o processo de coordenação. A sequência quase interminável de tentativas para “furar o cerco” é reproduzida com a enumeração das várias ações da personagem.

10 – Observe a extensão dos períodos. Qual teria sida a intensão do autor ao construí-los assim?
      O autor optou por períodos curtos, nos quais reproduz a ação da personagem e a reação dos opressores, alternadamente. Há um crescimento da violência no texto (arrebentavam as máquinas), o cerco vai se fechando até que a personagem decide fingir desistência de seus planos. A partir desse momento, os períodos se tornam ainda mais curtos, revelando apenas as atitudes da personagem.

11 – Observe também como foi construído o último parágrafo do texto e faça um comentário.

      O último parágrafo revela a concretização do sonho da personagem. O autor intensifica o processo de diminuição dos períodos e encerra o texto apenas com frases nominais.

CARTA: VERGONHA(ANALFABETISMO) - COM GABARITO

VERGONHA

        Numa quarta-feira, 17 de julho, fui a uma agência da Caixa Econômica Federal, que, em época de pagamento de FGTS, é um verdadeiro caos. Nessa agência assisti a uma cena que muitos podem considerar piegas, outros, constrangedora, e mesmo alguns talvez até a considerem normal; para mim, foi humilhante. Naquele momento tive vergonha de ser brasileiro, vamos ao relato. Um senhor, aparentando ter uns 50 anos, roupas simples, retira do bolso sua carteira profissional (para os mais jovens, esclareço que carteira profissional é um documento azul que todo trabalhador deve ter, mas que os empresários estão preferindo ignorar). Pelo que pude perceber, esse senhor estava recebendo seu seguro-desemprego e, no momento de assinar o comprovante de recebimento do seguro, o constrangimento começou. Com voz quase imperceptível e percebendo que todos na fila o observavam, ele balbuciou mais do que falou: “Senhor, eu não sei escrever...” O caixa então pediu o polegar do trabalhador para marcar as digitais no recibo. O braço do homem parecia pesar uma tonelada. Era evidente o seu desconforto, a sua vergonha de ser analfabeto.
        Escrevo a vocês para dizer o que deveria ter dito a ele naquela hora: “Amigo, vergonha quem deve sentir sou eu, que sei ler e escrever e não lhe ensino. Vergonha quem deve sentir é o país, de não ter lhe dado oportunidade de estudar. Desculpe-nos por tudo. Por ter lhe dado um cartão magnético, para o senhor retirar sua esmola, e não ter lhe ensinado a ler para saber usar a máquina da qual sai dinheiro. Desculpe-nos obriga-lo a sujar os dedos, quando era nossa obrigação ensiná-lo a escrever”.

                                           José Paulo da Silva Costa Jr. Recife, PE.
                                    Caros Amigos, ano VI, n° 65, ago. 2002. p. 6.

Interpretação:
1 – Como sabemos que o texto “Vergonha” é uma carta?
      Sabe-se, pela introdução do texto, que a carta foi publicada numa seção da revista para a qual os leitores escrevem mensalmente. Além disso, no início do segundo parágrafo, lê-se: “Escrevo a vocês para dizer...”

2 – O autor da carta define a cena relatada como “humilhante”. Na sua opinião, o que há de humilhante na situação descrita?
      Resposta pessoal do aluno. Considerar que ser um adulto analfabeto num mundo controlado pela escrita.

3 – Faça um comentário sobre a explicação dada entre parênteses.
      A explicação é claramente sarcástica A intenção do autor da carta foi dizer que ultimamente é tão difícil os jovens conseguirem emprego com carteira assinada que provavelmente nem conhecem o documento.

4 – Comente também os vocativos que aparecem no texto.
      “Senhor, eu não sei escrever...” Mesmo dirigindo-se a uma pessoa mais jovem, o senhor que estava recebendo o seguro-desemprego tratou com respeito o funcionário, talvez por sentir-se inferiorizado diante dele.
      “Amigo, vergonha quem deve sentir sou eu...” Nesse caso, o autor da carta quer mostrar solidariedade para com o senhor que passou pelo constrangimento citado.

5 – Explique a intenção do autor ao usar a palavra destacada neste trecho: “Por ter lhe dado um cartão magnético, para o senhor retirar sua esmola, e não ter lhe ensinado a ler para saber usar a máquina da qual sai dinheiro”.
      A intenção é criticar a importância recebida como salário-desemprego, que é muito pequena.

6 – Como as relações de poder ocorreram naquela situação? Que tipo de poder prevaleceu?
      O funcionário do banco sentiu-se dono da situação; não se preocupou com a reação daquele senhor ao marcar as digitais no recibo diante de tantas pessoas. Prevaleceu o tipo de poder dos que sabem diante dos que não sabem.

7 – Você concorda com as palavras que o narrador “deveria ter dito a ele naquela hora” (mas não disse) e escreve nessa carta? Quais seriam as suas palavras para aquele senhor naquelas circunstâncias?

      Resposta pessoal do aluno.