terça-feira, 3 de setembro de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): MUNDO NOVO, VIDA NOVA - GONZAGUINHA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Mundo Novo, Vida Nova
       
      Gonzaguinha

Mundo novo, vida nova
Buscar um mundo novo, vida nova
E ver, se dessa vez, faço um final feliz
Deixar de lado
Aquela velha estória
O verso usado
O canto antigo
Vou dizer adeus
Fazer de tudo e todos mera lembrança
Deixar de ser só esperança
E por minhas mãos, lutando, me superar
Vou rasgar no tempo o meu próprio caminho
E assim, abrir meu peito ao vento, me libertar
De ser somente aquilo que se espera
Em forma, jeito, luz e cor
E vou, vou pegar um mundo novo, vida nova
Vou pegar um mundo novo, vida nova

Buscar um mundo novo, vida nova
E ver, se dessa vez, faço um final feliz
Deixar de lado
Aquela velha estória
O verso usado
O canto antigo
Vou dizer adeus.
                                    Composição: Luiz Gonzaga Jr

Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p. 146.
Entendendo a canção:
01 – No texto, expressa-se um desejo de mudança. Qual é a mudança pretendida?
      O eu lírico deseja deixar para trás a vida monótona, com situações repetidas (“velhas histórias”) e sem originalidade (“verso usado”, “canto antigo”), para ter uma vida nova.

02 – Que adjetivos caracterizam a mudança que o eu lírico pretende realizar?
      Novo(a) e feliz.

03 – Se invertermos a posição dos adjetivos das expressões velhas histórias e canto antigo, ocorrerá mudança de sentido? Explique.
      No primeiro caso, haverá alteração de sentido. A expressão velhas histórias, no texto, refere-se a histórias repetidas, histórias de sempre, mesmas histórias; histórias velhas significa histórias antigas, que perderam a atualidade. Já na expressão canto antigo, a mudança de posição do adjetivo não altera o sentido.

04 – Identifique no texto um adjetivo uniforme e registre sua flexão no grau superlativo absoluto sintético.
      Feliz (adjetivo uniforme); Felicíssimo (superlativo absoluto sintético).

05 – A respeito da tipologia textual apresentada através do texto “Mundo novo, Vida nova” trata-se de um(a):
a)   Texto que se volta inteiramente para a realidade.
b)   Texto que se volta para a expressão, que nele é tão ou mais importante do que a própria realidade retratada.
c)   Texto que tem como objetivo transmitir conteúdo.
d)   Texto que tem uma linguagem objetiva e impessoal.
e)   Linguagem que tende a denotação.

06 – “Vou traçar no tempo meu próprio caminho. O vocábulo destacado NÃO tem o significado do contexto em:
a)   O caminho dos justos se renova sempre.
b)   A sua vida está entre um caminho e outro.
c)   O caminho para o sucesso é longo.
d)   Em seu caminho, Pedro observa a paisagem.
e)   O caminho para a vitória tem muitos obstáculos.

07 – Identifique o trecho a seguir em que o termo destacado atua como conector contribuindo para a coesão textual:
a)   “Buscar um mundo novo, vida nova”.
b)   “E ver, se desta vez, faço um final feliz”.
c)   “Vou dizer adeus”.
d)   E por minhas mãos, lutando...”.
e)   “Vou pegar um mundo novo, vida nova”.

08 – O sinônimo que traduz “traçar” na oração: “Vou traçar no tempo” está corretamente indicado em:
a)   Representar.
b)   Descrever.
c)   Projetar.
d)   Tracejar.
e)   Delimitar.

09 – A respeito do tema principal enfocado pelo texto, é adequado dizer que:
a)   O autor faz uma perspectiva do futuro avaliando o passado através de uma retrospectiva.
b)   É claro o sentimento de angústia e pessimismo presente em todo o texto.
c)   A ansiedade por uma vida nova faz com que o passado esteja cada vez mais presente.
d)   O passado deve ser apagado na visão do autor para que haja possibilidade de que se tenha uma vida nova.
e)   Para que haja uma vida nova é necessário que exista uma continuidade das antigas experiências.

10 – “(...) E vou / Vou pegar um mundo novo, vida nova /”. O termo destacado anteriormente uma relação de:
a)   Adição.
b)   Contraste.
c)   Escolha.
d)   Conclusão.
e)   Motivo.

11 – Exemplificando o modo como se relacionam os adjetivos e substantivos, temos a seguinte alternativa:
a)   “Vou dizer adeus”.
b)   “Mundo novo, vida nova”.
c)   “Deixar de ser só esperança”.
d)   “De ser somente aquilo que se espera”.
e)   “E assim abrir meu peito ao vento”.

12 – “Deixar de ser só esperança” não é o mesmo que ser uma pessoa  desesperançosa. Tal conclusão é possível sabendo-se que, neste caso, o prefixo des tem o sentido de:
a)   Negação.
b)   Contrariedade.
c)   Intensidade.
d)   Destruição.
e)   Separação.

CRÔNICA: O MENINO NO ESPELHO - FERNANDO SABINO - COM GABARITO

Crônica: O menino no espelho
     
        Fernando Sabino

        [...]
        Levantava a perna, e ele levantava também, ao mesmo tempo. Abria os braços e ele fazia o mesmo. Coçava a orelha, e ele também.
        Mas o que mais me intrigava era a única diferença entre nós dois. Sim, porque um dia descobri, com pasmo, que enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa dele era no direito.
        Para testar, coloco a mão direita espalmada sobre o espelho. Como era de se esperar, ele ao mesmo tempo vem com sua mão esquerda, encostando-a na minha. Sorrio para ele e ele para mim. Mais do que nunca me vem a sensação de que é alguém idêntico a mim que está ali dentro do espelho, se divertindo em me imitar. Chego a ter a impressão de sentir o calor da palma da mão dele contra a minha. Fico sério, a imaginar o que aconteceria se isso fosse verdade. Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como se agora estou absolutamente sério?
        Um calafrio me corre pela espinha, arrepiando a pele: há alguém vivo dentro do espelho! Um outro eu, o meu duplo, realmente existe! Não é imaginação, pois ele ainda está sorrindo, e sinto o contato de sua mão na minha, seus dedos aos poucos entrelaçarem os meus.
        Puxo a mão com cuidado, descolando-a do espelho. Em vez da outra mão se afastar, ela vem para fora, presa à minha. Afasto-me um passo, sempre a puxar a figura do espelho, até que ela se destaque de todo, já dentro do meu quarto, e fique à minha frente, palpável, de carne e osso, como outro menino exatamente igual a mim.
        – Você também se chama Fernando? – pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos.
        – Odnanref – responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha. 
        – Odnanref?
        Sim, Odnanref. Fernando de trás para diante. Era em tudo semelhante a mim, menos em relação à direita e à esquerda, que nele eram o contrário, sendo natural, pois, que seu nome, isto é, o meu fosse ao contrário também. Por uma coincidência, Odnanref era o meu nome de guerra, na sociedade secreta Olho de Gato.
        – Por isso mesmo – confirmou Odnanref, dando-me um tapinha nas costas e rindo, feliz: - Foi você que me desencantou, adotando o meu nome. Senão eu jamais teria vindo, pois a lei do mundo dos espelhos proíbe terminantemente que a gente venha ao mundo de vocês. A menos que alguém consiga desvendar o nosso encanto. O meu era esse, e você adivinhou. Eu só estava esperando que você me puxasse, como acabou de fazer. [...]
        Deslumbrado com a perspectiva de ter alguém igual a mim, como um perfeito irmão gêmeo, eu não imaginava as dificuldades que iria enfrentar. A falta de minha imagem no espelho, por exemplo, era uma delas: me criava problemas para pentear os cabelos ou escovar os dentes sem poder me ver.
        Combinamos que, a partir de então, ele me substituiria quando eu quisesse, mas jamais deveríamos ser vistos juntos. Ninguém poderia desconfiar de nossa existência dupla, pois com isso se acabaria o encanto, significando o seu imediato regresso, para todo o sempre, ao interior do espelho.
        [...]
                        Fernando Sabino. O menino no espelho. 44.  Ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
                    Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 18.
Por dentro do texto:

01 – Anteriormente você estudou que um texto pode ser visual, verbal ou multissemiótico. Observe as características do texto que acabou de ler e responda: Ele é verbal, visual ou multissemiótico? Explique.
      Ele apresenta apenas palavras; portanto, é um texto verbal.

02 – Ao se olhar no espelho, o menino vê sua imagem, isto é, seu reflexo. É normal que um espelho reflita imagens invertidas?
      Sim.

03 – Localize no texto o parágrafo que revela que o espelho reflete a imagem de maneira invertida e identifique um trecho que comprove essa afirmação.
      Segundo parágrafo. “[...]um dia descobri, com pasmo, que enquanto eu levantava a perna esquerda, ele levantava a direita; enquanto eu coçava a orelha direita, ele coçava a esquerda. Reparando bem, descobria outras diferenças. O escudo da escola, por exemplo, que eu trazia colado no bolsinho esquerdo do uniforme, na blusa dele era no direito.”

04 – Releia o trecho a seguir. “Quando volto a olhá-lo no rosto, vejo assombrado que ele continua a sorrir. Como, se agora estou absolutamente sério?”

a)   O fato narrado nesse trecho surpreende o menino? Por quê?
Sim, porque não se trata de algo que acontece normalmente: as imagens do menino que ele vê refletido não acompanham os movimentos que ele faz diante do espelho.

b)   Identifique nesse trecho a frase que mostra o estranhamento do menino diante do outo que está dentro do espelho.
“Como, se agora estou absolutamente sério?”

05 – No texto, o fato de a imagem do espelho ser a própria imagem do personagem, mas agir de outra maneira, possibilita uma relação entre o menino e o outro que está dentro do espelho?
     Sim, conforme é narrado no texto, o menino conversa com a imagem do espelho e fica deslumbrado com a possibilidade de existir alguém igual a ele, como se fosse um irmão gêmeo.

06 – Mesmo agindo de maneira diferente, o outro que está dentro do espelho é o próprio menino e ele conversa com sua imagem. Responda:
a)   O texto narra um fato que pode acontecer na realidade ou é uma ficção, criada pela imaginação do autor?
É uma ficção, pois, na realidade, é impossível que uma imagem do espelho converse com alguém.

b)   O que você achou da ideia de um personagem conversar com sua imagem refletida no espelho? Você já conhecia uma história assim?
Resposta pessoal do aluno.

07 – Indique a afirmativa que responde à seguinte questão: Qual foi a intenção do texto ao dar ao personagem uma possibilidade que não existe na vida real?
a)   Mostrar que uma pessoa pode conversar consigo mesma diante do espelho.
b)   Mostrar que é possível alguém se ver de uma maneira diferente.
c)   Revelar que as coisas são vistas sempre do mesmo jeito.

08 – Releia este diálogo do texto:
        “– Você também se chama Fernando? – pergunto, mal conseguindo acreditar nos meus olhos.
        – Odnanref – responde ele, e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha.”

        Embora os diálogos aconteçam entre pessoas diferentes, o menino se reconhece no outro que está no espelho. Que trecho do diálogo confirma isso?
      “[...] e era como se eu próprio tivesse falado: sua voz era igual à minha.”






REPORTAGEM: BRASIL TEM QUASE 1 MILHÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TRABALHO IRREGULAR - JOANA CUNHA - COM GABARITO

REPORTAGEM: Brasil tem quase 1 milhão de crianças e adolescentes em trabalho irregular


JOANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
29/11/2017 10h00 - Atualizado às 15h04

   O trabalho infantil atingia 1,8 milhão de crianças e adolescentes no Brasil em 2016. Cerca de 998 mil delas, em situação irregular.
     Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo IBGE, havia, no ano passado, 30 mil crianças entre 5 a 9 anos de idade trabalhando e outras 160 mil entre no grupo de 10 a 13 anos.
        Nesse grupo dos pequenos, de 5 a 13 anos, 74% não receberam nenhum tipo de renda monetária decorrente do trabalho, sinal de que o dinheiro pode não ter sido a principal causa do ingresso precoce no mundo das obrigações.
        As conclusões, que estão na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), desenham um cenário mais grave no Norte, a região com maior proporção de trabalho infantil a ser erradicado. Lá, o nível de ocupação das crianças entre 5 e 13 anos de idade chega a 1,5%. No Sudeste a taxa de ocupação desta faixa etária fica em torno 0,3%.
        A maior parte são meninos (65,3%), pretos ou pardos (64,1%) e chegam a trabalhar em média 25,3 horas por semana.

                      Mão de obra infantil
                      Três quartos das crianças ocupadas
                      De 5 a 13 anos não são remuneradas.
                      Total de crianças de 5 a 17 anos no Brasil em 2016
                      1,8 milhão crianças ocupadas.
                      40,1 milhões.

        Segundo a legislação brasileira, a idade mínima para a entrada no mercado e trabalho é de 16 anos. Antes disso, com 14 ou 15 anos é permitido o trabalho apenas na condição de aprendiz. Com 16 ou 17, o adolescente pode trabalhar desde que esteja registrado e não seja exposto a abusos físicos, psicológicos e sexuais. A lei também não permite que a pessoa com menos de 18 anos exerça atividades usando equipamentos perigosos ou em meio insalubre.
        Em resumo, qualquer forma de trabalho realizado entre 5 e 13 anos está irregular e precisa ser abolido, segundo a legislação. As atividades exercidas por essa faixa etária apresentam características muito diferentes das praticadas por jovens entre 14 e 17 anos e por isso foram tratadas separadamente pelas estatísticas.
        Em 2016 havia 40,1 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos no país. Ou seja, 4,5% realizavam algum tipo de trabalho no período.
        Os dados do IBGE confirmam uma preocupação de especialistas em relação à evasão escolar provocada pela entrada prematura no mercado de trabalho. Enquanto a taxa de escolarização das crianças ocupadas entre 5 e 13 anos atinge 98,4% —pouco abaixo da taxa registrada entre as crianças não ocupadas—, no grupo dos ocupados com 16 e 17 anos de idade, essa taxa de escolarização cai para 74,9%.
        [...]
        NÍVEL DE OCUPAÇÃO DAS PESSOAS DE 5 A 17 ANOS POR REGIÃo Em %
        Norte: 5,7.
        Nordeste: 4,4.
        Sudeste: 3,7.
        Sul: 6,3.
        Centro-Oeste: 5.                              Fonte: Pnad Contínua.

        Os maiores, de 14 a 17 anos, aparecem com mais frequência em atividades de comércio e reparação.
        "Nenhuma criança pode trabalhar com menos de 14 anos de idade. Com 14 e 15, só pode mediante o processo de aprendizado. Com 16 e 17, desde que não tenha condições como trabalho noturno, uso de químicos, objetos cortantes etc. Independentemente de ser algo cultural, precisa ser abolido", diz Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
        Dentre os jovens de 14 ou 15 anos ocupados 89,5% não tinham carteira de trabalho assinada, ou seja, estavam irregulares. Entre os de 16 e 17 anos, 70,8% estavam sem registro, conforme os dados do levantamento.
        A pesquisa não tem histórico para comparações porque esta é a primeira vez que a Pnad Contínua divulga o módulo de trabalho infantil, depois que o IBGE promoveu mudanças na forma de captação das informações. Mas especialistas estimam que a divulgação desta quarta-feira deve refletir um agravamento do problema.
        [...]
                                CUNHA, Joana. Brasil tem quase 1 milhão de crianças e adolescentes em trabalho irregular. Folha de São Paulo. São Paulo, 29 nov. 2017.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 266-9.
Por dentro do texto:
01 – Releia o título da reportagem: “Brasil tem quase 1 milhão de crianças e adolescentes em trabalho irregular”.
a)   Qual fato deu origem à reportagem?
Os dados de pesquisa que mostram o alto número de crianças e adolescentes em trabalho irregular.

b)   Qual informação chama atenção no título?
O número de “1 milhão” relacionado a crianças e adolescentes trabalhando ainda de forma irregular.

c)   Pesquise o significado da palavra irregular aplicada ao contexto.
A palavra assume o sentido de desrespeito às leis, às regras, aos costumes estabelecidos.

02 – Os dados da reportagem são da Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios (PNAD) contínua do IBGE, realizada em 2018. Responda:
a)   Quantas crianças e adolescentes trabalham no Brasil em 2016, em números absolutos e percentuais, quando os dados foram coletados?
No momento da pesquisa, trabalhavam no Brasil 1,8 milhão, totalizando 4,5% do total de crianças e adolescentes.

b)   Quantas dessas crianças e adolescentes trabalharam em situação irregular?
Trabalhavam em situação irregular 998 mil jovens, ou seja, cerca de 60% de crianças e adolescentes estavam trabalhando em situação irregular.

c)   Das crianças entre 5 e 13 anos que trabalhavam em situação irregular, quantas não recebiam nenhuma remuneração?
Não recebiam qualquer remuneração 74% das crianças que trabalham nessa faixa etária.

03 – Segunda a reportagem, o número de crianças pequenas trabalhando, com idade entre 5 e 13 anos, é mais grave no Norte do país. Com base nesse dado, responda.
a)   Qual é o percentual de crianças trabalhando entre 5 e 13 anos nessa região em comparação com a região Sudeste?
O nível de ocupação das crianças entre 5 e 13 anos de idade chega a 1,5%. No Sudeste a taxa de ocupação desta faixa etária fica em torno de 0,3%.

b)   Dentre essas crianças, qual é o percentual de meninos e de pretos ou pardos que trabalham?
A maior parte são meninos (65,3%) e pretos ou pardos correspondem a 64,1% deles.

c)   Qual é a média de horas trabalhadas por semana por essas crianças?
Essas crianças chegam a trabalhar em média 25,3 horas por semana.

04 – Reproduza o quadro e preencha-o com as informações sobre da legislação brasileira presentes na reportagem.

Legislação brasileira sobre trabalho de crianças e adolescentes:

PROIBIÇÕES = Trabalho de crianças e adolescentes em qualquer circunstância é permitido somente a partir dos 16 anos; a pessoa com menos de 18 anos não pode exercer atividades usando equipamentos perigosos ou em meio insalubre, inclusive em horário noturno.

PERMISSÕES= Adolescentes de 14 e 15 anos podem trabalhar na condição de aprendizes, adolescentes de 16 e 17 anos podem trabalhar desde que sejam registrados e não sejam expostos a abusos físicos, psicológicos e sexuais.

05 – Com base nas informações do texto, defina trabalho infantil irregular.
      Todo trabalho realizado por crianças até os 13 anos de idade é irregular. O trabalho de adolescentes entre 13 e 14 anos é irregular, exceto na condição de aprendiz. Entre 16 e 17 anos, o trabalho é irregular quando o adolescente não tem a sua carteira assinada, realiza trabalho noturno de qualquer natureza ou é exposto a qualquer risco a sua saúde, podendo sofrer abusos sexuais, psicológicos e físicos.

06 – Releia o trecho a seguir: "Nenhuma criança pode trabalhar com menos de 14 anos de idade. Com 14 e 15, só pode mediante o processo de aprendizado. Com 16 e 17, desde que não tenha condições como trabalho noturno, uso de químicos, objetos cortantes etc. Independentemente de ser algo cultural, precisa ser abolido", diz Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

a)   De quem é o depoimento?
O depoimento é de Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

b)   Da fala do entrevistado, o que pode ser considerado fato?
Nenhuma criança pode trabalhar com menos de 14 anos de idade. Com 14 e 15, só pode mediante o processo de aprendizado. Com 16 e 17, desde que não seja submetido a condições como trabalho noturno, uso de químicos, objetos cortantes.

c)   Nesse excerto, o que pode ser considerado opinião e o que pode ser considerado como transmissão de informação? Você concorda com a opinião do emissor? Explique.
Discuta a respeito do trecho lido com os alunos, procurando auxiliá-los a identificar o momento em que o autor expressa sua opinião, por meio do uso de verbos como precisar, que auxilia na expressão de uma opinião.



terça-feira, 27 de agosto de 2019

POEMA: BILHETE AO PAI ADOTIVO - HAYDÉE S. HOSTIN - COM GABARITO


Poema: Bilhete ao pai adotivo


Eu não estava
no porta retrato
de ninguém
vagava desnudo
nos corredores da solidão.

Um dia teus braços amarrados
soltaram-se e acolheram-me.
Surpreso fui ao teu encontro
vacilante criança
sonegada de amor.

Alimentado pelo teu colo
bebi tua água
mastiguei teu pão.

Teu amor de pai
me fez corado tranquilo
feliz e menino.

Hoje sou o
teu retrato.

LIMA, Haydée S. Hostin. Roda Poética “Dia dos Pais”. Confraria Artistas e Poetas pela Paz.Disponível em:https://bit.ly/204Ptov . Acesso em: 25 set. 2018.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 117.
Glossário
Desnudo: sem proteção.
Sonegado: oculto, escondido, tirado às escondidas.

Por dentro do poema

1)   Quantos versos e quantas estrofes compõem o poema?
O poema compõe-se de 18 versos e 6 estrofes.

2)   Que características do texto o aproximam de um bilhete e justificam seu título?
O eu poético refere-se ao pai, seu interlocutor, se comunicando diretamente com ele, em uma mensagem relativamente curta.

3)   Em sua opinião, o que o eu poético pretende comunicar nos versos a seguir?
a)   Eu não estava
no porta-retratos
de ninguém
vagava desnudo
nos corredores da solidão.
Resposta pessoal. Sugestão: O eu poético pretende comunicar que não tinha afeto e amor ou alguém que se preocupasse com ele e que o protegesse, isto é, ele era sozinho e abandonado.

b)   Alimentado pelo teu colo
bebi tua água
mastiguei teu pão.
Resposta pessoal. Sugestão: O eu poético sentiu-se amado pelo pai adotivo.

c)   Hoje sou
o teu retrato.
Resposta pessoal.  Sugestão: O eu poético afirma que é a imagem do pai, com o qual se parece. É possível inferir que o amor que recebeu faz com que se sinta como um reflexo, uma extensão do pai adotivo.

4)   O poema conta uma história. Você concorda com essa afirmação? Explique.
Resposta pessoal.

5)   Você gostou do poema lido? O gênero poema é o seu preferido ou há outro gênero de que gosta mais?
Resposta pessoal.



REPORTAGEM: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CRESCE MAIS QUE PRESENCIAL, MAS NÃO É 1ª OPÇÃO - MARIANA TOKARNIA - COM GABARITO


Texto: Educação a distância cresce mais que presencial, mas não é 1ª opção

Publicado em 22/05/2018 - 10:04
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  Brasília
A educação a distância cresce em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e já é opção para quase metade das pessoas que buscam uma graduação. Pesquisa divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) - que representa grande parte do ensino superior particular do país - mostra que 44% dos entrevistados optariam por essa modalidade, enquanto 56% dizem que preferem o ensino presencial. Nesse ritmo de crescimento, o Brasil terá mais alunos estudando a distância que nas salas de aula tradicionais, em 2023.
A pesquisa mostra ainda que, se informados de que os cursos a distância podem ter etapas presenciais, a aceitação aumenta para 93% dos estudantes pesquisados. Para os 7% restantes, ainda há um desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet. Outro ponto destacado por esses alunos que não optariam pela EaD é a percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza adequadamente a qualidade desses cursos.
A pesquisa inédita Um ano do Decreto EAD - O impacto da educação a distância foi feita pela ABMES em conjunto com a empresa de pesquisas educacionais Educa Insights. Ao todo, foram entrevistados 1.012 homens e mulheres de 18 a 50 anos, sendo 256 alunos e 756 potenciais candidatos a educação superior em março deste ano.
“Estamos falando de um público diferente da graduação presencial tradicional. Estamos trazendo para o ensino superior um público mais velho, mais maduro, que já trabalha com maior intensidade. Esse público precisa da flexibilidade da EaD para completar o curso superior”, diz o vice-presidente da ABMES, Celso Niskier.
O estudo mostra que aqueles que escolhem a educação presencial exclusivamente são mais jovens - 53% têm até 30 anos -; 76% trabalham; 33% são da classe social A ou B; 64% estudaram em escolas públicas e 36% em particulares.
Entre aqueles que preferem a EaD, 67% têm mais de 30 anos, 83% trabalham; 25% são das classes sociais A ou B, 75% estudaram em escolas públicas e 25% em particulares.
Aulas práticas presenciais
Atualmente, um curso EaD pode ter até 30% das aulas presenciais. Quando perguntados se cursariam um curso EaD com as aulas práticas presenciais, a maior parte, 93% disse que sim.
Entre os 7% que disseram não, 62% acreditam que a qualidade dessa modalidade não é bem avaliada no mercado de trabalho. Eles apontaram também desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet: 62% dos estudantes e potenciais alunos dizem que acreditam que as instituições de ensino EaD não oferecem suporte para tirar dúvida na hora e 37% dizem que têm dificuldade com sistema de aula online.
Em relação à qualidade da EaD, Niskier diz: “Uma minoria de 4%, entre os jovens pesquisados, ainda acha que o mercado de trabalho não percebe muito bem a qualidade da educação a distância. Isso tende a desaparecer com o tempo, na medida em que comecemos a formar mais e o desempenho desses profissionais seja equivalente”.
Cursos a distância
De acordo com o Censo da Educação Superior, em 2016, 33% dos novos alunos ingressaram no ensino superior na modalidade a distância e 67% em cursos presenciais. Esse número cresceu. Em 2010, 20% ingressaram no EaD e 80% no presencial.
De acordo com a projeção do estudo, se mantido o crescimento da EaD atual, em 2023 mais estudantes ingressarão na modalidade a distância que no presencial. Serão, pelas projeções do estudo, 51% em EaD e 49% no ensino presencial.
Há um ano, o governo publicou um decreto que define os critérios para a oferta de educação a distância. Entre as mudanças está a possibilidade de a instituição privada de ensino superior ser credenciada exclusivamente para oferta de cursos de graduação e de pós-graduação lato sensu (especializações e MBAs) na modalidade a distância. Até então, a instituição deveria também ter algum curso na modalidade presencial.
Edição: Valéria Aguiar
TOKARNIA, MARIANA. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CRESCE MAIS QUE PRESENCIAL, MAS NÃO É 1ª OPÇÃO.
AGÊNCIA bRASIL, BRASÍLIA, 22 MAIO 2018.dISPONÍVEL EM:HTTPS://BIT.LY/2KKYLYX. aCESSO EM: 25 SET 2018.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 79.
Entendendo o texto
1)   Qual é o assunto central dessa notícia?
O crescimento da educação a distância no Brasil.

2)   O título informa que a educação a distância não é a primeira opção, referindo-se às pessoas que querem fazer um curso superior. De acordo com o texto, essa realidade pode mudar? Justifique.
Sim, pois no texto afirma-se que essa modalidade de educação cresceu em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e que, de acordo com as pesquisas, em 2023 o Brasil terá mais alunos estudando a distância do que nas salas de aula tradicionais.

3)   Que argumentos as pessoas entrevistadas empregam para justificar a opção pelo ensino presencial, resistindo à ideia de fazer um curso superior a distância?
O desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet e a percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza a qualidade dos cursos superiores a distância de modo adequado.

4)   Que informação eleva o percentual de aceitação da modalidade a distância pelos estudantes pesquisados?
A informação de que os cursos a distância podem ter etapas presenciais.

5)   Você conhece alguém que faz ou já fez curso na modalidade educação a distância? Qual a sua opinião sobre esse tipo de ensino?
Resposta pessoal.