sexta-feira, 23 de março de 2018

PROJETO: O MEIO AMBIENTE E OS CORDÉIS - COM ATIVIDADES/GABARITO

PROJETO: O MEIO AMBIENTE E OS CORDÉIS


Literatura de Cordel

    É um tipo de poema popular, oral e impressa em folhetos, geralmente expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. O nome de Cordel é original de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes.

Público alvo:  Ensino Fundamental.

Dados da aula:
     O que o aluno poderá aprender com esta aula:
·        Identificar nas leituras de cordéis palavras que tratam da natureza e relacioná-las com os elementos do ambiente natural.
·        Caracterizar, nos versos, a relação do homem com a natureza.
·        Analisar o jogo de palavras para anunciar uma situação da natureza.

Duração das atividades:
     2 a 3 aulas.
     Conhecimentos prévios trabalhados pela professora com os alunos.
     Não há pré-requisito.
     Estratégias e recursos da aula.

     Atividade 1 – Ouvir e ler cordéis que tragam animais e sua relação com meio ambiente.

     1° Momento – professora escolhe um cordel que trate da temática do meio ambiente e estabeleça um diálogo com os alunos. Ex.: Leia o primeiro verso do cordel e descubra o sentido que os alunos atribuem as palavras em negrito, registre para acompanhar o processo de aprendizagem de cada um.

1° verso:

OS ANIMAIS TÊM RAZÃO
Quem já passou no sertão
E viu o solo rachado
A caatinga cor de cinza,
Duvido não ter parado
Pra ficar olhando o verde
Do juazeiro copado.
2° verso:
E sair dali pensando
Como pode a natureza
Num clima tão quente e seco,
Numa terra indefesa
Com tanta adversidade
Criar tamanha beleza.
3° verso:
O juazeiro, seu moço,
É pra nós a resistência,
A força, a garra e a saga,
O grito da independência,
Do sertanejo que luta.

·        Escolha fotos que retratem as palavras em negrito para ir construindo o sentido das palavras.
Solo rachado.
Caatinga.
Juazeiro.

·        A partir da análise das fotos, leve os alunos a estabelecer relações entre os alunos a estabelecer relações entre os elementos da natureza como: solo – água – luz – calor e seres vivos; a verificar características da vegetação do sertão do nordeste.

     2° momento – Após a leitura do texto com a entonação de cordel, destaque o 4° e 5° versos, para construir o sentido das palavras em negrito. Solicite que os alunos façam uma pesquisa de imagens dos animais com seus nomes encontrados nos versos e tragam para a escola.

4° verso:
Nos seus galhos se agasalham
Do periquito ao canção
É hotel do retirante
Que anda de pé no chão,
O general da caatinga.
E o vigia do sertão.

5° Verso:
E foi debaixo de um deles
Que eu vi um porco falando,
Um cachorro e uma cobra
E um burro reclamando,
Um rato e um morcego
E uma vaca escutando.

·        Estabeleça um diálogo com os alunos iniciando com as questões norteadoras.
Quem já viu um periquito? Um morcego? Um burro? Um pássaro chamado canção? Um cobra cascavel? Diante das respostas, caso tenham dúvidas, fazer uma pesquisa no dicionário.

Atividade 2 – Construção do painel com o cordel e seus personagens.
     Cada aluno escolhe um personagem para ilustrar e reescrever as falas dos mesmos. É importante fazer a mediação para que todos os personagens do cordel sejam desenhados e a história do cordel seja composta por inteiro. Posteriormente, organizar um painel e fazer uma exposição – o texto lido com as ilustrações dos alunos.

     Atividade 3 – Refletir sobre a relação entre os animais e os homens.
     O professor e os alunos refletem sobre o tema do cordel e a postura dos homens em relação aos animais e discutem sobre a importância dos homens e de outros seres para a preservação do meio ambiente.
     FRANCISCO, ANTÔNIO, OS ANIMAIS TÊM RAZÃO

     Avaliação
     Ao final das atividades, perceber:
1 – O envolvimento durante a contação de histórias;
2 – As relações que tratam sobre a interação animal e homem.
3 – Se o aluno se sensibilizou com as questões abordadas.
4 – Se identifica palavras destacadas no texto.

          CORDEL
        Preserve o meio ambiente e salve o nosso Planeta
O animal bicho homem
Desde a sua criação
A cada passo que dá
Na sua evolução.
Maltrata o seu planeta
Agindo como um cometa
Provoca destruição.

Não age com a razão
Destrói a sua morada
Desmata, arrasa, polui
De forma desordenada
Despreza a ecologia
No campo da economia
Só visa o lucro e mais nada.

E não é muito pedir
Para cada brasileiro
Plantar uma arvorezinha
No quintal ou no terreiro
Essas pequenas ações
Transformarão em milhões
De árvores no mundo inteiro.

Entendendo o texto:
01 – Desde quando o homem é animal bicho?
      Desde sua criação.

02 – O homem evoluiu e fez o que com o planeta?
      Maltrata.

03 – Ele não age com a razão e destrói o quê?
      Sua morada.

04 – De que forma destrói sua morada?
      Desmata, arrasa, polui.

05 – No campo da economia ele visa o quê?
      O lucro e nada mais.

06 – O que cada brasileiro deve fazer? Onde?
      Plantar uma arvorezinha. No quintal ou no terreiro.

07 – Qual o resultado destas pequenas ações?
      Transformação em milhões de árvores no mundo inteiro.

quinta-feira, 22 de março de 2018

FILME/ATIVIDADES: MULHER MARAVILHA - PATTY JENKINS - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Filme(ATIVIDADES): MULHER MARAVILHA

Data de lançamento: 1 de junho de 2017 (2h 21min)
Direção: Patty Jenkins
Gêneros: AçãoAventuraFantasia
Nacionalidade: EUA

SINOPSE E DETALHES

Não recomendado para menores de 12 anos

        Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.
Entendendo o filme:
        Após assistir ao filme "Mulher Maravilha" responda às questões abaixo:
01 – Abaixo você irá ler a passagem em que a Rainha das Amazonas conta para Diana como tudo começou, porém, a história está embaralhada. Sua função será analisar as opções e assinalar na alternativa que corresponde a sequência correta dos fatos narrados por Hipólita.
IV - Zeus criou os seres que os deuses governariam, seres nascidos a sua imagem; justos e bons, fortes e apaixonados. Ele chamou a sua criação de homem e a raça humana era boa, mas o filho de Zeus sentia inveja dos homens e corrompeu o que seu pai havia criado.
V - Ares envenenou o coração dos homens com inveja e desconfiança colocou uns contra os outros e a guerra devastou a Terra.
III - Seu nome era Ares o Deus da Guerra.
VI - Então os deuses nos criaram: As Amazonas para influenciar os corações dos homens com amor e restabelecer a paz na Terra e por um curto período houve paz, mas ela não durou.
X - Então a Amazona Rainha, mãe da Diana liderou uma rebelião que libertou as Amazonas da escravidão.
IX - E com seu último sopro de vida ele criou uma ilha para que as Amazonas pudessem viver em paz.
VII - Ares matou todos os deuses e sobrou apenas seu pai Zeus.
VIII - Zeus usou todas as forças que ainda restava para deter Ares e o fazer recuar, sabendo que um dia ele voltaria para terminar a sua missão, uma guerra sem fim em que a raça humana destruiria todos.
II - Os deuses dominavam a Terra e Zeus era o rei entre eles.
I - Então Zeus deixou uma arma poderosa, a única capaz de matar um deus.

A sequência correta dos fatos narrados é:
a) II, IV, III, V, VI, X, VII, VIII, I, IX
b) IV, II, III, V, VI, X, VII, VIII, I, IX
c) II, IV, III, V, VI, X, VIII, VII, IX, I
d) II, III, IV, V, X, VI, VII, VIII, I, IX.

02 – Diana é uma menina muito agitada e esperta. Ela quer a todo custo ser guerreira como as Amazonas, no entanto, porque sua mãe, a Rainha proíbe que sua filha seja treinada?
      A Rainha tem medo que, se Diana ficar forte será fácil Ares o Deus da Guerra encontrá-la.

03 – Quando a Rainha percebe que não consegue impedir Diana de ser uma guerreira, ela pede para sua irmã Antíope treiná-la intensamente. Um dia Diana vencerá sua tia em um treino; nesse momento, qual poder ela descobre que possui?
      O poder de seus braceletes.

04 – Após Diana vencer sua tia no treino, ela fica chateada e vai até a beira de um precipício. Nas próximas cenas ocorre algo que muda completamente a vida da moça. Relate os acontecimentos a partir desse momento.
      Diana vê um avião cair ao mar. Ela salva o tripulante. Aparecem soldados Alemães que invadem a ilha. Eles começam uma batalha com as Amazonas. Nessa batalha Antíope morre. Diana, após ouvir os relatos de Trevor resolve ir com ele para Londres, o lugar onde a guerra está mais intensa com o propósito de encontrar Ares o deus da guerra e derrotá-lo.

05 – Qual era a missão de Trevor? Quem ele era realmente?
        Ele era um espião e a missão dele era descobrir a real situação dos Alemães em uma tentativa de acabar com a guerra que estavam vivendo.

06 - Diana é uma mulher valente, destemida, guerreira e determinada. Você conhece alguém que possui essas características? Comente sobre essa pessoa.
      Resposta Pessoal do aluno.

07 – Relate qual cena do filme causou impacto em você e por quê?
      Resposta Pessoal do aluno.

08 – Você gostou do filme? Mudaria o final ou os fatos aconteceram como você esperava?
      Resposta Pessoal do aluno.

SONETO: MAIS LUZ - ANTERO QUENTAL - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Poema: MAIS LUZ!

Amem a noite os magos crapulosos,
E os que sonham com virgens impossíveis,
E os que inclinam, mudos e impassíveis,
À borda dos abismos silenciosos...

Tu, lua, com teus raios vaporosos,
Cobre-os, tapa-os e torna-os insensíveis,
Tanto aos vícios cruéis e inextinguíveis,
Como aos longos cuidados dolorosos!

Eu amarei a santa madrugada,
E o meio-dia, em vida refervendo,
E a tarde rumorosa e repousada.



Viva e trabalhe em plena luz: depois,
Seja-me dado ainda ver, morrendo,
O claro Sol, amigo dos heróis!

             A UM CRUCIFIXO
Há mil anos, bom Cristo, ergueste os magros braços
E clamaste da cruz: “há Deus!” e olhaste, ó crente,
O horizonte futuro e viste, em tua mente,
Um alvor ideal banhar esses espaços!


Por que morreu sem eco o eco de teus passos,
E de tua palavra (Ó Verbo!) o som fremente?
Morreste... ah! dorme em paz! não volvas, que descrente
Arrojaras de novo à campa os membros lassos...

Agora, como então, na mesma terra erma,
A mesma humanidade é sempre a mesma enferma,
Sob o mesmo ermo céu, frio como um sudário...

E agora, como então, viras o mundo exangue,
E ouviras perguntar – “de que serviu o sangue,
Com que regaste, ó Cristo, as urzes do Calvário?”

                             Quental, A. de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro, Agir, 1967.
 Entendendo o poema:
01 – Em resposta a Antônio Feliciano de Castilho, que o criticara (e também fizera críticas a outros poetas), Antero de Quental respondeu, em 1865, no folheto conhecido como Bom senso e bom gosto:
      “O escritor quer o espírito livre de jugos, o pensamento livre de preconceitos e respeitos inúteis, o coração livre de vaidades, incorruptível e intemerato”.
       É possível encontrar algum ponto de contato entre esse parecer de Antero de Quental e o soneto Mais Luz!?
      O ponto de contato existe no próprio conteúdo (e não na forma). O “eu” do soneto apregoa que prefere as ideias claras e expostas à luz e o parecer do folheto diz, praticamente, a mesma coisa.

02 – Tendo em vista as características da poesia romântica ou até mesmo comparado poemas românticos presentes neste livro, faça um pequeno painel comparativo a partir do soneto Mais Luz!
      A poesia romântica está voltada para a melancolia, para a hora noturna, para o amor impossível, preza a lua, as horas sombrias, a solidão. O soneto Mais Luz! está pregando exatamente o contrário de “hora romântica”. Abomina a escuridão, as viagens impossíveis, a magia da lua. Prefere o dia claro e as ideias expostas.

03 – Considere a seguinte afirmativa a respeito da poesia de Antero de Quental:
        “Nas poesias de combate às Odes modernas há poemas bastante contraditórios, onde é substituída uma visão cristã do mundo por uma religiosidade panteísta, isto é, uma religiosidade que vê Deus em toda parte, que o identifica com o mundo concreto”.
Discuta com seus colegas a respeito. Procure checar se há pontos de contato entre essa afirmativa e o soneto A um crucifixo.
      Resposta pessoal do aluno.

04 – De acordo com o soneto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Crapuloso: libertino, devasso.
·        Inextinguível: que não pode desaparecer, que não pode esgotar-se, acabar.

05 – Que expressões presentes na 1ª estrofe evocam os poetas românticos?
      As expressões que evocam os poetas românticos são: os magros crapulosos, os que sonham com virgens impossíveis, os que se inclinam à borda dos abismos silenciosos.

06 – Por que os adjetivos “mudos e impassíveis”, utilizados para evocar os poetas românticos do spleen, podem ser considerados depreciativos perante a concepção da literatura como meio de transformação da sociedade, que caracteriza o Realismo?
      Porque esses adjetivos parecem se referir à desistência dos românticos de participar da realidade, refugiando-se em seus sonhos e fantasias.

07 – Na 2ª estrofe, que pedido o sujeito lírico faz à Lua, musa inspiradora do Romantismo?
      O sujeito lírico pede à Lua que cubra, tape, torne os poetas românticos insensíveis aos vícios e sofrimentos que cultivam.

08 – Na segunda parte do soneto, que se compõe dos tercetos, predomina a defesa explícita de valores que denominaremos diurnos. Transcreva o verso dessa parte que faz a apologia desses valores.
      O verso é aquele com o qual o poema termina: “O claro Sol, amigo dos heróis!”.

09 – As duas imagens presentes no poema – a Lua e o Sol – constituem metáforas das posturas romântica e realista, que denominamos noturna e diurna. Na sua opinião, que traços fundamentais de ambos os estilos podemos identificar com as imagens da Lua e do Sol, da noite e do dia?
      Os traços do romantismo que podemos identificar com a imagem da Lua são a sensibilidade, a emoção, o cultivo dos sentimentos e dos sonhos. Já os traços realistas identificáveis com a imagem do Sol são a racionalidade, a objetividade, a realidade do trabalho e do cotidiano.

10 – Considerando que o soneto defende as ideias realistas em detrimento das românticas, interprete com suas próprias palavras o título “Mais luz!”

      Resposta pessoal do aluno.



      

NOTÍCIA: ECOLOGIA PRECOCE - CAROLINA TARRÍO - COM GABARITO

ECOLOGIA PRECOCE


Sozinho, um estudante de Bauru já fez mais pelo meio ambiente de sua cidade do que muitos órgãos públicos.

 Quando o prefeito de Bauru – uma cidade a 350 quilômetros de São Paulo –, Antônio Tidei de Lima, assumiu seu cargo, uma longa carta chegou ao seu gabinete. Em vinte páginas, a correspondência trazia, com detalhes, tudo o que precisava ser feito para melhorar as condições ambientais da cidade. Crente de que o remetente era um biólogo ou algum pesquisador da área, o prefeito pediu ao seu secretário do meio ambiente que chamasse o autor para uma conversa. Quando ele entrou na sala do secretário, o espanto foi geral. Rodrigo Antônio Agostinho, um adolescente de apenas 16 anos na época, não só não era biólogo como ainda estava no Ensino Médio. Mas a carta surtiu efeito: mesmo sem formação acadêmica, o garoto foi chamado para colaborar: “Eles esperavam um adulto. Quando me viram, foi engraçado, mas o secretário falou: ‘Já que você quer fazer tudo isso, vem ajudar.’ E eu fui”, conta ele, que trabalhou durante um ano voluntariamente na Secretaria. Seu interesse por ecologia começou cedo. Aos 10 anos, ele escreveu um trabalho de escola sobre o Rio Batalha, um afluente do Tietê que passa por onze municípios, entre eles Bauru. “O Batalha é superimportante para Bauru porque abastece de água metade da cidade, a outra metade vem de poços artesianos”, explica Rodrigo. A partir desse trabalho, Rodrigo se empolgou. Ele redigiu então um plano próprio para estudar e apontar saídas para o Rio Batalha. “No início, foi difícil. Procurei a ajuda de muitos órgãos públicos, mas acharam que eu era louco”, queixa-se. Persistente, Rodrigo foi à luta com o apoio apenas de alguns colegas e professores. Dos 220 quilômetros do Batalha, 30 haviam sido desmatados e precisavam ser recuperados. Rodrigo partiu para um plano ambicioso: reflorestar o rio. Arrumou um lugar para fazer um viveiro e, recolhendo sementes das áreas ainda preservadas e do Jardim Botânico, foi montando um banco de mudas de espécies nativas. Depois da escola e nos finais de semana, ele ia para o viveiro, onde plantava as sementes em sacos plásticos com terra adubada. Conseguiu fazer 6 mil mudas, que replantou no Batalha na época certa. “Arrastei os amigos, a família, todo mundo para plantar na beira do rio”, lembra. Mas suas mudas não bastaram. “Reflorestar o Batalha exigia o plantio de um milhão de mudas, e isso implicava num grande viveiro, irrigação etc. Além de educar os proprietários a usar o solo corretamente e tratar os pontos de esgoto”, enumera. Para conseguir tudo isso, ele fundou uma ONG – O Instituto Ambiental Vid’água. Apesar de otimista, Rodrigo sabe que seu projeto é a longo prazo. “Essas árvores vão demorar pelo menos dez anos para crescer.” Apesar das dificuldades, ele não desiste. “O meio ambiente tem de deixar de ser uma preocupação de poucos. Esses problemas são sociais, a começar pelo saneamento básico”, alega. Rodrigo prestou vestibular para Direito. Ainda não decidiu se vai cursar a faculdade em Bauru ou São Paulo, mas uma coisa é certa: a cidade onde ele estiver terá sempre mais tons de verde. E contará com um aliado exemplar.

                       Carolina Tarrío. In: Os caminhos da Terra, ano 5, n.3.
                                                             São Paulo. Azul, março/1996.

        Após a leitura atenta do Texto , faça as questões a seguir.
01 -  Uma informação não cabível ao jovem Rodrigo Antônio, citado na notícia, é a de ser:
        A – ( ) persistente no que faz.
        B – ( ) envolvido em causas ambientais.
        C – (X) desmotivado facilmente.
        D – ( ) determinado a alcançar suas metas.
        E – ( ) apoiado em suas ideias pela família e amigos.

02 - Segundo o texto, o principal objetivo de Rodrigo Antônio Agostinho era:
        A – ( ) tornar-se prefeito de Bauru.
        B – (X) preservar e despoluir o Rio Batalha.
        C – ( ) formar-se em Biologia.
        D – ( ) montar o maior banco de mudas de sua cidade.
        E – ( ) fundar o Instituto Ambiental Vidágua.

03 - “Conseguiu fazer 6 mil mudas…
 Mas suas mudas não bastaram.”
 O conectivo destacado transmite ideia de:
        A – ( ) intensidade.
        B – (X) adversidade.
        C – ( ) tempo.
        D – ( ) causa.
        E – ( ) lugar.


TEXTO: IMPACTO MÍNIMO - MARIA FERNANDA VOMENO - COM GABARITO

        TEXTO : IMPACTO MÍNIMO

        O turismo descontrolado leva à destruição do meio ambiente e altera o ecossistema. Mas como fazer para desfrutar da natureza sem degradá-la?
 O texto que você lerá a seguir fala de um local em que medidas de conservação foram adotadas e resultaram em grandes vitórias.

  
      Quem disse que o turismo traz necessariamente devastação! O Parque Ecológico Baía Bonita aposta no turismo sustentável, aliando pesquisa científica com conservação ambiental.
        É até lugar-comum chamar a nascente do rio Baía Bonita, também conhecida como Aquário Natural de Bonito de “pedaço do paraíso”. Mas não consigo encontrar descrição mais adequada. As águas transparentes escancaram a riqueza de espécies aquáticas. Enquanto os visitantes flutuam e se divertem com a dança dos peixes, é comum ouvir piados de diversas aves e descobrir um macaco-prego mais atrevido bisbilhotando os forasteiros. Quando o biólogo José Sabino visitou o aquário, como turista, encantou-se com o local. E mais: percebeu que ali era um ambiente propício para pesquisas que contribuiriam para a conservação da biodiversidade.
           Sabino começou assessorando os proprietários do Parque Ecológico Baía Bonita, onde se encontra a nascente e acabou contratado como gerente ambiental. Desde o início das pesquisas, em 1995, várias mudanças foram incorporadas na infraestrutura do parque e no passeio oferecido aos visitantes para diminuir o impacto do turismo. “Agregamos pesquisa e conservação à visitação, diz ele.
            Todas as trilhas passaram a ter calçamento de madeira reciclada para evitar o alargamento e a compactação do solo. Os turistas agora usam roupa de neoprene e coletes salva-vidas, que ajudam a flutuar e evitam que a areia e a vegetação do fundo sejam tocadas. E o hábito típico de visitante de dar milho aos peixes foi proibido para não alterar a cadeia alimentar. Regularmente, Sabino analisa os indicadores ambientais para medir o impacto do turismo.
            As pesquisas são realizadas graças ao convênio com a Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp). “Com o conhecimento da biodiversidade local, valorizamos a região e geramos sustentabilidade”, diz o reitor da Uniderp, Pedro Chaves dos Santos Filho.
            Apesar dos 20 000 turistas que passaram pelo Aquário Natural em 2001, o impacto na natureza foi mínimo. As pesquisas realizadas levaram à descoberta de uma espécie de peixe e oito estudos estão em andamento. Só há um problema: o passeio pela nascente do Baía Bonita vicia. Impossível se contentar com uma visita só àquele pedaço do paraíso – palavra de repórter.

Maria Fernanda Vomeno. In: Superinteressante, ano 16, n.177.
São Paulo: Abril/junho/2002.


 Vocabulário:
 • neoprene → tipo de borracha sintética utilizado nas roupas de mergulho.

 Faça as questões propostas sobre o Texto .

01 -  A classe gramatical da palavra grifada é diferente das demais na opção:

  A – ( ) “As águas transparentes escancaram a riqueza de espécies aquáticas.”
       B – (X) “…um macaco-prego mais atrevido bisbilhotando os forasteiros.
       C – ( ) “…e acabou contratado como gerente ambiental.”
       D – ( ) “E o hábito típico de visitante de dar milho…”
       E – ( ) “Com o conhecimento da biodiversidade local…”

02 - A ideia de finalidade só não é encontrada na opção:
       A – (X) Quem viaja para o Parque Ecológico Baía Bonita não se contenta com apenas uma visita.
     B – ( ) O Aquário Natural de Bonito é um ambiente propício para pesquisas de conservação da biodiversidade.
     C – ( ) Várias mudanças foram feitas na infraestrutura do Parque Ecológico para diminuir o impacto do turismo.
   D – ( ) As trilhas passaram a ter calçamento de madeira para evitar a compactação do solo.
    E – ( ) Os turistas usam coletes e roupas especiais para flutuarem e não tocarem na vegetação do fundo do rio.

ANEDOTA: SEMPRE O JUQUINHA - SÉRIES INICIAIS - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


SEMPRE O JUQUINHA

    No primeiro dia de aula, a professora explica que vai testar a capacidade de raciocínio das crianças, fazendo-as ligar determinadas características ao animal certo. Chama o Juquinha e começa:
       --- Quem pia é...
       --- Pião --- diz o garoto terrível.

       Com paciência, a professora diz que é o pintinho da galinha que pia.
       --- Vou lhe dar outra chance: quem ladra é...
       --- Ladrão!
       A professora, irritada, explica que é o cachorro.
       --- Seu Juquinha, vou lhe dar a última chance: quem muda de cor é...
       E o Juquinha:
       --- Semáforo!
                                                        
                                                         Almanaque Brasil de Cultura Popular.
                                                              São Paulo, ano 2, n. 15. jun. 2000, p. 30.

     a) Nessa piada, que recurso foi utilizado para introduzir as falas das personagens?
      Travessões.

     b) Em seu caderno, reescreva as partes sublinhadas dando a palavra à professora.
      Sugestão: ... a professora explica: - Vou testar a capacidade de raciocínio de vocês. Vocês vão ligar determinadas características ao animal certo. / ... a professora diz: - É o pintinho da galinha que pia.
...explica: - É o cachorro.