quinta-feira, 1 de novembro de 2018

POEMA: LEMBRANÇAS DO MUNDO ANTIGO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Poema: Lembranças do mundo antigo     
              Carlos Drummond de Andrade

Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sob as pontes, outros elementos eram azuis, róseos e alaranjados.
O guarda-civil sorria, passavam bicicletas, ...
A menina pisava a relva para pegar um pássaro...

O mundo inteiro, a Alemanha, a China,
tudo era tranquilo em redor de Clara.

As crianças olhavam o céu!
Não era proibido.
A boca, o nariz, os olhos estavam abertos!
Não havia perigos.
Os perigos que Clara temia eram
a gripe, o calor, os insetos...
Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas,
esperava cartas que custavam a chegar,
Nem sempre podia usar vestido novo.
Mas passeava no jardim pela manhã!!!
Havia jardins, havia manhãs, naquele tempo!!!

ANDRADE, Carlos Drummond de. Lembranças do mundo antigo. In:
 ___ Sentimento do Mundo, 1940.
Entendendo o poema:
01 – Quem é o autor de “Lembranças do Mundo Antigo”? E de que livro este poema foi retirado?
      Carlos Drummond de Andrade. Foi retirado do Livro Sentimento do Mundo.    

02 – De acordo com o poema, como era o mundo em que Clara vivia?
      Clara vivia em um mundo colorido, em decorrência dos elementos naturais que a rodeiam, algo que simboliza, no plano metafórico, a felicidade. Além disso, o mundo era seguro, pois ela podia caminhar livremente, sem temores.

03 – O que se pode interpretar da passagem “Mas passeava no jardim pela manhã”?
      O fato de Clara “passear pelo jardim” significa que ela era feliz por poder viver livremente, apesar de não ter acesso a determinadas comodidades da atualidade, como a agilidade na comunicação, nem poder comprar roupas novas.

04 – A partir da descrição, no poema, de um mundo que ficou apenas na lembrança, como podemos caracterizar o “novo” mundo marcado por diferentes transformações?
      O poema é construído por meio do paralelo entre o mundo de Clara, que ficou no passado, e o mundo presente, que se opõe àquele. Por isso, pode-se inferir que o novo mundo é marcado pela falta da liberdade para a realização de, até mesmo, coisas simples, que permeiam o nosso cotidiano.

05 – Observe estes verbos retirados do poema:
      Passeava – era – sorria – pisava – olhavam – estavam – temia – tinha – custavam – havia.
Em que tempo verbal eles foram empregados? Com qual objetivo?
      Os verbos foram empregados no tempo passado, pois o poeta retrata um mundo que não existe mais, que ficou apenas na lembrança.

06 - Que tipo de descrição prevalece na primeira estrofe do poema? Aponte alguns elementos descritivos presentes nessa estrofe.
A primeira estrofe do poema descreve uma cena do mundo antigo, com vários verbos de ligação (que indicam estado). Mesmo as frases que apresentam verbos de ação concorrem para caracterizar elementos dessa cena. Poderíamos afirmar que o poeta "fotografa" um instante do mundo antigo. Realçar que temos vários fatos ocorrendo em um único momento.

07 - Como em toda descrição, o poema trabalha com apelos sensoriais. Transcreva um verso em que isso ocorre.
A sequência "O céu era verde sobre o gramado./ a água era dourada sob as pontes,/outros elementos eram azuis, róseas, alaranjados," explora a visualidade. Destacar que as cores funcionam sintaticamente como predicativo do sujeito (núcleos dos predicados nominais).

08 - "a menina pisou a relva para pegar um pássaro," Reescreva o verso, acrescentando um apelo à sensação tátil.
Resposta pessoal. O aluno pode acrescentar por exemplo, adjetivos caracterizando a relva (úmida, áspera, macia, etc.) ou o pássaro (quente, macio, úmido, gelado, etc.)

09 - Em que tempo estão os verbos do texto?
 A quase totalidade dos verbos está no pretérito imperfeito; a única exceção é pisou, pretérito perfeito.

10 - É possível estabelecer uma relação entre o nome da personagem e o texto?
Ressaltar a estreita relação entre o nome Clara (com as vogais abertas e claras) e a luminosa paisagem matinal daquele mundo antigo.

11 - Como você classificaria os perigos temidos por Clara?
Os perigos (gripe, calor, insetos) eram extremamente banais e, na verdade, nada perigosos.

12 - Ao recordar e descrever o mundo antigo, a poesia trabalha, nas entrelinhas, com um contraste, uma oposição. Qual seria esse contraste?
A esse passado de perigos e temores banais se opõe uma momento presente ameaçador. Essa poesia foi publicada em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial.

13- "As crianças olhavam para o céu: não era proibido."
Atentando para o jogo dos contrastes e para o ano em que foi publicada a poesia, como poderíamos interpretar o verso acima?
Ressaltar a oposição: naquele tempo não era proibido olhar para o céu; hoje (1940) é . Durante a Segunda Guerra Mundial, o grande perigo vinha do céu: os arrasadores bombardeios aéreos.












































CRÔNICA: ZÉ DIFERENTE - LÚCIA PIMENTEL GÓES - COM QUESTÕES GABARITADAS


Crônica: Zé Diferente
          
                     Lucia Pimentel Góes

        Zé começa, então, a pensar:
        -- Todo mundo é igual, mas não é por causa da roupa parecida, nem pela comida que é sempre a mesma em cada região, nem pelos ofícios que milhões exercem: Carpinteiros, motoristas, padeiros, dentistas, livreiros, coveiros.
        Não, a gente fica igual quando para de pensar. Quando só vê o mundo com a opinião dos outros.
        É bom às vezes ligar o olho e deligar a televisão.
        Zé Diferente fica contente, pois aprendeu que todo mundo é igual e diferente.
        Não pela cor da pele, dos olhos, dos dentes, nem pela roupa pra frente, nem pelas modas quentes.
        Cada um é diferente quando pensa o mundo e tudo que acontece com uma cuca legal; quando pode fazer a cabeça de milhões de Zés iguais que ainda não sabem que transformar o mundo só depende de um pensamento de milhões de zés Diferentes.

ZÉ DIFERENTE, Lucia Pimentel Góes. Melhoramentos, 3 ª ed. pp 28-31

Entendendo a crônica:
01 – Leia com atenção: As frases abaixo possui alguma diferença entre elas, de acordo com as palavras em negrito?
        -- Zé tem um ofício.
        -- Zé tem um Trabalho.
      Não. Porque ofício e trabalho são palavras que tem o mesmo significado. São sinônimos.

02 – Escreva as palavras e substitua as palavras em negrito por sinônimos que você encontrará abaixo.
a) Todos exercem um oficio. (Desempenhar).
Todos desempenham um ofício.

b) Transformar o mundo só depende de um pensamento de milhões de Zés Diferentes. (Modificar).
      Modificar o mundo só depende de um pensamento de milhões de Zés Diferentes.

03 – Veja como a palavra pode ter significados diferentes conforme a frase. Usando as palavras abaixo complete com o significado correto:
Bolo de origem alemã – cabeça – bruxa.
a) Cuca mora na floresta e assusta as crianças.
      Bruxa mora na floresta e assusta as crianças.

b) Zé tem uma cuca legal.
      Zé tem uma cabeça legal.

c) Mamãe fez uma cuca deliciosa.
      Mamãe fez um bolo de origem alemã delicioso.

04 – Quando a gente fica igual?
      A gente fica igual quando para de pensar.

05 – As pessoas são iguais porque tem a mesma cor, o mesmo modo de se vestir, de comer, de falar, de viver?
      Todo mundo é igual, mas não é por causa da roupa parecida, nem pela comida que é sempre a mesma em cada região, nem pelos ofícios que milhões exercem.

06 – Por que as pessoas são diferentes?
      Cada um é diferente quando pensa o mundo e tudo que acontece com uma cuca legal.

07 – Você sabe o que é ligar o olho e desligar a televisão?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Significa que a pessoal precisa deve ficar atento para as coisa que acontece e não ficar só na televisão.

08 – Você sabe quem são os Zés iguais da vida?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: São aqueles que agem e pensam com a cabeça dos outros.

09 – Quem são os Zés Diferentes?
      São aqueles que usam a cabeça para tomar decisões na vida.

10 – Complete o texto com as palavras do quadro:
Confiança – só – menino – amigos – guerra – ajuda.

a) Zé era um menino problemático, inseguro. Vivia brigando com seus amigos. Na escola. E por quê? Porque estava em guerra consigo mesmo. Sentia-se rejeitado por seus pais, que viajavam muito. Era um menino agressivo porque se sentia . Zé precisava de ajuda. Se nós, seus amigos, o compreendermos, ele terá mais confiança em nós e em si próprio.


CARTA: SAUDADES - COM GABARITO - PARA SÉRIES INICIAIS


Carta: Saudades

 São Paulo, 10 de junho de 1997.
                                    Elisa

        Estamos morrendo de saudades de você. Justo agora que você se mudou pra tão longe, o pessoal da rua inventou uma que você ia gostar.
        Sabe o Jorginho, A mãe dele deixou a gente brincar no porão da casa dele.
        Pena que você não está aqui! Quem sabe a sua mãe traz você no sábado. Você podia dormir em casa. De Itaquera até aqui é longe mas acho que dá. Vocês vêm de ônibus, não é? Faz uma força.
        Dá uma resposta pra gente. Todo mundo tá mandando um beijão pra você.
                                                                                     Antônia.

Entendendo a carta:
01 – Esse texto é:
a) um anúncio.
b) uma propaganda.
c) uma carta.
d) uma história.

02 – Quem escreveu a carta? E para quem?
      Foi escrita por Elisa. Para sua amiga Antônia.

03 – Quantos parágrafos possui o texto?
      Possui 04 parágrafos.

04 – Qual foi a data que a carta foi escrita?
      10 de junho de 1997.



FÁBULA: A CORTE DO LEÃO - LA FONTAINE - COM QUESTÕES GABARITADAS


Fábula: A CORTE DO LEÃO
                                                       La Fontaine


        O rei dos animais, Dom Leão, quis um dia conhecer as nações nas quais consistiria seu domínio. Muitos enviados foram levar um edital dizendo estarem convocados todos ao palácio real.
        As audiências se dariam nesse palácio, e durariam um mês, do início até o final.
        A recepção seria aberta por uma equipe muito esperta de macaquinhos amestrados.
        Haveria um banquete, e então os convidados, em comissão oficial iriam visitar o palácio real.
        E assim aconteceu. Mas que palácio horrível!
        Carniças espalhadas, um mau cheiro incrível!
        O urso tapa o nariz. Ofendido, o leão dele dá cabo e o manda visitar Plutão.
        O macaco, servil, aplaude aquela ação: que desaforo, o do urso, chamar de fedor aquele aroma suave, perfume de flor!
        Não sabia, o bajulador, que havia um parentesco, embora algo distante, do leão com Calígula. No mesmo instante, o destino seguiu seu curso, e ele fez companhia ao urso.
        À raposa, calada, dirigiu-se o rei:
        --- “E tu? Diz a verdade: este cheiro te agrada?”
        --- “Estou, Senhor, tão constipada, que até perdi meu faro. Por isto, não sei... Quando sarar, responderei.”

        Moral: Quem busca na Corte mercês deve agir sempre assim, usando de esperteza: nem servilismo vil, nem a brutal franqueza; prefira, ao “sim” ou “não”, a astúcia de um “talvez”.

Entendendo a fábula:
01 – O fato que motivou as ações do texto foi:
a) a vontade do rei de conhecer seus súditos.
b) a necessidade do rei de mostrar-se superior.
c) a vontade do rei de exibir seu palácio real.
d) a necessidade do rei de testar seu poder.

02 – Segundo o texto, o contato do rei com as nações convocadas:
a) seria breve.
b) seria de um mês.
c) seria atribulado.
d) seria superficial.

03 – De acordo com o texto, as nações convocadas:
a) foram recepcionadas pelo rei.
b) decepcionaram-se com o banquete.
c) receberam convites para irem ao palácio.
d) visitaram o palácio em comissão oficial.

04 – O comentário feito pelo urso foi:
a) mal compreendido pelo leão.
b) considerado ofensivo pelo leão.
c) sutil e discreto.
d) apoiado pelos outros animais.

05 – O macaco fez companhia ao urso porque:
a) concordou com ele.
b) discordou do leão.
c) enfrentou o leão.
d) tentou agradar o leão.

06 – A astúcia da raposa se deve ao fato:
a) de ela não emitir uma opinião.
b) de ela estar constipada.
c) de ela concordar com o urso.
d) de ela discordar do macaco.

07 – “Ofendido, o leão dele dá cabo...” a expressão destacada tem o sentido de:
a) reclamar                                     b) denunciar            
c) destruir                                       d) perceber

08 – “Mas que palácio horrível!”, a palavra destacada exprime
a) uma oposição     
b) uma conclusão        
c) uma causa      
d) uma censura.


QUESTÕES DIVERSAS PARA O ENSINO MÉDIO - COM GABARITO


QUESTÕES DIVERSAS PARA O ENSINO MÉDIO


01 – Conhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce redondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se:
     a)    À mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de cerveja.
   b)    À pró´roa cerveja que pode ser assim considerada em sentido denotativo.
      c)    Ao ato de descer facilmente que, nesse caso, significa escorrer pela garganta.
    d)    Ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da garrafa que o contém.
     e)    Ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o termo cerveja.

02 – Conforme a posição que as palavras ocupem na frase, sua significação e seu papel gramatical podem mudar. É isso que pode ocorrer com um dos adjetivos grifados nas alternativas abaixo: ele mudará de significado e classe se for antecipado ao substantivo com o qual se relaciona. Assinale-o.
a)    A fábrica fica perto de uma praça antiga, hoje bem pouco arborizada.
b)    Amanhã cedo sairemos em comitiva para inaugurar uma fábrica nova.
c)    Nessa fábrica, bem provavelmente conheceremos equipamentos modernos.
d)    Os operários dedicados dessa fábrica moram em bairros próximos e bem localizados.
e)    Os produtos dessa fábrica demandam vigilância forte na sua fase de armazenamento.

03 – Num Concurso de redação, um candidato deveria escrever sobre Noel Rosa e Chico Buarque de Holanda. Refletindo sobre a passagem do texto abaixo transcrita, identifique a alternativa que torna coerentes os ajustes redacionais então propostos, de modo a evitar que sejam repetidos os nomes dos dois artistas brasileiros.
      Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre estiveram em destaque na MPB, embora Chico Buarque de Holanda tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que a de Noel Rosa.
a)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora cada um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que a dos demais.
b)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora este um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que a aquele.
c)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora o primeiro um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que o segundo.
d)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora tenham uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que reconhecida.
e)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que o outro.

04 – O ilustre acadêmico Antônio Carlos Secchin, no artigo intitulado “Um obstinado e discreto gênio da literatura”, disponível em www.academia.org.br, declarou o que segue:
      “Costuma-se dizer que o desinteresse relativo à vida de Machado de Assis (1839-1908) é simetricamente proporcional ao interesse gerado por sua obra: enquanto a produção literária de Machado não cessa de ser mais e mais valorizada, sua biografia estamparia apenas o morno transcurso de um exemplar funcionário público, de um esposo fiel e devotado à dona Carolina, de um ser algo distante das questões políticas, e, juntando-se as duas pontas da existência, de alguém que, vencendo barreiras da origem ética e de uma frágil constituição física, alçou-se ao posto de nosso escritor máximo, tornando-se também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.”

No excerto citado, observa-se o predomínio das características presentes num texto argumentativo em virtude de:
a)   Empregar formas linguísticas com as quais o enunciados explicite sua intenção de instar o destinatário, ouvinte ou leitor a praticar atos ou tomar atitudes.
b)   Encadear proposições com vista à defesa de um ponto de vista e à persuasão do interlocutor.
c)   Fazer uma sequenciação própria da apresentação de fatos que envolvem personagens e suas respectivas ações articuladas à linha do tempo.
d)   Mostrar um tipo de construção em que se encadeiam os trações que caracterizam tipificando a composição de um personagem de ficção.
e)   Propor um tipo de construção em que se encadeiam os traços que caracterizam tipificando a composição de um personagem de ficção.
f)    Propor um tipo de construção em que predomine a atitude comunicativa de informar, que exclui a presença da razão e da objetividade.

05 – “Chamar chávena à miserável xícara onde se toma a média nos botequins, com aquele cheiro de desinfetante que vem bafejar o café com leite do pobre, deve valorizar a coisa.” 
(Dinah Silveira de Queiroz)

Assinale o item em que a palavra “média” tem o mesmo sentido apresentado no trecho acima:
a)   A média da inflação anual ultrapassou os patamares esperados pelo Governo.
b)   Pela experiência que tenho da vida, dificilmente alguém faz média comigo!
c)   O grupo não conseguiu atingir a média para ser classificado no certame.
d)   O professor calculou rapidamente a média dos seus melhores alunos.
e)   Seu desjejum constava sempre de uma média com pão e manteiga e nada mais.

06 – “De noite, foi de doer na alma. Eles, apenas eles, ali trepados, cercados de água, no maior abandono do mundo. Uma luz não havia, um sinal de comunicação não havia. Só água. Muitas casas estavam completamente encobertas.” (Gilvan Lemos)
Assinale o item que contraria as ideias apresentadas no texto acima:
a)   À noite, o estado físico das pessoas suscitava maior compaixão.
b)   Em “só água”, a palavra “só” denota exclusão de outros elementos circunstantes.
c)   Em “Uma luz não havia.”, a colocação dos termos é uma questão de estilo do autor.
d)   O trecho relata as agruras de uma inundação.
e)   Todas as casas do lugar estava soterradas, cobertas pela água.

07 – Assinale o item em que a palavra algum(a,s) se diferencia dos demais em significação e sentido:
a)   Algum dado importante faltou ao cadastro do candidato?
b)   Algum desejo do infeliz melhor seria que nunca tivesse se concretizado.
c)   Recebi algum informe importante e decisivo sobre o assunto em pauta.
d)   Naquela altura dos acontecimentos, remédio algum lhe mitigaria a dor que sentia.
e)   Traziam na velha mala de couro algum dinheiro para realizar a compra da fazendo.

08 – “A língua é viva, eu sei, mas sujeita a vírus que, de repente, atacam a TV, a internet e a imprensa, contaminam milhões, e as pessoas começam a achar que foi sempre assim que se falou ou se deve falar.”

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo, 27/06/2012)

Assinale a assertiva correta sobre o emprego, no texto, da flexão de número da palavra “vírus”:
a)   Está é uma palavra que só se emprega no plural, tal como ocorre com “boas” e “óculos”.
b)   Está empregada no singular, como se pode depreender do uso do artigo definido que a precede.
c)   Está empregada no plural, como se percebe pelo flexão da forma verbal de “atacar”.
d)   Foi empregada no singular por ter-se originado do Latim.
e)   Exemplifica o emprego de uma palavra que preserva integralmente a grafia latina.

09 – Uma das estratégias do humor é, sem dúvida, a quebra da expectativa de desenvolvimento numa sequência de fatos. Dentro desse quadro, circula na Internet a seguinte historieta, cuja veracidade é bastante discutível.
      “O grande jurista Ruy Barbosa, ao chegar à casa ao entardecer, ouviu um barulho suspeito vindo do seu quintal. Dirigindo-se ao local donde vinham os ruídos, deparou com um homem que recolhera, num saco, três patos muito bem nutridos de sua criação. Rui aproximou-se do indivíduo, surpreendendo-o no momento em que se preparava para pular o muro que circundava a casa. Disse, então, o causídico ao infrator:
      – Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpleo pelo valor instrínseco das aves palmípedes que estás a carregar, mas pelo ato vil e sorrateiro de profanares a minha habitação, levando os ovíparos à sorrelfa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha condição de cidadão digno e honrado, reagirei como minha bengala no alto da tua sinagoga, de modo que te reduzirei a quinquagésima potência do que o vulgo denomina nada.
      O ladrão, totalmente confuso, diz:
      – Dotô, posso levá ou tenho que deixá os pato?”

              http://mariomarcos.wordpress.com /2012/09/12 – adaptado

Marque a alternativa que completa a seguinte proposição: a compreensão do texto acima reproduzido permite depreender que o humor da narrativa está centrado
a)   Na cena composta por um homem assustado tentando pular um muro com um saco contendo patos vivos, provavelmente grasnando.
b)   Na crítica à existência de cidadãos cultos e letrados, incapazes de entender a fala popular do homem comum, seu compatriota.
c)   Na marcante diferença entre as falas dos personagens, cada uma delas típica de um uso linguístico de determinada natureza social.
d)   No improvável encontro de um intelectual de renome com um homem sem cultura escolarizada.
e)   No fato de um homem culto preocupar-se com um roubo de pouca importância, que praticamente não lhe diminuiria nem o status nem as posses.

10 – O jornal O Globo de 25/10/2011 deu a seguinte notícia: “A vitória avassaladora da Presidente Argentina pode abrir caminho para que Cristina Kirchner avance com projetos cada vez mais polêmicos, entre eles o de uma reforma constitucional que incluiria a possibilidade de reeleição indefinida, atitude negada por ela durante a campanha.”
Considerando apenas os dados disponíveis no texto, pode-se fazer a seguinte interpretação da notícia:
a)   A maneira pela qual se deu a vitória de Cristina Kirchner talvez sirva como argumento para uma possível reforma constitucional.
b)   Cristina Kirchner pretende aprovar a possibilidade de reeleição indefinida, embora essa atitude contrarie o que foi dito durante a sua campanha eleitoral.
c)   Para dar sequência a projetos de reforma, impõe-se que Cristina Kirchner abra os caminhos criados por sua vitória nas urnas.
d)   Depois de eleita, Cristina Kirchner ameaça a sociedade argentina com uma polêmica reforma constitucional que vai de encontro com a liberdade de imprensa.
e)   Por conta do procedimento autoritário de Cristina Kirchner, a reeleição presidencial pode ser colocada em discussão após sua vitória.