terça-feira, 12 de dezembro de 2023

ARTIGO DE OPINIÃO: O ACORDO ORTOGRÁFICO EM PORTUGAL - LUIZ CARLOS AMORIM - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: O acordo ortográfico em Portugal

Escrevi e publiquei este texto em 2014, mas volto a publicá-lo porque chego, mais uma vez, a Portugal, esta terra fantástica, e encontro manifestações do povo contra o Acordo Ortográfico de 1990, adotado no Brasil a partir de 2016. Em Portugal, ele teria sido adotado em 2009, mas há polêmica quanto a essa data, em razão da não publicação em tempo hábil do Diário Oficial de Portugal. Porém, a verdade é que o acordo nunca foi totalmente assimilado no país, pois a maioria não quer mudar a maneira de falar nem de escrever. E os portugueses pedem para revogar o documento, com a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, tendo conseguido já o número de assinaturas necessárias para encaminhá-la.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy-TtAaBFpv9JIHpzva92_pWsIHSNfp_i1twtJtqQdKSvYcwFM8ewZKMpX3SmiavM2HxcqQkfQ5WeL73FvSrdgEpx5CMQfTAsnNXjgSiwUQo31kOO5V-hKGWxYPCNpoVPo-uQshk5v4WtcZA1lwx8fZU6vpfDBQQqhjSfeLHr0p7xjJG-ySR-fKBxc4nU/s320/ACORDO.jpg


Então, bem antes disso, um artigo, muito interessante, sobre o fato de o Acordo Ortográfico e a Unificação da Língua Portuguesa – essa pretendida “unificação” não tem como ser levada a efeito – não ter melhorado o acesso do livro português no mercado brasileiro me chama muito a atenção: “Ao estabelecer uma ortografia unificada, o acordo ortográfico facilitaria a circulação do livro português no Brasil. E a circulação de livros de um país lusófono nos outros. Este foi, entre muitos outros, um dos argumentos brandidos em favor da sua aplicação. Agora que tanto em Portugal como no Brasil boa parte das editoras adotaram o acordo, essa promessa começa já a se concretizar? A resposta parece ser negativa”. O texto é de origem portuguesa, está num apanhado de clipes sobre livro e literatura, mas não identifica o órgão publicador.

Uma afirmação de Pedro Benard da Costa, da legendadora portuguesa Cinemateca, fecha o texto – que não é pequeno – com depoimentos de editores e livreiros portugueses: “A construção gramatical é completamente diferente e há muitas palavras que não têm o mesmo sentido cá e lá”.

 

Pois venho escrevendo sobre isso há anos, ponderando que o Acordo Ortográfico não significa que haverá, automaticamente, uma unificação da língua portuguesa em todos os países onde ela é falada. Existem muitas palavras que têm significado diferente aqui e em Portugal, por exemplo, mas é possível que isso aconteça na comparação com outros países, como Cabo Verde, Angola etc. Lá fora existem muitas palavras que são não usadas aqui e vice-versa. Uma alteração quase que exclusivamente de acentuação não resolveria as diferenças de significação, o que não inviabiliza a leitura dos livros portugueses no Brasil. O que incomoda é a pretensão de alguns dos promotores do acordo em querer que o português seja exatamente o mesmo, independentemente do país onde ele é falado. Se até dentro do mesmo país há diferenças na maneira de falar o português – isso acontece no Brasil –, como esperar que a língua seja a mesma em vários países onde ela é a língua oficial, tão distantes uns dos outros? A linguística existe e vai continuar existindo sempre, não há como ser diferente.


Tenho lido vários autores portugueses, como José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Miguel Torga, Saramago e o angolano Valter Hugo Mãe, angolano que vive em Portugal, e não tenho tido dificuldade na compreensão dos textos, apesar de serem livros publicados em Portugal e, por isso, conter palavras desconhecidas. O contexto permite que se entenda perfeitamente o assunto. Não tenho dicionário português que não seja o nosso, aqui do Brasil, mas posso pesquisar na internet, se for o caso.

Aliás, como já sabemos por meio dos clássicos portugueses mais conhecidos no Brasil, Pessoa e Camões, a literatura portuguesa é rica e de qualidade. Quem conhece os autores contemporâneos citados acima sabe do que estou falando, pois são autores consagrados em Portugal, com obra extensa e largamente premiada. Vale a pena conhecer. O português não é exatamente o mesmo que o nosso, há diferenças, sim, mas não há necessidade de tradução para publicação da obra de autores portugueses aqui, porque a compreensão é completamente possível.

 AMORIM, Luiz Carlos. O acordo ortográfico em Portugal. Correio do Estado. Disponível em: <https://www.correio doestado.com.br/opiniao/luiz-carlos-amorim-o-acordo-ortografico-em-portugal/345803/>. Acesso em: 14 fev. 2020.

Entendendo o texto

01. Em que veículo o artigo de opinião lido foi publicado?

  Na versão on-line de um jornal.

 

02. A que público o texto se destina?

  Ao público em geral, especialmente adultos que se interessem pela língua portuguesa.

03. Qual é a tese defendida pelo autor do artigo de opinião?

  Luiz Carlos Amorim defende que o acordo nunca foi totalmente assimilado em Portugal, pois a maioria dos portugueses não quer mudar a maneira de falar nem de escrever.

04. Que acontecimento foi citado para comprovar a veracidade dessa tese?

  O autor cita o fato de os portugueses terem pedido para revogar o documento, tendo conseguido o número de assinaturas necessárias para encaminhá-lo.

05. Segundo o autor, o Acordo Ortográfico não pressupõe unificação da língua portuguesa em todos os países onde é falada. Que argumentos ele usa para defender essa ideia?

O autor argumenta que existem muitas palavras que têm significado diferente aqui e em Portugal. Além disso, uma alteração quase exclusivamente de acentuação não resolveria as diferenças de significação.

06. A respeito da leitura de livros escritos em português de Portugal, qual é a opinião de Luiz Carlos Amorim?

Luiz Carlos Amorim alega que já leu muitos livros escritos por autores portugueses e que não encontrou dificuldade em lê-los, pois o contexto permite que se entenda perfeitamente o assunto.


 Marque (x) na alternativa correta

01. Qual é a principal razão apresentada no artigo para a resistência ao Acordo Ortográfico em Portugal?

a) Dificuldade de implementação técnica.
b) Atraso na publicação do Diário Oficial de Portugal.
c) Falta de apoio popular para a mudança na maneira de falar e escrever.
d) Incompatibilidade gramatical entre o português do Brasil e de Portugal.

    08. De acordo com o artigo, qual é a principal crítica feita por   Pedro Benard da Costa, da Cinemateca, em relação ao Acordo Ortográfico?

       a) Falta de apoio das editoras e livreiros portugueses.
       b) A dificuldade na circulação de livros portugueses no Brasil.
       c) A diferença gramatical e de sentido entre palavras em Portugal e no Brasil.
      d) A ausência de benefícios para o mercado editorial brasileiro.

   09. Qual é o argumento indicado no texto em favor do Acordo Ortográfico em relação à circulação de livros portugueses no Brasil?

     a) A unificação da língua portuguesa.
     b) A facilitação na gramática portuguesa.
     c) A adoção pelas editoras e livresiros brasileiros.
     d) A eliminação de diferenças de significado.

 10. O que o autor destaca como um dos problemas principais na pretensão de unificação da língua portuguesa?

     a) A falta de acessibilidade do Acordo Ortográfico.
     b) A diversidade linguística dentro do Brasil.
     c) A existência de diferenças de significado entre palavras.
     d) A resistência dos autores contemporâneos à unificação.

11.  Como o autor argumenta em relação à compreensão da literatura portuguesa no Brasil, mesmo com as diferenças ortográficas?

     a) Defenda a necessidade de tradução para uma compreensão completa.
     b) Destaca a riqueza e qualidade da literatura portuguesa.
     c) Sugerindo a adição de um dicionário português.
     d) Desencoraja a leitura de autores portugueses contemporâneos.

 

 

 

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA - COM GABARITO

 CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

 

Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi37V6bWnq1W-OwDJQdBJb2S45XROXvybFqe0e3sH87fAJPrxBGeL2CpORanNvNVpxHs3rX5zH7aFUX73hKgmV2RyDEy0ryDboc8sWxVOlLN824RfEP2ALpO3JsHhRwCcgB5ajRAT3mf2siyeKU7QMO2sMR9h8Rg5f1LAk5Nui3TGFF-meK9TNlG5slC-U/s320/amazonia.jpg


[...] Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação contínua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165 000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semiabandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê: “A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”.

 

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

 

CARTA aberta de artistas brasileiros sobre a devastação da Amazônia. Mundo Educa•‹o. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/carta-aberta.htm>. Acesso em: 25 mar. 2020.

Entendendo o texto

01. Assim como a carta tradicional, a carta aberta também apresenta remetente e destinatário.

          Quem é o remetente da carta, ou seja, quem a escreve?

          Os artistas do Brasil.

02. Quem é o destinatário da carta, ou seja, a quem é direcionada?

           A toda a sociedade e às autoridades do Brasil.

03. Onde a carta foi publicada?

           A carta foi publicada no site Mundo Educação.

04. O que teria motivado a escrita dessa carta aberta?

           A preocupação com os impactos do desmatamento na Amazônia.

05. Com que objetivo a carta aberta foi escrita?

          Manifestar-se de forma contrária ao desmatamento e alertar a população sobre os perigos de seu impacto.

    06. A carta aberta visa conscientizar a sociedade e, consequentemente, espera uma mudança de postura. Que mudança de postura é esperada com a carta lida?

         Espera-se que as pessoas se conscientizem sobre os problemas e os impactos do desmatamento da Amazônia. 

07. De acordo com a carta aberta, as terras desmatadas são utilizadas para quais atividades?

           As terras desmatadas se tornam pastos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos, ou é feita a exploração de recursos como madeira, ouro, outros minerais e energia elétrica.

     08. A tese da carta aberta é:

       a. o aumento do desmatamento na Amazônia é motivo para se comemorar.     b. o aumento do desmatamento na Amazônia não é motivo para se comemorar.

       c. com as reduções dos índices de desmatamento na Amazônia, deve-se comemorar.

    d. apesar da redução do desmatamento na Amazônia, não se deve comemorar.

     09. Segundo a carta aberta, o desmatamento ainda persiste porque:

      a. a floresta é vista como um obstáculo ao progresso.

      b. a floresta é vista como algo a ser preservado.

      c. a floresta é vista como algo inesgotável.

      d. a floresta é vista como algo importante.

   10. A proposta apresentada pela carta aberta para a redução do desmatamento é a de que:

      a. a sociedade contribua com denúncias.

      b. o governo federal adote uma postura mais radical.

      c. os prefeitos e vereadores adotem medidas mais eficazes.

      d. a interrupção do desmatamento seja feita em níveis Federal, Estadual e Municipal.

 


BIOGRAFIA ROMANCEADA: O JOVEM LUIZ GONZAGA - RONIWALTER JATOBÁ - COM GABARITO

 Biografia Romanceada: O jovem Luiz Gonzaga

Manhã de sábado, 18 de junho de 1988. Uma camioneta Chevrolet Veraneio 1984, de cor bege, cruza a ponte Presidente Dutra – a divisa das cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Sopra um vento frio vindo das margens do rio São Francisco, de época de inverno, mas o calor que chega de outra direção, das terras áridas da caatinga, ao norte, logo vai aquecer o asfalto da estrada de rodagem.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX-lKC0gZB64t7wCC3YkhQ_HJQ4jsA9ccVG7Plfb-hblrKXMwsXKG1mBzJVDZyuEZFw9wcANIEmUgZo16B-i4pyGjuL5upwtqM-YyYv9UiYdbK2Ii6BogMwcOx_-H-OfHpIhGf9sa9nPIDhkSbbPJUl5yrPpi-hWGF-bqcZtZGxydH_ffEhIyTiph8X7I/s320/luiz.jpg


Os cinco passageiros que lotam o veículo são músicos. Entre eles está Luiz Gonzaga, o mais famoso sanfoneiro do país, que vai se apresentar à noite na abertura das festas juninas de Senhor do Bonfim, a cerca de 120 quilômetros de distância. A Veraneio segue devagar. Desde que sofrera dois acidentes de carro, muitos anos atrás, Gonzaga sempre reclama quando o motorista pisa forte no acelerador.


Depois da ponte Presidente Dutra, já em terras da Bahia, a Veraneio entra na BR-407. O carro roda deixando para trás a cidade de Juazeiro. Sentindo um ligeiro mal-estar, Gonzaga aprecia a paisagem à beira da estrada, ali de extrema penœria.

– Aqui é pior do que Exu – comenta.

Um dos músicos gargalha. – Pensa que é brincadeira?

A estrada corta o meio da caatinga, de vegetação árida, de solo seco e pedregoso. De vez em quando, se vê um bode ou uma cabra que pasta perto do acostamento ou um raro pássaro em busca de água e comida.

– Se Exu fosse assim eu não teria sobrevivido – diz Gonzaga.

O carro passa por um entroncamento, à esquerda, que segue para as minas de cobre da Caraíba Metais.

Por ali dá para se chegar a Euclides da Cunha. E também em Canudos, terra do Conselheiro – ensina Gonzaga, que conhecia meio mundo. – Sem asfalto, estrada de terra.

Bem mais adiante, os passageiros cruzam com a pequena cidade de Jaguarari, próxima a Senhor do Bonfim.

Dali em diante, a natureza muda de água para vinho. Em lugar de chão pedregoso e vegetação catingueira, surgem terras férteis, morros verdejantes, nessa hora cobertos de nuvens de chuva.

Exu é assim – diz Gonzaga, depois gargalha e aponta o dedo para o agrupamento de morros e grotas da serra do Gado Bravo, extensão da Chapada Diamantina, na cordilheira do Espinhaço, e segue em direção a Minas Gerais.

Pé de serra.

A Veraneio passa pela rodoviária de Senhor do Bonfim.

– O movimento aqui já está grande – diz um dos músicos. – À noite o show vai lotar – completa Gonzaga.

JATOBÁ, Roniwalter. O jovem Luiz Gonzaga. São Paulo: Nova Alexandria, 2009.

Entendendo o texto

01. Após a leitura do trecho da biografia romanceada O jovem Luiz Gonzaga, responda: qual é o tipo de narrador que o texto apresenta?

          O texto apresenta narrador-observador.

02. Localize, no texto, informações que indicam:

- o tempo em que os fatos narrados acontecem.


         Os fatos narrados acontecem no dia 18 de junho de 1988, em uma manhã de sábado.

          - o espaço em que os fatos narrados acontecem.

            Os fatos acontecem em uma camioneta Chevrolet Veraneio 1984, a caminho da cidade de Senhor do Bonfim, a 120 quilômetros da ponte Presidente Dutra, divisa das cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, primeira referência de lugar mencionada no texto.

03. Considerando as informações apresentadas no texto, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.

         ( F ) O sanfoneiro Luiz Gonzaga narra a própria história.

         ( F ) A linguagem do texto é objetiva.

         ( V ) A linguagem do texto apresenta subjetividade.

         ( V ) O narrador relata os fatos como se estivesse presente.

04. Explique o sentido da expressão destacada no trecho “Dali em diante, a natureza muda de água para vinho”, justificando sua resposta com base nas informações apresentadas no texto.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expliquem a expressão “mudar de água para vinho” como uma mudança radical.

No texto, a expressão é utilizada para se referir à mudança que ocorre na paisagem, antes seca e cheia de pedras, para terras férteis e morros verdejantes.

05. O biografado, Luiz Gonzaga, nasceu na fazenda Caiçara, no município de Exu, interior de Pernambuco, em dezembro de 1912. A respeito das informações apresentadas no texto, é possível concluir que essa cidade se caracteriza por apresentar:

         (   ) solo seco e pedregoso.

         (   ) terras férteis e morros verdejantes.

         ( X ) morros e vales.

   06. A biografia romanceada:

       a. narra acontecimentos da vida de alguém.

       b. conta histórias fictícias ou inspiradas na vida real.

       c. reúne fatos e a liberdade imaginativa do autor.

       d. reúne ficção e a objetividade do autor.

 07. Uma das diferenças entre o público-alvo de uma biografia e de uma biografia romanceada é que:

       a. o público de uma biografia não se interessa por informações técnicas.

       b. o público de uma biografia espera uma narrativa mais promissora.

      c. o público de uma biografia romanceada não se identifica com informações fantasiadas pelo autor.

  d. o público de uma biografia romanceada espera fatos, diálogos, pensamentos e descrições.

 


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

ARTIGO DE OPINIÃO: A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR - ANA REGINA CAMINHA BRAGA - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR

                                                  Ana Regina Caminha Braga                      

Você já reparou no seu filho brincando? Em como ele consegue resolver os mais variados tipos de situações usando apenas a imaginação? É no ato de brincar que as crianças desenvolvem diversas capacidades. Quem não lembra, de quando era criança, das brincadeiras que fazia? Brincar de esconde-esconde, alerta, cabra-cega, lenço-atrás e amarelinha? Estas e outras brincadeiras auxiliam as crianças na descoberta de si e do mundo.  Ao longo do tempo e com os avanços tecnológicos, brinquedos e brincadeiras foram mudando, mas o prazer da criança em brincar é o mesmo. E é de extrema importância que nós, educadores, levemos a sério tal ato, não só para um melhor processo de aprendizagem das crianças, mas também para sua evolução como seres humanos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UVdFbXPEQrxlcqbnuY1plpLORhwNIwsfpvJjwO-bd6lzX6ohtZWnfdT3gAO4pb85UKG8Fg2r73e6IW9raj9iI0qwN_-CLB1uhfJykyqWQiOwJT6IH602Gok6XCAzJO0ybvWErwPGTC3eo2KMFcOdUvLSRI1guVAmLalhyraiAdVs9KTndZ2dua1mWRk/s320/BRINCADEIRAS.jpg


Nosso papel é orientar esse processo, com projetos que ajudem no desenvolvimento e nas habilidades específicas de cada faixa etária.  A brincadeira não é o objeto em si, mas um conjunto de estratégias e habilidades que possibilitam às crianças experiências que revelam o mundo e as desenvolvem para o futuro. Enquanto brincam, elas exercem determinadas funções sociais, pois no interior de uma brincadeira ela acaba distinguindo vários tipos de reação grupal, estimando as consequências agradáveis ou desagradáveis que eles acarretam. O ato de brincar tem um papel fundamental para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. É nesse momento que ela se desenvolve, explora característica de personalidade, fantasias, medos, desejos, criatividade e elabora o mundo exterior a partir de seu campo de visão.

A criança precisa experimentar, ousar, tentar, conviver com as mais diversas situações. Brincar com outras crianças, com adultos, com objetos, com o meio. A brincadeira individual também é algo importante, mas brincando com o outro a criança desenvolve seu convívio social. As crianças necessitam de brinquedos e brincadeiras que favoreçam seu desenvolvimento, suas habilidades motoras, coordenação grossa e fina, estruturação espaço temporal e lateralidade. Nossos pequenos estão em uma fase de descoberta, a brincadeira caracteriza vínculo importante com o seu meio social, seus familiares e amigos, e é desse convívio com o outro que a criança começa a formar sua ideia de mundo.

BRAGA, Ana Regina Caminha. A importância de brincar. Notícias do Dia. 25 fev. 2017.

Disponível em: <https://ndmais.com.br/opiniao/artigo/a-importancia-de-brincar/>. Acesso em: 27 fev. 2020.

Vocabulário:

Biopsicossocial: que diz respeito a características biológicas, psicológicas e sociais.

Habilidade motora: capacidade de realizar movimentos.

Vínculo: laço, ligação.

Entendendo o texto

01. Qual é o objetivo principal do artigo "A Importância de Brincar"? 

      a. Destacar a evolução dos brinquedos ao longo do tempo.

b. Argumentar sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil.

c. Apresentar uma lista de brincadeiras tradicionais. 

d. Analisar os avanços tecnológicos na educação infantil.

     02. O que as brincadeiras mencionadas no artigo, como esconde-esconde e amarelinha, ajudam as crianças a fazer?

         a. Desenvolver habilidades tecnológicas.

         b. Explorar características de personalidade.

         c. Melhorar a coordenação grossa e fina.

         d. Estabelecer vínculos com a realidade virtual.

     03.  Como o autor descreve o papel dos educadores em relação ao brincar?

         a. Como observadores passivos.

         b. Como interferências negativas.

         c. Como orientadores do processo de aprendizagem.

         d. Como responsáveis por limitar as brincadeiras.

    04. O que é destacado como essencial para o desenvolvimento biopsicossocial da criança no artigo?

         a. A exclusividade de brincadeiras individuais.

        b. A utilização de tecnologia durante as brincadeiras.

        c. A experimentação e convivência em diversas situações.

        d. A limitação do tempo dedicado ao brincar.

    05. Como as crianças exercem funções sociais durante as brincadeiras, de acordo com o artigo?

         a. Desenvolvendo habilidades motoras.

         b. Estimando consequências agradáveis ou desagradáveis.

         c. Limitando a interação com outros colegas.

        d. Ignorando o impacto das brincadeiras no convívio social.

     06. Qual é o ponto de vista do autor sobre o uso de brinquedos e brincadeiras na fase de descoberta das crianças?

        a. Desencorajar o uso de brinquedos para promover independência.

         b. Favorecer o desenvolvimento por meio de brinquedos e brincadeiras.

         c. Restringir o acesso das crianças a brinquedos para evitar distrações.

        d. Priorizar atividades acadêmicas em detrimento do brincar.

     07. Por que a brincadeira com outras crianças é destacada como importante no artigo?

        a. Para promover a competição entre os pequenos.

        b. Para desenvolver o convívio social da criança.

        c. Para evitar o desenvolvimento de habilidades sociais.

        d. Para limitar a criatividade individual.

     08. O que a brincadeira individual contribui para o desenvolvimento da criança, segundo o artigo?

         a. Desenvolvimento de habilidades motoras.

         b. Estimulação da criatividade.

         c. Limitação do convívio social.

         d. Redução da coordenação grossa.

   09. Quais são as áreas específicas do desenvolvimento infantil mencionadas no artigo?

         a. Desenvolvimento econômico e político.

         b. Estruturação espaço temporal e lateralidade.

         c. Competências linguísticas e matemáticas.

         d. Exclusivamente habilidades cognitivas.

   10.  De acordo com o artigo, qual é o resultado do convívio da criança com o meio social, familiares e amigos durante as brincadeiras?

         a. Isolamento social.

        b. Desinteresse em relação ao mundo exterior.

        c. Formação da ideia de mundo pela criança.

        d. Redução da criatividade.