domingo, 10 de novembro de 2019

POEMA: RODA NA RUA -CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

Poema: Roda na rua
             Cecília Meireles

Roda na rua
a roda do carro.

Roda na rua
a roda das danças.

A roda na rua
rodava no barro.

Na roda da rua
rodavam crianças.

O carro, na rua.
   Cecília Meireles. Poesia completa. Rio de Janeiro: Aguilar.
Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – Atual Editora -2002 – p. 94-5.

Entendendo o poema:

01 – Cada uma das estrofes do poema é formada por uma oração. Identifique o sujeito de cada oração.
      A roda do carro; a roda das danças; A roda; crianças, respectivamente.

02 – Em nossa língua, a ordem direta das orações é sujeito + predicado. Porém, isso nem sempre acontece, ou seja, às vezes o predicado antecede o sujeito. No poema, qual é a única oração que apresenta os termos na ordem direta?
      A roda na rua rodava no barro.

03 – Por que, em uma única situação, a forma verbal rodavam está no plural?
      Porque está concordando com o sujeito da oração, crianças, que está no plural.

04 – A poetisa emprega a palavra roda ora como verbo, ora como substantivo. Em que estrofes a forma roda é:
a)   Núcleo do sujeito?
Na 1ª, na 2ª e na 3ª estrofes.

b)   Núcleo do predicado?
Na 1ª e na 2ª estrofes.

05 – A palavra roda, como substantivo, apresenta mais de um sentido. Quais são esses sentidos?
      Parte do veículo, círculo formado por crianças que brincam de roda e o movimento das ruas, na expressão roda da rua, entre outras possibilidades.

06 – Na última estrofe, não foi empregado o verbo. Apesar disso, pelo sentido do verso, é possível imaginá-lo. Que verbo você imagina que esteja subentendido?
        Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que seja o próprio verbo rodar, ou então estar ou ficar.

07 – Releia o poema em voz alta e perceba a sonoridade produzida pela repetição do som /R/. Que semelhança há entre esse som e o assunto do poema?
      A repetição do som /R/ sugere o barulho do motor do carro.

TEXTO VERBAL E NÃO-VERBAL - COM QUESTÕES GABARITADAS - CARTAZ


Cartaz sobre as drogas

01 – Esse cartaz é uma:
a)   Notícia.
b)   Charge.                                   
c) Publicidade.
d) Carta.

02 – O cartaz é um gênero textual cuja finalidade é informar as pessoas, sensibilizá-las sobre determinado assunto. O cartaz em estudo foi criado pelo cartunista Ziraldo, a pedido da Prefeitura do Rio de Janeiro.
a)   Qual é a finalidade desse cartaz?
Conscientizar as pessoas para que não usem drogas.

b)   Que tipo de público esse cartaz pretende atingir?
Os jovens.

c)   Considerando a entidade responsável pelo cartaz e a finalidade que se tem vista com ele, onde você acha que esse cartaz deve ser afixado para que atinja seu objetivo?
Em praças públicas, escolas, ônibus, etc.

03 – Os cartazes geralmente apresentam linguagem verbal (palavras) e visual (imagem). Responda com relação ao cartaz em estudo:
a)   O texto escrito é suficiente para transmitir a mensagem, mas a imagem ajuda. Por quê?
         (  ) Porque explica o texto.
         (X) Porque chama a atenção do leitor.

b)   Explique a relação existente entre a ilustração e o texto.
As flores dão a ideia de coisas boas, boas ideias, remetendo à vida sem drogas como uma vida boa, florida, com bons pensamentos.

04 – Explique o sentido do enunciado “Quem faz a sua cabeça é você”
      A ideia é que os jovens decidam os rumos de sua vida e não se deixem influenciar por outras pessoas, com ideias erradas, como o uso de drogas.

05 – O texto do cartaz está na linguagem:
(  ) Formal, pois segue as regras da gramática.
(X) Informal, pois faz uso de gíria.

06 – Analise o texto verbal do cartaz e responda: Por que foi usada a expressão “NÃO A DROGA”, quando geralmente se utiliza “Não à droga”?
      Porque é uma continuação da frase "Quem faz a sua cabeça é você, não a droga"



TEXTO: FUMO PASSIVO - COM QUESTÕES GABARITADAS

TEXTO: FUMO PASSIVO
Enem 2010
Texto I
        O chamado "fumante passivo" é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros. O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça "de segunda mão", enquanto, nos Estados Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, depois do fumo ativo e do uso de álcool.
Disponível em: www.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).


Texto II

01 – O Texto I é uma:
a) narração               
b) dissertação                      
c) charge       
d) notícia.

02 – Qual é o assunto do Texto I?
      O fumo passivo.

03 – Explique o que é um “fumante passivo”.
      É aquele que não fuma, mas respira a fumaça de outros fumantes.

04 – Que consequência o fumo passivo pode ter?
      A morte.

05 – Leia: “Quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros.” Você concorda com essa afirmação? Justifique.
      Resposta Pessoal do aluno (espera-se que a pessoa concorde com essa afirmação, por uma questão de bom senso).

06 – O fumo passivo ocupa a 3ª posição entre as principais causas de morte. O que mata mais que o fumo passivo?
      O fumo ativo e o álcool.

07 – O Texto II não possui palavras como o Texto I, mas também faz uma crítica ao fumo passivo. Explique a relação da imagem com o texto.
      Na imagem, a fumaça do fumante ativo está enforcando e matando o fumante passivo, a relação com o texto é que os dois mostram que o fumante passivo pode morrer por inalar a fumaça do fumante ativo.

08 – Os Textos I e II são:
a) divergentes                      
b) similares              
c) complementares  
d) contraditórios

09 – Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I e II procuram demonstrar que:
a)   A quantidade de cigarros consumidos por pessoa, diariamente, excede o máximo de nicotina recomendado para os indivíduos, inclusive para os não fumantes.
b)   Para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, será necessário aumentar as estatísticas de fumo passivo.
c)   Conscientização dos fumantes passivos é uma maneira de manter a privacidade de cada indivíduo e garantir a saúde de todos.
d)   Os não fumantes precisam ser respeitados e poupados, pois estes também estão sujeitos as doenças causadas pelo tabagismo.
e)   O fumante passivo não é obrigado a inalar as mesmas toxinas que um fumante, portanto depende dele evitar ou não a contaminação proveniente da exposição ao fumo.



HISTÓRIA EM QUADRINHOS - PREPOSIÇÕES - COM GABARITO


Preposições


01 – A charge não tem data, mas é possível saber em que dia ela provavelmente foi publicada. Que dia seria esse?
      15 de outubro.

02 – Como foi possível saber em que dia a charge foi publicada?
      Porque a menina está parabenizando a professora por seu dia e o dia do professor é dia 15 de outubro.


03 – Qual foi o presente dado pelo menino à professora?
      Uma moeda.

04 – A professora gostou do presente? Justifique com elementos textuais e não-textuais do texto.
      Sim, porque ela agradece e escorre uma lágrima de seu rosto.

05 – Essa charge mostra algo sobre a situação atual dos professores. Que situação é essa?
      Que os professores são mal remunerados.

06 – Releia a fala do menino: “Parabéns pelo seu dia, professora!”
a)   Nessa fala, há uma preposição. Que preposição é essa?
Pelo (preposição POR).

b)   Essa preposição foi usada na frase indicando:
Causa.

07 – A preposição POR (PELO / PELA) pode ser usada com outros sentidos. Indique nas frases a seguir se essa preposição indica meio, preço ou tempo:
a)   Comprei esse livro por R$ 5 reais.
Preço.

b)   Nós estudamos pela manhã.
Tempo.

c)   Enviei o convite pelo correio.
Meio.

CRÔNICA: BENA! BENA! VALEU A PENA? - PEDRO BLOCH - COM GABARITO

CRÔNICA: Bena! Bena! Valeu a pena?
         
  Pedro Bloch

             Eles eram três.
             Amigos paca.
             Bena, Bruno e Cláudio.
     Entravam na puberdade e naquela fase de tumulto, dúvidas e contradições. Acampavam juntos, juntos pescavam os peixes mais mentidos do mundo, juntos iam a festinhas para curtir um som, juntos faziam projetos. E riam juntos quando Bena, sempre desajeitado e desarrumado, a propósito de tudo, vinha com aquela:
        -- Será que vale a pena?
        Perguntava só por perguntar, porque, como diz o poeta, já sabemos que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.
        E a alma dos três não tinha mais tamanho.
        Eles eram três.
        Amigos paca.
        Cláudio, Bruno e Bena.
        E bota amizade nisso!
                        Bena! Bena! Valeu a pena? Pedro Bloch.
Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série - Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p.99.

Entendendo o texto:

01 – Explique o trecho: “... juntos pescavam os peixes mais mentidos do mundo...”.
      Peixes mentidos: inventados, maiores do que realmente eram.

02 – Você tem a sua turminha? O que costumam fazer juntos?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – O que e ser amigo?
      Amigo é ser por inteiro. É dar-se. É doar-se em todos os momentos.

04 – O poeta Fernando Pessoa disse que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. Você também pensa assim? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – “E a alma dos três não tinha mais tamanho”. O que você conclui sobre os três amigos?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os meninos tinham “espírito aberto”, “livre”, eram ricos interiormente.

06 – A gíria “amigos paca” quer dizer o quê?
      Muitos amigos.
     

MENSAGEM ESPÍRITA - SALÁRIOS - LIVRO PÃO NOSSO - EMMANUEL - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER -PARA REFLEXÃO

Salários

“E contentai-vos com o vosso soldo.” – João Batista. (Lucas, 3:14.)
A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e de bom senso.
Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum.
Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes.
Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos.
Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranquilo.
Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso.
Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

POEMA: O VERBO FLOR - RENATO ROCHA - COM GABARITO

Poema: O verbo flor
      
       Renato Rocha

O verbo flor
é conjugável
por quase todas
as pessoas
em certos tempos
definidos
a saber:
quase nunca no outono
no inverno quase não
quase sempre no verão
e demais na primavera
que no coração
poderá durar
e ser eterna
quando o verbo conjugar:
quando eu flor
quando tu flores
quando ele flor
e você flor
quando nós
quando todo o mundo flor.
Renato Rocha. Adivinha o que é. São Paulo: Ariola, 1981. MPB4.
Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – Atual Editora -2002 – p. 67.
Entendendo o poema:

01 – O poeta empregou as palavras pessoas e tempos em dois sentidos: Pessoas refere-se às pessoas do discurso (eu, tu, etc.) e a todas as pessoas, todo o mundo. E a palavra tempos? Quais são os significados que ela adquire no poema?
      O de tempos verbais e o de tempo enquanto duração das estações.

02 – Por que o verbo flor é conjugado quase nunca no outono, quase não no inverso, quase sempre no verão e demais na primavera?
      Porque as duas primeiras estações predomina o frio, época desfavorável para as flores; no verão, em razão do aquecimento, é possível haver flores; e a primavera é a época própria das flores.

03 – Quando o poeta emprega quando eu flor, ele está fazendo um trocadilho (um jogo de palavras) com uma forma de outro verbo.
a)   Qual é o verbo? Qual é essa forma verbal?
Verbo ser, for.

b)   Em que tempo e modo está a forma verbal quando eu flor?
Futuro do subjuntivo.

c)   Considerando que esse modo verbal é normalmente utilizado para expressar algo que se deseja, ou que possa vir a acontecer, que relação existe entre a escolha desse modo verbal e o desejo do eu lírico?
O eu lírico manifesta o desejo de que todos, o futuro, virem flores. O modo subjuntivo é o mais indicado para expressar esse desejo.

04 – Você sabe que são três as pessoas do discurso e que elas podem estar no singular ou no plural. Na conclusão do poema, entretanto, o poeta acrescentou mais uma.
a)   Qual é ela?
Todo mundo.

b)   Por que, na sua opinião, para o poeta é necessário que se inclua mais essa pessoa na conjugação do verbo flor?
Porque só será primavera para todos se todo o mundo florescer ou “virar-flor”.