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quinta-feira, 23 de maio de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA - ELES VIVEM ANTE OS QUE PARTIRAM... FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - DITADO POR EMMANUEL - PARA REFLEXÃO

Eles Vivem Ante os que partiram...


         Eles Vivem 
        Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
        Eles não morreram. Estão vivos.
        Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
    Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.
        Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
        Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura.
        Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
      Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.
        Pensa neles com a saudade convertida em oração.
    As tua preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando- os para visões mais altas na vida.
    Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.
        Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
        Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material ...
        Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.

                             Francisco Cândido Xavier – ditado por Emmanuel

segunda-feira, 20 de maio de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: OS ADVERSÁRIOS, MESTRES OPORTUNOS - JOANNA DE ÂNGELIS - PSICOGRAFIA DE DIVALDO P.FRANCO - PARA REFLEXÃO

Os adversários, mestres oportunos
                  Joanna de Ângelis

        Abraçando os ideais de enobrecimento, pensa-se que todas as criaturas estão vibrando no mesmo diapasão do progresso e que, em consequência, haverá uma natural adesão em torno dos objetivos relevantes que devem conduzir as vidas para os altiplanos da felicidade.
        O ser humano é um conquistador insuperável, fadado às estrelas que lhe estão ao alcance, na medida em que se empenha por alcançá-las.
        Desde a descoberta do fogo e do invento da roda, o seu mundo jamais foi o mesmo, alterando os seus padrões de comportamento e de convivência no rumo de melhores resultados.
        Mediante o esforço e o raciocínio que se lhe foi desdobrando – a Divina Presença no cerne do ser! – levantou-se e começou a avançar na direção do Infinito, ora sob dores acerbas, noutros momentos em júbilos inexcedíveis, conquistando espaços e adquirindo conhecimentos.
        Renascendo em contínuo processo de crescimento intelecto-moral, vem acumulando as experiências que se transformam em bênçãos que deve esparzir pelos caminhos percorridos, deixando pegadas apontando o porto de segurança que se encontra sempre à frente.
        Quando atraído pela mensagem libertadora de Jesus, porém, modificam-se-lhe as paisagens interiores e alteram-se-lhe os interesses, ampliando-lhe as possibilidades de ser útil, conseguindo um significado especial para a existência.
        Nada obstante, porque se movimenta num planeta igualmente de provas e de expiações, não se pode furtar à psicosfera que lhe é peculiar, nem às injunções que o caracterizam.
        Compreensível, portanto, que nem todos aqueles que navegam na mesma barca da evolução estejam firmados em propósitos de edificação nobilitante, alguns ainda detendo-se em estágio inferior, assinalados pelo primarismo de que se fazem portadores.
        Indiscutivelmente, o processo de transformação interior, no qual os instintos cedem lugar aos valores da razão e da consciência, é lento, ainda mais, tendo-se em vista que nem todos os viandantes da indumentária material iniciaram-se no empreendimento espiritual no mesmo instante.
        Procedentes de especiais momentos da evolução, incontáveis, inevitavelmente, encontram-se em patamares diferentes, que explicam as diversas aspirações que os tipificam.
        Felizes aqueles que já compreendem os impositivos da existência terrena, após vencerem os impulsos agressivos que lhes conferiam a sensação de dominadores do mundo e que o sentido exclusivo da vilegiatura carnal seria conquista dos prazeres e das sensações que mais os agradam.
        Aqueles que são mais fisiológicos do que psicológicos, detêm-se nas faixas das paixões primevas e, mesmo quando a consciência se lhes desperta, prosseguem vivenciando um período de transição, que ainda lhes não permite uma visão perfeita da realidade. Embora ansiando por algo melhor, competem, quando deveriam cooperar, malsinam os companheiros, quando lhes cabia o dever de os auxiliar, porque a predominância do ego torna-os ambiciosos e prepotentes.
        Não sabem servir com abnegação, sem servir-se, retirando os lucros do orgulho e da presunção, que lhes constituem a moeda retributiva. Podem mesmo desejar ser melhores, no entanto, os impulsos afligentes que resultam dos conflitos e dos complexos de inferioridade que os acompanham de existências pretéritas, transformam-nos em inimigos de todos aqueles que supõem lhes farão sombra…
        São infelizes, disfarçados de joviais, humanitários e bondosos, na hipocrisia em que vivem, ocultando os sentimentos inferiores.
        Desse modo, transformam-se em adversários perversos dos demais que não lhes compartem as ideias e que pensam pretenderem excluir.
* * *
        Adversidade é lição para a vida e adversários são mestres que proporcionam o treinamento no bem, sem o concurso do aplauso ou da bajulação habituais, dificultando o trabalho honorável do servidor fiel.
        Esses irmãos infelizes que se propõem envenenar-te os sentimentos com a sua pertinaz perseguição, merecem compaixão ao invés de reproche ou de animosidade.
        Se é verdade que não lhes deves facultar um relacionamento pusilânime, não é justo devolveres os seus pensamentos enfermiços com outros do mesmo gênero.
        Sofres, porque gostarias de servir sem a presença desse tipo de tribulação.
        Choras, porque os teus são anseios de construção do amor em toda parte, e, no entanto, sentes o amargor da calúnia que te antecede os passos, da maledicência que te aturde quando lhes tomas conhecimento, ou da zombaria depois que vais adiante…
        O melhor comportamento em tais circunstâncias é não valorizar o mal nem aquele que se te fez mau.
        Concede-lhe o privilégio de ser como se encontra, mas impõe-te o dever de ser fiel ao compromisso com Jesus, que também experimentou iguais ofensas sem dar-lhes a menor importância.
        Gastas tempo e preocupação mental com esses companheiros que te vigiam e acusam, que te acompanham com insistência e infernizam os momentos em que trabalhas e quando repousas.
        Ficas indagando como conduzir-te, desde que, se silencias ao mal e ao descalabro que reinam, acusam-te de omisso, mas se levantas a voz e proclamas a verdade, taxam-te de intolerante e mendaz…
        Desse modo, faze o que deves e comporta-te conforme estabelece o teu programa ante a consciência do dever.
        Esses adversários dos teus objetivos não são apenas opositores teus, mas, sem dar-se conta, dAquele a quem procuras servir, que os entende e concede-lhes tempo para a reabilitação.
        Aprende, portanto, com os inimigos, fraternidade legítima, compreensão gentil, exercitando sempre a compaixão.
        Na aduana da caridade, a misericórdia e o amor dão-se as mãos, a fim de ensejarem à virtude máxima a ocasião de expressar-se.
        Constituam-te estímulo o serviço desses mestres desconhecidos, apurando-te mais, qualificando-te melhor, a fim de produzires com segurança na seara da elevação espiritual da humanidade.
        Ninguém atravessa o rio carnal sem experimentar a correnteza violenta sobre a qual navega o Espírito.
        Todos os homens e mulheres afeiçoados ao bem pagaram o pesado tributo da diferença entre eles o os que os cercavam, a época em que viveram e naquela pela qual anelavam, e é graças a eles que percorres os atuais caminhos por onde segues em júbilo e dores, porém, fixado na meta que te fascina.
* * *
        O mundo ainda não tem condições de compreender e aceitar o compromisso da iluminação íntima como primeiro passo para a marcha a scensional.
        Por enquanto, somente aqueles que se fizeram fortes e decididos conseguem ultrapassar as barreiras das dificuldades, colocando marcos na senda escura, de maneira a facilitar a jornada espiritual dos que virão depois.
        Todo desbravador carrega as marcas da sua audácia de aventureiro do progresso. Abrem picadas na densa mata, traçam roteiros nos mares bravios, alçam-se aos céus ampliando os espaços e caminham sobre acúleos, quebrando-os, assim preparando a senda para o porvir…
        Exulta, portanto, por teres adversários, mestres desconhecidos, a seres adversário de quem quer que seja.

Joanna de Ângelis. Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na noite de 2 de junho de 2010, em Istambul, Turquia. Em 22.11.2010.


sábado, 18 de maio de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA - LIBERTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA - JOANNA DE ÂNGELIS(DIVALDO FRANCO)- LIVRO DOS ESPÍRITOS - OBJETIVO DA ENCARNAÇÃO - PARA REFLEXÃO

Libertação da Consciência
          
                 Joanna de Ângelis

        Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe as nossas expectativas.
        Não esperemos que as alegrias nos adornem de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de festa. 
        Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia. 
        Quem O busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota. 
        Quem com Ele se afina, não pode esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino. 
        Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro. 
        Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece. 
        Quem com Ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção d’Ele, sem o que, a vida não tem sentido. 
        Não é esta a primeira vez que nos identificamos com o Seu verbo libertador. Abandoná-lo é infidelidade, que O troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração. 
        Não é esta a nossa experiência única no santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao prazer, distantes da convivência com a dor. 
        Voltamos à mesma grei, para podermos, com o Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação. 
        Lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos. 
        Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho. 
        Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar. 
        Não seja, pois, de surpreender que, muitas vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele, já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá, suavemente: Aqui estou! 
        Perseveremos juntos, cantando o hino da alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita. 

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Psicografia de Divaldo Franco. Obra: Momentos Enriquecedores



Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                       Capítulo II

        ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS

OBJETIVO DA ENCARNAÇÃO

132 – Qual é o objetivo da encarnação dos Espíritos?
      -- Deus lhes impõe a encarnação com a finalidade de leva-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea: nisto consiste a expiação. A encarnação ainda em outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de encarregar-se de sua parte na obra da Criação. É para realiza-la que ele toma, em cada mundo, um instrumento que esteja em harmonia com a matéria essencial desse mundo, para, a partir desse ponto de vista, executar as ordens de Deus; e dessa maneira, em sintonia com a obra geral, ele próprio progride.
      A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo; porém, Deus, em sua sabedoria, quis que eles encontrassem nessa mesma ação um meio de progredir e de aproximar-se d’Ele. É assim que, por uma admirável lei de sua providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.

133 – Os Espíritos que desde o princípio seguiram a rota do bem têm necessidade da encarnação?
      -- Todos são criados simples e ignorantes; instruem-se através das lutas e das tribulações da vida corpórea. Deus, que é justo, não poderia conceder a felicidade a uns, sem sofrimento e trabalho e, por conseguinte, sem mérito.

133 a) Mas então de que adianta aos Espíritos terem seguido a rota do bem, se isso não os isenta dos sofrimentos da vida corpórea?
      -- Eles assim chegam mais rapidamente ao objetivo. Além disso, os sofrimentos da vida muitas vezes são consequência da imperfeição do Espírito; quanto menos imperfeições tem, menos tormentos sofrerá. Aquele que não for invejoso, ciumento, avarento, nem ambicioso, não sofrerá os tormentos decorrentes desses defeitos.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: SEGURANÇA ÍNTIMA - JOANNA DE ÂNGELIS - PSICOGRAFIA DE DIVALDO FRANCO

Segurança Íntima

        Embora atingido pela maleivosa insinuação da inveja, não te deixes arrastar à inquietação.
        Não obstante a urdidura da maledicência tentando envolver-te em suas malhas, não te perturbes com a sua insídia.
        Mesmo que te percebas incompreendido, quando não caluniado pelos frívolos e despeitados, não te aflijas.
        Segurança interior deve ser a tua força de equilíbrio, a resistência dos teus propósitos.
        Quem é fiel a um ideal dignificante não consegue isentar-se da animosidade gratuita, que grassa soberana, ou sequer logra permanecer inatacável pela pertinácia da incúria...
        Somente os inúteis poderiam acreditar-se não agredidos.
        O bom operário, todavia, quando na desincumbência dos deveres, experimenta as agressões de todo porte com que os cômodos e insatisfeitos pretendem desanimá-lo.
        De forma alguma concedas acesso à irritação ou à informação malsã na tua esfera de atividades.
        Quando te sentires compreendido, laureado pelos sorrisos e beneplácitos humanos, quiçá estejas atendendo aos interesses do mundo, contudo não te encontrarás em conduta correta em relação aos compromissos com Jesus.
        Quem serve ao mundo e a ele se submete certamente não dispõe de tempo para os deveres relevantes, em relação ao espírito. 
        A recíproca, no caso, é verdadeira.
        Não te eximirás, portanto, à calúnia, à difamação, às artimanhas dos famanazes da irresponsabilidade, exceto se estiveres de acordo com eles.
        Não produzem e sentem-se atingidos por aqueles que realizam, assim desgastando-se e partindo para a agressividade, com as armas que lhes são afins.
        Compreende-os, malgrado não te concedas sintonizar com eles nas faixas psíquicas em que atuam.
        Não reajas, nem os aceites.
        Suas farpas não devem atingir-te.
        Eles estão contra tudo. Afinal estão contra eles mesmos, por padecerem de hipertrofia dos sentimentos e enregelamento da razão.
        Segurança íntima é fruto de uma consciência tranquila, que decorre do dever retamente cumprido, mediante um comportamento vazado nas lições que haures na Doutrina de Libertação espiritual, que é o Espiritismo.
        Assim, não te submetas ou te condiciones às injunções de homens ou Entidades, se pretendes servir ao Senhor...
        Toda sujeição aos transitórios impositivos das paixões humanas, em nome do Ideal de vida espiritual, se transforma em escravidão com lamentável desrespeito aos compromissos reais assumidos em relação ao Senhor.
        Recorda-te d’Ele, crucificado, desprezado, odiado por não se
submeter aos impositivos da mentira e das vacuidades humanas, todavia triunfante sempre pela Sua fidelidade ao Pai.

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: As Leis Morais da Vida


quinta-feira, 9 de maio de 2019

PRECE DE CÁRITAS - (MATEUS, 21:22)

Prece de Cáritas
          E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o receberás
                     
                     Jesus (Mateus, 21:22)

        DEUS, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
        DEUS! Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente repouso.
  PAI! Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
        SENHOR! Que vossa bondade se estenda sobre tudo o que criastes.
        Piedade, Senhor, para aqueles que vos não conhecem; esperança par aqueles que sofrem. Que vossa bondade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
        DEUS! Um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nós vos esperamos com os braços abertos, ó Poder! ó Bondade! ó Beleza! ó Perfeição! e queremos, de alguma sorte, alcançar vossa misericórdia.
        DEUS! Dai-nos a força de ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós; Dai-nos a caridade pura; Dai-nos a fé e a razão; Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir Vossa Imagem.


terça-feira, 7 de maio de 2019

MENSAGEM: CARIDADE, A META - DIVALDO FRANCO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS - PARA REFLEXÃO


Mensagem: CARIDADE, A META
DIVALDO FRANCO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ANGELIS

        Guarda, na mente, que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.

        Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.
        Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.
        Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.
        Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena monta.
        Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.
        Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior.
        A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.
        Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.
        A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria sócio econômica, visíveis em toda parte.
        Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Vigilância.
Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis

sábado, 4 de maio de 2019

MENSAGEM: CARIDADE TRANSFERIDA -DIVALDO FRANCO(JOANNA DE ÂNGELIS) - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - SOBRE OS ESPÍRITOS - ANJOS E DEMÔNIOS - REFLEXÃO



Mensagem: CARIDADE TRANSFERIDA
DIVALDO FRANCO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS


    Ninguém objeta quanto à qualidade dos elevados propósitos.
        Não se faz qualquer restrição à nobreza de tais sentimentos.
        A caridade é sempre uma luz acesa vencendo trevas.
        Por isso mesmo não é lícito eximir-se alguém de clarificar-se com a luminescência que dela emana.
       Quem conduz uma luz beneficia-se primeiro.



        Generaliza-se uma prática que, embora edificante, tem assumido um caráter passadista.
        Pessoas generosas, que desejam auxiliar, sempre se eximem de fazê-lo, justificando-se falta de tempo, de saúde, poucas possibilidades econômicas… E encaminham os necessitados que lhe buscam o concurso a outras que lhes parecem bem aquinhoadas, valorosas, sem problemas…Mas que os têm, igualmente, só que se não queixam, fomentando o comércio do desânimo e da insensatez.
        São criaturas bem formadas, sem dúvida, as que assim procedem, no entanto, se recusam a alegria de servir, a bênção de socorrer, a felicidade de amar.
        Claro que ante à impossibilidade real de fazer-se o bem, a atitude encaminhar o aflito a uma fonte abençoada é correta.
        Não, porém, como um hábito constante, transferindo-se a caridade de domicílio e de mãos…
*
        Quando alguém te chegar em sofrimento, sempre poderás auxiliar, se o quiseres.
        Não mensurando tempo nem examinando valores, deves repartir dádivas e repartir-te no ministério da caridade com Jesus.
        Caridade transferida ¾ socorro tardio.
*
        Conhecendo alguém que se afadiga no labor santificante da caridade, corre em seu auxílio, ao invés de o sobrecarregares com novas incumbências e maior soma de responsabilidades.
        Detendo-te a meditar na Parábola do Bom Samaritano, compreenderás a necessidade de fazeres, tu mesmo, a caridade.
        Não mandes outrem realizá-la em teu lugar.
        Não postergues o teu momento de felicidade.
        Jesus jamais se poupava, transferindo labores. Inclusive na cruz, quando solicitado pelo atormentado bandido, que Lhe rogava ajuda, distendeu-lhe a mão generosa da esperança, em nome da excelsa caridade de Nosso Pai.
(De Oferenda, de Divaldo P. Franco Joanna de Ângelis)

Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                       Capítulo I
        SOBRE OS ESPÍRITOS
ANJOS E DEMÔNIOS

128 – Os seres que chamamos de anjos, arcanjos e serafins formam uma categoria especial, de uma natureza da dos outros Espíritos?
      -- Não, eles são os Espíritos puros: aqueles que estão no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.
      A palavra anjo geralmente revela a ideia da perfeição moral; entretanto, é frequentemente aplicada a todos os seres bons e maus que estão fora da humanidade. Diz-se: o anjo bom e o mau; o anjo de luz e o anjo das trevas. Nesse caso, ele é sinônimo de Espírito ou de gênio. Aqui, nós a usamos no seu sentido positivo.

129 – Os anjos passaram por todos os graus?
      -- Percorreram todos os graus, mas, como dissemos, alguns aceitaram sua missão sem reclamar, e chegaram mais depressa; outros levaram um tempo mais ou menos longo para chegar à perfeição.

130 – Se a opinião que admite seres criados perfeitos e superiores a todas as outras criaturas é errônea, como se explica que ela apareça na tradição de quase todos os povos?
      -- Deves saber que teu mundo não existe desde sempre e que, muito tempo antes de ele existir, já havia Espíritos que tinham alcançado o grau supremo. Os homens então acreditaram que eles sempre foram assim.

131 – Há demônios, no sentido que é atribuído a essa palavra?
      -- Se houvesse demônios, eles seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom se tivesse criado seres eternamente votados ao mal e desgraçados? Se há demônios, eles residem no teu mundo inferior ou em outros semelhantes. São estes homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus maldoso e vingativo, e que julgam ser-lhe agradáveis pelas abominações que cometem em Seu nome.
      A palavra demônio está ligada à ideia de Espírito mau apenas em sua acepção moderna, pois a palavra grega daimôn, a partir da qual é formada, significa gênio, inteligência, e foi aplicada a seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção.
      A ideia dos demônios, na acepção vulgar da palavra, supõe seres essencialmente malfeitores; como todas as coisas, seriam criação de Deus. Ora, Deus, que é soberanamente justo e bom, não pode ter criado seres naturalmente propensos ao mal e eternamente condenados. Se não fossem obra de Deus, seriam eternos como Ele, e então haveria diversas forças soberanas.
      A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, a dos demônios, no sentido absoluto, falha nesse ponto essencial. Que na crença de povos atrasados, que não conhecem os atributos de Deus, admita-se a existência de divindades malfeitoras, ou também demônios, é compreensível; mas para todo aquele que faz da bondade de Deus um atributo por excelência, é ilógico e contraditório supor que Ele possa ter criado seres voltados ao mal e destinados a praticá-lo perpetuamente, pois seria negar a Sua bondade. Os partidários dos demônios se apoiam nas palavras do Cristo; certamente não seremos nós quem contestaremos a autoridade de seu ensinamento, que gostaríamos de ver mais nos corações que nas bocas dos homens. Mas será que se está bem certo do sentido que ele atribuía à palavra demônio? Não se sabe que a forma alegórica é umas das marcas distintivas de sua linguagem, e que tudo o que está no Evangelho não deve ser levado ao pé da letra? Não precisamos de outra prova além desta passagem:
      “Logo após esses dias de aflição, o sol escurecerá e a lua não mais derramará a sua luz, as estrelas cairão do céu e as forças celestes serão abaladas. Em verdade vos digo que esta geração não passará antes que todas essas coisas se cumpram.”
      Não vimos a forma do texto bíblico ser contradita pela Ciência, no que diz respeito à criação e ao movimento da Terra? Não poderia ocorrer o mesmo com certas figuras empregadas pelo Cristo, que deveria falar de acordo com seu tempo e região? Cristo não poderia ter conscientemente dito uma falsidade. Portanto, se em suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é porque não as compreendemos ou as interpretamos mal.
      Os homens fizeram dos demônios o mesmo que fizeram dos anjos. Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos desde sempre, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. A palavra demônio deve ser entendida, portanto, como relativa aos Espíritos impuros, que frequentemente não são melhores que aqueles designados com o nome de demônios, mas com a diferença de que seu estado é apenas transitório. São os Espíritos imperfeitos que reclamam das provações que sofrem e que, por isso mesmo, as sofrem por mais tempo, mas que chegarão por sua vez à perfeição, quando tiverem essa vontade. Portanto, poder-se-ia aceitar a palavra demônio com essa restrição; mas como agora ela é entendida num sentido exclusivo, isso poderia induzir ao erro, levando a acreditar na existência de seres especiais criados para o mal.
      Quanto a Satanás, ele é evidentemente a personificação do mal sob uma forma alegórica, pois não se poderia admitir um ser mau lutando de igual poder contra a Divindade, e cuja única preocupação fosse contrariar os desígnios divinos. Como o homem precisa de figuras e imagens para impressionar sua imaginação, representou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram suas qualidades ou defeitos. Foi assim que os antigos, na tentativa d personificar o tempo, representaram-no sob a figura de um ancião com uma foice e uma ampulheta; a figura de um jovem teria sido um contrassenso. O mesmo se deu com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representam os anjos ou Espíritos puros sob uma figura radiante, com asas brancas, símbolo da pureza; Satanás com chifres, garras e os atributos da bestialidade, símbolos das paixões vis. O ignorante, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses símbolos individualidades reais, como outrora tinha visto Saturno na alegoria do Tempo.




quinta-feira, 2 de maio de 2019

MENSAGEM: O BEM É A META - JOANNA DE ÂNGELIS - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS - PARA REFLEXÃO

Mensagem: O bem é a Meta

Fonte da imagem - https://www.blogger.com/blog/post/edit/7220443075447643666/2032793799598741819#

        Surge a Era Nova.

   O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância.
        Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova.


               São minoria, não, porém, grupo ao abandono.

        Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações.
        O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade.
        Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor.
        Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas.
        Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa - como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar.
        Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas.
        Passada a tempestade, a luz volta a fulgir.
        A sombra é somente ausência da claridade. Não é real.
        Só Deus é Vida; somente o Bem é meta.
                                                  Joanna de Ângelis

Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas

                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                       Capítulo I

        SOBRE OS ESPÍRITOS
PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS

114 – Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou eles mesmos procuram melhorar-se?
      -- São os próprios Espíritos que melhoram. Melhorando, passam de uma ordem inferior a uma mais elevada.

115 – Entre os Espíritos, uns foram criados bons e outros maus?
      -- Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem conhecimento. A cada um deu uma missão, com a finalidade de iluminá-los e de conduzi-los progressivamente à perfeição – pelo conhecimento da verdade –, para aproximá-los d’Ele. Para eles, a felicidade pura e eterna consiste nessa perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos passando pelas provações que Deus lhe impõe. Alguns aceitam essas provações com submissão e alcançam mais rapidamente o objetivo de seu destino; outros não conseguem suportá-las sem lamento e, assim, por sua culpa, permanecem afastados da perfeição e da felicidade prometida.

115 a) De acordo com isso, os Espíritos parecem ser, em sua origem, como as crianças, ignorantes e sem experiência, mas que adquirem pouco a pouco os conhecimentos que lhes faltam, percorrendo as diferentes fases da vida?
      -- Sim, a comparação é justa; a criança rebelde permanece ignorante e imperfeita; ela se desenvolve mais ou menos de acordo com sua docilidade; mas a vida do homem tem um término, enquanto a dos Espíritos se estende ao infinito.

116 – Há Espíritos que permanecerão perpetuamente nos níveis inferiores?
      -- Não, todos irão tornar-se perfeitos. Eles mudam, mas isso demora; pois, como já dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir eternamente seus filhos. Pretenderíeis que Deus, tão grande, bom e justo, fosse pior que vós?

117 – Depende dos Espíritos acelerar seu progresso rumo à perfeição?
      -- Certamente. Eles chegam mais ou menos rapidamente, conforme seu desejo e submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa que uma criança teimosa?

118 – Os Espíritos podem degenerar?
      -- Não; à medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Concluindo uma provação, o Espírito adquire conhecimento e não o esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrocede.

119 – Deus não poderia liberar os Espíritos das provações que devem sofrer para chegar à primeira ordem?
      -- Se tivessem sido criados perfeitos, não teriam mérito para desfrutar dos benefícios dessa perfeição. Sem a luta, onde estaria o mérito? Aliás, a desigualdade que existe entre eles é necessária à sua personalidade, e, depois, a missão que cumprem nesses diferentes graus está nos desígnios da Providência, para a harmonia do Universo.
      Uma vez que, na vida social, todos os homens podem chegar aos primeiros postos, caberia também perguntar por que o soberano de um país não faz, de cada um de seus soldados, um general; por que todos os empregados subalternos não são superiores; por que todos os estudantes não são mestres? Ora, entre a vida social e a vida espiritual existe a diferença de que a primeira é limitada e nem sempre permite que se suba os degraus, enquanto a segunda é indefinida e concede a cada um a possibilidade de elevar-se ao posto supremo.

120 – Todos os Espíritos passam pelo caminho do mal para chegar ao bem?
      -- Não pelo caminho do mal, mas pelo caminho da ignorância.

121 – Por que certos Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
      -- Eles não têm seu livre-arbítrio? Deus não criou Espíritos maus, Ele os criou simples e ignorantes, ou seja, tão aptos para o bem quanto para o mal. Os que são maus tornaram-se assim por sua vontade.

122 – Como os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, podem ter a liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles um princípio, uma tendência qualquer que os leve mais para um caminho que para outro?
      -- O livre-arbítrio desenvolve-se à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Não mais haveria liberdade se a escolha fosse provocada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, e sim fora dele, nas influências a que cede, mas em virtude de sua vontade livre. Esta é a grande figura da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.

122 a) De onde vêm as influências que são exercidas sobre ele?
      -- De Espíritos imperfeitos que procuram envolve-lo, dominá-lo, e que ficam felizes com o fato d fazê-lo sucumbir. Foi o que se quis simbolizar com a figura de satanás.

122 b) Essa influência só é exercida sobre o Espírito em sua origem?
      -- Ela o segue em sua vida de Espírito, até que ele tenha adquirido o domínio de si mesmo a ponto de os maus desistirem de obsidiá-lo.

123 – Por que Deus permitiu que os Espíritos pudessem seguir o caminho do mal?
      -- Como ousais pedir a Deus satisfações sobre Seus atos? Pensais poder invadir Seus desígnios? No entanto, podeis dizer isto: a sabedoria de Deus está na liberdade de escolha que Ele dá a cada um, pois cada um tem o mérito sobre suas obras.
124 – Por haver Espíritos que, desde o princípio, seguem a rota do bem absoluto, e outros a do mal absoluto, há sem dúvida gradações entre esses dois extremos?
      -- Certamente que sim – é a grande maioria.

125 – Os Espíritos que seguirem a rota do mal poderão chegar ao mesmo grau de superioridade que os outros?
      -- Sim, mas as eternidades serão mais longas para eles.
      Por essa palavra eternidades deve-se entender a ideia que os Espíritos inferiores têm da perpetuidade de seus sofrimentos, pois não lhes é permitido ver seu término, e essa ideia se renova em todas as provas em que sucumbem.

126 – Os Espíritos que chegam ao grau supremo após terem passado pelo mal, têm, aos olhos de Deus, menos mérito que os outros?
      -- Deus contempla os desgarrados com o mesmo olhar, e os ama a todos do mesmo modo. Eles são chamados de maus porque sucumbiram: até então, eram apenas Espíritos simples.

127 – Os Espíritos são criados iguais em faculdades intelectuais?
      -- São criados iguais, mas, por não saberem de onde vêm, é preciso que o livre-arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente, tanto em inteligência quanto em moralidade.
      Os Espíritos que seguem a rota do bem desde o princípio nem por isso são Espíritos perfeitos. Se não têm más tendências, nem por isso estão livres de ter de adquirir a experiência e os conhecimentos necessários à perfeição. Podemos compará-los às crianças que, não importa qual seja a bondade de seus instintos naturais, têm necessidade de se desenvolver e se instruir, e não o conseguem sem a transição da infância à idade madura. Porém, assim como existem homens que são bons e outros que são maus desde sua infância, também existem Espíritos que são bons ou maus desde sua origem. A diferença fundamental é que a criança tem seus instintos já formados, enquanto o Espírito, em sua transformação, não possui mais maldade do que bondade; ele tem todas as tendências, e torna uma ou outra direção devido a seu livre-arbítrio.