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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): CRIANÇA NÃO TRABALHA - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Música(Atividades): Criança Não Trabalha

                                    Arnaldo Antunes
Lápis, caderno, chiclete, peão
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria,
Tambor, gritaria, jardim, confusão

Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar,
Pula sela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia,
Pirata, baleia, manteiga no pão

Giz, merthiolate, band aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca,
Botão. Pega-pega, papel papelão

Criança não trabalha
Criança dá trabalho
Criança não trabalha

1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez
                              Composição: Arnaldo Antunes / Paulo Tatit.
CD Palavra cantada. World Music, 2000.
Entendendo a canção:
01 – O poema enumera muitas coisas relacionadas com o mundo da criança. O que representam para a criança coisas como:
a)   Bola, boneca, peteca, botão, pega-pega, bicicleta, pelúcia, crayon, pirata, banho de mar, etc.?
As brincadeiras de crianças.

b)   Merenda, bombom, arroz, feijão, manteiga de pão?
Coisas gostosas de comer.

02 – As palavras merthiolate e band-aid parecem ser diferentes das outras. Por que, na sua opinião, elas estão nessa lista de coisas?
      Porque às vezes as crianças se machucam brincando e, por isso, precisam fazer curativos.

03 – No trecho “Criança não trabalha / Criança dá trabalho / Criança não trabalho”, há uma oposição entre o trabalho e o lazer da criança.
a)   Qual é o ponto de vista da canção sobre o trabalho infantil?
A canção rejeita o trabalho infantil.

b)   O que significa, no texto, a expressão dar trabalho?
Ela dá a entender que criança exige cuidado e atenção, ou que criança causa preocupação.

04 – A quinta estrofe reproduz os versos de uma brincadeira infantil que é cantada. Você conhece outras? Se conhecer, conte para seus amigos como é uma delas.
      Resposta pessoal do aluno.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

POEMA: PENSAMENTO - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Poema: PENSAMENTO
          Arnaldo Antunes
           
Pensamento vem de fora
E pensa que vem de dentro
Pensamento expectora
O que no peito penso.
Pensamento a mil por hora,
Tormento a todo momento.
Por que é que eu penso agora
Sem o meu consentimento?
Se tudo o que comemora
Tem o seu impedimento,
Se tudo aquilo que chora
Cresce com seu fermento.
Pensamento, vá embora,
Desapareça no vento.
E não jogarei sementes
Em cima do seu cimento.
Arnaldo Antunes. Tudos. São Paulo; Iluminuras, 2000.
Entendendo o poema:

01 – Leia atentamente o significado da palavra expectorar:
        Expectorar = Expelir do peito; expulsar pela boca secreção proveniente do aparelho respiratório.
a) Explique os versos: pensamento expectora / o que no peito penso.
      O pensamento coloca para fora os sentimentos escondidos no peito, às vezes, sentimentos ruins.

b) De acordo com a primeira frase do poema, de onde vem o pensamento?
      O pensamento vem de fora para dentro, isto é, surgem no peito primeiro, no coração. É sentimento e depois pensamento.

c) Dessa forma, é mais sentimento ou raciocínio?
      É mais sentimento, emoção.

02 – Marque a frase que explica o significado da palavra em negrito nos versos: “Por que é que eu penso agora / sem o meu consentimento”?
A) O pensamento tem vida própria e o eu poético não o controla.
B) Falar bem o que sente, sem censura.
C) Sentir de acordo com o pensamento, sem controle.

03 – O que é que cresce com seu fermento?
      O sofrimento, aquilo que o eu poético chora.

04 – Marque a frase que explica os versos: “E não jogarei sementes / em cima do seu cimento”.
A) Não gosta de ver crescer as plantinhas em lugares impróprios.
B) Parece não querer mais ter os pensamentos dos quais se desfez.
C) Querer ficar só e sem pensar por alguns momentos.

05 – Defina:
a) POESIA: Poesia é o nome geral para a arte de criar imagens e de inventar novos sentidos para os fatos do mundo. A poesia está presente em várias formas de expressão, como a pintura, o cinema, a música, o poema.

b) POEMA: Poema é o texto organizado em versos. Cada linha do poema é um verso e um conjunto de versos é uma estrofe.

c) EU LÍRICO: A voz que se expressa num poema é o eu lírico ou eu poético.

d) RITMO: O ritmo é construído pelo modo como as sílabas tônicas e as sílabas átonas estão dispostas nos versos.




quarta-feira, 19 de setembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): ENVELHECER - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Música(Atividades): Envelhecer

                                      Arnaldo Antunes

A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer

Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer

Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá

Pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr

Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer

Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá.

          Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Jeneci / Ortinho.
Entendendo a canção:
01 – Assinale a alternativa que apresenta uma inferência correta.
a) A expressão “vira a cara para o presente”, no verso 8, foi utilizada no sentido de encarar fixamente o presente.   
b) O eu lírico destaca, nos versos de 2 a 4, apenas as perdas físicas que caracterizam a chegada da velhice.   
c) Conservar os cabelos longos, quando já estão ralos devido à calvície, é uma atitude fora de moda.   
d) No verso 1, é possível perceber uma alusão ao aumento da expectativa de vida na modernidade, já que envelhecer tornou-se comum.  

02 – Assinale a opção que aponta corretamente a figura de linguagem presente no trecho abaixo.
a)   “Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé” – Metonímia.
b)   “Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender”. – Antítese.
c)   “Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer.” – Prosopopeia.
d)   “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer.” – Eufemismo.

03 – Assinale a alternativa correta.
a)   À medida que os filhos crescem, os pais esquecem que já foram jovens.
b)   Em “Com uns ralos fios de cabelos sobre a testa que não para de crescer.”, o pronome relativo “que” substitui a locução adjetiva “de cabelo”.
c)   É preciso morrer para entender o que significa envelhecer.
d)   Envelhecer é uma coisa moderna, ao contrário, ser eternamente adolescente está fora de moda.

04 – Nos versos: “Eu quero por Rita Pavone / No ringtone do meu celular.” Como seria isto, segundo o poeta?
      Ganha um caráter anedótico: é possível imaginar perfeitamente o celular do senhor idoso tocando Datemi um matello. Aqui percebe-se um orgulho da consciência do ridículo, que afinal é apenas humano – e assim, pelo avesso.

05 – Segundo o dicionário, o que significa envelhecer?
      Tornar-se velho que, por sua vez, significa algo (alguém) “que existe há muito tempo ou tem mais idade”.

06 – Que temática é abordada na canção?
      A idade, o passar do tempo e as experiências adquiridas ao longo da vida.

07 – O eu lírico na canção exalta o quê?
      O prazer de viver, a resiliência e a naturalidade do processo de envelhecimento do corpo e da mente.



sexta-feira, 24 de agosto de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): SOCORRO - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Música(Atividades): Socorro

                           Arnaldo Antunes
Socorro
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir

Socorro
Alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!

Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva

Socorro
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada

Socorro
Não estou sentindo nada (nada, nada)
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir

Socorro
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!

Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
                                        Composição: Alice Ruiz / Arnaldo Antunes.
Entendendo a canção:
01 – Nos versos: “Nem medo, nem calor, nem fogo.” Que figura de linguagem há?
      Anáfora.

02 – Qual o significado de alma penada?
      É uma entidade do universo sobrenatural da mitologia portuguesa. As crenças populares reconhecem como sendo o espírito de pessoas falecidas.

03 – Há antítese em que versos? Copie três versos.
      “Que esse já não bate, nem apanha.”
      “Já não sinto amor, nem dor.”
      “Não vai dar mais pra chorar / Nem pra rir.”

04 – De que dala esta canção?
      Fala exatamente a confusão que é a alma humana, suas aflições, medos... esse é mesmo um grito de socorro.

05 – Em que momento é possível “não sentir nada”” diante do que nós acontece?
      Numa ausência de qualquer emoção, de sentimentos e de desejos, retrata, perfeitamente, o desespero do vazio e da angustia que é não sentir nada.

06 – “Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva". No momento, que sentimento mais serviria para você e por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Passe os verbos abaixo para o pretérito perfeito do modo indicativo:
        "Já não sinto amor nem dor
         Já não sinto nada... " 
      “Já não senti amor nem dor
       Já não senti nada...”

08 – Quais os elementos mórficos da palavra: "Encruzilhada" e informe o seu processo de formação:
      O processo de formação é derivação prefixal e sufixal não simultânea. (Encruzilhada)


domingo, 13 de maio de 2018

POEMA - ÁGUA - PAULO TATIT E ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

POEMA - ÁGUA
                   Paulo Tatit e Arnaldo Antunes



Da nuvem até o chão, do chão até o bueiro
Do bueiro até o cano, do cano até o rio
Do rio até a cachoeira

Da cachoeira até a represa, da represa até a caixa-d’água
Da caixa-d’água até a torneira, da torneira até o filtro
Do filtro até o copo

Paulo Tatit e Arnaldo Antunes. Canções de brincar. 
Palavra Cantada produções musicais, 1996.

    01 – Qual é a ideia principal do texto?
a) Os sons que a água faz.
b) Os diferentes lugares onde encontramos a água.
c) O caminho que a água faz para chegar até nós.
d) A poluição das águas por todas as pessoas.

    02 – Esse texto é um:
a) Conto.
     b) Romance de aventura.
     c) Anedota.
     d) Poema.

domingo, 3 de setembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): O SILÊNCIO (ARNALDO ANTUNES/CARLINHOS BROWN) - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES)  – O SILÊNCIO
                                                Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown


Antes de existir computador existia tevê
Antes de existir tevê existia luz elétrica
Antes de existir luz elétrica existia bicicleta
Antes de existir bicicleta existia enciclopédia
Antes de existir enciclopédia existia alfabeto
Antes de existir alfabeto existia a voz
Antes de existir a voz existia o silêncio
O silêncio.
Foi a primeira coisa que existiu
Um silêncio que ninguém ouviu
Astro pelo céu em movimento
E o som do gelo derretendo
O barulho do cabelo em crescimento
E a música do vento
E a matéria em decomposição
A barriga digerindo o pão
Explosão de semente som o chão

Diamante nascendo do carvão
Homem pedra planta bicho flor
Luz elétrica tevê computador
Batedeira, liquidificador
Vamos ouvir esse silêncio meu amor
Amplificado no amplificador
Do estetoscópio do doutor
No lado esquerdo do peito, esse tambor.
                                              

(Arnaldo Antunes / Carlinhos Brown)



1 – O texto apresenta uma gradação de invenções humanas.
a)   Enumere-as na ordem em que teriam surgido.
Silêncio; A voz; Alfabeto; Enciclopédia; Bicicleta; Tevê; Computador.

b)   Releia o texto identificando a última invenção. Já houve outras após a citada? Justifique sua resposta.
Computador. Sim, o celular.

2 – Observe o verso “o silêncio que ninguém ouviu”. Neste verso há:
a)   Paradoxo.
b)   Metáfora.
c)   Pleonasmo.
d)   Antítese.
e)   Personificação.

3 – Justifique a sua resposta dada à questão anterior:
      Se é um silêncio, ninguém ouve. Redundância de termos.

4 – Cite dois pontos negativos e dois positivos em relação à tecnologia:
      Negativo: As pessoas deixam de relacionar-se pessoalmente.
                      Gera o desemprego, o sedentarismo.
      Positivo: Facilita a maneira de trabalhar com eficiência e dinamismo.
                      Avanços na medicina contribuindo para cura de muitas doenças.

5 – Por que às vezes o silêncio é muito importante em nossas vidas? Use bons argumentos:
      Porque é nele que conseguimos encontrar a voz silenciosa que existe dentro de nós, a qual nos fala sobre o bem, o mal, a luz, a beleza que existe em todas as coisas, ou seja, a consciência.

6 – O poeta faz uma comparação no último verso do texto. A que o termo “tambor” está sendo comparado?
      Compara com o coração.

7 – O que, de acordo com a letra, foi a primeira coisa que existiu?
      O silêncio.

8 – Qual é o processo de formação da palavra “tevê”?
      Abreviatura de Televisão.

9 – Qual o tema dessa canção? Explique sua resposta:
      O tema é o silêncio, que as vezes é mórbido, outras conveniente; mas sempre presente, desde que o mundo é mundo... Antes de qualquer tipo de comunicação ou tecnologia. O silêncio muda, junto com as formas de pensar e ser das pessoas, acarretando maiores e menores consequências – na forma de vida da população.

10 – Das coisas que já existiram qual é a que mais faz falta para você?
      Resposta pessoal do aluno.     
      - A família reunida contando histórias, logo após o jantar.

11 – A letra da música repete várias vezes, no início dos versos “antes de existir”; que nome se dá a esta figura de linguagem?
      Anáfora.

12 – Que outro título você daria à canção?
      Família X Tecnologia.

13 – O poeta faz uma gradação em ordem decrescente das coisas, começando pelo computador, que hoje domina o mundo, até chegar ao silêncio, o início de tudo. Na sua opinião, qual é a intensão do poeta com isso?
      Levar o leitor a uma reflexão sobre as mudanças ocorridas gradativamente até chegar aos dias atuais.

14 – Que mensagem a letra de música nos passa?
      Que silêncio nos faz bem e é necessário.

15 – O que o eu lírico critica e o que ele valoriza?
      Critica a evolução e valoriza o silêncio.

16 – No texto predomina sintagmas nominais ou verbais? Por que será?
      Predomina os sintagmas nominais. Porque são os núcleos (nomes) ex.: tevê, luz elétrica, bicicleta, etc.

17 – “Antes de existir computador existia tevê
         Antes de existir tevê existia luz elétrica...”        
Agora é com você: complete de forma coerente:
Antes de existir tevê existia luz elétrica
Antes de existir bicicleta existia enciclopédia
Antes de existir enciclopédia existia alfabeto
Antes de existir alfabeto existia voz
Antes de existir a voz existia silêncio
Antes de existir celular existia telefone fixo
Antes de existir computador existia máquina de escrever
Antes de existir tevê existia rádio
Antes de existir enceradeira existia escovão.

18 – Explique o que o verso “O silêncio que ninguém ouviu” significa para você:
      Resposta pessoal do aluno.

19 – No verso “E o som do gelo derretendo”, temos:
a)   Metonímia.
b)   Sinestesia.
c)   Comparação.
d)   Pleonasmo.
e)   Hipérbole.

20 – Copie da canção alguns verbos no gerúndio e explique o efeito disso para o texto:
      Derretendo; digerindo; nascendo.
    É usado para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra.