quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

CARTAZ: BETIM SEM BULLYING: APRENDER SEM MEDO - COM GABARITO

 Cartaz: Betim sem Bullying: aprender sem medo



Participe do Seminário Municipal “Betim sem Bullying: aprender sem medo” 13 de novembro de 2013 / 13h. Auditório da Prefeitura de Betim.

Disponível em: https:// www.pebcomunicacao.com.br/campanhas_detalhes.php?campanha=12. Acesso em: 13 ago. 2020.

Fonte: Práticas de Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Faraco – Moura – Maruxo – 1ª ed., São Paulo, 2020. Ed. Saraiva. p. 33.

Entendendo o cartaz:

01 – Ao observar a expressão facial do jovem retratado, que sentido ela parece traduzir? De que maneira esse sentido se relacionada com o tema da campanha?

      A expressão facial do jovem traduz reprovação, reserva, contrariedade e se relaciona com a campanha ao indicar reprovação ao bullying.

02 – O gesto do polegar para baixo reforça ou acrescenta o sentido que o jovem deseja expressar?

      O gesto feito pelo jovem com uma das mãos reforça a atitude de reprovação dele com relação ao bullying.

03 – Em algumas redes sociais, a indicação do polegar para cima ou para baixo está relacionada a duas ações. Socialize as respostas a seguir com os colegas e, depois, faça o registro no caderno.

a)   Que ações são essas?

Polegar para cima representa a ação de curtir (manifestar acordo), e polegar para baixo indica a ação de não curtir (manifestar desacordo).

b)   De que modo o slogan da campanha, “A gente não curte quem curte bullying”, reproduzido no cartaz, retoma e ressignifica essas ações? Explique.

Tanto a imagem como o slogan se associam, uma vez que o texto presente no slogan, especialmente o verbo curtir, reafirma o gesto do adolescente no cartaz, e vice-versa, ambas manifestando desacordo com o bullying.

c)   Um dos modos de divulgação do cartaz foi a circulação em meios digitais. Como esse modo de divulgação está associado ao slogan?

A relação entre o slogan e a circulação do cartaz em meios digitais está justamente no uso do verbo curtir, ação bastante comum em algumas redes sociais.

04 – O cartaz foi empregado na divulgação de um seminário municipal promovido pela Câmara Municipal de Betim. A que público o cartaz se destina? Explique.

      Destina a população da cidade de Betim, porque foi nesse município que o seminário ocorreu.

 



FÁBULA: O CORVO E O JARRO - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: O Corvo e o jarro

             ESOPO

        Um corvo, quase morto de sede, foi a um jarro, onde pensou encontrar água. Quando meteu o bico pela borda do jarro, verificou que só havia um restinho no fundo. Era difícil alcança-la com o bico, pois o jarro era muito alto.

        Depois de várias tentativas, precisou desistir, desesperado. Surgiu, então, uma ideia em seu cérebro. Apanhou um seixo e jogou-o no fundo do jarro. Jogou mais um e muitos outros.

        Com alegria verificou que a água vinha, aos poucos, se aproximando da borda. Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a vida.

        Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura.

ESOPO. O Corvo e o jarro. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos. p. 99. Disponível em: <goo.gl/kdZaSW>.  Acesso em: 4 maio 2018.

Fonte: Língua Portuguesa – Ensino Fundamental anos finais – 7° ano – Caderno 4 – 1ª edição – 1ª impressão – ABDR – 2019 – São Paulo. p. 25-6.

Entendendo a fábula:

01 – O texto lido é uma narrativa? Justifique sua resposta.

      Sim, pois é narrado um fato, que ocorreu em determinado tempo e lugar, envolvendo um personagem.

02 – O texto lido pode ser considerado um apólogo? Justifique sua resposta.

      Não, embora o desfecho transmita um ensinamento, assim como o apólogo, o personagem principal da narrativa não é um objeto ou um ser inanimado que ganhou vida, mas sim um animal, o que faz o texto ser considerado uma fábula.

03 – O personagem retratado na fábula trata-se:

(X) Do corvo.

(  ) Do jarro.

(  ) Da água.

(  ) Da pedra.

04 – Podemos identificar características do comportamento humano quando o corvo teve:

(  ) Que desistir de tomar água.

(X) Uma ideia em seu cérebro.

(  ) Que jogar pedras no jarro.

(  ) Uma tremenda sede.

05 – Copie dois períodos do texto em que aparecem conjunções que expressam valor semântico de adição entre as orações.

      “Apanhou um seixo e jogou-o no fundo do jarro” e “Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede”.

 

 

CONTO FANTÁSTICO: A MOÇA TECELÃ (FRAGMENTO) - MARINA COLASANTI - COM GABARITO

 Conto fantástico: A MOÇA TECELÃ (Fragmento)

           Marina Colasanti

        Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo se sentava-se ao tear.

        [...]

        Nada lhe faltava. Na hora da fome, tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.

        Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como seria bom ter um marido ao seu lado.

        Não esperou o dia seguinte. Com o capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. [...]

        [...]

        Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

        E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque, descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.

        -- Uma casa melhor é necessária, – disse para a mulher. [...].

        Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. – Para que ter casa, se podemos ter palácio? – [...].

        [...]

        Afinal o palácio ficou pronto. [...]

        Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia.

        Tecer era tudo o que queria fazer.

        [...] E pela primeira vez, pensou como seria bom estar sozinha de novo.

        [...] Segurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer o seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.

        Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.

        A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, acordou e, espantado, olhou em volta. [...].

        Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.

Marina Colasanti. A moça tecelã. In: ___. Doze reis e a moça no labirinto do vento. São Paulo: Global, 2006.

Fonte: Língua Portuguesa – Ensino Fundamental anos finais – 7° ano – Caderno 4 – 1ª edição – 1ª impressão – ABDR – 2019 – São Paulo. p. 99-103.

Entendendo o conto:

01 – Agora, vamos verificar como foram trabalhados os elementos da narrativa no conto “A moça tecelã”.

a)   Por qual tipo de narrador esse conto é narrado? Comprove sua resposta com um trecho do texto.

O conto é narrado por um narrador-observador. “Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara”.

b)   Informe quem é o protagonista da narrativa e quem é o antagonista.

A protagonista é a moça, e o antagonista é o marido.

c)   No conto “A moça tecelã”, protagonista e antagonista não têm nomes próprios; eles são identificados por suas características. De acordo com a leitura que você fez do texto, descreva-os com suas palavras.

A moça tinha hábitos simples e precisava de pouco para viver bem; o homem era elegante e tinha o rosto barbado, além de ser dominador e ganancioso.

d)   Em relação ao tempo da narrativa, responda às perguntas:

·        É possível precisar a época em que a história ocorreu? Justifique sua resposta.

Não é possível precisar a época em que a história ocorreu, pois não há nenhum elemento que faça referência a isso.

·        Quanto à duração da história, é possível saber quanto tempo se passou desde o início dos acontecimentos até o fim? Justifique sua resposta.

Não é possível saber, apenas supor que tenha se passado o tempo suficiente para que a moça pudesse tecer o marido e alguns de seus desejos, como o palácio, cansar-se da solidão em que novamente estava vivendo e desfazer todo o trabalho.

e)   Em uma narrativa, é comum o uso de algumas expressões que marcam a passagem do tempo e a sucessão dos acontecimentos, tais como: logo, depois, em breve, durante muito dias, assim. Volte ao texto, localize e sublinhe algumas dessas expressões.

Resposta pessoal do aluno.

f)     Nos contos fantásticos, embora o espaço em que se passa a história seja, geralmente, surreal, fantástico, ele representa um ambiente real. Esse aspecto colabora com a intencionalidade presente no texto: falar de coisas reais a partir do simbólico, do figurado. Explique de que modo essa oposição entre o real e o fantástico se estabelece na história “A moça tecelã” por meio do espaço.

A casa pequena, onde a história começa, transforma-se em uma casa melhor; depois, em um palácio e, novamente, na casa pequena, onde a história termina.

g)   Identifique as partes do enredo que compõem a narrativa do conto “A moça tecelã”.

·        Situação inicialA moça vivia seus dias tecendo as cores do dia e o pouco que precisava para viver.

·        Complicação ou desenvolvimentoSentindo-se sozinha, a moça tece um marido para lhe fazer companhia, mas este, ao saber do poder do tear, pensava apenas nas coisas todas que ele poderia lhe dar.

·        ClímaxA moça, que sem descanso tecia os caprichos do marido, pensou como seria bom estar sozinha de novo. Assim, decidiu desfazer seu tecido, destecendo o marido, o palácio e todas suas maravilhas.

·        Desfecho A moça, novamente, vê-se em sua pequena casa, tecendo a manhã no horizonte.

02 – O conto inicia descrevendo a protagonista (personagem principal) em sua ação de tear. Os elementos que ela tecia no começo da história mostram que:

(  ) O que ela tecia a tornava uma moça rica e bem dotada.

(  ) O que ela tecia deixava sua casa mais bonita e aconchegante.

(X) O que ela tecia eram elementos da natureza e aqueles essenciais a sua sobrevivência apenas.

03 – “E feliz foi, durante algum tempo”. Por que a felicidade da moça foi momentânea?

      Porque tecer era tudo o que ela queria e tecia os caprichos do marido até ela se dar conta de que estava triste, pois percebeu que os desejos do marido não correspondiam aos seus, além de se perceber “presa” a esses caprichos, o que lhe ocasionou uma tristeza “maior que o palácio com todos os seus tesouros”.

04 – Nos contos fantásticos, uma das características principais é a presença de elementos mágicos, que fogem aos da vida real. Nesse conto de Marina Colasanti, quais são os elementos mágicos que podem caracterizá-lo como um conto fantástico?

      O elemento mágico do conto é o teor da moça, por meio do qual ela tecia seus dias; o alimento, quando sentia fome; um marido, quando se sentiu sozinha, e todos os caprichos dele, até desmanchá-los e voltar a viver sozinha.

05 – O conto “A moça tecelã” pode ser considerado um conto de fadas moderno. Sendo assim, que contraponto podemos fazer em relação ao desfecho (a parte final da narrativa) desse conto e os contos de fadas tradicionais?

      Nos contos de fadas tradicionais, o final feliz acontece quando a protagonista se casa com o príncipe que a salvou do antagonista. No conto lido, a protagonista encontra a felicidade quando volta a viver sozinha, pois seu “príncipe” era, ao mesmo tempo, o antagonista, que a prejudicava.

 

APÓLOGO: AS ÁRVORES E O MACHADO - ESOPO - COM GABARITO

 Apólogo: As árvores e o machado

              ESOPO

        Havia uma vez um machado que não tinha cabo. As árvores então resolveram que uma delas lhe daria a madeira para fazer um cabo. Um lenhador, encontrando o machado de cabo novo, começou a derrubar a mata. Uma árvore disse a outra:

        -- Nós mesmas é que temos culpa do que está acontecendo. Se não tivéssemos dado um cabo ao machado, estaríamos agora livres dele.

ESOPO. As árvores e o machado. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos. p. 105. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. Acesso em: 1° maio 2018.

Fonte: Língua Portuguesa – Ensino Fundamental anos finais – 7° ano – Caderno 4 – 1ª edição – 1ª impressão – ABDR – 2019 – São Paulo. p. 23-4.

Entendendo o apólogo:

01 – Esse texto pode ser considerado:

(  ) Uma fábula.

(  ) Uma parábola.

(X) Um apólogo.

02 – Justifique a resposta da questão anterior, apresentando elementos do texto relacionados aos do gênero que você apontou.

      A presença de personagens representados por seres inanimados (árvores) que ganham vida a fim de transmitir um ensinamento: precisamos avaliar as consequências de nossos atos para que eles sejam benéficos para os outros e para nós mesmos. A narrativa também ilustra um defeito e uma virtude humana: as árvores representam a virtude, pois ajudam o machado; o lenhador e o machado representam o defeito ao destruírem a mata.

03 – Observe a relação semântica entre aas orações coordenadas a seguir e una-as em um único período, empregando as conjunções coordenativas e ou mas.

a)   O lenhador precisava do machado. Ele não tinha cabo.

O lenhador precisava do machado, mas ele não tinha cabo.

b)   As árvores conversaram. Uma delas daria a madeira ao cabo do machado.

As árvores conversaram, e uma delas daria a madeira ao cabo do machado.

c)   As árvores ajudaram o machado. As árvores não pensaram nas consequências de seu ato.

As árvores ajudaram o machado, mas não pensaram nas consequências de seu ato.

d)   O lenhador derrubou a mata. O machado o ajudou.

O lenhador derrubou a mata, e o machado o ajudou.

e)   Devemos ajudar os outros. Não devemos nos prejudicar.

Devemos ajudar os outros, mas não devemos nos prejudicar.

 

 

CRÔNICA: BAIXINHO - GREGORIO DUVIVIER - COM GABARITO

 Crônica: Baixinho

              GREGORIO DUVIVIER

        Quando era pequeno, não imaginava que continuaria pequeno o resto da vida. "Come bastante pra crescer e ficar bem alto", diziam. Comia com a voracidade de quem quer ter um metro e noventa. Perguntava: "Já estou crescendo?". Ainda não estava.

        Era o mais baixo dos meus amigos, mas estava comendo tanto que um dia ultrapassaria todos. Minha mãe, talvez percebendo que a única coisa que esse mito estava gerando era obesidade, confessou: "Gregório, não importa o que aconteça, você nunca vai passar de um metro e setenta".

        Não importa o que aconteça. Eu estava amaldiçoado. Carregava nas costas o peso do futuro. Chorei por horas, talvez dias, embora possam ter sido só alguns minutos. Queria ser goleiro da Holanda ou detetive da Scotland Yard, profissões de gente alta.

        "Talvez eu tenha que me contentar com a ginástica olímpica." E chorei mais um pouquinho.

        Quando via um baixinho, batia uma tristeza profunda de lembrar do futuro. Era como aquelas propagandas que diziam: não percam, domingo, no Faustão'... Não! O domingo vai chegar! E o "Faustão" também! A vida é melhor sem saber disso.

        Até que cresci – não muito, mas cresci. Estacionei no 1,69 m, com sensação térmica de 1,70 m – o cabelo despenteado ajuda a chegar lá e até hoje checo se a maturidade não me rendeu algum centímetro a mais.

        Os amigos desfavorecidos verticalmente me ajudam a superar. Antônio Prata tem, na ponta da língua, uma lista de baixinhos ilustres, que vão de Millôr Fernandes a Bono Vox, passando por Woody Allen, Al Pacino e, claro, Romário, antena da raça baixinha.

        Isso conforta. Os baixinhos engrandecem a causa. A não ser pelo Bono Vox, que envergonha a classe e usa salto embutido. Tudo tem limites. Às vezes gosto de alguém sem saber por que, e depois percebo: é baixinho. Quando vejo um de nós, aceno com a cabeça como quem diz: estamos juntos.

        Odiamos shows em pé. Ainda comemos como quem um dia quis crescer. Nunca vamos ser goleiros ou detetives da Scotland Yard. Mas nos resta a simplicidade de quem olha o mundo de baixo pra cima, além do conforto em cadeiras da classe econômica – e da propensão para a ginástica olímpica.

GREGÓRIO DUVIVIER. Baixinho. Folha de São Paulo. 4 ago. 2014. Disponível em: https://m.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/08/1495321-baixinho.shtml. Acesso em: 28 jul. 2020.

Fonte: Práticas de Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Faraco – Moura – Maruxo – 1ª ed., São Paulo, 2020. Ed. Saraiva. p. 21-2.

Entendendo a crônica:

01 – Na crônica, Gregório Duvivier apresenta o fato de ser “baixinho” como uma característica mais positiva ou mais negativa? Explique.

      Positiva. Para o cronista, a altura torna-se um traço que reflete a própria personalidade, e ele identifica personalidades bem-sucedidas e ilustres caracterizadas pela baixa estatura. Em todas as personalidades identificadas, percebe-se a assunção da baixa estatura como algo que não interfere no êxito delas – o contraexemplo, do cantor Bono Vox, dá destaque para essa disponibilidade em aceitar-se como se é.

02 – No texto, Gregório Duvivier menciona que, quando criança, acreditava que a estatura baixa o impediria de realizar o desejo de se tornar goleiro da Holanda ou detetive da Scotland Yard. Pode-se afirmar que a menção a esses desejos da infância tem efeito humorístico. Por quê?

      Por meio da leitura do texto, se pode inferir o fato de Gregório Duvivier, na fase adulta, ser capaz de reconhecer que não foi a baixa estatura que o impediu de se tornar goleiro da Holanda ou detetive da Scotland Yard: é possível que ele não tenha escolhido seguir nenhuma dessas duas profissões porque eram sonhos apenas da época da infância.

03 – No trecho “Quando vejo um de nós, aceno com a cabeça como quem diz: estamos juntos”, a quem o pronome nós se refere? Como você chegou a essa conclusão?

      O pronome se refere aos baixinhos, como o próprio cronista. O emprego de nós, por oposição à expressão “os outros”, cria uma identidade de grupo, uma cumplicidade.

04 – O texto se encerra de forma irônica. Localize esse trecho e explique por que ele contribui para que a visão sobre a baixa estatura do escritor seja entendida de maneira positiva.

      A ironia está no período final do texto: “Nunca vamos ser goleiro ou detetives da Scotland Yard. Mas nos resta a simplicidade de quem olha o mundo de baixo pra cima, além do conforto em cadeiras da classe econômica – e da propensão para a ginástica olímpica”.

    

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

LIVRO(ATIVIDADES): A MEMÓRIA DAS COISAS - AUTORA: MARÍLIA LOVATEL - COM QUESTÕES GABARITADAS

 LIVRO(ATIVIDADES):  A MEMÓRIA DAS COISAS – AUTORA: MARÍLIA LOVATEL

“Ou a literatura é tudo na sua vida ou para que escrever?”

Capítulo 1: O caminhão – p.15

1.   O caminhão diz que aquela mudança era incomum na sua rotina. O que ele estava acostumado a transportar? p. 15

Estava acostumado a transportar os lavradores e os cortadores para a fazenda e de lá voltar abarrotado de cana-de-açúcar.

2.   Olhando para as caixas, percebeu que não era coisa de homem sozinho. Por quê? p. 16

Porque tinha grandes etiquetas que identificavam os objetos pelo tipo e o espaço a que estavam destinados.

3.    “Fui tomado por uma forte emoção, por uma sensação que eu desconhecia. Aquilo me surpreendeu”? Por quê? p. 16

Sou um velho caminhão. Rústico. Aguento peso, sol e chuva. Tenho muitos quilômetros rodados em chão de asfalto e em estradas carroçáveis. Não cedo a sentimentalismos.

 Capítulo 2: O armário – p.17

1.   Faça uma pequena descrição do armário. p. 17

Armário – secretária-mesa de mogno Chippendale. Painéis de vidro. Porta reversível, que se abre formando uma mesa de escritório sobre três gavetões.

 2.   O armário não era uma réplica. Era o que, então? p. 17

Era uma peça original.

 3.   Com o passar do tempo, o que queria o armário? p.17

Com o tempo, a ideia de um lar te dominava como praga de cupim.

 4.   Em que momento o armário perde a esperança de pertencer a uma família? p. 18

Quando a namoradeira e a cristaleira foram embora.

 5.   Um casal compra o armário, e ele é colocado onde? p.18

Bibelôs, lembranças de viagens, as toalhas de linho deram lugar às colchas – brocado de seda – e aos travesseiros de penas de gansos.

 6.   Quando o armário foi para o quarto do casal, o que colocavam nele? p. 18

                                     “Os livros são como portas encantadas”!

                 

 Capítulo 3: A sombrinha – p.21

1.Que identificação tinha na caixa onde estava a sombrinha? p. 21

Etiqueta: Caixas Frágeis.

2.Com quem a sombrinha dividia espaço no baú? p. 21

    Dividia com o vestido.

 3.Em que a sombrinha era idêntica ao vestido? p. 21

    Na cor, no tecido rendado e até na aplicação de pequenas pérolas.

4.   Quem deu de presente a jovem um camafeu? p. 22

O jovem companheiro de caminhadas.

5.   Diante do espelho ela sobrepôs o vestido desdobrado e ficou satisfeita. Por quê? p. 22

Constatou que as medidas continuavam as mesmas.


Capítulo 4: A foice – p.23

1.   Qual era a identificação que tinha na caixa da foice? p. 23

Etiqueta: Caixa Ferramentas.

Destino: Garagem.

 2.   Onde estava localizado o extenso canavial? p. 23

Na área verde, na divisa de Minas Gerais com a Bahia.

 3.   Entre as foices distribuídas, ela era mais gasta, era o preço da experiência. O que ela já fez? p.23

Derrubou muita cana. Conheceu a lida que caleja as mãos e cega o fio da lâmina.

 4.   Com a chegada das máquinas, o que nos sobrou? p. 23

Sobrou-nos o corte da cana deitada, emaranhada, a da terra irregular, a pior parte.

 5.   Nesse trecho “Mãozinhas frágeis seguravam-me o cabo e me erguiam com dificuldade. Os adultos ensinavam-lhe o abraço na cana, a flexão do corpo para o corte na altura certa. Não era um ato de carinho.” Por quê? p.23

Porque era um trabalho infantil.

 6.   Se produzir pouco, o que acontece? p. 24

Recebemos quase nada.

 7.   A foice estava mais amarga, pois não tinha notado a velhice chegando. Como era o fim da vida? p.24

Fim da vida dura não é mão grossa no cabo de uma foice afiada, é pele fina em foice cega.

 8.   Qual foi o destino final da foice? p.24

Pequenos serviços exigem quase nenhum esforço. Seria assim.

 

Capítulo 5: O rádio  - p.25

1.   Onde vivia o rádio? p. 25

No meio da sucata.

 2.    Quem me localizou? p. 25

O olhar do especialista.

 3.    Que fez comigo o especialista? p. 25

Me levou para sua casa, a fim de me reabilitar.

 4.    O benfeitor colocou o rádio na tomada. O que ele sentiu? p. 25

Sentiu a eletricidade correr pelos circuitos como sangue que circula nas veias, espalhando calor, vida.

 5.    A esposa estava comovida, mas foi às lágrimas ouvindo quem? p. 26

Dalva de Oliveira cantando Ave Maria no morro.

 6.   A esposa sugeriu que mudasse a estação do rádio. O que aconteceu? p.26

Acharam uma radionovela.

7.   O rádio não transmitiu mais nada. Por quê? p.27

Um curto queimou suas válvulas, condenando-o ao silêncio outra vez.

 

Capítulo 6: O oratório – p.29

1.   O que era muito valorizado pelas famílias mineiras? p. 29

A tradição e a fé.

 2.   Por que o oratório merecia um cômodo inteiro? p. 29

Era do século XVIII, por isso tanto respeito.

 3.   O que acontecia com quem entrasse no quarto do oratório? p.29

Experimentava algo místico, uma ternura, uma sensação de paz.

 4.   Que santos feitos à mão, despertavam admiração? p. 29

A Virgem Maria ladeava de Santo Antônio e Santa Luzia.

5.   O casal dormia um sono profundo e ela despertou com que presença divina? p.30

A presença era Santo Antônio com o Menino Jesus no colo.

 6.    Após o incêndio em sua casa, onde ela acordou? p. 30

Acordou na cama do hospital.

 7.    As enfermeiras comentaram que ela escapara por milagre, pois o incêndio destruíra a casa, exceto o quê? p.30

Esse oratório que ela não quis soltar nem na ambulância.

Capítulo 7: A Carta  - p.31

1.   A Carta foi retirada da Central dos Correios por quem? p. 31

    Pelo carteiro.

2.    Qual foi a sequência de incidentes que desviou a Carta? p. 31

Um buraco na rua. Um solavanco da Kombi. Abriu-se o bolsão da sacola onde ela estava.

 3.     A Carta caiu aos pés de um homem; que fazia o quê? Onde? p. 31

 Ele lia o jornal, sentado no banco da praça.

 4.     Qual foi a ideia óbvia que o homem teve? p. 32

 De levá-la ao destinatário.

 5.     Onde ficava o destinatário? p. 32

 Ficava no nosso bairro, a cerca de cinco quarteirões da praça.

 6.     O que haviam dentro da lata de biscoitos? p.33

 Estavam todas cheias de cartas que nunca abriu.

 7.     O homem pergunta a senhora, se não tinha curiosidade de saber o que estava escrito na carta. O que ela respondeu? p.33

Que sabia o que estava escrito, pois era ela que escrevia todas.

8.   Ele perguntou o porquê ela fazia isto. O que ela respondeu? p.33

Cada um lida com a solidão como pode.

 

Capítulo 8: O botão – p.35

1.   Onde estava o Botão antes de o artista ter comprado? p. 35

No antiquário.

 2.    Como foi o desembarque? p. 35

Tumultuado. Flashes, microfones, malas extraviadas.

 3.   No ateliê, o Botão foi posicionado completando o painel de quê? p.36

Lembranças de viagens. Fragmentos de vida.

 4.    Naquela euforia, ninguém notou que o Botão foi descolado e caiu do painel. O que aconteceu com ele? p. 36

O zelador varreu para a calçada, apagou as luzes e fechou o local.

5.    Alguém o recolheu e o colocou onde? p.36

Na caixa de costura.

6.    Ele foi outra vez para o lixo. Quem o encontrou? p. 36

Um catador me entregou a um menino que guardou com outros botões.

7.    No tabuleiro que era um campo de futebol. Qual era a função do Botão azul? p.36

Ele substituía um beque do time do Grêmio.

 8.   Que fez o mendigo com o Botão? p.37

Guardou dentro da latinha.

9.   Como o padre conseguiu comprar o Botão do mendigo? p.37

Depositou mais moedas na lata.

10.               Qual era o desejo que o moribundo pediu ao padre? p.37    

O padre levar o botão na galeria e colocá-lo no grande painel.           

 

Capítulo 9: O abajur  - p.39

1.    O que estava escrito na etiqueta da caixa onde estava o Abajur? p. 39

 Etiqueta: Caixas Frágeis

 Destino: Escritório

2.     Como era a iluminação do Abajur? p. 39

      Era suave, indireta.

3.     Segundo o Abajur, não era uma doença que a acometia. Era o quê, então? p. 39

      Era o primeiro amor.

4.     O que ela convertia em palavras? p. 40

      As angústias, os desejos e os sonhos.

5.     Á noite, refugiava-se na pouca luz. O que ela fazia? p. 40

      Lia e relia bilhetes guardados na caixa de papéis de carta.

6.     Ela colecionou algumas desilusões com o passar dos anos. Quais? p.40

     Aprendeu a esperar menos da vida. Casou-se dentro das conveniências.

 

Capítulo 10 : O perfume – p.41

1.   Como nasce o perfume? p. 41

    Nasci um vidro vazio. Um continente sem conteúdo. Corpo sem alma.

 2.    Na loja, enorme variedade. Quais? p. 41

   Vidros foscos, transparentes, tamanhos e formas diversos, retangulares, arredondados, quadrados, com borrifadores, sem borrifadores. Tampas metálicas, de cristal, de madeira.

3.   Que faziam os compradores que entravam na loja? p.41

Cheiravam as tirinhas de papel em que a vendedora aspergia os perfumes.

4.    Para que servia o aroma fresco dos grãos de café? p. 41

    Ajudava a não confundir o sentido.

5.    O que me disse um vizinho de prateleira? p.41

    Para não desanimar. Alguém viria me buscar.

6.    Como o perfume sai da loja? p. 42

    Sai da loja balançando dentro de uma sacolinha chique.

7.    A jovem me alcançou na mesinha de centro, e fez o quê? p.42

    Afrouxou a tampa. Minha alma protegida era liberada em pequenas porções.

 8.   O que meu perfume fazia na jovem? p.42

    Seu coração se acalmava, a desintoxicava, o espírito imerso num banho de lavanda. De tão relaxada, adormecia.

9.   Uma das almofadas, num movimento involuntário do braço, foi empurrada para cima da mesinha. E aconteceu o quê com o perfume? p. 42

    Partiu em pedaços contra o granito do piso.

Capítulo 11: O caleidoscópio  - p.34

1.    Como o caleidoscópio tenta se descrever? p. 43

        Um brinquedo? Um instrumento? Obra de arte?

2.     Não era exatamente uma coisa nem outra. Por definição era o quê? p. 43

    Um aparelho ótico.

3.     Em outras palavras sou quem? p. 43

Sou aquele que gera belas imagens para se ver.

4.     A jovem não se cansava de olhar o caleidoscópio. De que jeito? p.44

    Horas virando de um lado para outro.

5.     O que a jovem tirou da sacola? p. 44

Tirou de dentro folhas de papel ofício, lápis de cor, giz de cera e outros apetrechos de pintura.

 Capítulo 12: O camafeu – p.45

1.   Depois das vitrines das joalherias o camafeu ia para onde? p. 45

Para o fundo da gaveta. Ou pequeno espaço nas alas menos movimentadas de alguns museus.

2.    Qual era o desejo da bisavó registrado em testamento? p. 45

Que eu deveria permanecer na família.

3.    A moça seguindo o mesmo padrão e dando vida ao camafeu criou que peças? p.46

Calças, saias e blusas, shorts, camisetas e acessórios, sapatos de salto altíssimo e tênis despojados.

4.    No que me tornei? p. 46

Tornei-me sinônimo de sua grife.

5.    Como a moça durante as entrevistas, me exibia? p.46

Me exibia amarrado no pescoço com uma fina tira de veludo preto.

6.    Onde a imagem multiplicada aparecia? p. 46

Estampado tecidos, papéis de presente, sacolões de feira, toalhas de banho.

7.    O que o camafeu compreendeu? p.47

Compreendeu que a modernidade oferecia e tirava exatamente na mesma proporção.

 “A leitura é o caminho mais curto e mais seguro para o conhecimento!”

 

Capítulo 13: O diário  - p. 49

01.                Em que local o diário ficou escondido? p. 49

          Entre os livros da estante.

02.               O que ela escrevera em minhas pautas(linhas)? p. 49

      Escrevera poemas copiados de jornais, revistas, publicações avulsas, trechos capturados de tudo o que lhe caía nas mãos e lhe agradava.

   03.                 O que acontecia com as pequenas flores que ela inseria entre as páginas? p. 49

      As pequenas flores se secavam.

  04.                 Quais eram as confidências de menina-moça registrada no diário? p.50

         Impressões, momentos especiais, angústias, novidades, desabafos.

05.                 Ela se surpreendeu com o que leu. Situações narradas numa linguagem marcada por...? p. 50

     Por um certo tônus de ingenuidade e inocência.

06.               Que sonhos ela realizara? p. 50

   O casamento, e tornou uma estilista de talento.

07.               Há uma época na vida em que sonhar é permitido. Depois disso, acontece o que com o diário? p.50

São descartados, guardados em caixas debaixo de camas ou esquecidos em prateleiras, postos ao acaso no meio de livros.

 Capítulo 14: A tesoura  – p.51

    01.                Que bens materiais ele herdara do pai? p. 51

             Uma pequena poupança. Uma máquina de costura. Uma tesoura.

02.                Por que faltou tempo para construir patrimônio? p. 51

             Porque teve morte prematura no incêndio.

03.                Qual era a profissão de seu pai? p.51

           O sapateiro.

04.                Quais dos filhos foi morar bem longe? p.51

         O mais velho.

05.                Com que a mãe se preocupava? p. 51

       Com a alimentação, com o excesso de trabalho, com as companhias.

 06.                Seu pai era um homem dedicado à família. Preocupado com quê? p. 51

        Preocupado em transmitir valores  morais.

   07.               O que o filho esbravejava? p. 51

        De que adiantara ser tão comedido, tão responsável, ter tantos talentos sem prosperar?

    08.               O filho mais novo emprenhava-se para transformar a pequena sapataria em uma loja rentável. De que forma? p.52

     Investira a poupança na ampliação do ponto.

  09.               Assim que pôde, desfez da máquina. Mas ele mantinha a tesoura, por quê? p.52

     Fora presente de seu pai.

    10.               A tesoura disse que ele insistia em usá-la, mesmo velha e cega. O que ele fez com ela? p.52

     Cortara o couro dos primeiros pares.

11.               Onde ele guardava a tesoura? p. 52

         Em um saco de veludo azul.

   12.               Com quem ele gastava seu estoque de gentilezas? p. 52

         Com os clientes.

  13.               Como ele era nas relações familiares? p. 52

     Não era dado a afetos. Cumpria os compromissos, se fossem comerciais. Desconversava quando a esposa falava em ter filhos.

“Incentivar as crianças a lerem é dar a elas a oportunidade de crescer conhecendo diferentes mundos!”

 

Capítulo 15: O quadro - p. 53

1.   O quadro disse que não havia a menor dúvida, nascera como? p. 53

Nasci uma obra de arte.

2.   Quando que a tela estava seca? p. 53

Quando o cheiro forte de tinta a óleo se dissipou.

3.   Onde os quadros eram vendidos? p. 53

Uma vernissage, um leilão.

4.     Por que o quadro estranhou? p.53

Porque foi exposto na calçada. No chão.

5.     Como eram as outras telas? p. 54

Com cenas campestres quase idênticas a mim.

6.     O que começou a incomodar o quadro? p. 54

Pessoas iam, vinham e atravessavam a rua. A maioria nem notava minha presença.

7.     No meio daquela confusão, qual foi a minha grande surpresa? p.54

Alguém conseguiu me enxergar.

8.     O que aconteceu com o quadro no novo lar? p.54

Fui pendurado, com cerimônia, acima do sofá.

9.     Como era a existência da moça? p.55

Era uma existência discreta. Quase precisava que alguém desse licença para ela viver.

10.                 A casa era muito pequena. O que ela tinha lá dentro? p. 55

Uma TV com defeito, um sofá velho, um quadro baratinho.

 

Capítulo 16: O xale – p.57

1.   Como era o formato do xale? p. 57

   Formato triangular.

2.   Como foi a distribuição das responsabilidades? p. 57

   À mãe, à avó e à tia coube a confecção das rosas. À irmã, a junção das unidades.

  3.     Por que o rigor da avó retardava o processo? p.58

    Porque desmanchava para ser refeito o que já parecia pronto.

4.     Ainda dentro do carro, ouviu que palavras de sua mãe? p.58

   Vida de casal exige paciência, dedicação.

 5.     Cada dia é uma rosa de tricô. Para tecê-la, não se pode o quê? p. 58

    Ter pressa.

  6.     A marcha nupcial apontou para a entrada da igreja. O nervosismo quase atrapalhou a felicidade da noiva, mas sentiu-se abraçada por quem? p. 58

Pela mãe, pela avó, pela irmã e pela tia.

 

Capítulo 17: O relógio - p. 59

 1.    Quem disse que a mudança das estações, a passagem dos anos, dos meses, das semanas e dos dias é algo sobre o qual o homem não tem qualquer controle? p. 59

O Relógio.

2.   Como é a linhagem do relógio? p. 59

É antiga e diversa.

3.   Seja escoando areia, projetando uma sombra ou acendendo dígitos, o que importa a um relógio? p. 59

É a precisão da contagem.

4.     Os ponteiros do relógio giraram incansavelmente durante quantos anos? p.60

Cinquenta anos.

5.     O que ocupava o centro da vida de seu dono? p. 60

O trabalho.

6.     Ele apareceu com outro estojo de couro preto. O que tinha lá dentro? p. 60

Um relógio de pulso.

7.     Como os cavalheiros não ousavam sair de casa sem vestir o quê? p.60

Um traje bem cortado  de alfaiataria.

8.     Por que o relógio disse que tratava-se de uma tirana que iria controlá-lo, algemando-o pelo pulso, de que forma? p.60

Apertando, incomodando, mostrando-lhes a cada instante a hora e o que fazer.

9.     O que o relógio novo decidia por ele? p.60

A hora de comer, de tomar os remédios, de rever velhos amigos.

10.                 Parecia estar sempre em dívida. Quem era o seu credor? p. 61

O tempo.

11.               Cansado, olhou-me esquecido onde? p.61

No fundo da gaveta.

 

Capítulo 18: O Bule – p.63

1.   Por que os dias do bule estavam contados quando entrou na cozinha e viu o quê? p. 63

Uma cafeteira.

2.      De que era feito o bule? p. 63

Feito de ferro, forjado para aguentar pancada e fogo.

3.      O que aconteceu com o bule? p.63

Foi pintado e posto no parapeito de uma janela.

4.      Sua dona estava feliz, livre de quais preocupações? p.63

Possíveis queimaduras, caso, numa distração, tocasse no metal quente.

5.      O bule descobriu sua nova utilidade, qual? p. 63

De bule a vaso.

6.      Uma manhã, viu o jardineiro usando um pedaço de pano para limpar as mãos; reconheceu e ficou perplexo. Quem era? p. 64

O pano de coar.

7.    O bule disse que agora recebia elogios. Por quê? p. 64

Por embelezar a casa.

8.    No final o que acontece com a cafeteira e com o bule? p. 64

A caixa com a cafeteira vou posta no lixo e o bule voltou pro fogão.

 

Capítulo 19: O telefone - p. 65

1.   Como estava embalado o telefone? p. 65

Com o plástico-bolha.

2.   De que forma eu era brinquedo das meninas? p. 65

Elas fingiam conversar passando o fone. Uma respondendo às perguntas da outra.

3.      Por quem ele foi trocado? p. 65

Por um modelo mais atual.

4.     Ele ficou guardado onde tanto tempo, que até parou de funcionar? p.66

No fundo do armário.

5.     O que aconteceu com as moças? p. 66

Se casaram e saíram de casa.

6.     Quem me encontrou ao fundo do armário? p. 66

A filha mais velha.

7.     Ela levou-me na viagem de volta. E deu início a uma odisseia para quê? p.66

Na tentativa de me consertar.

8.     Como era a expressão das duas irmãs quando me olharam sobre o balcão? p.66

A mesma expressão do dia em que me viram pela primeira vez.

9.     O funcionário da loja foi direto. O diagnóstico não foi animador. Por quê? p.66

Não havia peças de reposição.

10.                 Ganhei um lugar de destaque sobre a escrivaninha. Hoje faço o quê? p. 66

Faço a ligação da moça com o seu passado. Sou uma peça de decoração.

 Capítulo 20: A Aliança – p.67

 1.   Qual foi o primeiro sinal da primeira crise conjugal? p. 67

     Foi a série de rodopios sobre a mesa de jantar.

2.      Como me senti? p. 67

Um troco que se esquece no fundo de um bolso.

3.      Por que a esposa se irritava? p.67

Com a pouca importância dada a um objeto tão especial.

4.      A partir de quando desconfiei que algo não ia bem? p.67

Desde que ele começou a brincar comigo, trocando-me de posição.

5.      Como o par de alianças entrou na igreja? p. 67

Pela porta principal, carregados – eu e meu par – com toda a cerimônia sobre a almofadinha de cetim branco.

6.       Dois anos apenas haviam passado e entre marido e mulher já crescia o quê? p. 67

     Crescia uma indiferença irremediável.

7.      O que era um indício preocupante? p. 68

      A frieza de um para com o outro.

8.      Quando se sentaram à mesa do café da manhã, o que eu vi estarrecida? p. 68

    Que no dedo dela uma marquinha substituía a aliança.

9.     Ele também notou que ela estava sem a aliança. Não disse qualquer palavra. Que fez? p. 68

Saiu de casa e permaneceu ausente nos dias seguintes.

10.                 Eles se desencontraram, ela saiu para encontrá-lo e ele veio ao apartamento deles. Encontrou um papel sobre a mesa, pensou ser uma carta, mas era o quê? p.68

Era um exame de gravidez.

 Capítulo 21: A caixinha de música - p. 69

 1.   O que ele depositara na caixa de madeira?  p. 69

     Depositara sua esperança, um pedido de desculpas em notas musicais.

2.   Quem o dotara com habilidade para trabalhos artesanais? p. 69

      Uma força divina.

3.      No último parágrafo eles ouvem a música e o que acontece? p. 70

       As lágrimas não eram as mesmas do cinema. Estavam acompanhadas de um sorriso. A música adormecera o recém-nascido. Amolecera os corações. Falara pelos dois. É menina.

 Capítulo 22: A Pipa – p.71

 1.   Na véspera do grande evento, que ultimato recebeu a pipa? p. 71

    Condições perfeitas. Campo aberto, vento constante, intensidade certa. Caprichara. Papel de seda da melhor qualidade, boa cola, varetas leves e resistentes.

2.      Qual era o sonho da pipa? p. 71

       Tornar-se objeto de decoração.

3.      Qual era o golpe baixo? p.72

      Amarrar uma rabiola.

4.      Para aliviar a tensão; quem puxou conversa? p.72

       Um papagaio azul.

5.      Como era o telequinho? p. 72

       Era amarelo e subia ágil, ao menor sopro de vento, sem rabiola nem nada.

6.       Descreva as pipas de biquinho? p. 72

       Elas têm rabiolas imensas, voam alto, chegam longe.

7.      Quem eram os pontinhos no tapete verde? p. 72

Eram aqueles que nos mantinham no ar, presos pelas linhas.

8.      Como se chama a mistura criminosa feita de pó de vidro e cola de madeira? p. 72

Cerol.

9.      Qual era o plano arriscado para se livrar da pipa? p. 73

Atraí-la para os fios de alta tensão.

10.                  Que fez o dono da pipa pirata para evitar o choque elétrico? p.73

Largou a linha. Condenou-a a se enroscar e incendiar.

11.                 Que prêmio recebeu a pipa? p.73

Foi pendurada como heroína na parede da sala.

Capítulo 23: A boneca - p. 75

 1.   O que estava escrito na caixa?  p. 75

      Etiqueta: Caixa Filha

      Destino: Doação

2.   Quantos anos completava a menina quando ganhou a boneca? p. 75

Completava cinco anos.

3.   Quais eram os detalhes da boneca que os convidados apreciaram? p. 75

Os sapatinhos de couro, o vestido vermelho, a boina branca.

4.   Quantas décadas a boneca já tinha quando ela deu para sua filha? P.76

Três décadas – 30 anos.

5.     Qual foi a primeira providência da nova dona da boneca? p.76

Trocar o vestido original por outro improvisado e tirar os meus sapatos.

6.     A boneca estava aos pedaços, mas estava feliz porque não é o sonho de nenhum brinquedo o quê? p.77

Passar 30 anos numa prateleira.

 

Fonte da imagem -https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2Fmem%25C3%25B3ria-das-coisas-Mar%25C3%25ADlia-Lovatel-ebook%2Fdp%2FB079TNR7RJ&psig=AOvVaw2d9gu68dSNCgEsWl9DQ2FA&ust=1673391204086000&source=images&cd=vfe&ved=0CBAQjRxqFwoTCNii95PKu_wCFQAAAAAdAAAAABAJ

Capítulo 24: O batom – p.79

 1.   O que fazem aquelas mulheres indecisas? p. 79

     Provam tudo e não levam nada pra casa.

2.   Sobre a pia, havia um suporte de acrílico repleto de que tipos de batons? p. 79

    Batons de grife, batons baratos, batons das mais variadas cores e marcas.

3.      De que cor era o batom que ajudou ela a se acalmar? p.79

       Rosa bem clarinho.

4.      Quando ela escolhia um batom pink, bem vibrante? p.79

       Quando estava feliz, contente da vida.

5.       Que cor de batom usava quando ficava triste? p. 79

        Recorria aos tons de pele.

6.       E nas férias, ela ousava. O batom seguia as cores dos esmaltes, como? p. 80

        Uma semana laranja, outra azul, verde, lilás...

 

 Capítulo 25: O sapato – p.83

 

01.                Recebi alguns pontos, para quê? p. 83

Garantido a resistência.

02.                 O sapateiro caminhava, passos firmes, nada poderia detê-lo, feri-lo... Quem protegia seus pés, os aquecia, cuidava deles? p. 84

O sapato.

03.                 O sapato sentia-se prestigiado por quê? p. 84.

Porque o sapateiro o escolheu, não os mais novos, não os mais caros nem os italianos.

 

Capítulo 26: O sino – p.87

1.   De onde o sino acompanha o cortejo? p.87

Do alto do campanário.

2.   O sino mora onde? p. 87

             Mora numa cidadezinha mineira.

3.   Qual é a responsabilidade desse sino? p. 87

Manter viva uma tradição secular entre as novas gerações.

4.   Os leigos desconhecem a existência do código, ou seja, a linguagem do sino.

O que ele organiza? p.87

Organiza as badaladas, as pancadas, os dobres e os repiques.

5.   Como o sino convoca para o enterro de um homem? p. 87

Com três dobres e uma pancada.

6.   E quando for uma missa celebrada por um padre? p.88

Ecoarei 18 pancadas seguidas de três badaladas.

7.   Quais são as pancadas preferidas do sino? p. 88

São as nove pancadas diárias com as quais relembro, as 18h, a hora do Angelus.

 

Capítulo 27: O Livro – p.89

1.   Quando comecei a ser escrito? p.90

    Quando o caminhão encostou à frente da casa.

2.   No começo eu não passava de quê? p. 90

     De uma lista de objetos.

3.   Quais eram os objetos frágeis? p.90

   A boneca, a pipa, o abajur, a sombrinha.

4.   E os valiosos, quais eram? p. 90

    O camafeu e o relógio.

5.   Objetos insubstituíveis eram os quadros que pertenceram a quem? p. 90

    O barato que pertencera à empregada desaparecida e o adornado com botões herdado do irmão artista.

6.   A foice velha foi recebida por empréstimo, de quem? p.90

    Do sogro fazendeiro.

7.   A ideia de escrever um livro persistiu e foi deixando pelo caminho outras. As histórias foram surgindo. Cite alguns objetos que tinham suas próprias vozes. p.90

     A tesoura, o rádio, o telefone, o perfume, o oratório, as cartas e o sino.

8.   Dessa maneira, o livro começou a ser gestado, do caderno para um notebook. O autor encontrara a solução para quê? p.91

     A solução para vencer a tristeza, reagir à vontade de morrer com a filha.