sábado, 7 de novembro de 2020

CRÔNICA: BONS DIAS! (21 DE JANEIRO DE 1889) - MACHADO DE ASSIS - COM GABARITO

 CRÔNICA: BONS DIAS!

(publicada em 21 de janeiro de 1889)            


        Machado de Assis

 

Vi não me lembra onde...
É meu costume; quando não tenho que fazer em casa, ir por esse mundo de Cristo, se assim se pode chamar à cidade de São Sebastião, matar o tempo.

Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a gente volta para casa "lesta e aguda", como se dizia em não sei que comédia antiga.

Naturalmente, cansadas as pernas, meto-me no primeiro Bond, que pode trazer-me à casa ou à Rua do Ouvidor, que é onde todos moramos. Se o Bond é dos que têm de ir por vias estreitas e atravancadas, torna-se um, verdadeiro obséquio do céu. De quando em quando, pára diante de uma carroça que despeja ou recolhe fardos. O cocheiro trava o carro, ata as rédeas, desce e acende um cigarro: o condutor desce também e vai dar uma vista de olhos ao obstáculo. Eu, e todos os veneráveis camelos da Arábia, vulgo passageiros, se estamos dizendo alguma coisa, calamo-nos para ruminar e esperar.

Ninguém sabe o que sou quando rumino. Posso dizer, sem medo de errar, que rumino muito melhor do que falo. A palestra é uma espécie de peneira, por onde a ideia sai com dificuldade, creio que mais fina, mas muito menos sincera. Ruminando, a ideia fica integra e livre. Sou mais profundo ruminando; e mais elevado também.

Ainda anteontem, aproveitando uma meia hora de Bond parado, lembrou-me não sei como o incêndio do club dos Tenentes do Diabo. Ruminei os episódios todos, entre eles os atos de generosidade tia parte das sociedades congêneres; e fiquei triste de não estar naquela primeira juventude, em que a alma se mostra capaz de sacrifícios e de bravura. Todas essas dedicações dão prova de uma solidariedade rara, grata ao coração.

Dois episódios, porém, me deram a medida do que valho, quando rumino. Toda a gente os leu separadamente; o leitor e eu fomos os únicos que os comparamos. Refiro-me, primeiramente, à ação daqueles sócios de outro club, que correram à casa que ardia, e, acudindo-lhes à lembrança os estandartes, bradaram que era preciso salvá-los. "Salvemos os estandartes!", e tê-lo-iam feito, a troco da vida de alguns, se não fossem impedidos a tempo. Era loucura, mas loucura sublime. Os estandartes são para eles o símbolo da associação, representam a honra comum, as glórias comuns, o espírito que os liga e perpetua.

Esse foi o primeiro episódio. Ao pé dele temos o do empregado que dormia, na sala. Acordou este, cercado de fumo, que o ia sufocando e matando. Ergueu-se, compreendeu tudo, estava perdido, era preciso fugir. Pegou em si e no livro da escrituração e correu pela escada abaixo. Comparai esses dois atos, a salvação dos estandartes e a salvação do livro, e tereis uma imagem completa do homem. Vós mesmos que me ledes sois outros tantos exemplos de conclusão. Uns dirão que o empregado, salvando o livro, salvou o sólido; o resto é obra de sirgueiro. Outros replicarão que a contabilidade pode ser reconstituída, mas que o estandarte, símbolo da associação, é também a sua alma; velho e chamuscado, valeria muito mais que o que possa sair agora' novo, de uma loja. Compará-lo-ão à bandeira de uma nação, que os soldados perdem no combate, ou trazem esfarrapada e gloriosa.

E todos vós tereis razão; sois as duas metades do homem formais o homem todo... Entretanto, isso que aí fica dito está longe da sublimidade com que o ruminei. Oh! Se todos ficássemos calados! Que imensidade de belas e grandes ideias! Que saraus excelentes! Que sessões de Câmara! Que magníficas viagens de bond!

Mas por onde é que eu tinha principiado? Ah! Uma coisa que vi, sem saber onde... Não me lembro se foi andando de bond; creio que não. Fosse onde fosse, no centro da cidade ou fora dela. Vi, à porta de algumas casas, esqueletos de gente postos em atitudes joviais. Sabem que o meu único defeito é ser piegas; venero os esqueletos, já porque o são, já porque o não sou. Não sei se me explico.

Tiro o chapéu às caveiras; gosto da respeitosa liberdade com que Hamlet fala à do bobo Yorick. Esqueletos de mostrador, fazendo guifonas, sejam eles de verdade ou não, é coisa que me aflige. Há tanta coisa gaiata por esse mundo, que não vale a pena ir ao outro arrancar de lá os que dormem. Não desconheço que esta minha pieguice ia melhor em verso, com toada de recitativo ao piano: Mas é que eu não faço versos; isto não é verso: Venha o esqueleto, mais tristonho e grave Bem como a ave, que fugiu do além...

Sim, ponhamos o esqueleto nos mostradores, mas sério, tão sério como se fosse o próprio esqueleto do nosso avô, por exemplo... Obrigá-lo a uma polca, habanera, lundu ou cracoviana... Cracoviana? Sim, leitora amiga, é uma dança muito antiga, que o nosso amigo João, cá de casa, executa maravilhosamente, no intervalo dos seus trabalhos. Quando acaba, diz-nos sempre, parodiando um trecho de Shakespeare:

"Há entre a vossa e a minha idade, muitas mais coisas do que sonha a vossa vã filosofia."

Boas noites.

Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br
Permitido uso para fins educacionais.

 

Entendendo a Crônica

1)   Observe o seguinte trecho:

“Não conheço melhor ofício, mormente se a gente se mete por bairros excêntricos; um homem, uma tabuleta, qualquer coisa basta a entreter o espírito, e a gente volta para casa “lesta e aguda”, como se dizia em não sei que comédia antiga”.

 - Qual tipo de linguagem está representado na expressão “se a gente”?

Linguagem coloquial, informal.

 2)   Palavras  como “bond” e “club”. São exemplos de:

a)   Estrangeirismos.

b)   Variedades sociais.

c)   Variedades regionais.

d)   Variedades estilísticas.

3)   No trecho “A palestra é uma espécie de peneira, por onde a ideia sai com dificuldade, creio que mais fina, mas muito menos sincera”, a palavra “mas” estabelece uma relação de:

    a)   Adição.

   b)   Oposição.

   c)   Alternância.

   d)   Explicação.


4)   Em que pessoa verbal o narrador conta o fato?

             Em primeira pessoa do singular.

      5)   O título de um texto é sempre o primeiro a levantar expectativas quanto ao seu conteúdo. A partir dele fazemos uma série de suposições iniciais que depois podem ser modificadas ou confirmadas. Que emoções e ideias foram despertadas pela leitura dessa crônica? Comente.

        Por estar no plural “Bons dias!” desperta a emoção de notícias boas, alegres, e em se tratando de Machado de Assis com uma pitada de ironia.

    6)   De que se trata a crônica?

     Revela o processo de criação do narrador-cronista. O andar de bonde “desliga” o cronista do tempo cronológico e, deixando a mente vagar, mergulha nas pequenas ocorrências do cotidiano.

 7)   Onde acontecem os fatos narrados?

Os fatos acontecem dentro de um Bond.

CRÔNICA: O SOBREVIVENTE - DRÁUZIO VARELLA - COM GABARITO

 Crônica: O sobrevivente

            Dráuzio Varella

        Com uma caixa de engraxate pintada de amarelo pendurada no ombro, o rapaz cruzou a rua em minha direção:

        ─ Não sei se o senhor lembra de mim, mas quando estive lá me chamavam de Neguinho de Guaianases, para diferenciar do finado Negão de Pirituba que era alto e forte.

         Para ser sincero, não lembrava dele nem do finado, mas se dizia que estivera lá, pelo menos ficava claro de onde nos conhecíamos. Todo ex-presidiário que encontro pela rua se refere à extinta Casa de Detenção dessa forma, como se trouxesse mau agouro pronunciar o nome do presídio.

         ─ Quanto tempo você cumpriu lá?

        ─ Seis anos.

        ─ Não voltou mais para a cadeia?

       ─ Deus me livre, agora sou trabalhador.

      ─ E dá para viver engraxando sapato?

      Explicou que, saindo de casa às sete da manhã e voltando às nove da noite, conseguia tirar R$ 40 a R$ 50 por dia, quantia suficiente para pagar os R$ 150 do aluguel de um cômodo no Bexiga e as demais despesas fixas.

       E ainda sobrava para visitar os irmãos em Itaquaquecetuba aos domingos, para um baile em Pinheiros de vez em quando e para pagar o hotelzinho na saída, nas noites em que os céus ouviam suas preces.

       Com a caixa amarela nas costas, percorria dez a quinze quilômetros por dia no encalço da clientela:

      ─ Procuro passar em lugar que tem homem parado: ponto de táxi, porta de bar, restaurante com fila de espera, praça com aglomeração de aposentado. Cobro de acordo com a aparência do cidadão: R$ 2 se aparentar ser trabalhador; R$ 5 se tiver cara de rico.

       Neguinho foi aluno comportado até os treze anos, quando o primo que mais admirava o convidou para distribuir panfleto no Largo da Concórdia. Nessa fase, pegou o gosto por dinheiro, por roupas da hora e conheceu a maconha. Para desgosto do pai, pedreiro em Guaianases, parou de estudar.

       Um dia, o primo decidiu mudar de ramo:

       ─ Disse que não se conformava com aquela mixaria; tinha nascido para uma vida melhor. Levantou a camisa e exibiu o revólver no cinto. "Vem comigo, é apontar a arma e pegar o dinheiro."

       Neguinho não tinha coragem; dois de seus amigos de infância haviam acabado de morrer num tiroteio na Vila. Mas, o mais velho insistiu:

       ─ Eu enquadro as vítimas e você recolhe o dinheiro e os objetos de valor. É só ficar de cabisbaixo para ninguém te reconhecer mais tarde. Não requer prática nem tampouco habilidade.

       Na primeira vez, quando assaltaram uma loja do bairro, tudo se passou como o primo previra. Na partilha, coube R$ 300 para cada um:

       ─ Nunca tinha visto tanto dinheiro junto. Deu gosto no bolso. Comprei blusa para minha mãe, camiseta para o pai, dei dinheiro para os irmãos e saí com o primo para gastar na cidade.

        Aos 17 anos foi parar na Febem. Saiu com 18, mais esperto e com novas amizades.

       Juntou-se ao inseparável primo e formaram uma quadrilha.

       Meses mais tarde, o primo foi morto por justiceiros a serviço dos comerciantes da Vila.

       Uma noite, Neguinho e dois comparsas assaltaram um posto de gasolina e fugiram num carro roubado. Cinco minutos mais tarde foram cercados por duas viaturas de polícia. Os policiais gritaram para que jogassem as armas e saíssem com as mãos na cabeça. Pensaram em reagir, mas prevaleceu o bom senso do finado Alemão:

        ─ Era o mais experiente de nós. Disse que se a gente atirasse morria no ato: era três contra oito.

        Preso em flagrante, foi levado para a detenção. Acabou condenado a seis anos e três meses por dois assaltos a mão armada; nada mal para quem havia praticado mais de trinta.

       Na cadeia, adotou uma atitude humilde, estratégia à qual atribui a sobrevivência:

       ─ Dos que tinham fama de bandidão, sangue nos olhos, só um escapou vivo.

       Quando Neguinho foi libertado, construiu a caixa de engraxate, pintou-a de sua cor favorita e jurou nunca mais pôr os pés num lugar daqueles.

       Quando perguntei se era mais feliz engraxando sapato, respondeu com um sorriso:

       ─ Nem compara, doutor. Sabe o que é viver com medo? Qualquer carro que passa, imaginar que os justiceiros chegaram? O senhor entrar numa padaria, pedir uma média com pão e manteiga e não ter o direito de sentar de costas para a porta?

São Paulo, sábado, 07 de julho de 2007      Folha de S.Paulo Ilustrada

Entendendo a crônica

  01.      Há várias formas de se fazer uma comparação. No trecho, me chamavam de Neguinho de Guaianases, para diferenciar do finado Negão de Pirituba que era alto e forte, pode-se dizer que há dois grupos de ideias que promovem o sentido de comparação – um relacionado à descrição de personagens e outro relacionado ao estado de personagens.

 Assinale a alternativa que apresenta uma comparação que ilustra o estado de personagens:

    a) a explicitação da palavra ‘diferenciar’.

    b) a presença de uma voz que se manifesta e a adjetivação finado.

    c) o jogo diminutivo/aumentativo Neguinho/Negão.

    d) a distinção entre os espaços Guaianases e Pirituba.

 

 02.               Textos são composições que se apresentam coesivamente, ou seja, ideias, frases, parágrafos, se articulam por meio de elementos concretos, visíveis, de forma a dar sequência e ligação entre as ideias.

Quanto ao trecho em destaque a seguir, estão corretas as indicações de elementos coesivos, EXCETO:

          Com uma caixa de engraxate pintada de amarelo pendurada no ombro, o rapaz cruzou a rua em minha direção:

          ─ Não sei se o senhor lembra de mim, mas quando estive lá me chamavam de Neguinho de Guaianases, para diferenciar do finado Negão de Pirituba que era alto e forte.

          Para ser sincero, não lembrava dele nem do finado, mas se dizia que estivera lá, pelo menos ficava claro de onde nos conhecíamos. Todo ex-presidiário que encontro pela rua se refere à extinta Casa de Detenção dessa forma, como se trouxesse mau agouro pronunciar o nome do presídio.

     a) em minha direção / o senhor.

     b) o rapaz / dele.

     c) lá / Casa de Detenção.

     d) Finado / Negão de Pirituba

CARTA DO LEITOR - GÊNERO TEXTUAL - COM QUESTÕES GABARITADAS

 Carta do leitor


Carta do leitor é um tipo de carta (gênero epistolar) veiculada geralmente em jornais e revistas, onde os leitores podem apresentar suas opiniões, como por exemplo Painel do Leitor, Fórum dos Leitores, Cartas, etc.

A carta do leitor tem várias finalidades como opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar, criticar etc.

Possui uma função relevante para os meios de comunicação, de modo que a carta do leitor assegura uma resposta (feed-back) de seus leitores.

É um importante instrumento de comunicação cujo leitor pode interagir com o meio de comunicação, expondo assim, seu ponto de vista sobre uma notícia, reportagem, pesquisa ou qualquer outro assunto atual. Além disso, ele pode sugerir algum tema a ser abordado. Por esse motivo, é uma importante ferramenta de produção de pauta para os veículos de comunicação.

Desse modo, devemos lembrar que a carta do leitor possui um remetente (emissor ou locutor) e destinatário (receptor ou interlocutor).

Antes de ser publicada ela passa pela equipe de revisão, a qual adaptará o texto e corrigirá possíveis erros. Por esse motivo, não existe um modelo específico, uma vez que segue o padrão de apresentação e o espaço destinado para esse fim determinado pelo meio de comunicação.

Vale lembrar que a carta do leitor é uma pequena seção do veículo de comunicação, a qual pode ser publicada na íntegra, ou somente trechos relevantes. Além disso, o leitor deve evitar expressões populares, gírias, vícios de linguagem, apresentando seu texto numa linguagem formal, ou seja, que segue a norma culta da língua.

Importante destacar que, de acordo com o público, a linguagem pode ser mais descontraída, por exemplo, numa revista para adolescentes.

 

Características

As principais características da carta do leitor são:

§  Textos breves e escritos em 1ª pessoa

§  Temas atuais e de caráter subjetivo

§  Linguagem simples, clara e objetiva

§  Presença de destinatário e remetente

§  Texto expositivo e argumentativo


Estrutura de uma carta do leitor

Geralmente as cartas dos leitores não seguem uma estrutura padrão, no entanto, devem apresentar alguns elementos estruturais:

§  Local e data.

§  Vocativo: aparece o nome da revista ou do jornal e pode vir acompanhada de local e data (chamado de cabeçalho).

§  Introdução: pequeno trecho que aborda o assunto que será apresentado e explorado pelo leitor.

§  Desenvolvimento: desenvolvimento da argumentação do leitor sobre sua ideia central.

§  Conclusão: o leitor arremata suas ideias, e geralmente inclui uma sugestão para o assunto abordado.

§  Despedida: representa as saudações finais do leitor, por exemplo, atenciosamente, cordialmente, abraços, etc.

§  Assinatura: O leitor assina seu nome, o qual pode aparecer em forma de sigla, por exemplo, Afonso Miguel Pereira dos Santos (A.M.P.S.)

Disponível em <https://www.todamateria.com.br/carta-do-leitor/> Acesso em 17 de ago. de 2020.

  

Para saber mais, se for possível, assista ao vídeo:

https://escolakids.uol.com.br/portugues/analisando-as-caracteristicas-de-mais-um-genero-a-carta-do-leitor.htm

 

Leia o texto abaixo e depois responda as atividades no caderno.

 

Arapongas, 05 de julho de 2013.

 

Prezado Sr. Silva,

 

Como leitor assíduo da revista Saúde, em primeiro lugar, venho agradecer o benefício que os artigos publicados vêm proporcionando à minha família. Muitas das dicas fornecidas conseguimos colocar em prática e, dessa forma, melhorando consideravelmente nosso bem-estar.

No último número da revista, lemos uma matéria sobre os perigos que o excesso de sal na alimentação pode provocar à nossa saúde. É fato que já tínhamos algum conhecimento sobre o assunto, porém, não em detalhes. Como nossa família está sempre em busca de uma vida mais saudável, desejamos, também, colocar em prática algumas destas dicas.

Ocorre que o sal já faz parte de nossas vidas há tempos e não se encontram com tanta facilidade receitas que não o utilizem. Sendo assim, solicito a gentileza de, se puderem, publicar receitas de pratos onde possamos substituir o sal por outras ervas ou condimentos que não prejudiquem nossa saúde.

 

Atenciosamente,

 

Edmundo.

Disponível em <http://www.provaparana.pr.gov.br/sites/prova/arquivos_restritos/files/documento/2019-04/Prova_Parana_1EM_comentada_01-04.pdf> Acesso em 17 de ago. de2020.

 

 

 ATIVIDADES

 1. O gênero do texto é

a)  editorial, pois o autor defende um ponto de vista do veículo de informação.

b) carta pessoal, o autor-leitor em que deixa seu ponto de vista sobre uma matéria veiculada.

c) carta do leitor, pois o autor do texto dialoga com o leitor.

d) artigo de opinião, pois o autor apresenta fortes argumentos para defender seu ponto de vista.

 2. De acordo com esse texto, a família deseja colocar em prática as dicas da revista porque

a)  busca sempre uma vida mais saudável.

b) leu a matéria sobre o excesso de sal na alimentação.

c)  sabia dos perigos do sal na alimentação.

d)  tem dificuldade em encontrar receitas sem o uso de sal.

 

3. Quais são o remente e o destinatário da carta?

     Edmundo (remetente) e Sr. Silva, editor da Revista Saúde (destinatário).

         Uma das características de uma carta do leitor é a presença de destinatário e remetente.

4. Qual a finalidade da carta do leitor acima?

 O leitor Edmundo escreve à redação da Revista para elogiar os artigos publicados e solicitar a publicação de receitas em que não se utiliza o sal.

A carta do leitor tem várias finalidades, e o texto lido traz como propósito elogiar os artigos da revista e também solicitar receitas.

5. A linguagem predominante do texto é

     a)  coloquial.

    b)  científica.

   c)  formal.

   d)  técnica.

Disponível em <https://www.tudosaladeaula.com/2018/09/interpretacaoanalise-de-texto-carta-do.html> Acesso em 18 de ago. de 2020.

6. No trecho “É fato que já tínhamos algum conhecimento sobre o assunto, porém, não em detalhes.” A palavra em destaque estabelece uma ideia de

a)       adição.

b)      oposição.

c)       conclusão.

d)      explicação.


 7. Em que tipo de suporte esse texto é publicado?

     Em jornais e revistas.

A carta de leitor é um gênero textual argumentativo presente em diversos meios de comunicação, que possuem uma seção destinada à expressão das opiniões de seus leitores.

8. No quadro abaixo, relacione as partes da estrutura da carta do leitor lida acima.

 

Local e data

 Arapongas, 05 de julho de 2013.

Vocativo

 Prezado Sr. Silva,

Introdução

 Como leitor assíduo da revista Saúde, em primeiro lugar, venho agradecer o benefício que os artigos publicados vêm proporcionando à minha família. Muitas das dicas fornecidas conseguimos colocar em prática e, dessa forma, melhorando consideravelmente nosso bem-estar.

Desenvolvimento

 No último número da revista, lemos uma matéria sobre os perigos que o excesso de sal na alimentação pode provocar à nossa saúde. É fato que já tínhamos algum conhecimento sobre o assunto, porém, não em detalhes. Como nossa família está sempre em busca de uma vida mais saudável, desejamos, também, colocar em prática algumas destas dicas.

Conclusão

 Ocorre que o sal já faz parte de nossas vidas há tempos e não se encontram com tanta facilidade receitas que não o utilizem. Sendo assim, solicito a gentileza de, se puderem, publicar receitas de pratos onde possamos substituir o sal por outras ervas ou condimentos que não prejudiquem nossa saúde.

Despedida

 Atenciosamente,

Assinatura

 Edmundo.

 9.    No trecho “Como leitor assíduo da revista Saúde, [...]”, o que quer dizer a palavra destacada? Se preciso for, utilize o dicionário.

 Que o leitor lê sempre a Revista Saúde.

10.    Quanto ao gênero carta do leitor, marque (V) ou (F) as alternativas verdadeiras ou falsas.

 a) ( V  )  Apresenta a opinião do leitor sobre a revista ou sobre fatos, acontecimentos ou assuntos.

b)( F  )   Podem ser informativas (comunicado), descritivas (descrição de um produto ou serviço), narrativas (narração de um evento) ou dissertativas (sugestões e reclamações).

c)( V  )    Gênero que circula no contexto jornalístico, em seções específicas de revistas e jornais.

d)V  )  Atende a diversos propósitos comunicativos como opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar, criticar etc.

e) (  )   Seu discurso está organizado em 1ª pessoa.

f) (  F  )   Apresenta marcas de impessoalidade e imparcialidade.

 

  


CONTO: A CUMBUCA DE OURO E OS MARIMBONDOS - COM GABARITO

 Conto: A cumbuca de ouro e os marimbondos

(Contos populares do Brasil – Pernambuco)

   Havia dois homens, um rico e outro pobre, que gostavam de fazer peças um ao outro.

    Foi o compadre pobre à casa do rico pedir um pedaço de terra para fazer uma roça. O rico, para fazer peça ao outro, lhe deu a pior terra que tinha.

        Logo que o pobre teve o sim, foi para a casa dizer à mulher, e foram ambos ver o terreno. Chegando lá nas matas, o marido viu uma cumbuca de ouro, e, como era em terras do compadre rico, o pobre não a quis levar para a casa, e foi dizer ao outro que em suas matas havia aquela riqueza.

       O rico ficou logo todo agitado, e não quis que o compadre trabalhasse mais nas suas terras.

       Quando o pobre se retirou, o outro largou-se com a sua mulher para as matas a ver a grande riqueza. Chegando lá, o que achou foi uma grande casa de marimbondos; meteu-a numa mochila e tomou o caminho do mocambo do pobre, e logo que o avistou foi gritando:

      “Ó compadre, fecha as portas, e deixa somente uma banda da janela aberta!”

        O compadre assim fez, e o rico, chegando perto da janela, atirou a casa de marimbondos dentro da casa do amigo, e gritou:

        “Fecha a janela, compadre!”              

Mas os marimbondos bateram no chão, transformaram-se em moedas de ouro, e o pobre chamou a mulher e os filhos para as ajuntar.

        O ricaço gritava então:

        “Ó compadre, abra a porta!” Ao que o outro respondia:

        “Deixe-me, que os marimbondos estão-me matando!”

         E assim ficou o pobre rico, e o rico ridículo.

Nota: Conto raro que nas Américas aparece sobretudo na zona do Caribe: Louisiana, México, República Dominicana. O seu propósito é criticar o homem como mandrião, característica normalmente atribuída às mulheres na tradição oral.

Disponível em< http://www.poeteiro.com/2017/12/a-cumbuca-de-ouro-e-os-marimbondos.html> Acesso em 10 de jul. de 2020.

 

 

1.           Marque a alternativa que justifica que a narrativa anterior é um conto. 

(A) Trata-se de uma história real, transmitida oralmente de geração em geração e desenvolvida em um único espaço.

(B) Trata-se de uma história de ficção, com v
ários conflitos paralelos, mas desenvolvidos em um curto período de tempo.

(C)
Trata-se de uma história de ficção, com um único conflito desenvolvido somente em um dia e poucas personagens.

(D) Trata-se de uma história de ficção, com muitas personagens e desenvolvida em um longo período de tempo.

 

2.            Marque a alternativa que justifica o uso das aspas no conto acima. 

  
             ( A ) Inclusão de termos em língua estrangeira.

            ( B ) Transcrição de falas.

            ( C ) Indicação do pensamento das personagens.

           ( D ) Uso de termos em um sentido diferente do habitual.

 

3.            O cinema surgiu no fim do século XIX a partir do desenvolvimento da fotografia. Marque a alternativa que apresenta as características dos filmes mudos. *

( A ) As expressões das personagens são fundamentais para a compreensão das cenas.

( B ) Não havendo falas, as personagens não são necessárias.

( C ) Assim como nos filmes sonoros, a música não é importante.

( D ) Eram sempre coloridos para compensar a falta de falas.

 

4.           Indique:

 

a) Situação Inicial - o pobre vai pedir um pedaço de terra ao rico

b) Conflito -  o pobre acha uma caixa de ouro nas terras do rico

c) Clímax - o ouro se torna em marimbondo e ataca o rico.

d) Desfecho- o rico joga a caixa de marimbondo na casa do pobre e esta vira em ouro.

 

5.            Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em: 

a –
Ele permaneceu muito calado.

b – Amanhã, não iremos ao cinema.

c – O menino, ontem, cantou desafinadamente.

d – Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.

e – Ela falou calma e sabiamente.

 

6.            Assinale a alternativa em que somente advérbios foram acrescentados à frase: “O tempo passou.” *

a) O sofrido tempo não passou muito rápido, infelizmente.

b)
O tempo passou bastante, majestoso.

c) Realmente, o tempo passou depressa demais.

d) Sim, o curto tempo já passou.

 

7.            A opção em que há um advérbio exprimindo circunstância de tempo é: *

a) Possivelmente viajarei para São Paulo.

b) Maria tinha aproximadamente 15 anos.

c) As tarefas foram executadas concomitantemente.

d
) Os resultados chegaram demasiadamente atrasados.

brainly.com.br/tarefa/25599548