domingo, 14 de abril de 2019

FÁBULA: NA FRONTEIRA DA ESPERANÇA - MILLÔR FERNANDES - COM GABARITO


Fábula: Na fronteira da esperança
                                           Millôr Fernandes

        O guarda parou o carro na barreira da Nova República.
        -- Parabéns! – disse ele ao motorista do carro. – Acaba de ganhar o prêmio de um milhão de cruzeiros!
        É o milésimo motorista que entra na nova estrada do Progresso e da Liberdade. O que é que o senhor pretende fazer com esse dinheiro?
        -- Eu? – respondeu o motorista. – A primeira coisa que vou fazer é comprar uma carteira de motorista.
        -- Não presta atenção nesse idiota, não! – gritou a mulher que estava ao lado do motorista. – Ele vem bebendo desde que entramos na estrada; já está completamente bêbado!
        -- Bêbado não, sua idiota! – falou a velha que estava no fundo do carro. – Se meu filho estivesse bêbado, não tinha conseguido roubar o carro.
        -- Magnífico o bom humor de vocês! – disse o guarda. – Podem ir. Boa viagem!
        MORAL: Toda repressão tem sua cota de permissividade.

                                                                     Millôr Fernandes
Entendendo a fábula:
01 – Quais são os personagens dessa fábula?
      O guarda, o motorista, sua esposa e a mãe dele.

02 – Em que local se passa a história?
      Na barreira da Nova República.

03 – A história narrada por Millôr Fernandes refere-se a um fato:
(   ) Real.
(   ) Histórico.
(X) Fictício.

04 – Todas ações da fábula se passam no mesmo dia? Explique.
      Sim. Tudo acontece numa barreira quando o guarda parou o carro.

05 – Cite as infrações cometidas pelo motorista.
·        Dirigindo sem habilitação.
·        Dizer ao guarda que iria compra-la.
·        Dirigindo bêbado.
·        Dirigindo carro roubado.

06 – Explique, com suas palavras, a moral da história.
      Resposta pessoal do aluno.


CRÔNICA: O SÓSIA - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Crônica: O sósia
     
         Luís Fernando Veríssimo

        Da primeira vez que lhe falaram ele nem ligou.
        -- Como é, não cumprimenta mais os amigos?
        -- Por quê?
        -- Anteontem. Você passou por mim, me olhou e não me cumprimentou.
        -- Eu?!
        -- Sim, senhor. Na Rua da Praia.
        -- Não era eu. Há duas semanas que não passo pela Rua da Praia.
        -- Então era um sósia. Era você sem tirar nem pôr.
        Poucos dias depois:
        -- Aí, hein? Tomando seu sorvetinho.
        -- Eu?
        -- Não era você? Ontem, quatro da tarde? Na Rua 7?
        -- O que eu ia estar fazendo ontem, às quatro da tarde, na 7 de setembro?
        -- Tomando um sorvetinho.
        -- Estava no meu escritório, rapaz. Dando duro.
        -- Era você sem tirar nem pôr!
        -- A terceira vez foi pouco antes do Carnaval. Telefonou um amigo:
        -- Eu te fiz alguma coisa?
        -- Por quê?
        -- Hoje. Eu passei por você de carro. Chamei. Buzinei. Você nem olhou e nem...
        -- Não era eu.
        -- Mas então...
        -- Anda um cara por aí com a minha cara. É a terceira vez que me confundem.
        -- Olha. É você sem tirar nem...
        -- Eu sei.
        Foi então que teve a premonição, como um frio na barriga. Tinha planejado passar o Carnaval na cidade, aproveitando a folga para pôr algumas coisas em ordem no escritório. Mas foi para a praia. Assustou a mulher. “Que foi que houve?” “Nada. Me deu saudades.” Passou os quatro dias de Carnaval colado na mulher. Cuidando para não sair da vista dela nem um minuto. E aconteceu o que ele tinha previsto. Na quarta-feira, no noticiário sobre o Carnaval nas boates, lá estava ele – ou o seu sósia – agarrado com uma morena que em alguma fase da sua vida alegre já fora um moreno. Era ele sem tirar nem pôr.
        Os amigos comentaram:
        -- Aí, hein?
        -- A Dalinda é testemunha. Não sai do lado dela nem um minuto.
        -- É – confirmava a Dalinda. – Ele é inocente.
        Mas não parecia muito convencida. Sozinhos, ela olhava a fotografia do formal e sacudia a cabeça. Ele protestava:
        -- O que é isso. Dá? Eu não passei todo o Carnaval na praia ao seu lado? Como é que eu podia estar em dois lugares ao mesmo tempo?
        -- Aí é que está. Se você não tivesse aparecido na praia de surpresa e feito questão de não sair do meu lado um só minuto ia ter certeza que não era você na foto. Agora, não sei não.
        -- Mas Dalinda...
        -- Não sei não...
                            Luís Fernando Verissimo. O sósia. O suicida e o computador.
 Porto Alegre: L&PM, 2000.
Entendendo a crônica:
01 – Releia o trecho:
        “[...]Telefonou um amigo:
        -- Eu te fiz alguma coisa?”
        Não é necessário reler o que vem antes desse trecho para entender a pergunta do amigo. Explique por que e o que o amigo quis dizer.
      Porque os parágrafos anteriores mostram que a situação do protagonista se repete: o amigo queria saber por que não tinha sido cumprimentado.

02 – “-- Olha. É você sem tirar nem...”. As reticências indicam a interrupção da fala do amigo. Complete essa fala com o único verbo possível no contexto.
      Cabe apenas o verbo pôr para completar a expressão “sem tirar nem pôr”. A expressão aparece anteriormente duas vezes.

03 – “Foi então que teve a premonição, como um frio na barriga”.
a)   O que a personagem previa?
Que seu sósia pudesse aparecer em algum noticiário sobre o Carnaval e que a mulher desconfiasse dele.

b)   O homem previu um acontecimento bom ou ruim? Justifique sua resposta.
Ruim, pois ele sentiu um frio na barriga.

c)   Para não contrariar sua premonição, o protagonista teve de abrir mão de um projeto. Qual?
Ele pretendia aproveitar os dias do Carnaval para colocar algumas coisas em ordem no seu escritório.

04 – Como você completaria a última fala da personagem na penúltima linha do texto?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Apesar das evidências, a mulher continuou desconfiada e desenvolveu um raciocínio que o marido não esperava. Releia o parágrafo que começa na linha 52 e explique esse raciocínio.
      O fato de o marido não ter desgrudado dela fez Dalinda supor que ele estivesse forçando um comportamento com o objetivo de disfarçar alguma falta cometida.

06 – O texto é quase todo escrito em forma de diálogo. Algumas duplas de alunos vão fazer uma leitura dramatizada do trecho que vai da linha 2 até 9.
a)   Agora, a classe comenta: que recurso da língua falada dá vida ao diálogo?
A entonação.

b)   Como a língua escrita procura indicar esse recurso? Dê exemplo que se encontra no próprio trecho dramatizado.
A língua escrita indica esse recurso por meio da pontuação. No trecho, o sinal de interrogação e o de exclamação.

07 – O autor emprega linguagem coloquial no texto. Reescreva no caderno as frases citadas a seguir, substituindo o que estiver destacado por termos ou expressões da língua formal:
a)   “Da primeira vez que lhe falaram ele nem ligou.”
Ele nem se importou/nem se preocupou/nem deu importância.

b)   “--- Estava no meu escritório, rapaz. Dando duro.”
Trabalhando com afinco.

c)   “--- Aí, hein?”
Divertindo-se, não?

d)   “--- Anda um cara por aí com a minha cara.”
Um indivíduo/uma pessoa; muito parecido(a) comigo/que é, eu(minha)sósia.

08 – “Como é que eu podia estar em dois lugares ao mesmo tempo?” Há uma palavra em língua portuguesa que define essa propriedade de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Você a conhece? Qual é?
      Ubiquidade, sinônimo de onipresença.

09 – “—Tomando um sorvetinho”. O sufixo -inho, nesse contexto, indica tamanho ou ironia?
      Indica ironia.


LENDA: A ALMA E O CORAÇÃO DA BALEIA - NEIL PHILIP - COM QUESTÕES GABARITADAS

Lenda: A alma e o coração da baleia
                                               Neil Philip

        Era uma vez um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe e foi parar no mar. Exatamente de tanto bater as asas, procurou um lugar para descansar, mas não avistou nenhum pedaço de terra no meio de toda aquela água.
        -- Vou morrer afogado! – Suspirou, já sem forças para continuar voando.
        Nesse exato momento, uma enorme baleia subiu à tona, e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou naquela bocarra aberta.
        Foi parar na barriga da baleia, onde, para seu espanto, deparou-se com uma casa muito limpa e confortável, bem iluminada e quentinha.
        Uma jovem estava sentada na cama, segurando uma vela acesa. 
        -- Fique à vontade, – disse ela amavelmente – mas, por favor, nunca toque em minha vela.
        O corvo, feliz da vida, prometeu que jamais faria tal coisa.
        A moça parecia inquieta. A todo instante se levantava, ia até a porta e voltava a sentar na cama. 
        -- Algum problema? O corvo perguntou. 
        -- Não...”, ela respondeu. 
        -- É só a vida... A vida e o ar que se respira.
        O corvo estava morrendo de curiosidade. Assim quando a jovem foi até a porta, resolveu tocar na vela para ver o que acontecia. E aconteceu que a moça caiu estatelada na sua frente e a luz se apagou.
        O mal estava feito. A casa ficou fria e escura, o cheiro de gordura e sangue deixou o corvo enjoado. Inutilmente ele procurou a porta par sair dali e, cada vez mais nervoso, começou a se coçar de tal modo que arrancou todas as penas. 
        -- Agora é que vou morrer congelado, – choramingou corvo, tremendo até os ossos.
        A moça era a alma da baleia, que a movimentava para a porta toda vez que enchia os pulmões de ar. 
        Seu coração era a vela acesa. Quando o corvo a tocou, a chama se extinguiu. Agora a baleia estava morta e guardava em seu interior o pássaro intrometido.
        Depois de muito chorar e pensar, o corvo finalmente conseguiu sair das escuras entranhas e sentou no dorso daquele imenso defunto. Ensebado, sujo, depenado, era uma tristíssima figura.
        A baleia morta ficou flutuando no mar até que desabou uma tempestade e as ondas a empurraram para a praia. Quando a chuva parou, alguns pescadores saíram para trabalhar e viram a baleia. O corvo também os viu e se transformou num homenzinho feio e estropiado. Então, em vez de confessar que se intrometera onde não fora chamado e destruíra algo de belo que não conseguia compreender, pôs-se a gritar: 
        -- Eu matei a baleia! Matei a baleia!
        E foi dessa forma se tornou um grande homem.

      Neil Philip. Volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000.

Entendendo a Lenda:

01 – Leia a frase abaixo: “Vou morrer afogado”, suspirou. Dê a causa do fato acima.
      O corvo já estava cansado de tanto voar e não avistar um pedaço de terra para pousar.

02 – Diante de determinados fatos, o personagem teve diferentes reações.
        Complete o quadro abaixo, identificando os fatos que provocaram cada uma destas reações. REAÇÕES/FATO:

·        Espanto: A barriga da baleia era um lugar limpo, iluminado, confortável e quentinho.

·        Curiosidade: A jovem moça segurar uma vela acesa.

03 – Transcreva do texto, o fato que ajudou o personagem a resolver o problema que estava enfrentando.
      “Nesse exato momento, uma enorme baleia subiu à terra, e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou naquela bocarra aberta.”
      “O mal estava feito. A casa ficou fria e escura.”

04 – Escreva a importância da moça e da vela acesa na vida da baleia.
      A moça era a alma da baleia. Seu coração era a lanterna acesa. “Aspectos” vitais para a sobrevivência de um ser.

05 – Leia o trecho abaixo:
        CAÇAR PARA VIVER.
        “A carne e outros produtos da baleia são muito importantes para os esquimós, que admiram e respeitam qualquer pessoa que consiga matar esse animal.”

        O trecho acima justifica o final da história? Por quê?
      O trecho acima justifica o término da história, mostrando porque o “homenzinho” passou a ser um herói. Mesmo matando uma baleia.




POEMA: OS DOIS - MANOEL DE BARROS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Os dois
                MANOEL DE BARROS


Eu sou dois seres.
O primeiro é fruto do amor de João e Alice.
O segundo é letral:
É fruto de uma natureza que pensa por imagens,
Como diria Paul Valery.
O primeiro está aqui de unha, roupa, chapéu e vaidades.
O segundo está aqui em letras, sílabas, vaidades e frases.
E aceitamos que você empregue o seu amor em nós.

                       BARROS, Manoel. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Entendendo o poema:
01 – O eu poético diz que é dois seres.
a)   A quem se refere ao explicar o “primeiro” ser?
Ele se refere aos seus pais.

b)   O que significa dizer que o segundo é “letral”?
Significa que ele e apaixonado pela escrita.

02 – Qual a característica marcante nos “dois seres” que o eu poético afirma ser? Como se pode perceber isso?
      É o amor. “E aceitamos que você empregue o seu amos em nós”.

03 – Quem é o autor?
      É Manoel de Barros.




TEXTO: JUCA DAS ROSAS - LÚCIA MINERS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: Juca das rosas
          
              Lúcia Miners

        Juca mora na favela. Ele é filho da lavadeira Eulália e está sempre atrás da mãe.
        Juntos eles sobem o morro para levar a roupa suja para lavar. Juntos eles descem o morro e vão levar a roupa limpa na casa da patroa.
        Juca acha a mãe à pessoa maias bonita e mais forte do mundo.
        Ele queria dar uma porção de rosas para a mãe, porque hoje é aniversário dela.
        Se existisse máquina de tirar retrato de pensamento, em cima da trouxa que Juca leva na cabeça, apareceria uma rosa.

       Lúcia Miners. Editora Ática.

Entendendo o texto:
01 – Qual é o título do texto?
      O título é “Juca das rosas”.

02 – Em que lugar Juca mora?
      Ele mora na favela.

03 – De quem ele é filho?
      Ele é filho de Eulália.

04 – O que Juca faz com a mãe?
      Sobem o morro para levar a roupa suja pra lavar.

05 – Qual a profissão da mãe de Juca?
      Ela é lavadeira.

06 – O que Juca acha da mãe dele?
      Ele acha uma pessoa mais bonita e mais forte do mundo.

07 – Por que Juca queria dar rosas para a sua mãe?
      Porque era aniversário dela.

08 – Você conhece uma favela?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – O que você acha de sua mãe? justifique.
      Resposta pessoal do aluno.


sexta-feira, 12 de abril de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): OBRIGADO MÃE - CRISTINA MEL - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Obrigado Mãe

                   Cristina Mel

A sua benção, mãeDeus te abençoe, minha filhaTe amo muitoDeus te abençoeUh-uh-uh
Sabe, mãeHoje eu peguei você ajoelhadaFalando com DeusAgradecendo pela benção de filhinhaQue um dia ele lhe deuPara alegrar seu coração e os dias seusUh-uh-uh
Sabe, mãeAinda estava em sua barriga e já sentia amorAté a música que mais gostavaEram as batidas do meu coraçãoEmbalando o seu sono e as emoções
Mas, sabe, mãeÉ você a maior benção que alguém já pôde terJá sei falar, andar, brincar e ainda sou o seu bebêObrigado mamãezinha, pelas noites mal dormidas
Obrigado, mãePra me fazer feliz, você até virou meninaRola comigo entre os meus brinquedos e me ensinaQue o melhor presente que eu ganhei da vida foi você
Mas, sabe, mãeÉ você a maior benção que alguém já pôde terJá sei falar, andar, brincar e ainda sou o seu bebêObrigado mamãezinha, pelas noites mal dormidas
Obrigada, mãePra me fazer feliz, você até virou meninaRola comigo entre os meus brinquedos e me ensinaQue o melhor presente que eu ganhei da vida foi você
MãeMãeMãe
Fonte: Musixmatch

Entendendo a canção:
01 – Que tema a canção aborda?
      O amor eterno e verdadeiro de uma mãe.

02 – Na sua opinião todas as pessoas recebem o amor e o carinho materno que o narrador expõem no texto? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – “Sabe mãe, hoje eu peguei você ajoelhada, falando com Deus”. Como você acha que podemos falar com Deus? Será que cantando falamos com “Ele”?
      Resposta pessoal do aluno.


04 – Produza um texto narrativo, no qual você exponha seus sentimentos de carinho por sua mãe, ou para quem te ama tanto quanto ela e cuida de você.
      Resposta pessoal do aluno.





FÁBULA: O GRANDE SÁBIO E O IMENSO TOLO - MILLÔR FERNANDES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O grande sábio e o imenso tolo
                Millôr Fernandes

        Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua estultície, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quando pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do aluno. Sugeriu:
        -- Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas. Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem. 
        -- Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava -, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu. Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.
        -- Está bem – concordou o professor – pode começar.
        -- Me diz, professor – perguntou o aluno, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
        O professor, sem sequer pensar, respondeu:
        -- Não sei; nem posso saber! Isso não existe.
        -- O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.
        -- Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando -, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
        -- Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.

        Moral: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.

                                       Millôr Fernandes
Entendendo a fábula:
01 – Quem são os personagens dessa fábula?
      O professor sábio e o aluno estulto.

02 – Onde se passa a história?
      Dentro de um ônibus interestadual.

03 – Qual foi a proposta feita pelo professor ao aluno?
      Que eles iriam fazer uma disputa de perguntas e respostas.

04 – De acordo com a fábula, qual seria o valor a pagar, para quem não acertar a resposta?
      O professor pagaria 100 pratas e o aluno pagaria 20 pratas.

05 – Quem fez a pergunta primeiro? Qual foi?
      Foi o aluno. O que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

06 – Quantos parágrafos possui a fábula?
      Possui 11 parágrafos.

07 – Qual o título da fábula?
      O grande sábio e o imenso tolo.

08 – Você concorda com a moral da história? Qual seria a sua?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Todas ações da fábula se passam no mesmo dia? Explique.
      De acordo com o texto, não tem condições de prever, pois, não aparece data e tempo de viagem.