domingo, 10 de março de 2019

POEMA: CAVERNA - ROSEANA MURRAY - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: CAVERNA
                      Roseana Murray


Houve um dia,
no começo do mundo,
em que o homem
ainda não sabia
construir sua casa.

Então disputava
a caverna com os bichos
e era aí a sua morada.


Deixou para nós
seus sinais,
desenhos desse mundo
muito antigo.

Animais, caçadas, danças,
misteriosos rituais.

Que sinais
deixaremos nós
para o homem do futuro.
Roseana Murray. Casas. Belo Horizonte: Formato, 1994.
Entendendo o poema:

01 – Qual é o título do texto?
      O título é Caverna.

02 – Quantas estrofes tem o poema?
     Possui 05 estrofes.

03 – Quem é o autor do texto?
      É Roseana Murray. 

04 – Por que os homens deixavam desenhos nas cavernas?
      Ele deixava relatos do mundo antigo: animais, caçadas, danças, misteriosos rituais, etc....

05 – Onde os homens moravam nesta época?
      Eles moravam em cavernas.

06 – Encontre no texto um adjetivo:
      Antigo e misteriosos.

07 – Escreva a profissão, com substantivos derivados, relacionadas as palavras abaixo:
a) Dente: Dentista.
b) Sapato: Sapateiro.
c) Vaca: Vaqueiro.
d) Peixe: Peixeiro.
e) Pizza: Pizzaiolo.
f) Relógio: Relojoeiro.
g) Ave: Avicultor.

08 – Escreva os substantivos primitivos relativos as palavras abaixo:
a) Doceria: Doce.
b) Laranjada: Laranja.
c) Bananeira: Banana.
d) Alfaiataria: Alfaiate.
e) Livreiro: Livro.
f) Papelaria: Papel.

09 – Agora é sua vez, responda a pergunta feita no texto. “Que sinais deixaremos nós para o homem do futuro?”
      Resposta pessoal do aluno.

CONTO: UMA HISTÓRIA DO SACI-PERERÊ QUE NINGUÉM TE CONTOU - EVELYN HEINE - COM GABARITO

Conto: Uma história do saci-pererê que ninguém te contou
           Evelyn Heine

        Todo o pessoal da floresta tem bronca do saci que vive aprontando com os outros, como a gente sabe. É levado mesmo.
        Um dia deu um nó no rabo da onça. Outro dia passou batom vermelho na bocona do jacaré. E pra tirar foi um sufoco danado! só dava aquela bocarra vermelha, com tanto dente branco dentro.
        Na mesma semana, o danado do saci passou cola num galho de árvore e uma coruja ficou lá grudada!
        Parece que ele já acordava com uma ideia de aprontar na cabeça.
        Mas, um belo dia, chegou a hora do troco. O saci-pererê recebeu uma carta.
         Era um convite para ser entrevistado no programa do Jô Soares, em São Paulo.
        Ele ficou todo orgulhoso, claro!
        Seria o representante do folclore brasileiro, falando para o país inteiro, via satélite.
        Então, ele pensou em colocar uma roupa bem bonita e também um sapato chique de verniz preto. Até comprou um gorro vermelho novo.
        No grande dia, ele se vestiu, passou perfume… mas aí chegou a hora de colocar sapato! não tinha jeito.
        Todo mundo coloca o sapato ficando em pé na outra perna.
        Mas o saci só tem uma perna, ora!
        Daí, pediu ajuda para a onça. Ela, é claro, deu a maior gargalhada!
        – Agora você vai ver que onça é pior que amigo da onça, seu bobão! – disse a pintada.
        Então o saci foi pedir uma mãozinha para o jacaré.
        – Quiá, quiá, quiá! – riu o bicho com seu bocão cheio de dentes.
        – Se depender de mim, você vai descalço mesmo!
        E o saci tentou de novo:
        – Ô dona coruja, me ajuda a calçar este sapato, vai! É só unzinho.
        A coruja pensou e respondeu que só ia ajudar se o saci prometesse não aprontar mais com ninguém. Ele já estava ficando atrasado pra sair. Desse jeito ia atrasar mais ainda o programa que já é atrasado sempre!
        – Olha aqui, dona coruja, eu vou dizer uma coisa pra senhora. Se eu ficar bonzinho e comportado, ninguém vai me reconhecer. A senhora vai acabar com o folclore, sabia?
        E era verdade.
        Saci-pererê é saci-pererê!
        Então a coruja, muito sábia, ajudou e, de sapato e cheiroso, o saci se mandou.
        Mas a verdade é que com a coruja, ele nunca mais aprontou!

 Heine, Evelyn. Uma história do saci-pererê que ninguém contou em
Acesso em 30 de nov. 2005
Entendendo o conto:
01 – Qual é o título do texto?
      Uma história do Saci-Pererê que ninguém te contou.

02 – Quem é o autor?
      Evelyn Heine.

03 – Qual é o personagem principal?
      O Saci-Pererê.

04 – Onde se passa a história?
      Na floresta.

05 – Quais são os personagens da história?
      O Saci-Pererê; a Onça; o Jacaré e a Coruja.

06 – O que sentiam os animais da floresta pelo saci?
      Eles tinham bronca do Saci. Pelas travessuras que aprontava.

07 – Por que o saci ficou feliz?
      Porque recebeu uma carta para participar de um programa de televisão.

08 – Qual foi a dificuldade do saci?
      Foi de calçar o sapato.

09 – Quem o ajudou?
      Foi a Coruja.

10 – O Saci a partir deste dia deixou de aprontar com quem?
a)   Onça.
b)   Coruja.
c)   Jacaré.



CRÔNICA: TINA ESPERA A PRIMAVERA - CAMILA PEREIRA DE FARIAS - COM GABARITO

Crônica: Tina espera a primavera


        Tina morava em um país no qual o inverno é longo e há muita neve. Ela se aborrecia com isso, e a cada manhã achatava seu nariz contra a vidraça para ver se a neve já havia derretido. Mas a neve, simplesmente, não queria desaparecer.
        – Quando começará finalmente a primavera? – ela perguntava, descontente, à sua mãe. – Quero brincar de novo no gramado e colher flores. A mãe pensou e então disse:
        – Os mensageiros da primavera são os sininhos-de-neve. Que tal você procurar por eles todo dia, no jardim? 
        Tina achou a ideia ótima. Colocou seu casaco e correu para fora em busca das flores. Infelizmente, não teve sucesso no início. Mas um dia encontrou, realmente, embaixo de um arbusto, os primeiros sininhos-de-neve. Cuidadosamente, colheu uma flor e correu para junto da sua mãe.
        – Mamãe! – chamou ela alegremente – Os mensageiros da primavera chegaram, o inverno logo acabará.
        Sua mãe a abraçou e ficou contente com ela. Certa manhã, a neve desapareceu e deu lugar ao sol, que passou a brilhar. Não importava que a terra ainda estivesse encharcada. Feliz da vida, Tina olhou pela janela e disse:
        – Bom dia, primavera!
                                                                       Camila Pereira de Farias
Entendendo a crônica:
01 – Qual o título do texto?
      Tina espera a primavera.

02 – Quem é o personagem principal do texto?
      É a Tina.

03 – Com o que Tina se aborrecia?
      Com a neve, porque ela queria brincar no gramado.

04 – O que Tina procurava todos os dias no jardim?
      Os sininhos-de-neve.

05 – Certo dia, a neve desapareceu e deu lugar ao Sol. Como Tina ficou?
      Ela ficou feliz da vida.

06 – Quem era os sininhos-de-neve?
      Eram as flores que iriam aparecer após a neve.

07 – Para você o que representa a frase: “- Bom dia primavera!”
      Resposta pessoal do aluno.



TEXTO: O ATO DE ESTUDAR - PAULO FREIRE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: O ato de estudar
         Paulo Freire

        Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
        Não se estuda apenas na escola.
        Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
        Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
        Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
        Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler.  São Paulo: Cortez, 2001. p.57-58.
Entendendo o texto:

01 – Identifique a finalidade do texto lido:
      O texto de Paulo Freire trata da importância do ato de estudar, tomando como ponto de partida uma situação de trabalho. Ele ressalta que o referido ato é desafiador, visto que pressupõe a disciplina e o olhar diferenciado. Em outras palavras, é criar e recriar.  

02 – Registra-se uma opinião na passagem:
a) “Tinha chovido muito toda noite.”
b) “Era difícil andar.”
c) “Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.”
d) “Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.”

03 – “Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal.”. Nesse segmento, os verbos sublinhados expressam:
a) uma ordem
b) um desejo
c) uma orientação
d) uma advertência

04 – “Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno.”. Por que o verbo “havia” foi empregado no singular nesse trecho?
      Porque o verbo “haver”, quando sinônimo de “existir” (como é o caso dessa oração) ou “acontecer” é impessoal, isto é, não tem sujeito e, por isso, sempre se flexiona no singular.

05 – Em “Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem.”, o termo destacado introduz:
a) uma comparação
b) uma explicação
c) uma oposição
d) uma conclusão

06 – Em todas as alternativas, os termos grifados indicam a ideia de tempo, exceto em:
a) “Às vezes, os pés apenas escorregavam nela.”.
b) “Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno […]”
c) “Pedro e Antônio estudaram enquanto
d) “Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza […]”


sexta-feira, 8 de março de 2019

POEMA: A FOCINHEIRA - TRILUSSA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: A focinheira
    
                        Trilussa

-- Sabe que sou fiel e afeiçoado,
Dizia o Cão ao Homem, e disposto
A tudo, mesmo a ser sacrificado
Cumprindo as suas ordens. Isto posto,
Quero falar agora, com franqueza:
A focinheira põe-me deprimido;
Por que não dá-la ao Gato, que é fingido,
Apático e traidor por natureza?

O Homem responde: – Mas a focinheira
Lembra sempre a existência de um patrão
Que te protege e, de qualquer maneira,
É quem te ampara e te garante o pão.

Já que assim é, o dito por não dito!
Corrige o Cão, desculpe-me a besteira.
E, desde aí, com ar convicto,
Passou a falar bem da focinheira!
           Trilussa, in Versos de Trilussa. Tradução de Paulo Duarte
Entendendo o poema:

01 – O que significa focinheira?
      É um acessório usado nos animais para evitar que venha a morder pessoas ou outros animais.

02 – Por que o cão não queria usar a focinheira?
      Porque o deixava deprimido e porque ele se achava fiel e afeiçoado.

03 – A quem o cão queria que desse a focinheira? Por quê?
      Ao gato. Porque ele é fingido, apático e traidor por natureza.

04 – De acordo com o poema, qual foi a alegação feita ao cão, para que ele usasse a focinheira?
      A focinheira lembra que o cão tem um dono, que ampara e sustenta.

05 – Qual foi a atitude do cão depois da resposta dada pelo homem?
      Ele aceitou e concordou, e passou a falar bem da focinheira.

06 – Quem é o autor do poema?
      Trilussa.

07 – Quem são as personagens do poema?
      O homem e o cão.



CRÔNICA: CRIANÇA DIZ CADA UMA - MÁRIO PRATA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Crônica: Criança diz cada uma

        Aninha já estava com dois anos. Loira, linda. Nunca tinha cortado os cabelos. Eram amarelos-ouro e cacheados. “Parecia um anjinho barroco”, diz a mãe coruja.
        Lá um dia, a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros. Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura.

        – Mamãe vai cortar o cabelinho da Aninha.
        – Aninha olha para a tesoura, se apavora.
        – Não quero, não quero, não quero!!!
        – Não dói nada…
        – Não quero! Já disse.
       E sai correndo. A mãe sai correndo atrás. Com a tesoura na mão. A muito custo, consegue tirar a filha que estava debaixo da cama, chorando temendo o pior. Consola a filha. Sentam-se na cama. Dá um tempo. A menina para de chorar. Mas, não tira o olho da tesoura.
        – Olha, meu amor, a mamãe promete cortar só dois dedinhos.
     Aninha abre as duas mãos, já submissa, desata o choro, perguntando, olhando para a enorme tesoura e para a própria mãozinha:
        – Quais deles, mãe?

Mário Prata. “100 crônicas de Mário Prata”. São Paulo: Cartaz editorial, 1997.

Entendendo a crônica:
01 – O objetivo de quem escreveu o texto é:
a) informar sobre um fato ocorrido.
b) expor uma opinião.
c) criticar um comportamento infantil.
d) contar uma história.

02 – A mãe de Aninha resolveu cortar os cabelos da filha porque:
a) Aninha já estava com dois anos.
b) nunca tinha cortado os cabelos da filha.
c) os cabelos da menina eram amarelos-ouro e cacheados.
d) as melenas de Aninha já estavam nos ombros.

03 – Por que Aninha não quer cortar os cabelos?
      Porque Aninha apavorou-se com o tamanho da tesoura.

04 – “Criança diz cada uma”. A que o autor do texto se refere?
      A mãe de Aninha lhe disse que cortaria só dois dedinhos (do cabelo da filha). Mas, a menina achou que a mãe estava se referindo aos dedos das mãos e perguntou “Quais deles, mãe?”.

05 – Grife os termos que retomam o referente Aninha nas frases a seguir:
a) “[…] e resolve dar um trato na cabeça da criança […]”
b) “Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura.”
c) “A muito custo, consegue tirar a filha que estava debaixo da cama […]”
d) “A menina para de chorar.”

06 – “A menina para de chorar. Mas, não tira o olho da tesoura.”. Essa frase pode ser reescrita da seguinte forma:
a) “A menina para de chorar. Porém, não tira o olho da tesoura.”
b) “A menina para de chorar. Portanto, não tira o olho da tesoura.”
c) “A menina para de chorar. Porquanto, não tira o olho da tesoura.”
d) “A menina para de chorar. Afinal, não tira o olho da tesoura.”

07 – No trecho “Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura.”, a palavra destacada poderia ser substituída por:
a) preocupada
b) desconfiada
c) aflita
d) impaciente

08 – A maior parte dos verbos no texto está no tempo:
(  ) passado.
(X) presente.
(  ) futuro.

09 – Em “Mamãe vai cortar o cabelinho […].”, a locução grifada tem o sentido do verbo:
a) cortaria
b) cortou
c) cortará
d) cortava.

10 – A ação da narrativa começa quando:
(a) Aninha sai correndo.
(b) Aninha abre as duas mãos.
(c) a mãe promete cortar só dois dedinhos.
(d) a mãe pega uma enorme tesoura.

11 – As palavras "menina", "que" e "filha" referem-se a Aninha e são utilizadas com a intenção de:
(a) dar continuidade ao texto, evitando a repetição do nome de Aninha.
(b) reforçar a ideia de que a mãe é a personagem principal do texto.
(c) fazer substituições desnecessárias para o entendimento do texto.
(d) tornar o texto incoerente.

12 – A história ganha ritmo mais acelerado pelo uso das seguintes palavras:
(a) nunca, atrás, debaixo.
(b) correndo, chorando, temendo.
(c) loira, cabelo, enorme.
(d) tempo, tesoura, própria.

13 – “A mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros.” Desse trecho compreende-se que:
(a) para a mãe, os cabelos já estavam compridos e era hora de cortá-los.
(b) para a menina, os cabelos estavam compridos, mas não precisavam ser cortados.
(c) tanto para a mãe quanto para a menina os cabelos precisavam de um corte.
(d) os cabelos já não eram mais amarelos-ouro, por isso precisavam ser cortados.

14 – “-- Não quero, não quero, não quero!!!.” A repetição de não quero e as três exclamações seguidas indicam que:
(A) a mãe perdeu a paciência com a menina.
(B) Aninha vai cortar o cabelo.
(C) Aninha está falando calmamente.
(D) Aninha está praticamente gritando.
  Atividade retirada do Saresp 2007, disponível na internet




POEMA: VIA LÁCTEA - SONETO XIII - OLAVO BILAC - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: VIA LÁCTEA - Soneto XIII
     
                          Olavo Bilac

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto


A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

Entendendo a poema:
01 – O eu lírico do poema dirige-se em versos:
a) ao leitor       
b) as estrelas       
c) a um amigo        
d) a Via Láctea

02 – “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo/ Perdeste o senso!” os versos em destaque expressam:
a) uma censura        
b) uma sugestão        
c) uma proibição       
d) uma indagação

03 – De acordo com o eu lírico, para comunicar-se com as estrelas é necessário:
a) perder o senso
b) abrir as janelas
c) acordar durante a noite
d) estar amando.

04 – O verso “Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,” revela:
a) uma postura racional do eu lírico.
b) o predomínio da emoção sobre a razão do eu lírico.
c) uma contenção de sentimentos por parte do eu lírico.
d) um comportamento desprendido por parte do eu lírico.

05 – “... Pois só quem ama pode ter ouvido/Capaz de ouvir e de entender estrelas.” os versos destacados apresentam:
a) uma consequência     
b) um conselho           
c) uma explicação       
d) uma crítica

06 – “Tresloucado amigo! / Que conversas com elas? Que sentido / Tem o que dizem, quando estão contigo?” O uso de aspas nesses versos indica:
a) reprodução de uma fala.
b) presença de gíria.
c) existência de uma crítica.
d) utilização de ironia.