sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

HISTÓRIA: PAIXÃO DE MENINO - DILÉA FRATE - COM GABARITO

História: PAIXÃO DE MENINO 
               Diléa Frate
                                        
        Luisinho tinha dez anos e uma fantasia: casar coma professora de trinta. Vinte anos pode não ser muita diferença quando se trata de dona Mariana, mulher bonita, [...] ah! Luisinho morria de amores por aquela professora.       Um dia, dona Mariana aproximou-se de Luisinho e viu um coração vermelho e flechado que ele fazia durante a aula. ''O que é isso Luisinho?'' Luisinho ficou vermelho como um tomate e escondeu a página. '' Me deixa ver o que você está fazendo.'' "Não posso é segredo.'' Respondeu Luisinho. A molecada da sala começou a cantar: '' Com quem será.... Com quem será.... Com quem será que o Luisinho vai casar...''. Nervoso sem saber direito o que fazer, Luisinho encheu o peito de coragem, estendeu o papel com o coração para a professora e disse brincando, '' Quer casar comigo?''. Toda a sala aplaudiu. Dona Mariana sorriu. Ela sabia como pode voar a imaginação apaixonada de um menino de dez anos.

Diléa Frate. Tirada do livro: Histórias para acordar. São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 1996. p. 8.
Entendendo a história:
01 – Complete as frases, substituindo as palavras destacadas por substantivos abstratos que indiquem ações equivalentes. Veja o modelo:
O time de futebol da escola tem muitas chances de se recuperar.
O time de futebol da escola tem muitas chances de recuperação.

a)   Ele participa de festas de peão para se divertir.
Ele participa de festas de peão por diversão.

b)   O diretor vai permitir que os alunos excursionem no final do ano.
O diretor vai dar permissão para que os alunos façam uma excursão no final do ano.

c)   A indústria e o comércio têm possibilidade de expandir seus negócios nessa região.
A indústria e o comércio têm possibilidade de expansão de seus negócios nessa região.

d)   Depois da copa, muitos jogadores vão rescindir seus contratos com os clubes.
Depois da copa, muitos jogadores vão fazer a rescisão de seus contratos com os clubes.

02 – O que é, o que é? Responda com um substantivo simples e comum:
a)   Nasce grande e morre pequeno? Lápis.
b)   É surdo, mudo e conta tudo? Livro.
c)   É verde mas não é capim, é branco mas não é algodão, é vermelho mas não é sangue, é preto mas não é carvão? Melancia.
d)   Quanto mais se tira mais se tem? Fotografia.
e)   Está sobre o coração e também em cima da mão? O til.
f)    Se quebra quando se fala? Segredo.
g)   Uma caixinha de bom parecer e não há carpinteiro que a possa fazer? Amendoim.
h)   Tem braços mas não é gente; tem leito e não é cama? Rio.



POEMA: DOENTE ANÔNIMO - SÉRGIO CAPPARELLI - COM GABARITO

Poema: Doente anônimo
         
    Bilhete encontrado na sala de aula pela turma da limpeza
                                Sérgio Capparelli


Doutora, meu amor adoeceu,
Anda perrengue, estropiado,
Tem fígado roto
E o coração em descompasso.

--Doutora, não sei o que faço!

Meu amor sofre de artrite,
Stress, falta de viço,
Magro, magérrimo,
Quase morre de cansaço



--Doutora, não sei o que faço!

Meu coração,
Não sai mais a galope,
Nem a trote, como antes.

--Doutora, ele agora, muito triste,
Segue a passo, lento passo.
Doutora, linda doutora,
O que é que faço?
                                  Restos de arco-íris. 8. ed. Porto Alegre: L&PM, 2005. p. 32

Entendendo o poema:

01 – Abaixo do título do poema, há a informação: “Bilhete encontrado na sala de aula pela turma da limpeza.”
a)   Levante hipóteses: Por que há esse tipo de informação no texto?
Para sugerir que o eu lírico é uma pessoa em idade escolar.

b)   Quem é o “doente anônimo”?
É o eu lírico do poema.

c)   Discuta com os colegas: O texto é um poema ou um bilhete?
Trata-se de um poema, pois apresenta versos, estrofes, rimas, etc. Contudo, o conteúdo do poema simula uma situação em que um estudante escreve um poema par uma “doutora”.

02 – O locutor ou enunciador se dirige a uma pessoa.
a)   A quem ele se dirige? Que palavra(s) usa para nomeá-la?
Dirige-se a uma “doutora”, que é chamada assim por quatro vezes e uma vez como “linda doutora”.

b)   Qual é a função sintática desse termo no poema?
Vocativo.

c)   Qual é a profissão dessa pessoa? Justifique sua resposta.
É uma médica, pois há referência, no poema, a várias doenças, como artrite, stress, magreza, cansaço.

03 – O eu lírico, ao recorrer a esse tipo de profissional, tem uma finalidade em vista.
a)   Para que ou para quem ele procura ajuda?
Para o seu amor.

b)   Levante hipótese: O que pode ter acontecido a ponto de o eu lírico procurar ajuda?
Provavelmente, o amor do eu lírico não á mais correspondido; por isso anda fraco, doente, sem ânimo.

04 – Note que, na última estrofe, o eu lírico deixa de chamar seu interlocutor de “doutora” e passa a chama-la de “linda doutora”.
a)   O que essa mudança sugere?
Sugere que ele passou a observá-la melhor e notou que a doutora é linda.

b)   Você acha que o eu lírico vai conseguir resolver seu problema? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que a expressão “linda doutora” seja penas uma gentileza do enunciador. Contudo, pode ser que o eu lírico esteja começando a se apaixonar pela doutora. Nesse caso, ele resolveria rapidamente o problema de seu coração, desde que seja correspondido.

05 – O vocativo foi empregado seis vezes no poema. Levante hipóteses: O que justifica o emprego tão frequente desse termo no texto?
(  ) O eu lírico destaca seus próprios sentimentos; logo, coloca-se em destaque constantemente por meio do vocativo.
(X) O eu lírico procura persuadir seu interlocutor a ajuda-lo a resolver seu problema sentimental; daí a ênfase no interlocutor, expressa pelo vocativo.
(  ) O interlocutor do eu lírico, a doutora, procura enfatizar os sentimentos dele por meio do vocativo; daí a frequência desse termo no poema.


TEXTO: ARRAIAS SÃO ANIMAIS PERIGOSOS - LUÍS INDRIUNAS - COM GABARITO

Texto: Arraias são animais perigosos


       O apresentador nadava acima dela e o cinegrafista por baixo. Encurralada, a arraia atingiu-o no peito com seu ferrão. Steve, ferido no coração, morreu na hora.

      As arraias, que vivem tanto no mar quanto em rios, são mansas e só atacam quando se sentem ameaçadas. Foi o que aconteceu com a que matou o apresentador de TV australiano Steve Irwin, “o caçador de crocodilos”, em setembro. Apesar de a polícia não ter liberado o vídeo que Steve fazia quando morreu, há relatos de que a arraia de ferrão se assustou com a presença dele e do cinegrafista. O apresentador nadava acima dela e o cinegrafista por baixo. Encurralada, a arraia atingiu-o no peito com seu ferrão. Steve, ferido no coração, morreu na hora. “Não dá para saber exatamente qual a espécie que atacou Irwin, mas todas elas agem de maneira semelhante”, afirma o zoólogo Hugo Ricardo Santos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
        Existem 39 espécies de arraias com ferrão – ele equipa todos os peixes com a aparência clássica de uma arraia, chata e com cauda em forma de chicote. Esses animais são encontrados em toda a costa brasileira e na maioria de nossos rios.
        A vítima da ferroada sente uma dor aguda e sofre um ferimento de cicatrização difícil, de consequências como necroses (morte de tecidos) ou problemas cardiorrespiratórios. Ainda assim, acidentes fatais com humanos são bastante raros – é preciso que um órgão vital seja atingido ou que a pessoa seja muito sensível à peçonha.
        Assim, é bom ficar longe delas. Evite nadar quando a maré está baixa (e elas ficam mais expostas). Lugares com lama e com poucas ondas são alguns dos prediletos das arraias. Pescadores e ribeirinhos, vítimas comuns desses animais, costumam dar outra dica: ao entrar na água, não dê passos largos – arraste os pés para avisar a arraia, que tem tempo de fugir sem que ninguém saia ferido.
        O jornalista Luís Indriunas teve o pé direito ferroado por uma arraia em 1999, no Pará.
      Luís Indriunas. Revista Superinteressante. São Paulo.
Abril, ed. 231, out. 2006. p. 50.
Entendendo o texto:

01 – Esse texto foi publicado em uma seção da revista chamada “SuperRespostas”.
a)   O texto responde objetivamente à pergunta “arraias são animais perigosos”? Explique.
Não, apenas traz informações, como os possíveis efeitos de ataques ou como evita-los, para que o leitor tire sua conclusão.

b)   Com base na leitura desse texto, o que você responderia se lhe perguntassem se as arraias são perigosas?
Resposta pessoal do aluno.

02 – Das alternativas abaixo, copie em seu caderno aquelas que correspondem a tópicos abordados no texto.
a)   Classe a que pertencem.
b)   Dimensões de cada espécie.
c)   Habitat.
d)   Aparência das espécies mais conhecidas.
e)   Aparência das espécies com ferrão.
f)    Consequências da ferroada.
g)   Incidência de mortes depois de uma ferroada.
h)   Precauções para evitar ferroadas.

03 – Qual pode ser a razão de não terem sido abordados todos os tópicos?
      A pergunta que motivou o texto diz respeito especificamente ao perigo representado pelas arraias aos seres humanos; por isso, o texto fala de características desses animais que tenham relação com os acidentes em que ocorrem ferroadas.

04 – No final do texto, o autor adverte o leitor. Releia o trecho.
        “[...] ao entrar na água, não dê passos largos – arraste os pés para avisar a arraia, que tem tempo de fugir sem que ninguém saia ferido.”
a)   A quem se refere o pronome ninguém?
À arraia e à pessoa que tenha entrado na água.

b)   Se uma pessoa pisar na arraia, ou seja, se a arraia for ferida, qual é a probabilidade de a pessoa também ser ferida?
Pode-se entender que a arraia sempre rege com uma ferroada aos pisões acidentais; então, numa situação dessas é grande a probabilidade de a pessoa ser ferida.

c)   O uso do pronome ninguém permite ao leitor perceber um pouco da visão de mundo do autor. Como você imagina que ele considera a relação entre as pessoas e os animais?
Pode-se imaginar que ele respeita os animais e que deseja evitar-lhes sofrimento desnecessário.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

FILME(ATIVIDADES): OS ESTAGIÁRIOS - SHAWN LEVY - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): OS ESTAGIÁRIOS

Data de lançamento 30 de agosto de 2013 (2h 00min)
Direção: Shawn Levy
Gênero Comédia
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
Não recomendado para menores de 12 anos
        Billy (Vince Vaughn) e Nick (Owen Wilson) são grandes amigos e trabalham juntos como vendedores de relógios. Eles são pegos de surpresa quando seu chefe (John Goodman) fecha a empresa, por acreditar que o negócio esteja ultrapassado. Com problemas financeiros, eles conseguem a inscrição em uma seleção de estágio no Google. Mesmo sem terem a garantia que serão contratados, eles partem para a sede da empresa e lá precisam lidar com a diferença de idade entre eles e os demais competidores.

Entendendo o filme:
01 – Qual o grande desajuste no Processo de Atração dos candidatos Billy e Nick frente aos demais candidatos para trabalhar no Google desde que resolveram se aplicar para ser estagiários?
      O grande desajuste no Processo de Atração dos candidatos Billy e Nick em frente aos demais candidatos é fato deles terem mentindo sobre a formação deles, e também pelo fato dos dois serem mais velhos.

02 – Quais habilidades interpessoais é possível reconhecer em cada um deles, dê exemplos das situações demonstradas no filme.
      Resolver conflitos, liderança e trabalho em equipe. Resolver conflito: na entrevista, quando os colocaram na situação do liquidificador. Liderança e Trabalho em equipe: No jogo de Quadribol, quando estão perdendo o jogo, Billy lidera o grupo dando exemplos pessoais, e assim eles começam a trabalhar em equipe e melhoram no jogo.

03 – Tais habilidades interpessoais foram realmente checadas em algumas das etapas que se submeteram durante o Processo de Recrutamento e Seleção para estagiários?
      Quando fala que eles encolheram e caíram dentro do liquidificador e assim eles têm que descobrir o que fazer. Nessa parte podemos ver a habilidade resolver conflito, quando eles tiram proveito da situação e conseguem solucionar o problema.

04 – Comportamento de Billy e Nick era previsível dentro do ambiente da empresa? Por que?
      Sim, pois eles tinham acabado de sair da zona de conforto deles, e estava indo para um mercado totalmente diferente do que eles conviviam. O fato deles não estarem realmente estudando e nunca ter tido contato com aquele ambiente tecnológico, também mostra que estava evidente o comportamento deles.

05 – É possível afirmar que eles estavam Satisfeitos no Trabalho, Envolvidos com o Trabalho e demonstravam Compromisso Organizacional?
      Sim, Apesar de eles estarem em um novo ambiente, eles se mostraram um bom compromisso no quesito de tentar conseguir a vaga de estágio. Eles tiveram algumas dificuldades, mas nem por isso desanimaram.
Eles estavam satisfeitos, pois eram produtivos, dessa forma também estavam envolvidos, pois tentavam dar o máximo de si para conseguir cumprir as tarefas, mesmo não sabendo exatamente como conseguir. Isso leva ao compromisso organizacional, já que eles estavam empenhados e sempre tentavam chegar ao objetivo proposto.

06 – Qual é a ideia central do filme?
      A ideia central do filme é a aventura pela qual passaram dois homens que foram estagiar para a Google, mesmo sem qualificações para isso.

07 – Como os protagonistas Billy e Nick se comportam na busca pelo emprego?
      Billy e Nick precisam ambos de emprego. Então, desesperados, resolvem tentar um estágio na Google, o que foi imprudente, visto que não possuíam as qualificações necessárias para isso.

08 – Faça um breve comentário sobre a influência das tecnologias e o conhecimentos para o desenvolvimento do profissional.
      Hoje em dia, em quase todos os trabalhos é necessário ter alguns conhecimentos tecnológicos, dado que o mundo está a evoluir e com isso as empresas mudam a sua maneira de conectar com outras empresas e vários clientes de todo o mundo. Ou seja, a tecnologia é sinal de evolução na maneira de trabalho, por isso qualquer pessoa que pense trabalhar para uma empresa do gênero da Google deve considerar os seus conhecimentos acerca deste tema.

09 – Os personagens passaram por dificuldades profissionais e tiveram que recomeçar do zero e arriscar em um trabalho que poderia não dar certo. Se você estivesse na mesma situação dos personagens o que você faria?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Eu arriscaria, mas estudava antes de começar o estágio, para saber pelo menos o básico.

10 – Billy e Nick entraram na Google sem nenhuma formação e tiveram que estudar muito e aprender algo novo para conseguir realizar os desafios propostos. Qual a importância do aprendizado contínuo e de se manter sempre informado para o profissional da atualidade? 
      O mundo é um local de evolução constante. Tudo muda a cada segundo, e nós temos de mudar se quisermos acompanhar aquilo que nos rodeio. Porém, mudar não é necessariamente mau. Aprender coisas novas ao longo da nossa vida é o que faz dela colorida e cheia de sensações novas e vibrantes. Se não fosse necessário ir à descoberta do desconhecido, mais valia ficarmos sentados numa cadeira até às morte, porque a vida seria apenas um relógio com os ponteiros a andar.


FÁBULA: O CAMPONÊS E A SERPENTE - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: O Camponês e a Serpente
           Esopo

        Não há boa ação capaz de desfazer os efeitos já consumados de uma má ação...
 
        Um agricultor, homem simples do campo, caminhava pela sua pequena propriedade numa bucólica manhã de inverno a examinar seu plantio, quando, sobre o chão ainda coberto pela neve da noite anterior, viu uma Serpente que jazia completamente enrijecida e congelada pelo intenso frio.
        E embora soubesse o quanto aquela Serpente poderia ser mortal, ainda assim, comovido pelo estado da pobre criatura, pegou-a com cuidado, e com a intenção de aquecê-la e salvar sua vida, colocou-a no bolso do seu casaco.
        E em pouco tempo, a Serpente, aquecida naquele confortável ambiente que a protegia do frio, foi recuperando suas forças. Ao sentir-se viva outra vez, colocou a cabeça para fora do bolso do sobretudo daquele homem que lhe salvara a vida e mordeu seu braço. E ao sentir a inesperada picada, o lavrador logo se deu conta da gravidade daquele ferimento. E caindo desfalecido pelo efeito do mortal veneno, sabia que apenas poucos minutos de vida lhe restavam.
        E em seu último suspiro, ergueu com dificuldade a cabeça, e disse: 
        -- “Aprendi com o meu trágico destino, que nunca deveria apiedar-me de alguém que por natureza já nasceu mau...”
        Moral da História 1: Do ponto de vista de um ingrato, não há boa ação que o favoreça, nem benfeitor que o apeteça...
        Moral da História 2: Maldade de berço não se corrige com reza nem terço...
                                                                          Fábula de ESOPO

Entendendo a fábula:

01 – Explique o que é fábula?
      Narrativa curta contendo lição de moral. Os personagens são animais que agem como se fossem pessoas.

02 – Quem é o autor da fábula “O Agricultor e a Serpente”?
      ESOPO.

03 – O que você entendeu ao ler essa fábula? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.

04 – No dicionário, procure o significado das seguintes palavras:
- Bucólica: Poesia pastoril, écloga.
- Plantio: Efeito de plantar, plantação.
- Enrijecido: Enrijar.
- Lavrador: Aquele que trabalha na lavoura.
- Gravidade: Quantidade de grave.
- Desfalecido: Tirar as forças, enfraquecer.
- Apeteça: Desejar, ter apetite de.

05 – Qual foi a reação da Serpente quando acordou?
      Colocou a cabeça para fora do bolso do casaco e mordeu o braço do homem.

06 – O agricultor se arrependeu de ter ajudado a Serpente?
      Sim. Porque a cobra deu como agradecimento a sua mordida mortal.

07 – Qual é a moral da fábula?
      “Maldade de berço não se corrige com reza, nem terço.

08 – De acordo com o texto, explique estas expressões com suas palavras:
a)   “E embora soubesse o quanto aquela Serpente poderia ser mortal...”
Que mesmo ele sabendo que poderia ser morto, ainda assim quis ajudar.

b)  “Ao sentir-se viva outra vez...”
Ela achou que podia tudo, se sentiu a poderosa.





CRÔNICA: "CHATEAR" E "ENCHER" - PAULO MENDES CAMPOS - COM GABARITO

Crônica: Chatear” e “encher”
             Paulo Mendes Campos

        Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: você telefona para um escritório de  qualquer na cidade.
        — Alô, quer me chamar por favor o Valdemar?
        — Aqui não tem nenhum Valdemar.
        Daí a alguns minutos você liga de novo.
        — O Valdemar, por obséquio. 
        — Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar.
        — Mas não é do número tal?
        — É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar.
        Mais cinco minutos, você liga o mesmo número:
        — Por favor, o Valdemar já chegou?
        — Vê se te manca palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui?
        — Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.
        — Não chateia.
        Daí a dez minutos, ligue de novo.
        — Escute uma coisa: o Valdemar não deixou pelo menos um recado?
        O outro dessa vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.
        Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação:
        — Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar! Alguém telefonou para mim?

                   Paulo Mendes Campos, in Para gostar de ler – Crônicas

Entendendo a crônica:

01 – Na crônica são construídas relações envolvendo narrador e personagens. Sobre o assunto, assinale a afirmativa correta:

a)   A fala – É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar, sinaliza o início da perda de paciência da pessoa que atende ao telefone.
b)   Desde o início do texto, a pessoa que telefona mostra-se irritada com quem fala.
c)   O uso do artigo o antes de Valdemar revela o distanciamento entre Valdemar e a pessoa que o procura.
d)   O autor cria uma relação lúdica entre Valdemar e os funcionários do escritório.
e)   A presença da datilógrafa é motivo para que o funcionário que atende ao telefone mantenha, durante a conversa, comportamento polido.
02 – Quais são as dicas dadas no texto para chatear quem atende o telefone?
      Ligar várias vezes, dizendo a mesma coisa.

03 – Quando a situação descrita deixa de chatear e passa a encher quem atende, segundo o narrador?
      Quando o atendente percebe que está sendo passado por idiota, bobo.

04 – A situação descreve um trote por telefone. Explique com suas palavras o que é um trote.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É uma tentativa de ridicularizar, zombaria.

05 – Releia este trecho.
        “O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.”
a)   Por que as coisas ditas por quem recebe o trote são impublicáveis?
Porque são palavrões, besteiras.
b)   Onde não poderiam ser publicadas?
Na crônica.
c)   O que a pessoa que recebia o trote estava sentindo naquele momento.
Estava com muita raiva, por estar atrapalhando o seu serviço.

06 – No início da conversa pelo telefone as repostas de quem atende são educadas. No decorrer das ligações essa relação se mantém ou se modifica? Por quê?
      Se modifica. Porque a pessoa começou a chatear com aquela brincadeira.

07 – Você já recebeu um trote ou conhece alguém que recebeu? Você acha essa história possível de acontecer no dia a dia?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Assinale as alternativas que melhor explicam as características de uma crônica.

(X) O cenário onde os acontecimentos se desenvolvem são espaços familiares aos personagens.

(  ) O humor é uma característica marcante.


(  ) Os acontecimentos não se referem a fatos comuns ao dia a dia das pessoas.

(X) Os personagens são seres humanos normais como qualquer um de nós.

(X) As crônicas narram fatos comuns ao dia a dia.