sábado, 3 de novembro de 2018

GÊNERO TEXTUAL: RECEITA - DE BRIGADEIRO - COM QUESTÕES GABARITADAS


Receita: De Brigadeiro

Ingredientes:
1 lata de leite condensado.
4 colheres de sopa de chocolate em pó.
1 colher de sopa (cheia) de manteiga.
Chocolate granulado.



Modo de fazer:
Misture todos os ingredientes numa panela e ponha para ferver, em fogo brando. O ideal é mexer sempre, com uma colher de pau.
Deixe ferver até ele começar a desgrudar do fundo da panela.
Quando estiver no ponto, despeje em uma vasilha rasa, par esfriar.
Depois de frio, enrole os brigadeiros. Para facilitar, passe um pouco de manteiga na mão. Por fim, passe no chocolate granulado.

Entendendo a receita:
01 – Quais são os ingredientes utilizados?
      Leite condensado, chocolate em pó, manteiga e chocolate granulado.

02 – Ingredientes são:
(A) Os produtos usados para fazer a receita.
(B) O modo de preparar as receitas.
(C) As pessoas que fazem a receita.
(D) Os livros de receita.

03 – Depois de enrolar os brigadeiros, o que mais acrescenta?
      O chocolate granulado.

04 – A primeira coisa a fazer ao preparar a receita é:
(A) Mexer com a colher de pau.
(B) Colocar todos os ingredientes na panela e levar ao fogo.
(C) Despejar numa vasilha para esfriar.
(D) Passar chocolate granulado.

05 – De acordo com a receita devemos enrolar os brigadeiros somente quando a massa estiver:
(A) Quente.
(B) Na manteiga.
(C) No fundo da panela.
(D) Fria.





CONTO: A VIDA DO HOMEM - XAVIER MARQUES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: A vida do Homem
                Xavier Marques

        Deus criou o homem e disse-lhe:
        — Vai, serás o senhor da terra e o animal superior. Grandes trabalhos e surpresas te esperaram, mas de tudo triunfarás, se fizeres a tua parte.

        A tua felicidade depende muito do teu querer. Viverás 30 anos.
        O homem ouviu e calou-se.
        Deus criou o burro e disse-lhe:
        — Vais viver como escravo do homem, conduzi-lo e a todos os fardos que te puserem às costas.
        Serás bastante discreto e paciente para suportar, além da pesada carga, as privações que te forem impostas durante as viagens. Viverás 50 anos.
        — Escravidão, cargas, privações e viver 50 anos… É muito, Senhor. Bastam-me 30.
        Deus criou o cão e disse-lhe:
        — Vais ser o companheiro do homem, de quem guardarás sempre alerta a porta, servindo-o com inteira obediência, ainda que não recebas mais do que um osso para matar a fome. Sofrerás açoites, mas, humilde e fiel, tens que lamber a mão que te castiga. Viverás 30 anos.
        O cão pensou e refugou:
        — Vigiar dia e noite, açoitado, padecer fome e viver 30 anos… Não, Senhor, quero apenas 10.
        Deus criou o macaco e disse-lhe:
        — Vai, o teu ofício é alegrar o homem, saltando de galho em galho, ou atado a um cepo, procurarás, imitando-o o bom humor. Viverás 50 anos.
        O macaco pestanejou e pediu:
        — Senhor, é demasiado para tão indigno mister. Basta-me viver trinta anos.
        Tomando, então, a palavra, disse o homem:
        — Vinte anos que o burro não quis, vinte que o cão enjeitou, vinte que o macaco recusa, dai-me os, Senhor, que trinta anos é muito pouco para o rei dos animais.
        — Queres? Respondeu o Criador. Viverás, assim noventa anos, mas com uma condição. Cumprirás, em tua vida, não só o teu destino, mas também o do burro, o do cão e o do macaco.
        E assim o homem vive. Até os vinte, forte, corajoso, resistente, arrasta perigos e estorvos, luta com resolução, vence e dorme. É HOMEM.
        Dos trinta aos cinquenta, tem família e trabalha sem repouso para sustentá-la. Cria os filhos, afadiga-se para educá-los e garantir-lhes o futuro. Sobre ele se acumulam os encargos. É BURRO.
        Dos cinquenta aos setenta, está de sentinela à família. Dedicado e dócil, seu dever é defendê-la, mas já não pode, contudo, fazer valer a sua vontade. Contrariado, humilha-se e obedece. É CÃO.
        Dos setenta aos noventa, sem força, curvo, trôpego e enrugado, vegeta a um canto, inútil e ridículo. Faz rir com sua gula, sua caduquice e sua própria rabugice. Sabe que não o tomam a sério, mas se resigna e tem gosto em ser palhaço das crianças. É o MACACO.

Entendendo o conto:
01 – Ao começar o texto dizendo: “– Deus criou o homem” – isso indica que o texto é:
a) Uma dissertação
b) Uma descrição.
c) Uma narração.
d) N.D.A.

02 – O homem foi colocado na terra como:
a) Escravo das coisas.
b) Dominador de tudo.
c) Submisso aos irracionais.
d) Indiferente a tudo e a todos.

03 – Segundo as palavras divinas, a felicidade do homem se encontra:
a) No amor.
b) Na riqueza.
c) Na vontade.
d) No poder.

04 – Assinale somente uma alternativa que indique o gênero e tipo textual. O texto é:
a) Um romance, pois trata de vários fatos.
b) Um conto pois trata de personagens com ações.
c) Uma fábula.
d) Um poema com várias estrofes.

05 – Segundo o texto, “A vida do homem” dura, realmente:
a) Trinta anos.
b) Noventa anos
c) Setenta anos.
d) Cinquenta anos.

06 – A função especifica do burro, conforme o texto, é:
a) Viver 50 anos e ter força.
b) Pastar pelos campos e ter força.
c) Servir ao homem e ter paciência.
d) Vagar pelos campos e os viver 50 anos.

07 – A virtude principal do burro está:
a) Na sua força.
b) Na sua paciência.
c) Nos seus 50 anos.
d) Nas suas viagens.

08 – O cão, entretanto, já é conhecido como:
a) O guarda-noturno das cidades.
b) O animal astuto e feroz.
c) O amigo e companheiro fiel do homem.
d) O protetor das crianças peraltas.

09 – Segundo o texto, o que caracteriza o burro, o cão, o macaco e o homem são, respectivamente:
a) Dominador, ridículo, guarda e paciente.
b) Fiel, obediente, servo e amigo.
c) Asno, vira-lata, macaquices e irracional.
d) Paciente, fiel, palhaço e egoísta.

10 – Todavia, a incumbência reservada ao macaco era de:
a) Dar assistência moral ao homem.
b) Divertir as pessoas.
c) Dominar os outros animais.
d) Aplicar a justiça na terra.

11 – Assinale a única opção que NÃO pode ser justificada pelo texto. Ao recusar o tempo de vida que Deus lhe queria conceder:
a) O homem provou ser esperto.
b) O homem revelou ser insensato.
c) O burro rejeitou a escravidão.
d) N.D.A.

12 – Neste texto, o autor revela em relação ao homem:
a) Pessimismo.
b) Ingenuidade.
c) Otimismo.
d) Solidariedade. 

13 – O homem julgou-se prejudicado em relação ao tempo de sua vida, comparando-a com os outros animais, porque:
a) Tinha inveja do burro, do cão e do macaco.
b) Não podia ser feliz somente com trinta anos de vida.
c) Duvidava das palavras de Deus.
d) Era o rei dos animais.

14 – Segundo o texto, Deus deu ao homem o tempo de vida que os animais rejeitaram:
a) Em virtude do valor do homem.
b) Para subordinar o homem à Sua vontade.
c) Em respeito à vontade do próprio homem.
d) Porque disso dependeria o poder do homem.

15 – Os noventa anos de vida que o homem recebera de Deus, encerram, na conclusão do texto, uma realidade:
a) Insofismável.
b) Possível.
c) Mentirosa.
d) Humorística.

16 – Neste texto, o autor revela em relação ao homem:
a) Pessimismo.
b) Ingenuidade.
c) Otimismo.
d) Solidariedade. 

17 – Na frase: “– Senhor, é demasiado para tão ingrato mister”. É o mesmo que:
a) “É pouco para tão pouco trabalho”.
b) “É demagógico para tanto mistério”.
c) “É de menos para mim, senhor”.
d) “É demais para tão desagradável tarefa”.

18 – Segundo o autor, Xavier Marques, o que caracteriza o homem como homem é:
a) Distrair os filhos.
b) Proteger a família.
c) Vender as dificuldades.
d) Garantir o futuro dos filhos.

19 – A atitude do homem valeu por:
a) Demostrar solidariedade.
b) Amizade.
c) Demonstrar inteligência.
d) N.D.A.

20 – O texto está narrado em:
a) Em 1ª pessoa do plural.
b) Em 3ª pessoa do singular.
c) 2ª pessoa do singular.
d) 1ª e 3ª pessoas.

21 – Na polêmica da criação do mundo, o autor se posiciona:
a) A favor do homem.
b) A favor do cão.
c) Contra o homem.
d) N.D.A.


POEMA: ISPINHO E FULÔ - PATATIVA DO ASSARÉ - COM GABARITO

Poema: Ispinho e fulô
          Patativa do Assaré


É nascê, vivê e morre
Nossa herança natura
Todos tem que obedecê
Sem tê a quem se quexá
Foi o autô da Natureza
Com o seu pudê e grandeza
Quem traçou nosso caminho
Cada quá na sua estrada
Tem nesta vida penada
Pôca fulô e muito ispinho.

Até a propa criança
Tão nova e tão atraente
Conduzindo a mesma herança
Sai do seu berço querida.
Se passa aquele anjo lindo
Hora e mais hora se rindo
E algumas horas chorando,
É que aquela criatura
Já tem na inocença pura
Ispinho lhe cutucando.

Fora da infancia
No seu uso de razão
Vê muntas fulô caída
Machucada pelo chão,
Pois vê neste mundo ingrato
Injustiça, assassinato
E uns aos outros presseguindo
E assim nós vamo penando
Vendo os ispinho omentando
E as fulô diminuindo.

[...]
           Patativa do Assaré. Ispinho e fulô. São Paulo: Hedra, 2005. p. 25-26.
Entendendo o poema:
01 – Que ideia a respeito da vida está presente na primeira estrofe do poema?
      A primeira estrofe apresenta o ciclo da vida como fato que deve ser aceito, com seus momentos de dor mais numerosos que os de alegria: “Cada quá na sua estrada / Tem nesta vida penada / Pôca fulô e muito ispinho.”

02 – Para comprovar essa ideia, o poema vai descrevendo os vários estágios da vida. Quais são apresentados na segunda e terceira estrofes?
      A segunda e terceira estrofes apresentam, respectivamente, a infância e a adolescência.

03 – A variedade linguística utilizada pelo poeta é caracterizada pelo registro, na escrita, de formas típicas da linguagem oral.
a)   Como são registrados no dicionário os substantivos que compõem o título?
Os substantivos ispinho e fulô correspondem, no dicionário, a espinho e flor.

b)   Outras palavras recebem grafia diferente da que é prescrita pela norma-padrão. Encontre no texto exemplos de: supressão do r final, supressão do l final e supressão do i dos encontros vocálicos.
Supressão do r final: nascê, vive, morre, obedecê, tê, quexá, autô, pudê.
Supressão do l final: naturá, quá.
Supressão do i dos encontros vocálicos: quexá, propa, inocença, infança, muntas.

04 – A poesia matuta reflete o pensamento e a linguagem do homem do campo. Observe os versos abaixo:
        “Vendo os ispinho omentando
         E as fulô diminuindo.”
a)   Além das peculiaridades ortográficas, qual é a peculiaridade sintática que se pode observar nesse fragmento?
A concordância nominal não é a prescrita pela norma-padrão: nem todos os nomes concordam com o substantivo ao qual se referem.

b)   De acordo com a norma-padrão, a concordância nominal se dá em gênero (masculino / feminino) e em número (singular / plural). Nos exemplos analisados, qual desse itens recebe tratamento diferente daquele proposto pela norma-padrão?
A concordância em número.


sexta-feira, 2 de novembro de 2018

REPORTAGEM SOBRE MEIO AMBIENTE - CLAUDIO ÂNGELO - COM QUESTÕES GABARITADAS


Reportagem sobre meio ambiente

     Desde os anos 70, quando os partidos verdes começaram a despontar na Europa e o Greenpeace surgiu para protestar contra testes nucleares, o movimento ambientalista nunca foi seriamente questionado em sua sacrossanta missão de salvar a Terra. Nem havia por quê: os dados da tragédia — florestas desaparecendo, espécies se extinguindo a rodo e os mares subindo devido ao efeito estufa — pipocam nos noticiários para dizer que a humanidade está destruindo o planeta. Ninguém em sã consciência (salvo um ou outro presidente dos EUA) poderia ser contra os cuidados com a combalida saúde global.
        Nada mais normal, portanto, do que reagir com incredulidade a qualquer um que venha dizer que o planeta nunca esteve tão bem, obrigado, e que um futuro radiante aguarda a humanidade, mesmo depois de todos os seus pecados contra a Mãe Natureza. Mas é justamente disso que o dinamarquês Bjorn Lomborg tenta (e, até certo ponto, consegue) convencer o leitor em The Skeptical Environmentalist. As coisas estão melhorando. E o fim do mundo não está próximo.
        O livro de Lomborg cumpre a saudável tarefa de destoar ao dessacralizar as ONGs ecológicas. Ao caracterizá-las — não sem um certo exagero — como mais um grupo de lobby brigando por verbas, o autor quebra um tabu e abre um debate que, para a maior parte das pessoas, ainda soa algo herético. (...)
ANGELO, Claudio. Folha de S. Paulo, 26 jun. 2001. Caderno Mais!

Entendendo o texto:
01 – Segundo o texto, é correto afirmar:
a) O autor do texto, Claudio Ângelo, questiona as ONGs ecológicas pela sua posição radical em relação à avaliação da saúde do planeta.
b) O autor do texto procura mostrar que, apesar de a humanidade ter atacado a Mãe Natureza, o fim do mundo não está próximo. 
c) O livro de Lomborg questiona a postura das ONGs ecológicas, mostrando os efeitos dos testes nucleares no meio ambiente. 
d) O livro de Lomborg defende que a saúde do planeta não está tão abalada quanto muitos supõem. 
e) Lomborg mostra em seu livro que devemos desconfiar de quem venha dizer que o planeta nunca esteve tão bem. 

02 – Observando a forma como é organizado o texto, é correto afirmar que nele predomina a intenção de:
a) questionar, e a continuação mais coerente com o fragmento acima é tratar dos impactos ambientais que colocam em xeque a saúde do planeta. 
b) argumentar, e a continuação mais coerente com o fragmento acima é desenvolver o tema de que as ONGs precisam cumprir melhor seu papel. 
c) informar, e a continuação mais coerente com o fragmento acima é apresentar como o livro de Lomborg trata as questões ecológicas. 
d) descrever, e a continuação mais coerente com o fragmento acima é caracterizar os acidentes ambientais que ameaçam a saúde do planeta. 
e) narrar, e a continuação mais coerente com o fragmento acima é apresentar os fatos que corroboram as atitudes das ONGs ecológicas. 

03 – O texto apresenta várias opiniões. Assinale a alternativa em que a correspondência entre a opinião e seu detentor é correta:
a) Alguns presidentes dos EUA costumam colocar-se contra os cuidados que são tomados para salvar o planeta — opinião de Lomborg. 
b) Lomborg exagera um pouco ao dizer que as ONGs ecológicas só brigam por verbas — opinião do autor do texto. 
c) Em relação à saúde global, as coisas estão melhorando e o fim do mundo não está próximo — opinião do autor do texto. 
d) Lomborg consegue, até certo ponto, convencer o leitor de que o planeta nunca esteve tão bem — opinião das ONGs ecológicas. 
e) O movimento ambientalista nunca foi seriamente questionado — opinião de Lomborg.

04 – Compare o uso de travessões no primeiro e no terceiro parágrafos. É correto afirmar que eles têm a função de isolar um conteúdo para, respectivamente:
a) explicar os dados da tragédia – criticar o papel das ONGs. 
b) evidenciar a opinião de Claudio Ângelo – explicar o papel das ONGs. 
c) descrever os dados da tragédia – esclarecer a posição de Lomborg. 
d) apontar os fatos que contradizem a opinião das ONGs – desmentir a opinião do autor. 
e) enumerar os dados da tragédia – inserir a opinião de Claudio Ângelo. 

05 – “Os narradores, embora de espaços diferentes – escolas rurais, escolas de favelas, escolas de grandes e pequenas cidades – contam, em uníssono, a história da educação paulista, mas que não é diferente da educação gaúcha, potiguar ou mato-grossense.” (PROLEITURA, jun. 1998.)
Que alternativa reescreve o texto acima sem alterar o sentido?

a) Os narradores, porque procedem de espaços diferentes, contam, em uníssono, a história da educação paulista, embora ela seja diferente da educação gaúcha, potiguar ou mato-grossense.
 b) Os narradores, procedentes portanto de espaços diferentes, contam, em uníssono, a história da educação paulista, que porém não é diferente da educação gaúcha, potiguar ou mato-grossense. 
c) Os narradores, quando de espaços diferentes, contam, em uníssono, a história da educação paulista, que, por isso, não é diferente da educação gaúcha, potiguar ou mato-grossense. 
d) Os narradores, apesar de procedentes de espaços diferentes, contam, em uníssono, a história da educação paulista, que não é, todavia, diferente da educação gaúcha, potiguar ou mato-grossense. 
e) Os narradores, que todavia são de espaços diferentes, contam, em uníssono, a história da educação paulista, mas não são diferentes de gaúchos, potiguares ou mato-grossenses. 

06 – No jornal de um supermercado aparece um cliente pronunciando-se a respeito da loja: “Compro no supermercado X a 28 anos, pois sou bem tratado pelos funcionários e lá encontro toda a mercadoria que preciso”.
Observe como o depoimento do cliente foi reescrito:
I - Compro no supermercado X há 28 anos, pois lá sou bem tratado pelos funcionários e encontro toda a mercadoria de que preciso.
II - Compro no supermercado X à 28 anos, pois sou bem tratado pelos funcionários, onde encontro toda a mercadoria que preciso.
III - Compro no supermercado X há 28 anos, pois sou bem tratado pelos funcionários e lá encontro toda a mercadoria cuja qual preciso.

Segue(m) as normas da língua padrão:
a) Apenas a versão I.
b) Apenas as versões I e III. 
c) Apenas a versão III. 
d) Apenas as versões I e II. 
e) Apenas as versões II e III.




FÁBULA: A RAPOSA E O CORVO - ESOPO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: A raposa e o corvo
           Esopo


      Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa.
        Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo.
       
        Com esta ideia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
        --- Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
        Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro “Cróóó!” .
        O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
        --- Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!
        Moral: Cuidado com quem muito elogia.
                                                                              Fábulas de Esopo
Entendendo a fábula:

01 – Qual é o título do texto?
      A raposa e o Corvo

02 – O que o Corvo conseguiu arranjar e onde ele foi?
      Um pedaço de queijo e foi parar num galho da árvore.

03 – Do que a Raposa decidiu se apoderar?
      Do pedaço de queijo.

04 – O que disse a Raposa para bajular o Corvo?
      Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.

05 – O que fez o Corvo ao escutar os elogios da Raposa?
      Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro “Cróóó!”.

06 – O que aconteceu com o queijo do Corvo?
      Ao abrir o bico para cantar, o queijo caiu.

07 – Qual era a intenção da Raposa ao elogiar o Corvo?
      Roubar o pedaço de queijo.

08 – A moral da história é:
(  ) Devemos elogiar os amigos.
(X) Cuidado com quem muito elogia.
(  ) Todos os amigos são falsos.



POEMA: PENSAMENTO - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Poema: PENSAMENTO
          Arnaldo Antunes
           
Pensamento vem de fora
E pensa que vem de dentro
Pensamento expectora
O que no peito penso.
Pensamento a mil por hora,
Tormento a todo momento.
Por que é que eu penso agora
Sem o meu consentimento?
Se tudo o que comemora
Tem o seu impedimento,
Se tudo aquilo que chora
Cresce com seu fermento.
Pensamento, vá embora,
Desapareça no vento.
E não jogarei sementes
Em cima do seu cimento.
Arnaldo Antunes. Tudos. São Paulo; Iluminuras, 2000.
Entendendo o poema:

01 – Leia atentamente o significado da palavra expectorar:
        Expectorar = Expelir do peito; expulsar pela boca secreção proveniente do aparelho respiratório.
a) Explique os versos: pensamento expectora / o que no peito penso.
      O pensamento coloca para fora os sentimentos escondidos no peito, às vezes, sentimentos ruins.

b) De acordo com a primeira frase do poema, de onde vem o pensamento?
      O pensamento vem de fora para dentro, isto é, surgem no peito primeiro, no coração. É sentimento e depois pensamento.

c) Dessa forma, é mais sentimento ou raciocínio?
      É mais sentimento, emoção.

02 – Marque a frase que explica o significado da palavra em negrito nos versos: “Por que é que eu penso agora / sem o meu consentimento”?
A) O pensamento tem vida própria e o eu poético não o controla.
B) Falar bem o que sente, sem censura.
C) Sentir de acordo com o pensamento, sem controle.

03 – O que é que cresce com seu fermento?
      O sofrimento, aquilo que o eu poético chora.

04 – Marque a frase que explica os versos: “E não jogarei sementes / em cima do seu cimento”.
A) Não gosta de ver crescer as plantinhas em lugares impróprios.
B) Parece não querer mais ter os pensamentos dos quais se desfez.
C) Querer ficar só e sem pensar por alguns momentos.

05 – Defina:
a) POESIA: Poesia é o nome geral para a arte de criar imagens e de inventar novos sentidos para os fatos do mundo. A poesia está presente em várias formas de expressão, como a pintura, o cinema, a música, o poema.

b) POEMA: Poema é o texto organizado em versos. Cada linha do poema é um verso e um conjunto de versos é uma estrofe.

c) EU LÍRICO: A voz que se expressa num poema é o eu lírico ou eu poético.

d) RITMO: O ritmo é construído pelo modo como as sílabas tônicas e as sílabas átonas estão dispostas nos versos.