segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

CRÔNICA: TAÍ O BICHO, MEU PADRINHO - CARLOS MORAES - COM GABARITO

CRÔNICA: Taí o bicho, meu padrinho
                     Carlos Moraes

      Mais uma vez, cansado de soja, o bravo piloto Antenor Jungblutt desguiou o aviãozinho amarelo para os campos do velho Nenê. Estava inspirado naquela tarde. E, no lançante de uma coxilha, uma mancha branca de ovelhas convidava ao ataque. Tanto que ele não se contentou com um susto só. O teco-teco voava baixo, fazia curva e vinha de novo lançar sus bombas de pânico sobre o mesmo e inocente alvo. As ovelhas se desasavam campo fora como freirinhas assustadas. O erro de Jungblutt foi não perceber que as ovelhas só estavam assim tão juntas porque vinham tocadas pelo peão aluado do velho Nenê. O Favorino.
          Favorino, escondido atrás de um pé de coronilha, só tirou as boleadeiras da cincha, apertou bem a bolinha menor na mão esquerda, que ele era canhoto, e ficou armando o tiro. Foi quando o temerário Jungblutt resolveu atacar de novo. Quando sentiu o inimigo bem rente ao solo, Favorino deu rédea no tostado e partiu a galope na direção do teco-teco, reboleando as boleadeiras em cima da cabeça, e berrando seu grito de guerra:
          – I i uuu! Hahahaha!…
          A uns dez metros do avião soltou as boleadeiras tinindo no ar: e bem no focinho do avião. Parece que Jungblutt perdeu totalmente o controle. O teco-teco bateu várias vezes de roda e de peito no chão e foi em cheio contra a barriga duma vaca. Acho que foi o que salvou o piloto do pior. Que aí o aparelho deu uma rabanada, torceu uma asa e parou. Jungblutt mal pode descer, praguejando em português e alemão. Favorino, sempre aos gritos, passou uma ponta do laço no que restava da hélice, amarrou a outra no cavalo e saiu com o avião a cabresto na direção das casas.
          O velho Nenê Rengo tomava mate no pátio, quando Favorino chegou e, chapéu na mão, orgulhoso, anunciou:
        – Taí o bicho, meu padrinho.

Carlos Moraes. A guerra do lobisomen. São Paulo, Clube do Livro, 1986.

Entendendo o texto:
Lido o texto, resolva estas questões.

01 – Certas palavras podem ser usadas em sentido figurado, isto é, fora do seu sentido próprio. Assim usamos os termos: língua do sapato, olho da rua, perna da cadeira. No texto acima, existem algumas das palavras abaixo que foram empregadas em sentido figurado. Identifique quais foram usadas no sentido figurado e escreva ao lado a expressão usada:
a. (X) pé de árvore.
b. (   ) mão ______________________________
c. (   ) cabeça ____________________________
d. (X) focinho do avião.
e. (X) peito do avião.
f. (   ) barriga _____________________________
g. (X) asa do avião.

 02 – Identifique as palavras do texto que tenham os significados abaixo:
a)         Amalucado, adoidado
    Aluada.
b)         Que tem mais habilidades naturais com a mão esquerda.
    Canhoto.
c)         Destemido, audaz, ousado.
    Temerário.
d)         Próximo, aproximado, bem perto
    Rente.

03-O piloto Jungblutt resolveu atacar as ovelhas do velho Nenê. Por quê?
      Estava cansado de pulverizar os campos de soja e resolveu divertir-se.  
   
04-Jungblutt, ao atacar as ovelhas, tinha na verdade a intenção de:
a. (X) apenas se divertir, assustando-as.
b. (   ) atropelá-las com as asas do avião.
c. (   ) intoxicá-las com o defensivo para soja
d. (   ) provocar Favorino, o peão de Nenê.

05 – Qual foi a reação de Favorino quando percebeu o ataque de Jungblutt?
      Atacou o avião, usando como arma as boleadeiras.

06-Qual foi o resultado do ataque de Favorino contra o avião?
      Atingiu o avião e fez o piloto perder o controle da aeronave, que caiu.

07-Mesmo com o avião no chão, Favorino continuou a agir. O que fez em seguida?
      Laçou o avião e arrastou-o até a casa do velho Nenê.

08-Favorino comunicou o acontecido ao velho Nenê com o chapéu na mão. Por que agiu assim?
      Tirou o chapéu da cabeça em sinal de respeito.


domingo, 25 de fevereiro de 2018

POEMA: A CATEDRAL - ALPHONSUS DE GUIMARAENS - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Poema: A CATEDRAL

Entre brumas ao longe surge a aurora,
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
                    Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu risonho,
                    Toda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsos:
                  “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”
O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada,
                       Refulgente raio de luz.


A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
                       Recebe a bênção de Jesus.
E o sino clama em lúgubres responsos:
                       “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”
Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
                       Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
                       Toda branca de luar.
E o sino chora em lúgubres responsos:
                       “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”
O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
                        Vem açoitar o rosto meu.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
                         Como um astro que já morreu.
E o sino geme em lúgubres responsos:
                         “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

                               Alphonsus de Guimaraens. In: Alphonsus de Guimaraens.
                                                Poesia. 2. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1963, p. 82-3.

Entendendo a poesia:
01 – Quanto à forma, faça comentários sobre:
     a) Métrica: Varia do decassílabo à redondilha menor.
     b) Rima: AA BC CB DD
     c) Estrofação: Apresenta estrutura fixa.
     d) Vocabulário: Vocábulo abstrato: litúrgico, pictórico e sonoro.
     e) Recursos sonoros: Presença da aliteração.

02 – Explique a relação entre o conteúdo significativo de cada estrofe e o tempo.
       Cada uma das quatro estrofes está associada ao tempo, na medida em que estabelece a manhã, o fim da tarde, a noite e a madrugada, respectivamente.

03 – Comente a utilização do refrão e o estado do eu lírico.
       O refrão marca a dor de ser e de viver o poeta.

04 – Assinale a alternativa em que todas as características de estilo são do Simbolismo.
     a) Atmosfera de imprecisão, realismo cru, religiosidade.
     b) Hermetismo intencional, alquimia verbal, musicalidade.
      c)  Complexidade, ressurreição dos valores humanos, materialismo pornográfico.
     d) Favor da forma, expressões ousadas, fidelidade nas observações.
     e) Impassibilidade, vida descrita objetivamente, ecletismo.



POEMA: CÁRCERE DAS ALMAS - CRUZ E SOUSA - COM GABARITO

Poema: CÁRCERE DAS ALMAS
              Cruz e Sousa


Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!

                                       Cruz e Sousa. In: Cruz e Sousa. Obras completas.
                                                            Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961 p. 185.

Entendendo o poema:
01 – Assinale a característica que o trecho NÃO contém:
     a)     Transcendência simbolista.
     b)    Atmosfera poética simbolista: abstrações.
     c)     Emprego de maiúsculas alegorizantes.
     d)    Visão pragmática do mundo.
     e)     Questionamento como índice de busca aflitiva.

02 – Percebe-se que, ao fugir da realidade, o poeta utiliza-se do (a):
     a)     Sonho.
     b)    Alma.
     c)     Calabouço.
     d)    Mistério.
     e)     Céu.

03 – Os poetas simbolistas ficaram conhecidos como “decadentistas”. Que estrofe melhor representaria o campo semântico do pessimismo, por reunir o maior número de vocábulos com esse valor?
       3ª estrofe.

04 – Esclareça: qual é o “Mistério”? Quem é o “Chaveiro”?
       O “Mistério” é ter o conhecimento da própria existência, e “chaveiro” é a morte.



POEMA: O VINHO DE HEBE - RAIMUNDO CORREA - COM GABARITO

Poema: O VINHO DE HEBE

Quando o Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos
E ela passando, os copos lhes enchia...

A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossas taças estendemos-lhe, vazia...

E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa...
Passa, e não torna atrás o seu caminho.

Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios
Restam apenas, tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.

                   Raimundo Correa. Nossos Clássicos, Rio de Janeiro: Agir, 1958.

Entendendo o poema:
01 – NÃO se pode dizer do texto lido:
     a)     O poeta se utiliza de linguagem descritiva.
  b)    A primeira estrofe serve de base ideológica para a transmissão do conteúdo geral.
     c)     Há no texto correspondência analítica entre duas situações.
     d)    Na terceira estrofe fica-nos a ideia da fugacidade do tempo.
     e)     O poeta, fica evidente, dá mais importância ao presente do que ao passado.

02 – Em que aspectos poéticos o texto é representativo do Parnasianismo?
      Na utilização da forma regular dos versos, na inspiração clássica, no apuro vocabular.

03 – A última estrofe guarda com certos textos românticos uma identidade. Qual é essa identidade?
       A temática do retorno ao passado.

POEMA: VASO GREGO - ALBERTO DE OLIVEIRA - COM GABARITO

Poema: VASO GREGO

Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
                                                                                                                                                                                            ALBERTO DE OLIVEIRA.

Entendendo o poema:
01 – Cite três características formais que fazem do texto um poema representativo da poesia parnasiana.
      -- Utilização do soneto.
      -- Obediência aos padrões sintáticos.
      -- Inspiração clássica.

02 – A temática nos remete à poética parnasiana? Justifique.
      SIM. Pois nos remete a objeto tratado como artístico, de beleza formal.

03 – O poeta coloca em destaque duas sensações. Quais são elas?
       Visual e auditiva.

04 – De que modo a “taça” se relaciona diretamente com o postulado maior do Parnasianismo?
       Encerra um modelo de beleza e perfeição

POEMA: HAICAI - MONS.PRIMO VIEIRA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Poema: POEMA HAICAI


Primavera
A chuva me obriga
Na manhã de primavera
A deixar o sono!
                            --- Desperta, desperta,
                            Borboleta que dormes
                            Serás minha amiga.

  
                                                           Nada mais gracioso:
                                                           Pela estrada da montanha
                                                           Uma violeta silvestre.
Verão
Chuvas de verão.
Nas águas flutua um ninho.
Vou apreciá-lo.
                             Cena venerável!
                              Folhas verdes, folhas tenras
                              Aos raios de sol!
                                                                  De sabor poético
                                          As cantigas que há nos campos:
                                                               Plantação de arroz!
Outono
De ressaca, espirro:
Pressinto o tempo do outono
Que está chegando.
                             Matinal orvalho.
                             No chão molhado, o melão
                             Enlameado e fresco...
                                                            Um cabelo branco
                                                            No travesseiro que esconde
                                                            Por debaixo... um grilo!
Inverno
Cebolinha branca
Bem limpa e recém-lavada
- sensação de frio!
                            Nem sempre bem visto,
                            Como é belo o corvo
                            Nas manhãs de inverno!
                                                           Nas trevas da noite,
                                                           Galhos que rangem, caindo
                                                           Ao peso da neve!

                                        Seleção e tradução de Mons. Primo Vieira.
                                                    Bashô, palhas de arroz, São Paulo:
                                                    Aliança Cultural Brasil-Japão, 1994.

Venerável: respeitável.

Entendendo o poema:
01 – Quais elementos da natureza mencionados nesses haicais fazem parte do ambiente em que você vive?
      Resposta pessoal.

02 – Copie dos haicais palavras que se referem a elementos da natureza com os quais você nunca teve contato.
      Resposta pessoal.

03 – Leia esta afirmação:
      Nos haicais, há elementos da natureza bem diferentes daqueles presentes no ambiente em que vivemos.
      Por que isso acontece?
      Quem produziu os poemas foi Bashô, um autor japonês. Os poemas apresentam elementos da natureza presentes nas paisagens do Japão, com os quais o poeta teve contato.

04 – Copie um dos haicais lidos em que os elementos da natureza estejam relacionados:
     a) À percepção de que uma nova estação vem chegando;
      “De ressaca, espirro: / pressinto o tempo do outono / que está chegando”.

     b) À afetividade entre o ser humano e um elemento da natureza;
      “- Desperta, desperta, / Borboleta que dormes / Serás minha amiga”.

     c) A um ser da natureza que surge no cotidiano e na intimidade de uma pessoa.
      “Um cabelo branco / no travesseiro que esconde / por debaixo... um grilo!”.

05 – Releia este haicai: Cebolinha branca
                                       Bem limpa e recém-lavada:
                                       - sensação de frio!
       Por que o eu poético diz que tem sensação de frio?
      Porque ele relaciona a brancura e o aspecto de frescor da cebolinha recém-lavada com o clima do inverno, que é frio e tem neve no Japão.

06 – Em algumas culturas, é comum relacionar alguns animais com a má sorte, o azar. No haicai a seguir, isso também acontece? Por que?
                               Nem sempre bem visto
                               Como é belo o corvo
                               Nas manhãs de inverno!
      O poema vai além dessa visão, pois consegue ver beleza no corvo, que para muitos é um animal “nem sempre bem visto”.

07 – Ainda sobre o haicai da atividade 6, assinale a alternativa que complementa o enunciado a seguir: Para chegar a essa visão profunda, apurada desse ser da natureza (o corvo), o eu poético:
      --- revela uma visão de indiferença em relação aos elementos da natureza.
      --- constata qual é a visão que algumas pessoas tem do corvo, mas penetra na essência desse ser como parte da natureza.

      --- revela uma visão preconceituosa a respeito do corvo.
08 – No haicai apresentado na questão 6, há ideias que se opõem? Quais são?
      Sim. A ideia de beleza se opõe à ideia de que o corvo é um animal que não costuma ser bem visto.


sábado, 24 de fevereiro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): SOZINHO - CAETANO VELOSO - COM GABARITO

Música(ATIVIDADES): Sozinho
                                       Caetano Veloso

Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora

Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora

Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Entendendo a canção:
01 – Que análise podemos fazer da primeira estrofe desta canção?
      Que a amada parece estar mais distante... parece não gostar dele como outrora..., e percebeu que não era correspondido... e tenta entender o porque disso, o que fez isso acontecer, e começa a juntar ‘o antes, o agora e o depois’ ...

02 – Nos versos: “Por que você me deixa tão solto?
                             Por que você não cola em mim?
                             Tô me sentindo muito sozinho.”
      O que o eu poético questiona?
      Questiona sobre essas indiferenças, e começa a dizer a ela porque tudo está tão mudado entre eles! Diz que se sente só.

03 – Que planos o eu lírico faz, segundo os versos. “Eu tenho os meus desejos e planos secretos / só abro pra você mais ninguém?”
      Por amá-la faz planos para os dois. Planos estes, que só podem ser revelados à ela.

04 – Na estrutura da canção, como se apresentam as estrofes?
      Apresentam-se com uma métrica irregular.

05 – No trecho: “Porque você me esquece e some? [...] Fala que me ama / Só que é da boca pra fora / [...] Onde está você agora?” O que demonstra?
      Sua indignação com a falta de presença, pois são há realizações amorosas, onde o eu lírico conversa com a amada em distância.

06 – Que tipo de linguagem é usada na letra desta canção? Cite um verso.
      Informal. “Tô me sentindo muito sozinho.”

07 – Onde podemos perceber que se situam as marcas de oralidade na canção?
      Se situam mais no nível de estrutura do verso, nas repetições e anáforas.

08 – Em que verso há uma figura de linguagem?
      “Eu fico ali sonhando acordado.”

09 – Nos versos: “Ou você me engana / Ou não está madura”, que conjunção coordenada há?
      Conjunção Coordenada Alternativa.