sábado, 14 de maio de 2022

MÚSICA: FORA DA ORDEM - CAETANO VELOSO - COM GABARITO

 Música: Fora da Ordem 

                 Caetano Veloso

Vapor barato, um mero serviçal do narcotráfico

Foi encontrado na ruína de uma escola em construção

Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína

Tudo é menino e menina no olho da rua

O asfalto, a ponte, o viaduto ganindo pra lua

Nada continua

E o cano da pistola que as crianças mordem

Reflete todas as cores da paisagem da cidade que é muito mais bonita e muito mais intensa do que no cartão-postal

 

Alguma coisa está fora da ordem

Fora da nova ordem mundial...

 

Escuras coxas duras tuas duas de acrobata mulata

Tua batata da perna moderna, a trupe intrépida em que fluis

Te encontro em Sampa de onde mal se vê quem sobe e desce a rampa

Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais

Parece pôr tudo à prova, parece fogo, parece, parece paz

Parece paz

Pletora de alegria, um show de Jorge Benjor dentro de nós

É muito, é grande, é total

 

Alguma coisa está fora da ordem

Fora da nova ordem mundial...

 

Meu canto esconde-se como um bando de ianomâmis na floresta

Na minha testa caem, vêm colocar-se plumas de um velho cocar

Estou de pé em cima do monte de imundo lixo baiano

Cuspo chicletes do ódio no esgoto exposto do Leblon

Mas retribuo a piscadela do garoto de frente do Trianon

Eu sei o que é bom

Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem

Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final

 

Alguma coisa está fora da ordem

Fora da nova ordem mundial... 

VELOSO, Caetano. Circuladô, Polygrm, 1991.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 63-5.

Entendendo a música:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fluir: correr brandamente, dirigir-se com suavidade.

·        Ianomâmi: comunidade indígena que habita o norte da Amazônia, em diversos pontos da fronteira entre Brasil e Venezuela.

·        Leblon: bairro da cidade do Rio de Janeiro.

·        Pletora: exuberância, superabundância de energia.

·        Trianon: parque da cidade de São Paulo.

·        Trupe: grupo de artistas.

·        Vapor barato: o equivalente ao soldado raso, na hierarquia do tráfico de drogas.

02 – Alguns versos de “Fora da ordem” apresentam contradições que reforçam o título da música. Veja, por exemplo, nos versos abaixo, que a contradição entre construção e ruína cria a ideia de que, no Brasil, tudo acaba antes de começar.

        “Foi encontrado na ruína de uma escola em construção

         Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína.”

No verso “Tudo é menino e menina no olho da rua” também podemos ver uma contradição que confirma a ideia de que nada continua. Vamos analisar:

a)   Quem são os meninos e as meninas a que o eu lírico se refere nesse trecho?

São as crianças abandonadas.

b)   O que significa a expressão "olho da rua"?

“Olho da rua” é o lugar para onde se vai quando se é expulso, despedido ou enjeitado, abandonado.

c)   Relacione esse verso à ideia de que "nada continua":

Toda criança que vai parar na rua tem seu desenvolvimento interrompido.

03 – Releia os três últimos versos da primeira estrofe.

a)   Que diferença pode haver entre a paisagem da cidade refletida no "cano da pistola que as crianças mordem" e a paisagem retratada no cartão-postal?

A cidade revelada pelo cano da pistola é a cidade onde há, também, violência, insegurança, injustiça. É, entretanto, a cidade verdadeira. Já os cartões-postais costumam mostra apenas paisagens limpas, bem cuidadas, onde não se percebem desigualdades sociais, etc. Seriam as partes mais bonitas, porém menos fiéis à realidade e menos vivas.

b)   Pode-se perceber uma crítica na própria composição de um trecho como "cano da pistola que as crianças mordem". O que esse trecho expõe?

Ao dizer que a criança morde o cano da pistola, o texto revela que, para muitas crianças, só a violência é oferecida. Elas não recebem os cuidados e a proteção de que necessitam; em vez disso, são submetidas à convivência com a violência e as armas. Esse trecho ainda nos traz à mente a chocante imagem de alguém ameaçado com uma arma na boca.

04 – A letra da canção sugere um percurso do eu lírico por vários lugares do Brasil.

a)   Procure identificar as palavras, nomes ou expressões que fazem referência a algum lugar do país (cidade, estado, região) e indique no caderno quais são os lugares.

Sampa (São Paulo), Rampa (Brasília, pela referência à rampa do Palácio do Planalto, sede do Governo Federal), Floresta (os estados por onde se estende a floresta Amazônica), Lixo baiano (Bahia), Leblon (Rio de Janeiro), Trianon (São Paulo).

b)   Que problema o eu lírico associa a cada um desses lugares?

Sampa: de lá mal se vê quem sobe ou desce a rampa (quem está ou deixa o poder); Floresta: os Ianomâmis são obrigados a viver escondidos, tentando proteger-se se armas à sua sobrevivência e à sua dignidade; Bahia: um monte de imundo lixo; Leblon: esgoto exposto; Trianon: garoto de frete (prostituição masculina).

 

MÚSICA(ATIVIDADES): MARTELO RAP ECOLÓGICO - ZÉ RAMALHO - COM GABARITO

 Música(Atividades): Martelo Rap Ecológico

              Zé Ramalho

Vou falar através desse martelo
O que penso da tal ecologia
Um assunto que rola todo dia
Como sendo o vetor de um flagelo
Não importa se é feio ou se é belo
Já que causa tamanha reação
Impossível é parar a progressão
Das indústrias que vão aparecendo
Cada dia que passa vão crescendo
Mais motores e mais devastação

Vejo os carros nas ruas do Leblon
Reluzindo as luzes quando passam
E a menina dos olhos que embaçam
Procurando saber o que é bom
Meu ouvido inventa um novo tom
Muito mais do que aquilo que aprendeu
Quando sonha nos braços de Morfeu
O barulho transforma em harmonia
Eu destilo o ruído em sinfonia
E desenrolo o novelo de Teseu

A visão desse olho cristalino
Captando cometas estrelados
Nebulosas e astros anelados
Através do cabelo de um menino
Seu sorriso tem ares de divino
Porque males nenhum pode sofrer
São crianças que vão sobreviver
Ao poder que reinou embrutecido
Pelo mundo ficou só o rugido
Dos motores que o homem quis fazer.

RAMALHO, Zé. Eu sou todos nós. BMG. 1998.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 164-5.

Entendendo a canção:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Destilar: filtrar, ressumar; fazer revelar.

·        Flagelo: aflição; tortura; castigo, punição.

·        Leblon: bairro da cidade do Rio de Janeiro.

·        Morfeu: deus dos sonhos na mitologia grega, filho da Noite e do Sono.

·        Teseu: herói mitológico que matou Minotauro, um ser meio homem e meio touro. Teseu, após entrar no labirinto em que Minotauro vivia, foi desenrolando um novelo de linha para saber o caminho de volta.

·        Vetor: portador; transmissor.

02 – Releia a letra da música e verifique se as condições formais para que ela seja chamada de martelo foram atendidas.

      Sim, a letra da música foi corretamente chamada de martelo, pois conta com estrofes de dez versos decassílabos e o esquema de rima é exatamente como o definido.

03 – Nos dois primeiros versos da primeira estrofe, o eu lírico afirma que, por meio daquele martelo, vai falar o que pensa da “tal ecologia”. Que afirmações ele faz acerca desse assunto na primeira estrofe?

      Para ele, ecologia é assunto que aparece sempre como sendo o portador de um flagelo, ou seja, de uma aflição, de uma punição. Ele destaca, que será impossível parar o crescimento das indústrias e que haverá, consequentemente, mais motores e devastação.

04 – A segunda estrofe apresenta a forma como o eu lírico convive com o movimento da cidade grande.

a)   Que elementos da cidade são destacados?

A noite no bairro do Leblon, as luzes dos carros que passam, os barulhos da cidade.

b)   Esses elementos incomodam o eu lírico? Justifique sua resposta com informações do texto.

Esses elementos talvez incomodem o eu lírico, pois ele tenta distinguir na paisagem aquilo que é bom e, ao dormir, transforma os barulhos em sinfonia e os integra ao seu sonho.

05 – A última estrofe possibilita diferentes interpretações. Por exemplo, não é possível identificar com segurança quem é o menino de que o texto trata – seria o menino que vive dentro do eu lírico ou um menino real, talvez uma criança que é observada por ele? Também podemos ficar em dúvida se a visão a que se refere o eu lírico é a sua maneira de ser o mundo, mais clara (cristalina) que a de outras pessoas, ou uma imagem prevista por um visionário, um profeta. Na sua opinião, esses versos sugerem uma visão mais otimista ou menos otimista da realidade apresentada? Justifique sua resposta com elementos do texto.

      Sugere uma visão mais otimista, embora no mundo fiquem os ruídos dos motores que o homem buscou criar, as crianças “[...] vão sobreviver/ao poder que reinou embrutecido”.

06 – Por que, provavelmente, o compositor colocou a palavra rap no título da música? Levante uma hipótese.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Pode tratar-se da forma como a música é cantada, quase falada, como o ritmo do rap.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): BEATRIZ - CHICO BUARQUE - COM GABARITO

 Música(Atividades): Beatriz

                                     Chico Buarque

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz.

Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida.

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz.
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida.

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz.

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz.
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida.

Edu Lobo / Chico Buarque de Hollanda. O grande circo místico, Marola, 1983.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 239-240.

Entendendo a música:

01 – Essa letra mostra que a ideia de mulher inatingível, presente nas cantigas medievais, volta à tona em produções de outras épocas, como no Romantismo, no Simbolismo e nas canções populares da atualidade. Observe a seleção lexical usada pelo compositor para falar da mulher amada e escreva no caderno:

a)   As expressões da canção que, além de se referirem à essência da amada (o que ela é), indicam também dificuldades que impediriam o eu lírico de alcançar o seu amor.

“Será que é pintura”; “Será que é de louça”; “Será que é de éter”; “Será que é estrela”; “Será que é mentira”; “Será que é divina”.

b)   As palavras ou expressões que se referem a lugares inatingíveis possivelmente frequentados pela amada ou imaginados pelo eu lírico.

Sétimo céu, cenário, arranha-céu, paredes de giz, céu.

02 – A amada em alguns momentos torna-se mais humana, isto é, mais próxima de um ser humano comum. Observe a seleção lexical usada em torno da mulher amada e escreva:

a)   Palavras ou expressões que se referem à essência da amada, mas indicando ser ela igual a qualquer outra mulher.

“Será que ela é moça”; “Será que ela é triste”.

b)   Palavras ou expressões que se referem a lugares reais frequentados por essa mulher.

Quarto de hotel, arranha-céu, casa, cenário.

03 – Nessa letra de música, a repetição de palavras e de fonemas é um fator importante para a construção do ritmo. Podemos notar, por exemplo, que a própria construção das estrofes tem uma forma muito semelhante, repetida.

a)   Copie no caderno as palavras ou expressões do início dos versos que se repetem ao longo do texto.

“Olha”; “Será que”; “Se ela”; “E se”.

b)   Observe e copie os pares ou grupos de palavras que formam as rimas, encontradas tanto nos versos do interior de uma estrofe, como entre uma estrofe e outra.

Moça/louça, contrário/cenário, pintura/loucura, chão/mão, céu/arranha-céu/papel/hotel/chapéu, atriz/país/giz/Beatriz/triz/feliz/bis.

c)   A vogal i assume uma importância maior na penúltima e, principalmente, na última estrofe desse texto. Escreva no caderno as palavras que, por terem essa vogal na sílaba tônica, são responsáveis por enfatizar a assonância nas duas últimas estrofes.

Beatriz, ensina, triz, diz, minha, feliz, mentira, divina, vida, atriz, dia, bis.

d)   Identifique e copie no caderno alguns fonemas consonantais que se repetem no texto. Escreva também as palavras responsáveis por essa aliteração. Lembre-se: pode haver mais de um som correspondente a uma mesma letra ou mais de uma letra correspondente ao mesmo som.

Som/sl: será, moça, triste, atriz, sétimo, céu, país, só, se, pudesse, cenário, giz, Beatriz, ensina, triz, diz, feliz, etc.

Som/pl: pintura, papel, pudesse, paredes, pés, perigoso, despencar, pagantes, chapéu, passar, etc.

Grupo consonantal/-tr: triste, contrário, atriz, entrar, Beatriz, triz, desastre.

04 – Em relação ao aspecto temático, compare os últimos versos da letra de música analisada com os seguintes versos do poema “Acrobata da dor”, de Cruz e Sousa:

        Pedem-te bis e um bis não se despreza!

        Vamos! Retesa os músculos, retesa

        Nessas macabras piruetas d’aço...

Releia os versos da canção Beatriz:

        Se ela um dia despencar do céu
        E se os pagantes exigirem bis
        E se o arcanjo passar o chapéu
        E se eu pudesse entrar na sua vida.

O que há em comum entre o bis pedido no poema “Acrobata da dor” e o bis pedido na canção Beatriz?

      Ambos são pedidos de repetição de uma situação desconfortável, humilhante, de dor.

05 – Complete a frase a seguir no caderno:

        Esse fato traduz indiretamente a visão que cada eu lírico tem do sentimento retratado nos versos e da forma como algumas pessoas são capazes de recepcionar esse sentimento. Para essas pessoas, a dor pode ser vista como .....................

·        Sofrimento.

·        Alegria.

·        Prazer.

·        Espetáculo.

·        Doença.

06 – Para o eu lírico da canção “Beatriz” o pedido de bis feito pelos pagantes à sua amada transforma-se em uma oportunidade. Que oportunidade é essa? Explique sua resposta.

      A oportunidade de entrar na vida da atriz. Esse final pode indicar que, mesmo numa situação em que a amada acaba se tornando mais humana, ele ainda desejaria fazer parte da sua vida.

 

 

 

segunda-feira, 9 de maio de 2022

CRÔNICA: DETALHES - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

 CRÔNICA: DETALHES

 ("Domingo", revista do Jornal do Brasil, n. 117.)

                                         Luís Fernando Veríssimo

        O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como faz sempre que tem baile no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole da bebida, pelo gargalo.

       - Helmuth, o que foi?

       - Espera, Helga. Deixe eu me controlar primeiro.

      Toma outro gole de aguardente.

      - Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile?

      - Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com convite, tudo direitinho. Sempre tem, claro, o filhinho de papai sem convite que quer me levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela porque mulher desacompanhada não entra em baile do palácio. Mas essa dona é tão bonita, tão, sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.

     - Bom, Helmuth. Até aí...

     - Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela escadaria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, correndo. Ela perde um sapato. E o príncipe atrás dela.

     - O príncipe?!

     - Ele mesmo. E gritando para eu segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!” Me preparo para segurá-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um clarão. Me viro e...

     - E o quê, meu Deus?

    O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.

    - Você não vai acreditar.

    - Conta!

    - A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora.

    - Numa o quê?!

    - Eu disse que você não ia acreditar.

    - Uma abóbora?

    - E os cavalos em ratos.

    - Helmuth... !!!

    - Não tem mais aguardente?

    - Acho que você já bebeu demais por hoje.

    - Juro que não bebi nada!

    - Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser transferido para o almoxarifado.

 INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

 

01.               “O velho porteiro do palácio...”. Qual a diferença entre velho porteiro e porteiro velho?

  Antigo na profissão e idoso.

02.               Nesse componente ocorre a fusão de elementos do cotidiano com outros, estranhos à nossa realidade. Quais os elementos estranhos aqui presentes?

   O tipo de café da manhã, distante do café da manhã de um porteiro.

03.               Levando-se em consideração o início da narrativa, qual deve ser a sequência mais provável da história narrada?

  A explicação do porteiro.

04.               O que indica a primeira pergunta da mulher do porteiro?

 Espanto.

      05.O texto é uma nova visão de que tradicional história infantil. De que conto se trata? Transcreva uma passagem do texto que justifique sua resposta. 

          Cinderela.

” De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem salta uma dona. Sozinha. Uma beleza.”

FICHA DE LEITURA DE LIVROS PARADIDÁTICOS

 FICHA DE LEITURA 





Obra:_____________________________________________ Editora:_________________________

 

Resumo dos capítulos lidos: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Personagens principais:  

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Personagens secundários:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Voz narrativa:   

___________________________________________

Tipo de narrador:______________________________________________________________________    
Foco narrativo:  __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________              

Tempo narrativo: __________________________________________________________
Espaço: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________         

Trecho da obra que considera mais interessante:    

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Personagem com quem você mais se identificou:      

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

domingo, 1 de maio de 2022

CONTO: A PELE DO LAGO - (FRAGMENTO) - ZULEMA CUKIER E BEATRIZ TORNADÚ - COM GABARITO

 Conto: A pele do lago – Fragmento

       [...]

        – Mas o que foi que viram, rapazes? – perguntou o delegado. – Será que não tomaram uns copos a mais?

        – ... Para que fui dar bola ao Ramón... – murmurava o outro homem consigo mesmo. – Ele é que ficou me dizendo: “Vá lá, conte ao delegado”. Para que fui ouvir? Há horas em que a melhor coisa é calar a boca... A gente mal consegue acreditar e ainda precisa convencer os outros...

        – Como era o que você viu, rapaz? Como era a coisa? Feito o dorso de um animal muito grande? – O delegado repetiu as palavras do homem com um tom entre interessado e incrédulo.

        – Quero cair morto se não for verdade! Estão aí o Ramón e meu filho, que não vão me deixar mentir.

        [...]

        – Você viu o Nahuel hoje? Parece pronto para que a Pele apareça...

        – Cruz-credo...

        [...]

        – Ramón me contou que a viram ontem...

        – Não diga! Você sabe que ontem, quando vi o lago, tive uma intuição: hoje a Pele vai aparecer!

        [...]

            Zulema Cukier e Beatriz Tornadú. A pele do lago. In: Contos de lugares encantados, São Paulo: Ática, 1989.

Fonte:  Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – Kátia P. G. Sanches & Sebastião Andreu – 6ª Série – 1ª edição – São Paulo. Ediouro, 2002 – p. 154.

Entendendo o conto:

01 – Retire do texto as frases que interrogam, isto é, perguntam.

      Mas o que foi que viram, rapazes? Será que não tomaram uns copos a mais? Para que fui ouvir? Como era o que você viu rapaz? Como era a coisa? Feito o dorso de um animal muito grande? Você viu o Nahuel, hoje?

02 – Escolha uma frase que afirma algo.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestões: Ele é que ficou me dizendo; o delegado repetiu as palavras do homem; Ramón me contou que a viram ontem...

03 – Escolha uma frase que utiliza a palavra “não”, mas que não tenha nem ponto de interrogação e nem de exclamação.

      Que não vão me deixar mentir.

04 – Escreva a frase que faz uma negação, ao mesmo tempo que manda, ordena.

      Não diga!

05 – Escreva a frase que manda, afirmando.

      Vá lá, conte ao delegado.

06 – Retire uma frase que cause admiração, espanto, mas que não tenha verbo no modo imperativo.

      Quero cair morto se não for verdade!; ... hoje a Pele vai aparecer!

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): É HOJE - CAETANO VELOSO - COM GABARITO

 Música(Atividades): É Hoje

                                       Caetano Veloso

A minha alegria atravessou o mar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da terra
Será que eu serei o dono dessa festa
Um rei
No meio de uma gente tão modesta
Eu vim descendo a serra
Cheio de euforia para desfilar
O mundo inteiro espera
Hoje é dia do riso chorar

Levei o meu samba pra mãe de santo rezar
Contra o mau olhado eu carrego meu patuá
Eu levei!
Acredito
Acredito ser o mais valente, nessa luta do rochedo com o mar
E com o mar!
É hoje o dia da alegria
E a tristeza, nem pode pensar em chegar
Diga espelho meu!
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu

Composição: Didi / Mestrinho. Caetano Veloso, CD Uns. Polygram, 1983.

  Fonte:  Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – Kátia P. G. Sanches & Sebastião Andreu – 6ª Série – 1ª edição – São Paulo. Ediouro, 2002 – p. 158-9.

Entendendo a música:

01 – Quais os artigos que se referem às palavras: mar, desembarque, dono, gente, mundo? Quais são definidos e quais são indefinidos?

      Os artigos são: Mar – o – artigo definido masculinos; Desembarque – um – artigo indefinido masculino, Dono – o – Artigo definido masculino, Gente – uma – artigo indefinido feminino, Mundo – o – artigo definido masculino.

02 – Explique por que foram usados artigos definidos antes dos substantivos “serra” e “riso”.

      Os artigos definidos foram usados antes do substantivos “serra” e “riso” para especificá-los.

03 – Por que “um rei” está no sentido genérico?

      Porque não se trata de rei no sentido literal da palavra, mas de como o autor se sente devido à sua imensa alegria.

04 – Retire do texto as palavras que apresentam o som de “S”. Como elas estão representadas?

      São: atravessou, passarela, fascinante, será, serei, dessa, modesta, descendo, desfilar, espera. Elas são representadas com SS, SC, S.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): COMEU - CAETANO VELOSO - COM GABARITO

 Música(Atividades): Comeu

            Caetano Veloso

Ela comeu meu coração

Trincou                                

Mordeu

Mastigou

Engoliu

Comeu

[...]

Mascou

Moeu

Triturou

Deglutiu

Comeu

O meu

[...]

Composição: Caetano Veloso.

Fonte:  Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – Kátia P. G. Sanches & Sebastião Andreu – 6ª Série – 1ª edição – São Paulo. Ediouro, 2002 – p. 152-3.

Entendendo a música:

01 – Qual é a sua opinião sobre a construção poética do compositor? O que mais chama a sua atenção no texto?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Quantas frases e quantas orações apresenta o poema?

      O poema apresenta uma frase e onze orações.

03 – Quantos períodos apresenta o texto em prosa.

      O texto em prosa apresenta oito períodos.

04 – Qual a característica principal da maioria das orações do poema?

      A característica principal das orações do poema é que são formadas apenas de uma palavra, isto é, do verbo.

05 – Há uma única frase nominal (sem verbo). Qual é?

      A única frase nominal é a última: “O meu”.

06 – Qual a principal diferença entre os períodos do texto em prosa e as frases do poema? Qual a relação disso com o assunto e tipo de texto?

      A diferença principal entre os períodos do texto em prosa e as frases do poema é que o texto em prosa possui períodos simples e composto, enquanto o poema possui apenas períodos simples.

 

 

IMAGENS: RADICAL CHIC - CÓDIGOS VERBAL E NÃO-VERBAL - COM GABARITO

 Imagens: Radical Chic

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIumDHAC3ZmyXZUQlnO55txpzgWXtsVkkZ0t9Ajbl1jT8067iXqjdPUbToh8hQyn3EIWwTjOuV1jzD-4uAY02r0CN_0xw_XUfjwozhNm3pof6P_1MnmyCFUkJ_skvhFvtWEuDFNUy1UjvQLJfe7XXrvI7KyCJ_2DvSY5QMMKpZyWH-AAug4lDDJqVZ/s280/RADICAL.jpg

Fonte:  Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – Kátia P. G. Sanches & Sebastião Andreu – 6ª Série – 1ª edição – São Paulo. Ediouro, 2002 – p. 53-4.

Entendendo as imagens:

01 – Quais os códigos utilizados neste texto?

      No texto, aparecem os códigos verbal (palavras) e não-verbal (imagem, ilustração).

02 – Há alguma palavra ou expressão cujo significado você não conhece? Consulte um dicionário, enciclopédia ou converse com seus colegas e professor para compreender o sentido desses termos no texto.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Qual a importância da palavra “analógico” em relação à fala do primeiro quadro?

   A palavra “analógico” significa, no texto, não digital, atrasado, não tecnológico.

04 – Qual a diferença entre as expressões faciais da Radical Chic, no primeiro e segundo quadros?

      No primeiro quadro, a personagem está de olhos e boca abertos e séria. No segundo quadro, apresenta olhos e boca fechada, sugerindo uma sutil ironia.

05 – Por que o texto pode ser considerado humorístico?

      Embora o humor do texto é sutil; o leitor precisa conhecer os termos técnicos, a personagem criada pelo autor e os sentimentos perenes e universais.

06 – Qual a relação entre os elementos do ambiente e a fala da Radical?

      A personagem está diante de um computador; por isso ela cita elementos da informática, ao mesmo tempo que declara que seu coração continua fora do tempo atual.