quarta-feira, 27 de outubro de 2021

CRÔNICA: REVOGUE-SE - LYA LUFT - COM QUESTÕES GABARITADAS

CRÔNICA: REVOGUE-SE

               Lya Luft

Relacionamentos se constroem ao longo dos anos de sua duração: os dois parceiros vão tramar consciente ou inconscientemente a teia que os vai envolver ou separar, o casulo onde vão abrigar ou sufocar seus filhos.

Amor não deveria ser prisão ou dever, mas crescimento e libertação. Porém se gostamos de alguma coisa ou de alguém, queremos que esteja sempre conosco. Perda e separação significam sofrimento, mas não o fim da vida nem o fim de todos os afetos.

Certa vez me entregaram um bilhete que dizia:

"Se você ama alguém, deixe-o livre."

Poucas afirmações são tão difíceis de cumprir, poucas contêm tamanha sabedoria em relação aos amores, todos os amores: filhos, amigos, amantes. Amor é risco, viver é risco. Pois permitir, até querer que o outro cresça ao nosso lado, pode significar que crescerá afastando-se de nós.

Mas - essa é a força e a beleza do desafio de uma vida a dois - o outro, crescendo, pode-se abrir mais para nós, que participaremos dessa expansão. Instaura-se uma instigante parceria amorosa, na qual o tempo não servirá para desgaste mas para construção. É um processo de refinamento da cumplicidade que brilha em algumas relações mesmo depois de muitos anos, muitas perdas, e muitos difíceis recomeços - desde que haja sobre o que reconstruir.

[...]

 

LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 145-146. (Fragmento).

https://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com/2015/11/leitura-e-analise-de-cronica.html

Entendendo o texto

01.Em que parágrafo a cronista menciona o acontecimento que derivou esta crônica?

       No primeiro parágrafo.

02.Que tema é abordado pela cronista?

        O tema é a construção dos relacionamentos: entre parceiros de um casal e também entre pais e filhos.

03.O título de um texto é sempre o primeiro a levantar expectativas quanto ao seu conteúdo. A partir dele fazemos uma série de suposições iniciais que depois podem ser modificadas ou confirmadas. Que emoções e ideias foram despertadas pela leitura dessa crônica? Comente.

       Resposta pessoal.

04.A partir do segundo parágrafo, a cronista apresenta argumentos para fundamentar suas opiniões sobre a forma como as pessoas deveriam amar. Que ideias básicas ela desenvolve sobre esse assunto?

Ela defende o ponto de vista de que a pessoa que ama deve permitir ao outro fazer suas próprias escolhas e viver em liberdade, ainda que essa atitude gere inseguranças. De acordo com ela, esse comportamento vai tornar os relacionamentos mais sólidos e, portanto, mais felizes.

05.Segundo a autora, as pessoas que se envolvem em relacionamentos com liberdade para crescer podem seguir caminhos diferentes. Que opinião ela apresenta para fundamentar seu ponto de vista? 

"Amor é risco, viver é risco". Ao afirmar isso, a autora considera que, num relacionamento em que os parceiros tenham liberdade para crescer lado a lado, eles tanto podem se distanciar como se aproximar mais, fazendo com que um participe da evolução do outro.

06.Interprete o sentido do título do texto, tendo em vista as opiniões da autora sobre o tema. A quem o título se dirige?

      Resposta pessoal.

07.Com que finalidade ou objetivo a autora produziu essa crônica?

Para fazer com que as pessoas reflitam e modifiquem o comportamento, aprendendo a amar o outro sem excesso de cobranças.

08.Crônicas como essa, de Lya Luft, são do tipo argumentativo, porque o texto apresenta o ponto de vista e as opiniões do autor sobre determinado tema. Em que esfera de circulação se encontra esse gênero textual?

Normalmente, as crônicas argumentativas são publicadas em jornais e revistas, e mais tarde podem ser reunidas em um livro.

09. Ao descrever situações antagônicas para falar da forma de amar, a cronista emprega palavras de sentidos opostos em seu discurso. Que palavras são essas e o que elas expressam?

Palavras que expressam as ideias de prisão e de infelicidade: teia, casulo, sufocar, sofrimento, perda, separação, etc. Palavras que expressam as ideias de liberdade: amor, viver, crescendo, força, beleza, expansão, parceria, etc. 




 

 

 

 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

CRÔNICA: CACHORROS! LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

 CRÔNICA: CACHORROS!

                     Luís Fernando Veríssimo

     Paris é tão bonita que você anda na rua olhando para todos os lados menos para onde pisa. Os cachorros de Paris vão a toda parte com seus donos, comem nos mesmos restaurantes, participam ativamente da sua vida social, frequentam vernissages e palestras, mas o convívio civilizado não afetou seus hábitos de higiene, que continuam iguais aos de cachorros de todo o mundo. 

          Há, provavelmente, mais cachorros por habitantes em Paris do que em qualquer grande cidade do mundo. O resultado desta combinação de fatores é que seu deslumbramento com Paris é constantemente interrompido pela sensação deslizante de ter pisado numa das características menos atraentes, e mais comuns, das suas calçadas. Você está admirando a fachada de uma igreja antiga e - iush - passa, em segundos, do barroco ao rococô. Os parisienses já calcularam, com rigor cartesiano, a quantidade de "merde, alors!" depositada nas ruas pelos cachorros dos seus concidadãos.

        Chega a toneladas anuais. Instituíram patrulhas catacocô, motociclos verdes munidos de aspiradores que percorrem as ruas como tamanduás mecânicos, ou pequenos elefantes crapófilos, sugando os dejetos. Eles não dão conta. Talvez sentindo-se desafiados, os cachorros aumentaram sua produção. Já houve a sugestão de que se alargasse a boca do aspirador e, em vez do cocô, se sugassem os cachorros. Os parisienses não acham graça. Amam seus cachorros com uma devoção cada vez mais difícil de tolerar. Eu, por exemplo, já perdi qualquer simpatia que tinha por esses incontinentes. 

        Quando vejo um cachorro na rua tento adivinhar, pelo tamanho ou a sua cara, que peças no caminho eram da sua autoria. Elas rivalizam, na variedade de dimensões e configurações, com os doces expostos nas vitrines das "patisseries". Imagino que cada cachorro tenha, por assim dizer, a sua assinatura, o seu estilo de sujar as calçadas, e noto em muitas das suas obras aquela arrogância no acabamento de quem desdenha a crítica e não teme a retribuição. Preciso me controlar para não gritar "Salaud!" na cara deles. E sair correndo antes que o dono me pegue, claro. 

 Disponível em: < http://www.joonline.jex.com.br

https://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com/2017/03/interpretacao-de-cronica-luis-fernando.html

Entendendo o texto

01.Em que pessoa verbal o narrador conta o fato? Cite um trecho do texto que confirme sua resposta.

Está na primeira pessoa do singular.”...Quando vejo um cachorro na rua tento adivinhar...”.

02.Quem são os personagens do fato narrado?

Os cachorros, os parisienses e o narrador.

03. O título de um texto é sempre o primeiro a levantar expectativas quanto ao seu conteúdo. A partir dele fazemos uma série de suposições iniciais que depois podem ser modificadas ou confirmadas. Que emoções e ideias foram despertadas pela leitura dessa crônica?

Resposta pessoal.

04. Onde acontecem os fatos narrados?

Nas ruas de Paris.

 

05.O gênero crônica trata de assuntos ligados ao cotidiano e destaca aspectos aos quais, muitas vezes, não damos atenção. No caso do texto de Luís Fernando Verissimo, que fato do dia a dia é observado e o que essa observação revela? 

     Observa-se o comportamento dos cachorros parisienses e o tratamento conferido pelos franceses e esses animais, com o objetivo de mostrar para o leitor, de modo irônico, que mesmo uma cidade como Paris, tida habitualmente como exemplo de elegância, apresenta imperfeições.

      06.Por que essa crônica pode ser considerada narrativa?

           Porque contém apenas elementos da narração: personagens, tempo, espaço e enredo.

    07. O humor, nesse texto, resulta da atenção conferida a um fato sobre o qual as pessoas evitam falar. Que fato é esse e por que o narrador escolheu falar a respeito dele? 

     O texto se concentra na enorme quantidade de cocôs de cachorros espalhados pelas calçadas de Paris. Ao chamar atenção para esse aspecto da realidade, o cronista ressalta um problema urbano, mas também ironiza o estereótipo de perfeição associado, com frequência, à capital da França.

 08. Paris é famosa pela intensa vida cultural e por concentrar renomados estabelecimentos ligados à moda. A cidade onde você mora também é conhecida por alguma característica peculiar? 

    Resposta pessoal.

 09. Além de mostrar que Paris é uma cidade que, como qualquer outra, apresenta defeitos, o que o cronista deseja provar ao relatar que os cachorros venceram os projetos de limpeza urbana?

Um embate entre os polos da natureza e da cultura, presente no texto, na medida em que os cachorros franceses, por mais que convivam com pessoas consideradas elegantes e refinadas, conservam instintos e comportamentos animais.

 

 

 

domingo, 24 de outubro de 2021

CRÔNICA: OLHE-SE NO ESPELHO - LYA LUFT - COM GABARITO

 CRÔNICA: OLHE-SE NO ESPELHO

                Lya Luft

   No mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher. Era um bate-papo com uma plateia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.

        Foi um momento inesquecível! A plateia inteira fez um ‘oooohh’ de descrédito.

       Aí fiquei pensando: “poxa, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?”

       Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado ‘juventude eterna’. Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.

      Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se “mudança”. De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.

       Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.

       [...]

       Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.

Entendendo o texto

 01. O texto acima é exemplo de um(a)

     a) crônica narrativa, pois apresenta uma história com personagens, ambiente e enredo, sobre tema do cotidiano.

     b) crônica narrativa, pois, apesar de ter uma argumentação, está escrita na 1ª pessoa, o que vai contra as características do gênero.

     c) crônica argumentativa, pois expõe uma reflexão sobre uma questão do cotidiano vivida pela autora, trazendo seu ponto de vista sobre o assunto.

     d) crônica argumentativa, pois traz uma questão do cotidiano exposta de forma impessoal, para que o próprio leitor possa formar sua opinião sem ser guiado pelas próprias impressões da autora.

    e) conto, pois traz uma narrativa com um número indeterminado de personagens passando por uma situação inicial que é desenvolvida ao longo do texto.


02. Segundo Lya Luft,

      a) a mudança é essencial para que as pessoas se sintam mais jovens, desde que aliada às cirurgias plásticas.

      b) de nada adianta as pessoas recorrerem às cirurgias plásticas se não procurarem mudanças que trarão mais qualidade de vida.

      c) a mudança impede o envelhecimento das pessoas, mantendo-as sempre jovens, seja na aparência ou no comportamento.

     d) os métodos avançados utilizados pela tecnologia em procedimentos estéticos poderão fazer até pessoas de 120 anos terem ainda uma aparência jovem.

     e) as pessoas que assistiam a sua palestra ficaram impressionadas com sua aparência devido ao pequeno número de cirurgias plásticas a que a autora se submeteu.


03. Entre as características que definem uma crônica, podem ser destacadas as principais:

   a) a narração em primeira pessoa e o uso expressivo da pontuação.

   b) um modelo fixo, como um diálogo inicial seguido de argumentação objetivo.

  c) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.

 d) a existência de trechos cômicos, engraçados, e a narrativa restrita ao passado do autor.

  e) a ausência de reflexões de cunho pessoal e o emprego de linguagem em prosa poética. 

 

 

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

CRÔNICA: O FUTEBOL E A MATEMÁTICA - MOACYR SCLIAR - COM GABARITO

 CRÔNICA: O FUTEBOL E A MATEMÁTICA

                 Moacyr  Scliar


Modelo matemático prevê gols no futebol Mundo, 23.mar.99

O técnico reuniu o time dois dias antes da partida com o tradicional adversário. Tinha uma importante comunicação a fazer.
- Meus amigos, hoje começa uma nova fase na vida do nosso clube. Até agora, cada um jogava o futebol que sabia. Eu ensinava alguma coisa, é verdade, mas a gente se guiava mesmo era pelo instinto. Isso acabou. Graças a um dos nossos diretores, que é um cara avançado e sabe das coisas, nós vamos jogar de maneira completamente diferente. Nós vamos jogar de maneira científica.
Abriu uma pasta e de lá tirou uma série de tabelas e gráficos feitos em computador.
- Sabem o que é isso? É o modelo matemático para o nosso jogo. Foi feito com base em todas as partidas que jogamos contra o nosso adversário, desde 1923. Está tudo aqui, cientificamente analisado. E está aqui também a previsão para a nossa partida. Eles provaram estatisticamente que o adversário vai marcar um gol aos 12 minutos do primeiro tempo. Nós vamos empatar aos 24 minutos do segundo tempo e vamos marcar o gol da vitória aos 43 minutos. Portanto, não percam a calma. Esperem pelo segundo tempo. É ai que vamos ganhar.
Os jogadores se olharam, perplexos. Mas ciência é ciência; tudo o que eles tinham a fazer era jogar de acordo com o modelo matemático.
Veio o grande dia. Estádio lotado, começou a partida, e, tal como previsto, o adversário fez um gol aos 12 minutos. E aí sucedeu o inesperado.
Um jogador chamado Fuinha, um rapaz magrinho, novo no time, pegou a bola, invadiu a área, chutou forte e empatou. Cinco minutos depois, fez mais um gol. E outro. E outro. O jogo terminou com o marcador de 7 a 1, um escore nunca registrado na história dos dois times.
Todos se cumprimentavam, felizes. Só o técnico não estava muito satisfeito:
- Gostei muito de sua atuação, Fuinha, mas você não me obedeceu. Por que não seguiu o modelo matemático?
O rapaz fez uma cara triste:
- Ah, seu Osvaldo, eu nunca fui muito bom nessa tal de matemática. Aliás, foi por isso que o meu pai me tirou do colégio e me mandou jogar futebol. Se eu soubesse fazer contas, não estaria aqui, jogando para o senhor.
O técnico suspirou. Acabara de concluir: uma coisa é o modelo matemático. Outra coisa é a vida propriamente dita, nela incluída o futebol.

Entendendo o texto

 

01. Releia:

"Graças a um dos nossos diretores, que é um cara avançado e sabe das coisas, nós vamos jogar de maneira científica."

a)   Quem disse essas frases?

O técnico do time.

b)   Quem está representado pela palavra nós no trecho destacado?

O time e o técnico.

c)   Qual a classe gramatical de nós?

Pronome pessoal do caso reto.

d)   Localize no texto uma palavra ou expressão que tenha significado contrário ao da expressão "maneira científica".

     Pelo instinto.

02 " — Sabem o que é isso?

      É o modelo matemático para o nosso jogo."

·        O que o modelo utilizava da matemática?

Foi feito com base em todas as partidas jogadas pelo time desde 1923.

03 - Marque a palavra que representa o significado da palavra destacada em cada frase.

a) Eles provaram estatisticamente que o adversário vai marca um gol.

(A) praticamente.

(B) concretamente.

(C) cientificamente.

b) Os jogadores se olharam, perplexos

(A) sorridentes.

(B) espantados.

(C) tristes.

c) O jogo terminou com o marcador de 7 a 1, um escore

nunca visto.

(A) problema.

(B) fenômeno.

(C) resultado.

04 - Qual a justificativa dada pelo jogador para não seguir o modelo matemático " do técnico?

"— Ah seu Osvaldo, eu nunca fui muito bom nessa tal de matemática."

05 - Depois do jogo, qual foi a conclusão a que o técnico chegou sobre o "modelo matemático"?

- "... uma  coisa  é  o  modelo  matemático.  Outra  coisa  é  a  vida  propriamente  dita,  nela  incluída  o futebol."

06 - A crônica “O futebol e a matemática” é uma narrativa, isto é,  um  texto  escrito  com  a  intenção  de contar uma história inventada.

 ·Marque as afirmações corretas sobre a crônica lida.

(A) A história é contada por um narrador - personagem.

(B) A história é contada por um narrador-observador.

(C) Não há registro das falas das personagens.

(D) Há registro das falas das personagens.

07- "Graças a um dos nossos diretores, que é um cara avançado..."

"O rapaz fez uma cara triste."

·        Qual é o sentido da palavra cara em cada uma das frases?

          Na primeira é uma gíria, que significa a pessoa.

          Na segunda refere-se a expressão triste.

 

 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

POEMA: URGENTEMENTE - EUGÉNIO DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Urgentemente

           Eugénio de Andrade

É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.

  ANDRADE, Eugénio de. Urgentemente. In: __________. Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim / grupo Porto, 2017. p. 85.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 265-6.

Entendendo o poema:

01 – Nesse poema, o sentimento de urgência é o tema, já enunciado no próprio título. Para expressar suas urgências, o eu poético utiliza algumas metáforas. Explique o sentido que podem ter nesses versos:

I – É urgente um barco no mar.

II – É urgente [...] multiplicar os beijos, as searas.

III – É urgente descobrir rosas e rios.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Outro recurso utilizado é o paralelismo, com a repetição da estrutura “é urgente”. Em “é urgente o amor”, temos um período simples. Qual é o sujeito dessa oração?

      O sujeito é: “[...] o amor”.

03 – Se tivéssemos o sujeito antes do verbo, “O amor é urgente”, “Um barco no mar é urgente”, que diferença de sentido teríamos?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Em “É urgente destruir certas palavras”, temos um período composto. Qual é o sujeito da primeira oração?

      O sujeito é a oração subordinada “destruir certas palavras”.

05 – Como se denomina a oração subordinada com função de sujeito?

      Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

06 – Identifique no poema outras duas orações subordinadas com essa função e escreva-as.

      Descobrir rosas e rios; permanecer; inventar a alegria.

 

PROPAGANDA: ESPERANÇA - IBCC.ORG.BR - COM GABARITO

 Propaganda: Esperança

 Fonte de imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh04wsutsMrgziXY1baNX-uJvZBJlvS7JfI6pXxwkJ3PRmT6_fE1oatml1Qio4NfUytCLTbjmb7Fy_rAyRUBkt3FiJDnF4bXkmCsL58rN8D-R2-o36TlTj-VcLTwEd0P-NE4XZMO70YR4I/s190/ESPERAN%25C3%2587A.jpg

         Sem a sua ajuda, as vítimas do câncer têm muito mais a perder. Acesse www.Ibcc.org.br e faça a sua doação.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 178.

Entendendo a propaganda:

01 – Observe a parte visual do texto e responda às questões.

a)   Que palavra ilustra essa propaganda?

A palavra “Esperança”.

b)   Como essa palavra parece ter sido escrita?

Ela parece ter sido escrita com cabelos.

02 – Agora, releia a parte verbal do texto.

a)   De que forma a palavra que ilustra a propaganda está relacionada ao texto que a acompanha?

Geralmente, as pessoas que fazem tratamento contra o câncer perdem os cabelos. Além disso, se não tiverem condições de fazer o tratamento, elas também os perderão.

b)   Que palavra utilizada no texto da propaganda estabelece essa ligação entre a parte verbal e a parte visual?

A palavra “perder”.

03 – Esse texto pretende convencer seu público a “comprar” um produto?

      Não.

04 – Explique qual é o objetivo dessa propaganda.

      Ela pretende convencer o público a comprar a ideia de que é importante fazer doações para ajudar no tratamento das vítimas do câncer.

PROPAGANDA: VIDA URGENTE/FUNDAÇÃO THIAGO DE MORAES GONZAGA - COM GABARITO

 Propaganda: Vida Urgente / Fundação Thiago de Moraes Gonzaga


Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYSNyeRyixbfEYgFiGXcaEINjRbpbigrqBuhT9kbWxEgyrLYz7Ix4jOS3agtxbZe5XLATXGcNQ8eZ__QEYmB6kcEqG2YhD38TKR_E0_8uawV-_Ap7YxqsKg4aZHmhdMlD1umFwIaBw4Lg/s277/BANDEIRA.jpg

Que este feriado seja de independência e vida. Se for dirigir, não beba.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 177.

Entendendo a propaganda:

01 – A propaganda usa como imagem a bandeira do Brasil.

a)   O que há de diferente nessa bandeira em relação à original?

Nessa bandeira, no lugar das estrelas aparecem cruzes, e no lugar do lema “Ordem e Progresso” aparece a frase “Estrelas demais já se apagaram em acidentes de trânsito.”.

b)   O que as cruzes estão representando?

As cruzes representam as mortes causadas no trânsito.

c)   O que o substantivo “estrelas” está simbolizando?

O substantivo “estrelas” está simbolizando as vidas que se perderam em acidentes.

02 – Releia esta frase, situada no canto inferior direito da imagem:

        “Que este feriado seja de independência e vida.”

·        A expressão “independência e vida” usada nesse enunciado é uma referência a qual frase histórica? Quando ela foi dita?

Essa expressão refere-se ao grito dado por Dom Pedro I na Independência do Brasil: Independência ou morte!.

03 – A que feriado o texto se refere? Que elementos nos permitem chegar à essa conclusão?

      O feriado é o de 7 de Setembro, da Independência do país. Elementos como a bandeira brasileira e a expressão “independência e vida” possibilitam essa conclusão.

04 – É possível afirmar que essa propaganda tem por objetivo vender um produto? Por quê?

      O objetivo dessa propaganda não é vender um produto, mas sim conscientizar a população sobre os perigos do trânsito, sobretudo sobre não dirigir embriagado.

 

PROPAGANDA - ELEMENTOS VERBO-VISUAIS - COM GABARITO

 Texto: Propagandas

 

  




Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 172-5.

Entendendo as propagandas:

01 – A propaganda é composta por elementos verbais, por elementos visuais ou por elementos verbo-visuais?

      Por elementos verbo-visuais.

02 – Observe a parte visual da propaganda.

a)   Mencione alguns dos elementos que compõem o segundo plano da imagem.

Folhas de coqueiro, folhas de samambaia, tapeçaria, artesanato em palha, bananas, conchas, penas, pele de cobra, tecido de chita e sandálias (chinelos).

b)   Cite, no mínimo, sete cores utilizadas na propaganda.

Azul, preto, branco, vermelho, verde, amarelo, rosa, lilás, marrom, etc.

c)   Quais dessas cores predominam?

Verde e amarelo.

d)   Em sua opinião, por que há predominância dessas cores?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Embora haja variedade de cores, representando a diversidade nacional, aquelas que simbolizam o Brasil recebem destaque porque se trata de um produto brasileiro que é mundialmente conhecido.

03 – Agora, releia a parte verbal da propaganda e, em seu caderno, indique quais termos utilizados no texto se referem aos temas a seguir:

a)    Frutas: Seriguela, umbu, cajá, graviola, jabuticaba, banana, tamarindo, pitomba, caju, limão.

b)    Comida ou bebida: Pé de moleque, caipirinha.

c)    Arte, música, dança: Samba, bossa nova, capoeira, baião, forró, arrasta-pé.

d)    Esportes: Futebol, vôlei.

·        Por que esses elementos são citados na propaganda?

Porque eles estão relacionados àquilo que costuma representar o Brasil, que é, conhecidamente, um país de mistura de etnias, culturas, nacionalidades, crenças, costumes, etc., onde vários elementos se misturam.

04 – Que palavra bastante utilizada na propaganda representa uma parte de um todo?

      Pé.

a)   De que todo essa palavra é parte?

É parte de uma pessoa. No contexto da propaganda, relaciona-se ao brasileiro.

b)   Explique por que essa palavra foi tão usada na propaganda.

Porque o produto anunciado as sandálias é para ser usado nos pés.

05 – Essa palavra aparece com sentidos diferentes. Em sua opinião, esse uso desperta o interesse do público? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, pois os termos são utilizados na propaganda de forma criativa e, além disso, são expressões populares com as quais a maior parte do público se identifica.

06 – Releia este trecho do texto:

        Tem pé-quente.

        Pé-frio não tem, que não combina

        nem com sandália nem com a vida.

a)   Que palavra utilizada no trecho confirma a ideia de que pé-frio não combina com a sandália e com a vida?

A palavra “nem”.

b)   Por que, segundo a propaganda, pé-frio não combina com sandália?

Além de se referir à sandália como um produto de verão, que combina com pé-quente, a propaganda relaciona esse produto à sorte do brasileiro, pois sugere que no Brasil não existe pé-frio. Assim, nem o brasileiro nem a sandália combinam com o azar. Professor, chame a atenção dos alunos para o fato de que essa sugestão pretende criar uma identificação entre o consumidor e a sandália.

07 – Releia o trecho a seguir:

        Tem um pé de seriguela. Outro de umbu.

        De cajá. De graviola, jabuticaba, banana,

        tamarindo, pitomba, caju.

a)   Por que não é preciso repetir a palavra pé para se fazer referência aos frutos mencionados?

Porque é possível compreender o texto sem essa palavra. Pela sequência e pelo contexto, essa ausência não causa dificuldade de compreensão, de forma que a repetição da palavra se torna desnecessária.

b)   A ausência de repetição da palavra pé, nesse trecho, altera o ritmo, a sequência ou o sentido do texto? Explique.

Há uma cadência no texto e rimas nesse trecho. A ausência da repetição, nesse caso, permite que o ritmo do texto fique mais acelerado.

08 – O uso de qual termo sinaliza que o texto está sendo concluído?

      Da palavra “enfim”.

09 – Que palavras ou expressões utilizadas no final do texto enfatizam a ideia de que o brasileiro gosta de usar o produto anunciado? Justifique sua resposta.

      A palavra “mesmo” e a expressão “ah, se quer”, na frase “Mas o que esse pé brasileiro quer mesmo – ah, se quer – é calçar umas Havaianas”, pois reforçam a vontade, o desejo de calçar as sandálias anunciadas.

10 – Em sua opinião, essa propaganda parece eficiente? Ela mobiliza o público a comprar as sandálias anunciadas? Por quê?

      Professor, espera-se que os alunos percebam que a propaganda tende a ser eficiente, pois apresenta um conjunto de elementos verbais e visuais que representam positivamente o Brasil e os brasileiros, buscando motivar a identificação entre o potencial consumidor e a imagem construída e levá-lo à compra do produto anunciado. É importante que os alunos percebam que essa construção é intencional e planejada.

11 – Em sua opinião, os elementos utilizados na construção dessa propaganda são facilmente percebidos pela maioria do público leitor?

      Resposta pessoal do aluno. Professor, espera-se que os alunos respondam que não e que notem que, geralmente, o leitor não percebe os pormenores da construção da linguagem persuasiva da propaganda, apenas deixa-se levar por ela.

12 – Você considera importante conhecer os recursos usados para elaborar textos como a propaganda lida? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Professor, espera-se que os alunos respondam que sim e percebam que conhecer os recursos usados na construção da propaganda é uma forma de lê-la mais criticamente.