quarta-feira, 14 de julho de 2021

ROMANCE: INFÂNCIA (FRAGMENTO I) - GRACILIANO RAMOS - COM GABARITO

 Romance/Literatura: Infância (Fragmento I)

             Graciliano Ramos

        [...] Aos nove anos, eu era quase analfabeto. E achava-me inferior aos Mota Lima, nossos vizinhos, muito inferior, construído de maneira diversa. Esses garotos felizes, para mim eram perfeitos: andavam limpos, riam alto, frequentavam escola decente e possuíam máquinas que rodavam na calçada como trens. Eu vestia roupas ordinárias, usava tamancos, enlameava-me no quintal, engenhando bonecos de Barro, falava pouco.

        Na minha escola de ponta de rua, alguns desgraçadinhos cochilavam em bancos estreitos e sem encosto, que às vezes se raspavam e lavavam. [...]

        O lugar de estudos era isso. Os alunos se imobilizavam nos bancos: cinco horas de suplício, uma crucificação. Certo dia vi moscas na cara de um, roendo o canto de olho, entrando no olho. E o olho sem mexer, como se o menino estivesse morto. Não há prisão pior que uma escola primária do interior. A imobilidade e a insensibilidade me aterraram. Abandonei os cadernos e as auréolas, não deixei que as moscas me comessem. Assim, aos nove anos ainda não sabia ler.

        Ora, uma noite, depois do café, meu pai mandou buscar um livro que deixara na cabeceira da cama. Novidade: meu velho nunca se dirigir a mim. E eu, engolido o café, beijava-lhe a mão, porque isto era praxe, mergulhava na rede e adormecia. Espantado, entrei no quarto, peguei com repugnância o antipático objeto e voltei a sala de jantar. Aí recebi ordem para me sentar e abrir o volume. Obedeci, engulhando, com a vaga esperança de que uma visita me interrompesse. Ninguém nos visitou naquela noite extraordinária.

        Meu pai determinou que eu principiasse a leitura. Principiei. Mastigando as palavras, gaguejando, gemendo uma cantilena medonha, indiferente à pontuação, saltando linhas e repisando linhas, alcancei o fim da página, sem ouvir gritos. Parei surpreendido, virei a folha, e continue arrastar-me na gemedeira, como um carro em estrada cheia de buracos.

        Com certeza o negociante recebera alguma dívida perdida: no meio do capítulo pôs-se a conversar comigo, perguntou-me se eu estava compreendendo o que lia. Explicou-me que se tratava de uma história, um romance, exigiu atenção e resumiu a parte já lida. Um casal com filhos andava numa floresta, em uma noite de inverno, perseguidos por lobos, cachorros selvagens. Depois de muito correr, essas criaturas chegavam à cabana de um lenhador. Era eu ou não era? Traduziu-me em linguagem de cozinha diversas expressões literárias.

        Animei-me a parolar. Sim, realmente havia alguma coisa no livro, mas era difícil conhecer tudo. [...].

RAMOS, Graciliano. Infância. Rio de Janeiro: Record, 2006.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 162-3.

Entendendo o romance:

01 – O que você imagina que aconteceu com ele naquele lugar?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Será que ele aprendeu a ler?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – E você, como foi sua experiência com as primeiras leituras?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – No início do primeiro parágrafo e no fim do terceiro, o menino fala sobre um problema que o incomoda. Qual é esse problema?

      Ele não sabia ler.

05 – Quem é o narrador do texto, ou seja, quem conta a história?

      O menino.

06 – O que você pensa a respeito da escola em que o menino estudava?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Você acha que existem escolas como aquela em que o garoto do texto estudava? Converse com a turma e com o professor(a) sobre esse assunto.

      Resposta pessoal do aluno.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

TIRINHA - BICHINHOS DO JARDIM - ELEMENTOS DA NARRATIVA - COM GABARITO

 TIRINHA- BICHINHOS DO JARDIM 

Leia a tira a seguir e faça o que se pede.

GOMES, Clara. Bichinhos de Jardim. O Globo, 28 mar. 2014. Segundo Caderno, p. 7.

Entendendo a Tirinha

1.1 Observe a sequência de imagens e, resumidamente, descreva o que acontece nas três primeiras cenas e a mudança ocorrida no último quadrinho.

Diante de um notebook, a joaninha fala em voz alta sobre o que encontra.

Nos três primeiros quadrinhos, a personagem apenas enumera o que lê. No último quadrinho, ela cai para trás, dizendo que está com “obesidade de informação”.

 2.  O objetivo principal do texto é narrar uma história. Identifique na tira os seguintes elementos da narrativa:

a) personagem(ns).

A joaninha, que é personagem das tiras “Bichinhos de Jardim”.

 b) sequência de acontecimentos, da situação inicial ao desfecho.

A joaninha acessa um computador com olhar curioso e começa a falar em voz alta o tipo de informação que encontra; no final, ela cai como se estivesse pesada de tanto “se alimentar” do que encontrou na internet.

3.3 Explique de que maneira a autora da tira criou uma situação engraçada.

A queda da joaninha no último quadrinho cria efeito de humor e torna a tirinha engraçada. É como se ela se sentisse pesada (obesa) de tanta informação e perdesse o equilíbrio. Também a correspondência entre informação e alimento é inesperada.

4.4 Que tema relacionado à atualidade é abordado nessa tira?

O excesso de informação a que estamos expostos e que chega até nós diariamente, sobretudo pela internet.

 5. Nas falas da personagem, predominam as vírgulas e as reticências. Com que finalidade essa pontuação foi usada? Marque a afirmação incorreta.

a) As vírgulas indicam enumeração.

b) As vírgulas são adequadas ao contexto porque separam itens de uma enumeração.

c) O encerramento das falas com reticências indica continuidade.

d) As reticências indicam o cansaço da personagem, que se descontrola e cai diante de tanta informação.

 6. Procure no dicionário o sentido da palavra obesidade. Na tira, esse vocábulo foi empregado no sentido literal? Explique.

Não. No dicionário, obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal conhecido como IMC (índice de massa corporal). Na tira, a informação veiculada pela internet é considerada um “alimento excessivo”, ou seja, o sentido é figurado, conotativo.

 7. Sem prejudicar o sentido no último quadrinho, a palavra da atividade anterior poderia ser substituída por

a) gordura.

b) contenção.

c) adiposidade.

d) excesso.

 

 

 

domingo, 27 de junho de 2021

CONTO: OS DOIS PEQUENOS E A BRUXA - CONSIGLIERI PEDROSO - COM GABARITO

 Conto: OS DOIS PEQUENOS E A BRUXA

           Consiglieri Pedroso

        Era uma vez uma mulher que tinha um filho e uma filha. Um dia a mãe mandou o filho buscar cinco réis de tremoços e depois disse para os dois:

        -- Meus dois filhinhos, até onde acharem as casquinhas de tremoços, vão andando pelo caminho afora, e em chegando ao mato lá me hão de encontrar apanhando lenha.

        Os pequenos assim fizeram.

        Depois da mãe sair, foram andando pelas castanhas de tremoços que ela ia deitando para o chão, mas não a encontraram.

        Como já era noite, viram ao longe uma luz acesa. Foram caminhando para lá e viram uma velha a frigir bolos.

        A velha era cega de um olho, e o pequeno foi pela banda do olho cego e furtou- lhe um bolo, porque estava com muita fome.

        Ela, julgando que era o gato, disse:

        -- Sape, gato! Bula que não bula, que te importa a ti?

        O pequeno disse para a irmã:

        -- Agora vai lá tu!

        A pequena respondeu:

        -- Não vou lá que eu pego-me a rir!

        O pequeno disse que ela havia de ir, e a irmã não teve mais remédio, e foi. Foi pelo lado do olho cego e tirou outro bolo.

        A velha, que julgava outra vez que era o gato, disse:

        -- Sape, gato! Bula que não bula, que te importa a ti?

        A pequena largou-se a rir.

        A velha voltou-se, viu os dois pequenos e disse para eles:

        -- Ai, sois vós, meus netinhos! Comei, comei para engordar.

        Depois agarrou neles e meteu-os num caixão cheio de castanhas.

        No outro dia chegou ao caixão e disse para eles:

        -- Deitai os vossos dedinhos, meus netinhos, que é para ver se estais gordinhos.

        Os pequenos deitaram o rabo de um gato, que acharam dentro do caixão.

        A velha disse então:

        -- Saí, meus netinhos, que já estão gordinhos.

        Tirou-os para fora do caixão e disse-lhes para irem à linha com lenha.

        Os pequenos foram para o mato por uma banda, e a velha foi por outra. Quando chegaram a um certo lugar, encontraram uma fada.

        A fada disse-lhes:

        -- Andais à lenha, meninos, para aquecer o forno, mas a velha quer assar-vos nele!

        Depois contou que a velha havia de dizer para eles: Sentai-vos, meus netinhos, nesta pazinha, para vos ver balhar dentro do forno! E que eles lhe haviam de dizer que se sentasse ela primeiro, para eles verem como era.

        A fada foi-se embora.

        Daí a pouco encontraram-se os pequenos com a velha do mato.

        Apanharam a lenha toda que tinham cortado e foram para casa acender o forno.

        Depois de acenderem o forno, a velha varreu-o muito bem varrido e depois disse para eles:

        -- Sentai-vos, meus netinhos, nesta pazinha, para vos ver balhar dentro do forno!

        Os pequenos responderam como a fada os tinha ensinado:

        -- Sentai-vos aqui primeiro, avozinha, nesta pazinha, para nós vos vermos balhar dentro do forno!

        A velha, como queria assá-los, sentou-se na pá, e eles mal a viram sentada, empurraram a pá para dentro do forno.

        A bruxa deu um grande estouro e morreu queimada, e os pequenos ficaram senhores da casa e de tudo quanto ela tinha.

CONSIGLIERI, Pedroso. Contos populares portugueses. São Paulo: Landy, 2001.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 173-5.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Balhar: assar.

·        Tremoso: são sementes de plantas conhecidas como tremoceiros. É uma semente de cor amarela, geralmente consumida em conserva como petisco ou aperitivo em bares portugueses.

·        Frigir bolos: fritar bolinhos.

·        Irem à linha com lenha: cortar lenha.

02 – Releia esse trecho do texto.

        -- Meus dois filhinhos, até onde acharem as casquinhas de tremoços, vão andando pelo caminho afora, e em chegando ao mato lá me hão de encontrar apanhando lenha.”

a)   Que conflito foi gerado por essa recomendação da mãe?

As crianças foram seguindo a pista fornecida pela mãe, mas em determinado momento perceberam que não iam encontra-la, conforme tinham combinado. Desse modo, ficaram perdidos no mato.

b)   Qual solução as crianças encontraram para se abrigar?

Avistaram a luz aces de uma casa e se dirigiram para esse local.

03 – Qual era a intenção da bruxa ao querer que as crianças engordassem?

      Ela queria assá-los no forno e comê-los.

04 – Os acontecimentos narrados em “Os dois pequenos e a bruxa” lembram outro conto conhecido. Que conto é esse?

      João e Maria.

05 – Observe a capa ao lado, do livro do qual o conto “Os dois pequenos e a bruxa” foi retirado.

a)   Por que será que no título do livro há a expressão contos populares?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Com que nome você conhecia contos como esse?

Resposta pessoal do aluno.

06 – Leia as informações do quadro e responda às questões.

        O texto “Os dois pequenos e a bruxa” é um conto maravilhoso, também conhecido como conto de fadas ou conto de encantamento.

        Há muitas e variadas versões de contos maravilhosos espalhadas pelo mundo. A história “Os dois pequenos e a bruxa” foi recolhida em Portugal, por isso são chamados contos populares por lá.

        O conto equivalente recolhido na Alemanha chama-se “Hansel e Gretel”; no Brasil, é “João e Maria”. Isso também acontece com outras histórias, e não se sabe ao certo a origem de cada uma delas.

        Cada conto traz elementos da cultura de seu povo manifestados no vocabulário, no ambiente, nos personagens e na maneira de contar a história, pois quem conta um conto costuma mesmo aumentar um pouco.

a)   Quais elementos implícitos ou explícitos remetem a esse conto?

Duas crianças perdidas na floresta encontram a casa de uma bruxa que deseja comê-los, mas os personagens conseguem enganá-la e matá-la.

b)   Todas as histórias como “João e Maria”, “Os dois pequenos e a bruxa” e “Hansel e Gretel” surgiram de nativas orais. Quem registrou a maior parte desses contos que você conhece? Se necessário, pesquise na internet.

Resposta pessoal do aluno.

TEXTO: O QUE É CONSUMISMO? ROCK CONTENT - COM GABARITO

 Texto: O que é consumismo?


Por Redator Rock Content

Publicado em 21 fev. 2017.

Atualizado em 3 maio 2018

        O consumismo é o hábito de adquirir produtos e serviços sem precisar deles. É a compra pelo desejo, e não pela necessidade.

        Geralmente, é marcado pelas compras por impulso e estimuladas pela ansiedade. Em casos mais graves, pode vir a se tornar uma compulsão.

        Além disso, o consumismo está ligado à noção de que comprar mais vai trazer sensações de felicidade e prazer momentâneo.

        É também resultado da influência de propagandas abusivas, que insistem em relacionar o consumo à felicidade e, muitas vezes, criam uma imposição de necessidades, mostrando como certos produtos ou serviços são capazes de tornar a vida das pessoas melhor.

        O maior problema surge quando o consumismo fica tão intenso que evolui para um comportamento compulsivo.

        Por exemplo: há quem use as compras como um gatilho para ajudar a melhorar o humor e, por isso, frequentam o shopping sempre que se sentem estressados ou angustiados.

        São consumidores que precisam de ajuda, porque muitas vezes se endividam devido à falta de planejamento financeiro e de prioridade de despesas.

        Inclusive, o consumismo tem uma outra face — também problemática —, que é o consumismo infantil.

        Quando os produtos são associados a brindes, a personagens famosos ou a campanhas de publicidade que focam em despertar a atenção das crianças, os pequenos conseguem facilmente influenciar a decisão dos pais, especialmente em datas comemorativas.

        Mas sabemos que não é só no Dia das Crianças e no Natal que os consumidores compram além do necessário.

        O Dia das Mães, o Dia dos Pais e o Dia dos Namorados também são exemplos de datas em que as pessoas se sentem induzidas a irem às compras.

        [...]

Consumismo no Brasil: Entenda o que realmente é e conheça o panorama no país. Marketing de conteúdo, 21 fev. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2KOr18W. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 252-3.


Entendendo o texto:

01 – Considerando o valor polissêmico da palavra gatilho destacada no texto, indique, entre as alternativas abaixo, aquela que traz o sentido com que essa palavra foi empregada pelo autor.

I – Pequena peça presa a um fecho que, ao ser puxada, faz uma arma disparar.

II – Peça de metal que funciona como uma alavanca por meio de determinado mecanismo.

III – Algo que desencadeia um processo ou uma reação à maneira de um gatilho.

02 – Que relação é possível estabelecer entre o tema consumismo e a palavra gatilho na acepção indicada como resposta à questão anterior?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O desejo de consumir de maneira exagerada é disparado (ativado) quando as pessoas estão angustiadas ou estressadas. Isso as leva a buscar lojas de produtos comerciais e a consumir excessivamente como forma de melhorar o estado de ânimo ou de espírito.

03 – Como você se comporta, enquanto consumidor, nas datas comemorativas, em que as pessoas se sentem induzidas a comprar?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Releia este trecho do texto:

        “Quando os produtos são associados a brindes, a personagens famosos ou a campanhas de publicidade que focam em despertar a atenção das crianças, os pequenos conseguem facilmente influenciar a decisão dos pais, especialmente em datas comemorativas.

        Mas sabemos que não é só no Dia das Crianças e no Natal que os consumidores compram além do necessário.

        O Dia das Mães, o Dia dos Pais e o Dia dos Namorados também são exemplos de datas em que as pessoas se sentem induzidas a irem às compras.”

a)   Muitas vezes, para se evitar repetições de substantivos no texto, são usadas outras palavras ou expressões que façam referência a eles. Que expressões são usadas nesse trecho para se referir a Dia das Crianças, Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia dos Namorados?

As expressões: datas comemorativas e datas.

b)   Que termo o pronome relativo que substitui e qual a sua função no primeiro período do trecho destacado?

O pronome relativo que substitui o termo campanhas de publicidade. Sua função é ligar as orações e estabelecer relação de sentido entre elas.

c)   O uso da conjunção mas indica a introdução de que tipo de ideia: adição, consequência, causa, adversidade ou explicação? Explique.

Adversidade, ou seja, de uma ideia contrária. Essa conjunção introduz a ideia de que não é somente em datas como o Dia das Crianças e no Natal que os consumidores compram além do necessário: isso também acontece em outras datas comemorativas.

d)   Reescreva o período que traz a conjunção mas, substituindo-a por outra d igual sentido, ou seja, sem alterar o sentido expresso no trecho original.

Porém/ Contudo/ Todavia sabemos que não é só no Dia das Crianças e no Natal que os consumidores compram além do necessário.

e)   Você é capaz de dar exemplos de outras conjunções? Qual é a utilidade dessas palavras?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

 

 

PROPAGANDA: CAMPANHA DO MOVIMENTO INFÂNCIA LIVRE DE CONSUMISMO - COM GABARITO

 Propaganda: Campanha do Movimento Infância Livre de Consumismo 



Campanha do Movimento Infância Livre de Consumismo, 1° out. 2013. Disponível em:
https://bit.ly/2Frgi2L. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 249-250.

Entendendo a propaganda:

01 – Essa propaganda está vendendo que ideia ao público? Justifique.

      Está vendendo uma “ideia” que Dia das Crianças não é para promover o consumismo, mas a presença, com leitura e abraços.

02 – Qual é o nome da Campanha? Quem a promove? Pesquise na internet o proponente da campanha.

      Dia das Crianças Sem Consumismo, promovida pelo Movimento Infância Livre de Consumismo. De acordo com o site, trata-se de um movimento formado por mães, pais e cidadãos comprometidos com uma infância livre de publicidade dirigida as crianças.

03 – Toda propaganda tem um público-alvo, ou seja, é dirigida a uma parcela específica da população. A quem se dirige essa propaganda?

      Aos pais com filhos ainda na infância.

04 – Observe os recursos visuais e verbais:

a)   O que você vê na imagem?

Mãe e filho abraçados, enquanto ela lê para a criança.

b)   Qual é o slogan dessa peça publicitária? Quais palavras apresentam sons parecidos? Que efeito produz?

Dia das crianças sem consumismo tem troca de livros, histórias e abraços. As palavras crianças e histórias terminam com “as”; Abraços e livros com “os”. Produzem ritmo, parecendo poesia.

c)   A imagem relaciona-se com o slogan? Explique.

Sim. A imagem é a descrição do slogan da propaganda.

05 – Releia o slogan da campanha:

        “É de pequeno que se aprende”

a)   Nesse slogan, qual som se repete?

Há a repetição da vogal “e”: É de pequeno que se aprende.

b)   Pesquise a figura de linguagem que consiste na repetição desse som.

A figura de linguagem que consiste na repetição do mesmo som vocálico é a assonância.

c)   Que efeito essa figura de linguagem produz?

Produz musicalidade para chamar a atenção e conquistar o público.

06 – Você conhece esse tipo de propaganda? Em caso afirmativo, comente com os colegas as que lhe chamam mais atenção.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Será que essas propagandas, realmente, sensibilizam as pessoas a aderirem a causas ou a transformar ações? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

TEXTO: SÃO MUITAS AS MARCAS CONHECIDAS - LILIANA IACOCCA - COM GABARITO

 Texto: São muitas as marcas conhecidas

        São muitas as marcas conhecidas.

        Algumas são os nomes das firmas que fabricam os produtos; outras, os nomes dos próprios produtos; outras, ainda, um simples desenho, um símbolo, uma letra, que fazem a gente imediatamente identificar o produto.

        Esses desenhos, essas letras, esses símbolos são chamados de logotipos. E são criados e desenhados por artistas especializados em comunicação visual.

        Pela TV, [...] os programas mostram as marcas das formas mais variadas e movimentadas. Andando na rua, basta observar, as marcas estão em todos os lugares, na frente dos bancos, dos postos de gasolina, das farmácias, das lojas, dos supermercados.

        E estão também nos automóveis, nas camisetas que as pessoas usam, nas calças, nos sapatos, nas bolsas...

        Sem dúvida, existem marcas boas, que oferecem qualidade e preço justo do produto, nas quais o consumidor adquire confiança.

        Como também existem as marcas que se aproveitam de certas modas ou da fama e cobram muito mais do que realmente o produto vale.

        Será que vale a pena fazer grandes sacrifícios, pagar muito dinheiro, só para ter uma determinada marca e se exibir para sua turma?

        Ou será que você também é um produto que vai ser vendido, e a marca que você comprou funciona como sua embalagem?

 IACOCCA, Liliana; IACOCCA, Michele; WHITE, Oriana M. Consumir é.... São Paulo: DeLeitura, 1999.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 242-3.

Entendendo o texto:

01 – Seus hábitos de consumo foram, de alguma forma, representados nesse texto? Comente.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Explique que relação pode ser estabelecida entre os questionamentos apresentados nesse texto e as ideias da escritora Maria Helena Martins.

      O texto defende uma ideia semelhante ao que falou a escritora Maria Helena Martins em sua entrevista, pois questiona o leitor quanto aos seus hábitos de consumo, chamando a atenção para o fato de que comprar para sentir-se aliviado, realizado e feliz não é um bom caminho, as sensações passam rapidamente, o que cria uma compulsão por comprar.

03 – Releia este trecho:

        Será que vale a pena fazer grandes sacrifícios, pagar muito dinheiro, só para ter uma determinada marca e se exibir para sua turma?

        Ou será que você também é um produto que vai ser vendido, e a marca que você comprou funciona como sua embalagem?”

a)   Em sua opinião, esses questionamentos são válidos?

Resposta pessoal do aluno.

b)   De que forma você responderia a essas perguntas?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Você já conhecia a palavra logotipo? Releia os três primeiros parágrafos do texto e explique o que ela significa.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Observe as imagens a seguir:

    



    

a)   Que símbolo é apresentado na imagem 1? O que ela representa?

Símbolo Olímpico. Representa o Comitê Olímpico Internacional.

b)   O que representam os arcos e suas cores da imagem 1? Se necessário, faça uma pesquisa.

Os cincos arcos se referem aos cincos continentes do planeta: o azul, à Europa; o amarelo, à Ásia; o preto, à África; o verde, à Oceania; e o vermelho, às Américas.

c)   O que a imagem 2 representa?

A Copa do Mundo de Futebol da Rússia 2018.

d)   Com que objetivo ela foi criada?

Com o objetivo de promover e divulgar o evento.

e)   É possível dizer que esse símbolo é um logotipo? Explique.

Sim. A imagem corresponde a um conjunto formado por elementos verbais e visuais que identifica e simboliza uma marca – nesse caso, a Copa do Mundo de Futebol da Rússia 2018.