terça-feira, 15 de setembro de 2020

ARTIGO DE OPINIÃO: LAR, DOCE LAR...OPS! - SIMONE PAIXÃO - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: Lar, doce lar...Ops!

                                Simone Paixão

          Estamos em julho de 2020. O mundo parou por causa de uma pandemia. De acordo com um estudo elaborado pela Global Access to Justice, cerca 92% dos países adotaram medidas especiais para combater a disseminação causada pelo COVID 19, de modo que 47% desses países proibiram totalmente que a população saísse de casa, exceto para compras de alimentos ou medicamentos. Em 20% dos países, a saída é permitida, mas com limite de pessoas e de tempo. Com isso, boa parte dos humanos “resguarda-se” em suas casas e, nesse contexto, cenas inusitadas estão sendo registradas nos mais diversos lugares, principalmente nos espaços urbanos.

           Apesar de tanta tristeza e incertezas que o vírus vem causando, ocorreram alguns impactos positivos no meio ambiente, em consequência da restrição de atividades humanas. Com os veículos circulando menos, as indústrias paradas e as pessoas ficando mais tempo em casa, a natureza tem reagido favoravelmente e, aos poucos, surgem cenas únicas no mundo. Alguns animais que antes nem se aproximavam das cidades podem ser vistos passeando pelas ruas livremente; plantas voltaram a florescer, porque não estão absorvendo tanto dióxido de carbono emitido pelos veículos. Na Índia, milhares de tartarugas chegaram às praias para por seus ovos, em locais onde não mais haviam sido avistados durante o dia. Pessoas de diversos países também relatam terem visto animais selvagens incomuns, como um urso pardo, que apareceu na cidade de Madri, na Espanha, perambulando pelas ruas.

            De acordo com especialistas, esses fenômenos têm ocorrido devido à ausência de pessoas nas ruas, pois os animais não se sentem mais ameaçados. O distanciamento social também está proporcionando um aumento significativo da população das abelhas no mundo, pois várias espécies de flores silvestres estão crescendo livremente nos parques e marginais de todas as cidades, beneficiando tanto abelhas como borboletas, pássaros, morcegos e muitos insetos que se alimentam de plantas, flores e frutas. A pandemia trouxe muitos prejuízos, mas é certo que a natureza tem sido grata a ela, principalmente porque está se recuperando como nunca havia acontecido antes.

Simone Paixão. Texto elaborado especialmente para esta atividade. Informações disponíveis em: http://chc.org.br/o-dia-das-tartarugas/. Acesso em 10 jul.2020

Após a leitura do texto, responda:

       1)   Qual é o assunto principal do texto?

O assunto principal do texto é o impacto positivo que a pandemia tem causado para o meio ambiente, devido ao distanciamento social/físico da população mundial.

   2)        O distanciamento social a que nós humanos estamos sendo submetidos tem sido algo bom para a natureza, em geral, e para os animais. Por quê?

Resposta pessoal.

Sugestão: Espera-se que os alunos respondam “sim” e, a partir dessa resposta, explicitem as justificativas, de acordo com suas impressões pessoais.

 3)   De acordo com o texto, que motivos justificam o aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas?

Sugestão de resposta: O aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas justifica-se devido ao distanciamento social/físico da população mundial, causado pela pandemia do coronavírus. O distanciamento proporcionou a diminuição da circulação das pessoas em ruas, praias e outros espaços, oportunizando que os animais sintam-se seguros para circular por esses locais.

 4)   Os animais citados no texto correm risco de extinção? Pesquise sobre o assunto para responder.

Resposta pessoal.

 5)   O que significa a expressão “Lar, doce lar...”?

Esta expressão é usada quando alguém quer fazer referência ao lugar que se sente tranquilo e seguro para retornar, o nosso “porto seguro”.

 6)        E a palavra “Ops!”, o que significa?

Ela é uma interjeição e indica a percepção de uma falha ou engano, uma gafe ou indiscrição involuntária.

MÚSICA(ATIVIDADES): VOZES DO SILÊNCIO - (setembro amarelo) -CARLINHOS BROWN - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): VOZES DO SILÊNCIO


                                                         Carlinhos Brown

Um furacão silencioso
Um redemoinho mental
Uma tormenta diária
Uma dor abissal

Eu te entendo, me coloco em seu lugar
Eu te vejo e posso te escutar
É difícil, e pra quem não é?
Mas te garanto, é pior calar

Em silêncio você morre aos poucos e morrer não é opção
O que cê sente não escolhe quem afeta e nem tem definição
Mas vem cá, fique sabendo que tudo pode mudar
Fala, pode se abrir que tem gente pra te escutar

Esse silêncio que consome
Pode acabar, é só você falar
Conta sua história
Tudo que dói só dói até passar

O primeiro passo é encarar
Olhar de frente e falar
Ainda tem muita vida para viver
Você não está sozinho
Vai rolar você vai ver

 ENTENDENDO A CANÇÃO

1) Justifique o título empregado na canção.

"Vozes do Silêncio", são pessoas que estão sofrendo no silêncio, pois falar pode mudar tudo, mas quem está perto nem percebe.

2) Existe alguma antítese, paradoxo ou contradição na canção? Exemplifique.

   Sim, existe.

  "Furacão/silencioso".

3) Por que você acha que tem gente que pensa que morrer é uma solução?

    Resposta pessoal.

    Sugestão: Ninguém quer morrer, o que elas querer é matar a dor que está sentindo.

4) Por que "no silêncio se morre aos poucos"?

    Porque o silêncio nos consome e a dor aumenta.

5) Explique a passagem "O que se sente não escolhe quem afeta".

     A depressão não escolhe a quem vai afetar e as vezes vem sem saber o porquê, do nada, sem explicação.

6) Que mensagem a canção transmite?

     Uma mensagem que temos que encarar a vida de frente, e colocar para fora nossos sentimentos, contar o que dói, assim vai desabafar e vai se sentir melhor.



domingo, 13 de setembro de 2020

TEXTO VERBAL E NÃO VERBAL: SETEMBRO AZUL AMARELO - COM GABARITO

 

TEXTO VERBAL E NÃO VERBAL: SETEMBRO AZUL AMARELO


1)Você sabe o que é comemorado nos dois ? Se não sabe, pesquise.

            Resposta pessoal.

2)Por que os dois são tão importantes ?

Ambos trata de datas importantes e pouco abordadas pela mídia e principalmente pela sociedade, é como se fosse um tabu.

 


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3)Por que o cartaz está cheio de mãos ? O que isso tem a ver com o dia nacional do surdo ?

Porque é através das mãos que os surdos se comunicam. Quando as mãos estão levantadas, significa aplausos, muitos aplausos a este “Dia”.

4)É importante ter um dia nacional para os surdos ?

Infelizmente não existe, pois são milhares de pessoas surdas, mas o grande número parece não ser o suficiente para alterar a realidade que vivemos em nosso país. Não há o mínimo de preocupação em oferecer uma educação inclusiva ou ainda das empresas em oferecer uma chance de trabalho para os surdos e essas pessoas sofrem com a exclusão.

5)Existe uma verdadeira inclusão dos surdos na nossa sociedade ?

inclusão de surdos na sociedade brasileira está longe do cenário ideal. Empresas que não dão chances para funcionários com essa deficiência, escolas que acabam afastando os alunos com necessidades especiais do restante dos estudantes.

6)O que podemos fazer para incluir o surdo na sociedade ?

Perceber hoje a situação vivenciada pelas pessoas com surdez na sociedade, principalmente aqueles que frequentam os espaços escolares e outras esferas sociais como supermercados, bibliotecas, cinemas etc., tem levado grandes pesquisadores, estudiosos entre outros, interessados, na temática voltada para o estudo do modo de vida da pessoa surda, a despertar grandes indagações acerca de políticas públicas desenvolvidas para melhorar e/ou tornar possível a inclusão de alunos surdos nas redes regulares de ensino estão sendo aplicadas, ... já que a educação pode ser entendida como prática libertadora e ... empenhados em fazer com que a lei tenha um significado concreto.

7)Você conhece algum surdo ? Como você se comunica com ele ?

Resposta pessoal.

8)Já ouviu falar em Libras ? O que significa ?

Resposta pessoal.

9)Você acha que todo surdo é mudo ? Explique.

Resposta pessoal.

10)“Permita-se “ouvir” essas mãos, pois somente assim será possível mostrar aos surdos como eles podem “ouvir” o silêncio das palavras.  (Ronice Muller Quadros)

O que você entendeu pela citação acima ? O que seria “ouvir” essas mãos ?

“Ouvir” significa respeitar e tentar conversar com uma pessoa surda, mesmo sem o conhecimento do seu alfabeto em Libras. O importante é conseguir ter um diálogo com uma pessoa surda.

 



Aqui temo o alfabeto datilológico. Representa as letras em Libras. Mas só é usado quando não existe um sinal específico para a palavra.

11) Você conhecia o alfabeto datilológico ?

Resposta pessoal.

12) Pesquise o significado de datilologia.

  Comunicação através de sinais feitos com os dedos, p.ex., o alfabeto manual de surdos-mudos.  

 

 

sábado, 12 de setembro de 2020

REPORTAGEM: PANDEMIA: ACELERADOR DE FUTUROS -(SÍNTESE) - CLAYTON MELO - EL PAÍS

 REPORTAGEM: PANDEMIA: ACELERADOR DE FUTUROS 

     Trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, para que as empresas sejam mais responsáveis do ponto de vista social.

       - Veio à tona

      Crise sanitária sem precedentes para a nossa geração.

      - Citar

       O fortalecimento de valores como solidariedade e empatia.

      - Questionar

       O modelo de sociedade baseado no consumismo e no lucro a qualquer custo.

     - Efeitos

       As transformações são inúmeros e passam pela política, economia, modelos de negócios, educação, relações sociais, cultura, psicologia social e a relação com a cidade e o espaço público, entre outros coisas.

10 Tendências para o mundo pós-pandemia

1.   Revisão de crenças e valores

“As crises obrigam as comunidades a se unirem e trabalharem mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas, seja o que for... E isso pode afetar os valores daqueles que vivem nesse período – assim como ocorre com as gerações que viveram guerras.”

 2.   Menos é mais

A crise financeira decorrente da pandemia por si só será um motivo para que as pessoas economizem mais e revejam seus hábitos de consumo.

Devem rever sua relação com o consumo, reforçando um movimento que já vinha acontecendo. “Consumir por consumir saiu de ‘moda’”.

 3.   Reconfiguração dos espaços do comércio

A pandemia vai acentuar o medo e a ansiedade das pessoas e estimular novos hábitos. Assim, os cuidados com a saúde e o bem-estar, que estarão em alta devem se estender aos locais públicos, especialmente os fechados, pois o receio de locais com aglomerações deve permanecer.

 4.   Novos modelos de negócios para restaurantes

Uma das tendências é no setor restaurantes é funcionar só com delivery, pois o serviço de entrega vai continuar em alta e pode se tornar a principal fonte de receita em muitos casos.

 5.   Experiências culturais imersivas

Como resposta ao isolamento social, os artistas e produtores culturais passaram a apostar em shows e espetáculos online, assim como os tours virtuais a museus ganharem mais destaques.

6.   Trabalho remoto

O home office já era uma realidade para muita gente, de freelancers e profissionais liberais a funcionários de grandes companhias. Essa modalidade vai crescer ainda mais, pois evita aglomerações em ônibus e metrôs.

 7.   Morar perto do trabalho

Essa já era uma tendência, e se tornou um objeto de desejo para muitas pessoas justamente por conta disso.

 8.   Shopstreaming

Com o isolamento social, as lives explodiram, principalmente no Instagram. As vendas pela Internet também, passando a ser uma opção também para lojas que até então se valiam apenas do local físico. Pois pense na junção das coisas: o Shopstreaming é isso: Uma versão Instagram do antigo Shop Time.

9.   Busca por novos conhecimentos

Num mundo em constante e rápida transformação, atualizar seus conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado e com a pandemia aguçou esse sentimento nas pessoas a ter seu primeiro contato com cursos online com o objetivo de aprender coisas novas.

 10.                Educação a distância

          Se a busca por conhecimentos está em alta, o canal para isso daqui para frente será a educação a distância, cuja expansão vai se acelerar. Neste contexto, uma nova figura deve entrar em cena: os mentores virtuais.

 

Fonte: Clayton Melo

 

       

 

 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

POEMA: NO TEMPO DA PANDEMIA ( A CURA) - CATHERINE M. O'MEARA -(VÍDEO - IZABELLA CECCATO) - COM GABARITO

 Poema: No tempo da pandemia (A Cura)

                                                         Catherine M. O’Meara

E as pessoas ficaram em casa
E leram livros e ouviram música
E descansaram e fizeram exercícios
E fizeram arte e jogaram
E aprenderam novas maneiras de ser.


E pararam
E ouviram mais fundo
Alguém meditou
Alguém rezava
Alguém dançava
Alguém conheceu a sua própria sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente.


E as pessoas curaram.

 

E na ausência de gente que vivia
De maneiras ignorantes
Perigosos, perigosos.
Sem sentido e sem coração.
Até a terra começou a curar
E quando o perigo acabou
E as pessoas se encontraram
Eles ficaram tristes pelos mortos.
E fizeram novas escolhas
E sonharam com novas visões
E criaram novas maneiras de viver.


E curaram completamente a terra
Assim como eles estavam curados.

Catherine M. O’Meara

Entendendo o poema:

01 – O texto acima é um poema. Ele possui versos e estrofes. Quantos versos?

      Possui vinte e seis versos.

02 – De que trata o poema?

      O poema lista as atividades que as pessoas podem fazer em casa durante os períodos de isolamento.

03 – Em que versos a autora cita uma revisão de crenças e valores?

      “E fizeram novas escolhas
       E sonharam com novas visões
       E criaram novas maneiras de viver.”

 

              

 

POEMA: SOCIEDADE - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Sociedade

            Carlos Drummond de Andrade

O homem disse para o amigo:
— Breve irei a tua casa
e levarei minha mulher.

O amigo enfeitou a casa
e quando o homem chegou com a mulher,
soltou uma dúzia de foguetes.

O homem comeu e bebeu.
A mulher bebeu e cantou.
Os dois dançaram.
O amigo estava muito satisfeito.

Quando foi hora de sair,
o amigo disse para o homem:
— Breve irei a tua casa.
E apertou a mão dos dois.

No caminho o homem resmunga:
— Ora essa, era o que faltava.
E a mulher ajunta: — Que idiota.

— A casa é um ninho de pulgas.
— Reparaste o bife queimado?
O piano ruim e a comida pouca.

E todas as quintas-feiras
eles voltam à casa do amigo
que ainda não pôde retribuir a visita.


Carlos Drummond de Andrade, in 'Alguma Poesia'

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, o homem e a mulher que fizeram a visita.

a)   Enfeitaram a casa.

b)   Beberam e dançaram.

c)   Retribuíram a visita ao amigo.

d)   Soltaram uma dúzia de foguetes.

02 – No verso: “E todas as quintas-feiras eles voltam à casa do amigo”, o termo “eles” se refere:

a)   Ao homem e a mulher visitantes e ao dono da casa.

b)   A mulher visitante e ao amigo dono da casa.

c)   Ao homem visitante e ao dono da casa.

d)   A mulher e ao homem visitantes.

03 – No verso: “— A casa é um ninho de pulgas”, a expressão “ninho de pulgas”, no contexto do poema, significa que a casa:

a)   Possui uma boa higiene.

b)   É cheirosa.

c)   É mal cuidada.

d)   Possui aconchego.

04 – No verso: “O amigo estava muito satisfeito”, a palavra “muito” estabelece uma relação de:

a)   Intensidade.

b)   Causalidade.

c)   Anterioridade.

05 – Quantos personagens temos no texto e como eles são identificados?

      São três. O homem e sua mulher, e o amigo dono da casa.

06 – Quem nos conta o fato ocorrido tem participação nas ações?

      Não tem participação, é um narrador-observador, aquele que conta a história através de uma perspectiva de fora da história.

07 – Você concorda com o título dado ao poema? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

08 – E pra você, o que é ser amigo de verdade?

      Resposta pessoal do aluno

POEMA: O AEROPLANO - IVAN JUNQUEIRA - COM GABARITO

 Poema: O aeroplano

              Ivan Junqueira

Quando eu fiz cinco anos,
meu pai deu-me de presente um aeroplano
que ele próprio construíra
com finas hastes de bambu e papel de seda.
Tão leve quanto uma libélula,
o frágil engenho voou até desaparecer
por detrás do muro do quintal
e dos últimos reflexos de um poente de verão.
Ninguém jamais o encontrou.
Eu ia na cabine. Eu e minha infância,
que nunca mais voltou.


JUNQUEIRA, Ivan. "O aeroplano". In:_____. Essa música. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.

Fonte: Se liga na língua. Língua Portuguesa. Moderna. P. 141/142.

Entendendo o poema:

01 – O poema relata um acontecimento.

a)   Em que momento da vida do eu lírico esse fato ocorreu?

Quando o eu lírico tinha cinco anos.

b)   Como você imagina a pessoa que está contando o fato?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É um adulto, pois fala da infância como algo distante, e provavelmente trata-se de um homem, visto que o brinquedo recebido costumava ser dado a meninos.

c)   É possível saber se Ivan Junqueira, autor do poema, viveu mesmo essa experiência ou se ele apenas a inventou?

Não é possível saber isso.

02 – O poema descreve o aeroplano que o eu lírico ganhou do pai.

a)   O brinquedo era feito de “finas hastes de bambu” e de “papel de seda”. O que são hastes? Qual é sua função?

São pedaços de madeira usados como armação ou apoio.

b)   Que característica o uso desses materiais confere ao aeroplano?

Fragilidade.

c)   Transcreva do poema a expressão equivalente à palavra aeroplano e que revela essa mesma característica.

“O frágil engenho”.

d)   O eu lírico compara o aeroplano com uma libélula. Explique o que é uma libélula, consultando, se preciso, um dicionário.

Libélula é um inseto com asas longas e transparentes.

e)   Que característica citada no poema justifica a aproximação entre o aeroplano e uma libélula? Que outras características também poderiam ser citadas?

O poema cita a leveza. Também poderiam ser mencionadas a capacidade de voar, a estrutura delgada, a fragilidade e a delicadeza.

f)    O eu lírico, afirma que “ia na cabine” do aeroplano. Como isso é possível se este era pequeno e de brinquedo?

Tudo isso é possível na imaginação do eu lírico, que se sentia como se pudesse voar no aeroplano, simulando essa sensação.

03 – Para o eu lírico, ser criança é como voar no pequeno avião. Então o que é a infância para ele?

      Sugestão de resposta: Para o eu lírico, a infância é um momento de diversão e liberdade, em que há espaço para a imaginação.

04 – Como o eu lírico expressa ao leitor a ideia de que sua infância terminou com aquela experiência?

      O eu lírico afirma que o avião voou por trás do muro e nunca mais voltou, assim como sua infância.

POEMA: CLASSE MISTA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Classe mista

           Carlos Drummond de Andrade

"Meninas, meninas,
do lado de lá.
Meninos, meninos,
do lado de cá."
Porque sempre dois lados,
corredor no meio,
professora em frente,
e o sonho de um tremor de terra
que só acontece em Messina,
jamais, jamais em Minas,
para, entre escombros, me ver
junto de Conceição até o fim do curso.

Carlos Drummond de Andrade. Fonte: Livro se liga na língua. P. 150/151.

Entendendo o poema:

01 – Que aspecto da educação retratado no poema é diferente nos dias de hoje?

      O fato de as carteiras de meninos e de meninas não ficarem misturadas na sala de aula.

02 – Que palavra do texto revela que o eu lírico se inclui no grupo de estudantes?

      A palavra me.

03 – Os quatro primeiros versos apresentam duas frases entre aspas. Por que esse sinal de pontuação foi empregado?

      Porque a fala não é do eu lírico, ele está citando o que ouviu na escola.

04 – No oitavo verso, o eu lírico afirma sonhar com um tremor de terra. Qual é o sentido da palavra sonho nesse contexto?

      Desejo, vontade.

05 – Por que o sonho de um terremoto é estranho?

      Porque, em geral, as pessoas temem os terremotos pelo risco de morte e de prejuízos.

06 – O que explica esse sonho do eu lírico?

      O terremoto imaginado seria uma solução par que o eu lírico se aproximasse de Conceição, porque o evento alteraria a posição dos alunos na sala de aula.

07 – Que informação sobre os terremotos é sugerida pela palavra jamais no texto?

      A informação de que não ocorrem terremotos na região em que está a escola (Minas Gerais).

08 – A repetição da palavra jamais tem o objetivo de reforçar, suavizar ou alterar o sentido da palavra?

      Reforçar.

 

TEXTO/RELATO: PEQUENO RELATO DE UM PINGUIM DE GELADEIRA - REGINA CHAMLIAN

 Texto/Relato: Pequeno relato de um pinguim de geladeira

                       Regina Chamlian

        Nunca esqueci o instante em que mãos pouco amistosas agarraram-me e, sem maiores explicações, me encerraram numa caixa de papelão.

        Esse gesto significou para mim o fim de uma era de felicidade.

        Ali, naquela cozinha, sobre a geladeira, ouvi conversas, projetos, sonhos, presenciei almoços e jantares, discussões, cenas de amor.

        Ali, sobre a geladeira, teci meus próprios projetos e sonhei com o Ártico onde, com outros pinguins de porcelana, eu nadava no gelo.

        Mas o calor e o ronco do motor sempre me chamavam de volta à realidade da casa e sua rotina.

        Durante anos foi assim.

        Houve momentos em que desejei falar com os habitantes humanos da casa. Eu me iludi, pensei que também fizesse parte da família. Até que os fatos revelaram a verdade. De uma hora para outra, passei a ser odiado, olhado com desprezo, rejeitado brutalmente. E fui afastado do convívio dos homens.

        O longo período em que passei no interior daquela caixa de papelão me transformou numa criatura medrosa, insegura, sujeita a crises nervosas e ataques de choro. No começo, pensava ser o único pinguim de geladeira a sofrer essa violência. Não suspeitava que um verdadeiro pogrom havia sido levantado contra nós, um anátema fora lançado contra nossa espécie. Estávamos sendo completamente banidos da decoração dos lares.

        Mais tarde vim a saber que, muitos dos meus pares, nascidos na mesma fábrica que eu, quebraram-se, partiram-se em mil pedaços, perderam uma asa, uma costela, um bico, um olho. Depois, foram jogados no lixo.

        Por quê?

        O que motivou tanta perseguição?

        Descobri, escutando fiapos de conversas através das paredes de papelão: pinguim em cima de geladeira tinha saído de moda. Pior: éramos sinônimo de mau-gosto, o exemplo perfeito do kitsch. Ninguém queria ser visto conosco, ninguém queria nos acolher.

        Tive sorte de me manter inteiro.

        Então, nem sei quanto tempo depois, a caixa de papelão foi aberta, mãos amistosas (e desconhecidas) pegaram-me com cuidado, acariciaram meu corpo esmaltado e ouvi: "Que lindo. E como está perfeito."

        O resto, vocês já devem ter imaginado.

        Levaram-me para a cozinha e lá me instalaram.

        É onde estou agora, na cozinha, sobre a geladeira.

        Ouço conversas, projetos, sonhos.

        Presencio almoços e jantares, discussões, cenas de amor.

        Às vezes, sonho com o Ártico.

        Uma imensa geladeira desliza nas águas geladas daqueles mares.

        E pinguins quebrados, sem bicos, sem olhos, sem asas, nadam em volta de minha embarcação branca.

        De repente, alguém abre a geladeira, pega uma garrafa de coca cola e fecha a porta rudemente, com o pé.

        Assustado, volto à realidade da casa e sua rotina.

        Estou aqui, sozinho agora, na cozinha, sobre a geladeira.

        Mas, até quando?

                Regina Chamlian. Contos e outras prosas. Revista Crioula. Maio de 22008. N° 3.

Entendendo o texto/relato:

01 – A respeito do texto é possível afirmar que:

a)   É narrador em 3ª pessoa.

b)   É baseado em fatos reais.

c)   É um texto jornalístico.

d)   É uma experiência vivida por um personagem fictício.

02 – Os relatos de experiência se caracterizam por apresentar uma situação inicial, um clímax e um desfecho. Qual dessas sequências representa a ordem cronológica linear dessa estrutura no texto?

a)   Caixa de papelão – geladeira – geladeira.

b)   Geladeira – caixa de papelão – geladeira.

c)   Caixa de papelão – geladeira – caixa de papelão.

d)   Geladeira – geladeira – caixa de papelão.

03 – Quem é o protagonista, ou participante da ação?

      O pinguim, que é o narrador.

04 – Descreva os lugares onde ocorreu o fato.

      Em cima da geladeira e dentro de uma caixa de papelão.

05 – Em que pessoa os verbos pronomes são empregados predominantemente?

      Em 1ª pessoa.

06 – Quais são os elementos básicos da narrativa do relato?

      A sequência dos fatos, pessoas, tempo, espaço.