domingo, 17 de maio de 2020

FILME(ATIVIDADES): PARA SEMPRE - MICHAEL SUCSY - COM QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): PARA SEMPRE

Direção: Michael Sucsy
Nacionalidades EUAFrançaReino UnidoAustráliaAlemanha

SINOPSE

        Page (Rachel McAdams) e Leo (Channing Tatum) viviam uma linda história de amor, mas um grave acidente de carro provocou uma grande mudança em suas vidas. Afinal, mesmo estando casados, ela não consegue se recordar de nada e muito menos ter algum tipo de memória sobre o relacionamento deles. Agora, resta para Leo a missão de reconquistá-la novamente para que possam então viver o romance que sempre desejaram. Baseado em fatos reais.

Entendendo o filme:

01 – Qual é o enredo do filme?
      O filme conta a história de um casal apaixonado que, logo no início, sofre um acidente, no qual Paige, a mulher, perde a memória dos seus últimos cinco anos.
      O que inclui a sua vida com o marido. A partir daí Leo, o marido, procura de todas as formas ajudá-la a lembrar do passado que viveram juntos. Mas, tudo o que fazia era em vão. Então resolve reconquistar sua amada, como se fosse o primeiro encontro entre ambos. Aos poucos ele consegue fazer com que ela se apaixone novamente por ele, embora ela nunca tenha se lembrado dos cinco anos que foram apagados de sua memória.

02 – Quais os principais problemas que os personagens enfrentam?
      O enredo do filme todo gira em torno da perda da memória de Paige, o que se torna um problema tanto para ela quanto para o marido.

03 – Os problemas podem ser solucionados? Se sim, como?
      De certa forma, sim. Mas, porque Leo reconquistou a esposa a partir da construção de uma nova vida. Por outro lado, não há solução para o problema, pois a lesão deixada em decorrência do acidente foi irreversível, sendo que Paige jamais se lembrou dessa fase de sua vida.

04 – Podemos relacionar os fatos narrados no filme com os fatos da vida real? Será que isso poderia acontecer na realidade?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Muitos dos fatos apresentados no filme podem acontecer na vida real, fatos cotidianos, problemas familiares, o amor entre o casal, e assim por diante. Já a reconquista de uma pessoa que nem se lembra de você é muito difícil, mas possível, pois o filme foi baseado em fatos reais.

05 – De que parte do filme você mais gostou?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Você acha que o que Leo sente por Paige é amor? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Com certeza, caso contrário teria desistido em ajudá-la a lembrar do passado. E muito menos teria feito tudo para que ela se apaixonasse novamente por ele.

07 – Coloque-se no lugar dos personagens e relate como se sentiria diante de uma situação como essa. Você seria capaz de fazer o que Leo fez para reconquistar seu grande amor?
      Resposta pessoal do aluno.
                                                                diaadiaeducação.pr.gov.br


POEMA: DÚVIDAS - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

Poema: Dúvidas
                                                      Carlos Queiroz Telles
Às vezes
eu sinto que ela quer.
Outras vezes
eu acho que não.

Ah, como grita
o meu peito...
Cala a boca,
coração!

Ela não pode
desconfiar que
este vai ser
o meu primeiro...
                                         
Sufoco de vergonha
e de falta de jeito.
E agora, meu Deus?
O que é que eu faço
com as mãos?

Às vezes
eu sinto que ela quer.
Outras vezes
eu acho que não.

Beijo ou não beijo...
eis a questão.
            Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990. p. 42.
                                       Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – Atual Editora -1998 – p. 235-6.
Entendendo o poema:

01 – O poema se intitula “Dúvidas”.
a)   Que tipo de dúvida o eu lírico demonstra ter?
A dúvida de beijar ou não uma garota.

b)   Observe que a 1ª e 5ª estrofes são iguais. Que efeito essa repetição causa na significação geral do texto?
Reforça a dúvida que ele sente e o seu estado de insegurança.

02 – Observe os sinais de pontuação empregados no poema. Note que, além do ponto final, foram empregadas as reticências, o ponto de interrogação e o ponto de exclamação.
a)   Qual a relação existente entre esses sinais e o estado emocional do eu lírico?
Os sinais de pontuação revelam seu estado conflituoso e nervoso, ora querendo beijar a namorada, ora achando melhor esperar.

b)   Destaque um ou dois versos do texto que comprovem esse estado emocional do eu lírico?
Dentre outros, “Cala a boca, / coração!”.

c)   Esse estado emocional revela que o eu lírico é uma pessoa experiente ou inexperiente? Comprove sua resposta com uma estrofe do texto.
Inexperiente, como comprova a 3ª estrofe.

03 – Existem, na língua, principalmente na língua oral, palavras e expressões expletivas ou de realce, ou seja, que podem ser eliminadas sem prejuízo para o sentido da frase. Observe, nestas frases, como as palavras destacadas são dispensáveis:
        O que que foi?
        Não sei o que que vocês estão fazendo aqui.
        E lá se foi ele, sem se despedir de ninguém.
Identifique, na 4ª estrofe, uma expressão que seja expletiva.
      “O que é que eu faço?”.

04 – O poema apresenta algumas orações subordinadas, todas do mesmo tipo. Observe:
        “Eu sinto que ela quer.”
        “Eu acho que não”.
        “Ela não pode desconfiar que este vai ser o meu primeiro...”.
a)   Classifique os verbos sentir, achar e desconfiar quanto à predicação.
São transitivos diretos.

b)   Como, então, se classificam as orações subordinadas destacadas?
Orações subordinadas substantivas objetivas diretas.

05 – No poema, algumas frases são incompletas, deixando implícita uma informação. Observe estes versos da 1ª estrofe:
        “Eu sinto que ela quer.”
        “Outras vezes / eu acho que não.”
a)   Complete os dois versos destacados, explicitando a informação que falta.
Eu sinto que ela quer (beijar/um beijo). / ... eu acho que (ela) não (quer) (beijar).

b)   Qual é o objeto direto implícito do verbo querer nas duas primeiras frases?
Um beijo / beijar.

06 – Como você sabe, os objetos complementam as ações verbais. O poema em estudo é constituído predominantemente de verbos transitivos diretos. Os objetos diretos (ou orações objetivas diretas), por sua vez, estão ora explícitas, ora implícitos. Comparando a estrutura sintática do texto com o relacionamento amoroso entre os dois jovens, identifique a única afirmativa falsa:
a)   Os verbos do poema são, predominantemente, transitivos, isto é, necessitam de complementos, da mesma forma que os dois jovens buscam completar-se entre si.
b)   As orações subordinadas substantivas objetivas diretas completam verbos como sentir, desconfiar, achar, que reforçam a ideia de dúvida ou insegurança por parte do eu lírico.
c)   O beijo, revelado apenas na última estrofe, é o objeto direto implícito do verbo querer, correspondendo àquilo que implicitamente os dois jovens desejam.
d)   Assim como beijo completaria explicitamente o verbo querer, o beijo entre os dois jovens completaria o que falta no relacionamento de ambos.
e)   A palavra beijo – sintaticamente, objeto direto implícito do verbo querer – se opõe ao beijo real, que é explícito no relacionamento entre os jovens.


       



CONTO: DOM CAIO - TEÓFILO BRAGA - COM GABARITO

Conto: DOM CAIO
           
                                                                                Teófilo Braga

        Era um alfaiate muito poltrão, que estava trabalhando à porta da rua; como ele tinha medo de tudo, o seu gosto era fingir de valente. Vai de uma vez viu muitas moscas juntas e de uma pancada matou sete. Daqui em diante não fazia senão gabar-se:
        — Eu cá mato sete de uma vez!
        Ora o rei andava muito aparvalhado, porque lhe tinha morrido na guerra o seu general Dom Caio, que era o maior valente que havia, e as tropas do inimigo já vinham contra ele, porque sabiam que não tinha quem mandasse a combatê-las. Os que ouviram o alfaiate andar a dizer por toda a parte: “Eu cá mato sete de uma vez!” foram logo metê-lo no bico ao rei, que se lembrou de que quem era assim tão valente seria capaz de ocupar o posto de Dom Caio. Veio o alfaiate à presença do rei, que lhe perguntou:
        — É verdade que matas sete de uma vez?
        — Saberá Vossa Majestade que sim.
        — Então nesse caso vás comandar as minhas tropas, e atacar os inimigos que já me estão cercando.
        Mandou vir o fardamento de Dom Caio e fê-lo vestir ao alfaiate, que era muito baixinho, e que ficou com o chapéu de bicos enterrado até às orelhas; depois disse que trouxessem o cavalo branco de Dom Caio para o alfaiate montar. Ajudaram-no a subir para o cavalo, e ele já estava a tremer como varas verdes; assim que o cavalo sentiu as esporas botou à desfilada, e o alfaiate a gritar:
        — Eu caio, eu caio!
        Todos os que o ouviam por onde ele passava, diziam:
        — Ele agora diz que é o Dom Caio; já temos homem.
        O cavalo que andava costumado às escaramuças, correu para o sítio em que andava a guerreia, e o alfaiate com medo de cair ia agarrado às clinas, a gritar como desesperado:
        — Eu caio, eu caio!
        O inimigo assim que viu vir o cavalo branco do general valente, e ouviu o grito: “Eu caio, eu caio!” conheceu o perigo em que estava e disseram os soldados uns para os outros:
        — Estamos perdidos, que lá vem o Dom Caio; lá vem o Dom Caio.
        E botaram a fugir em debandada; os soldados do rei foram-lhe no encalço e mataram neles, e o alfaiate ganhou assim a batalha só em agarrar-se ao pescoço do cavalo e em gritar: “Eu caio.” O rei ficou muito contente com ele, e em paga da vitória deu-lhe a princesa em casamento, e ninguém fazia senão louvar o sucessor de Dom Caio pela sua coragem.
Teófilo de Braga, org. Contos Tradicionais do Povo Português, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1994. Col. Portugal de Perto.
Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p. 55-6.

Entendendo o conto:

01 – Você observou no texto que acabou de ler muitas palavras e expressões diferentes. Não se preocupe, basta contar com a ajuda do professor ou de um bom dicionário. 
Reescreva no caderno os trechos a seguir, substituindo as palavras e expressões destacadas por sinônimos,
a)   “Era um alfaiate muito poltrão [...]”.
Covarde, medroso.

b)   “Daqui em diante não fazia senão gabar-se [...]”
Elogiar a si mesmo.

c)   “Ora o rei andava muito aparvalhado [...]”
Desorientado.

d)   “[...] assim que o cavalo sentiu as esporas botou à desfilada [...]”
Saiu em desfile, começou a marchar.

e)   “O cavalo, que andava costumado às escaramuças, correu para o sítio em que andava a guerreia [...]”
Acostumado ao movimento da rédea / lugar / acontecia a guerra.

f)    “E botaram a fugir em debandada [...] foram-lhe no encalço [...]”.
Fugiram desordenadamente (em grande confusão) / perseguiram (correram atrás dele).

02 – Veja as indicações bibliográficas que vêm logo ao final do texto. Esse conto possui um autor? Explique.
      Não, o texto não possui autores. Assim como o conto “O alfaiate valentão”, este faz parte de uma recolha. Ele foi recolhido por Teófilo Braga.

03 – O herói desse conto, o falso Dom Caio, se parece com o alfaiate valentão? O que eles têm em comum? Em que são diferentes?
      Ambos são alfaiates pobres que se fazem de valentes, mas, enquanto o falso Dom Caio não passa de um medroso, o alfaiate valentão é muito esperto.

04 – Por que as pessoas pensavam que o substituto de Dom Caio era valente?
      Primeiro porque imaginaram que ele havia matado sete homens de uma vez. Depois porque pensaram que ele assumira ser o próprio Dom Caio.

05 – Quais eram os desafios, os obstáculos que esse herói devia enfrentar?
      Ele só tinha um desafio: substituir Dom Caio e vencer a guerra, isto é, derrotar o exército inimigo.

06 – Como o herói conseguiu superar tal obstáculo? Qual foi a mediação?
      Ele conseguiu derrotar o exército por pura sorte, graças a um mal-entendido, um ruído na comunicação. Enquanto ele gritava “Eu caio”, os outros entendiam “Eu sou Dom Caio”. O cavalo também foi importante, pois sabia o caminho para a guerra e provocou os gritos do alfaiate com sua correria.

07 – O rei tinha medo do alfaiate, como no conto “O alfaiate valentão”?
      Não, o rei não temia o herói; ao contrário, ficou muito contente com ele.



TEXTO: O QUE SÃO AVES DE RAPINA? SUPERINTERESSANTE - COM GABARITO


Texto: O que são aves de rapina?

        Assim são chamados todos os pássaros carnívoros e caçadores. Os mais conhecidos são as águias, os gaviões e os falcões, mas também fazem parte do grupo algumas espécies de corujas e abutres. Os rapinantes representam cerca de 10% das aves do planeta, concentrados em sua maioria na América Latina – só no Brasil existem 83 espécies (36% do total mundial). Predadores perfeitamente equipados para matar, esses animais têm visão aguçadíssima: enxergam, em média, duas vezes mais que o homem. Assim, são capazes de avistar sua presa a dezenas de metros de altura e mergulhar diretamente sobre ela. São também as aves mais velozes que existem, atingindo até 268 km/h no caso do falcão peregrino. E, como se não bastasse, ainda possuem duas armas letais: o bico afiado e as garras em forma de foice. “Graças a esses atributos, elas quase sempre pegam sua vítima na primeira tentativa”, afirma o ornitólogo Luís Sanfilippo, da Fundação Zoológico de São Paulo, especialista em rapinantes. As presas favoritas variam de répteis, como cobras e sapos, a pequenos mamíferos, especialmente roedores, desde ratinhos a cotias.
(Superinteressante, jul.2001.)
Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p. 68-9.

Entendendo o texto:
01 – Qual é a primeira informação que o texto dá sobre as aves de rapina?
      A primeira informação é justamente a resposta à pergunta do título: “Assim são chamados todos os pássaros carnívoros e caçadores”.

02 – Em que região do mundo se concentra a maioria das aves de rapina?
      Na América Latina.

03 – De que essas aves se alimentam?
      De répteis, como cobras e sapos, e pequenos mamíferos, especialmente roedores, de ratinhos a cotias.

04 – Na sua opinião, por que o texto traz o depoimento de um especialista?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: As entrevistas com especialistas conferem credibilidade às informações veiculadas por qualquer meio de comunicação.

05 – De onde foi retirado o texto “O que são aves de rapina”?
      Da revista Superinteressante.

06 – Foi contada alguma história sobre aves de rapina?
      Não. A intenção do texto é informar o leitor.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): IMAGINE(PORTUGUÊS) - PAULO RICARDO - COM GABARITO


Música(Atividades): Imagine (português)

                                                         Paulo Ricardo
É só você tentar
Por um momento apenas
Procure imaginar
E acreditar num sonho de um mundo bem melhor

Esqueça a guerra e a fome
E toda confusão
Causada pelo homem
E sua ambição
Esqueça e imagine todo mundo em paz
Eu não sei pode ser que eu seja um sonhador
Mas se você quer saber o caminho é o amor

Esqueça o que foi dito
E o que você já viu
O que foi prometido
E que ninguém cumpriu

Esqueça e imagine o que você quiser
Eu não sei pode ser que eu seja um sonhador
Mas se você quer saber o caminho é o amor.

                                                                    John Lennon
Entendendo a canção:

01 – Qual a ideologia da letra da canção?
      É considerada o maior hino pela paz de todos os tempos. Foi eleita pela revista Rolling Stone a 3ª maior música de todos os tempos.

02 – Por quem foi escrito a letra da canção “Imagine”, e quando foi gravada e lançada?
      Foi escrita por John Lennon, gravada e lançada em 1971.

03 – De que se trata esta canção?
      Como o próprio nome já diz, se trata de uma imaginação, de um sonho, ele sonha com um mundo onde as pessoas apenas vivam.

04 – O que você imagina do mundo em que vive?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – O que você poderia fazer para tornar o mundo em que vive melhor?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Você considera importante sonhar com um mundo melhor? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.


POESIA: CIRANDA AO REDOR DO MUNDO - PAUL FORT - COM GABARITO

Poesia: Ciranda ao redor do mundo
            

                                                                     Paul Fort

Se todas as moças do mundo
Quisessem se dar
A mão ao redor do mar
Poderiam dançar uma ciranda

Se todos os rapazes do mundo
Quisessem ser marinheiros
Sairiam em barcos ligeiros
Pelo mar profundo
Saltando de onda em onda...

Poderiam então
Fazer uma ciranda
Ao redor do mundo
Se toda gente do mundo
Quisesse se dar a mão...
                Paul Fort. In: Obras-primas da poesia universal. Trad. Raymundo Magalhães Junior. São Paulo. Martins Fontes
              Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – Atual Editora -1998 – p. 203.
Entendendo a poesia:

01 – Na 1ª e 2ª estrofes da poesia, a conjunção se inicia o 1° verso.
a)   Essa conjunção é coordenativa ou subordinativa?
A conjunção é subordinativa.

b)   Que ideia ela expressa?
Uma ideia de condição.

02 – Essa conjunção expressa uma ideia necessária para que se realize ou deixe de se realizar a ação expressa na oração principal.
a)   Qual é a ação que pode se realizar ou não na 1ª estrofe?
Dançar uma ciranda.

b)   E na 2ª?
Sair em barcos, saltando de onda em onda.

03 – A ideia de condição é retomada na última estrofe da poesia. Qual é a condição para que a ação de fazer uma ciranda ao redor do mundo ocorra?
      Que toda gente do mundo queira se dar a mão.

04 – No plano da realidade:
a)   É possível que todas as moças do mundo queiram se dar as mãos, ou que todos os rapazes do mundo queiram ser marinheiros?
É improvável, mas é possível.

b)   É possível que toda gente do mundo queira se dar a mão?
É improvável, mas é possível.

c)   Ao empregar a conjunção se, o eu lírico expressa um desejo realizável ou uma hipótese?
Uma hipótese.


TEXTO: PUBERDADE - O INÍCIO DAS COMPLICAÇÕES - FLÁVIO GIKOVATE - COM GABARITO


Texto: PUBERDADE – O INÍCIO DAS COMPLICAÇÕES
         
   Flávio Gikovate

        Se na infância as crianças querem mais do que tudo se sentir iguais à outras da “turma”, a partir da puberdade queremos mais do que tudo ser diferentes de todas as outras pessoas. É
evidente que isso nos impulsiona na direção da busca da individualidade [...] É fato também que isso provoca um aumento da solidão, que pede um “grande amor”. O grande amor é fantasiado como uma coisa extraordinária, fato que também agrada à vaidade: é uma forma de ser especial e único a dois! [...]
        A vaidade traz esse esforço da individualidade, traz uma preocupação muito maior com a aparência física, com os sinais externos de posição social – grife nas roupas, por exemplo – e traz consigo uma nova dor: a humilhação. Não sei se ela é completamente nova, mas durante o período infantil, o sentir-se por baixo, o ser colocado num plano mais submisso, o fato de perder uma disputa, tudo isso dói muito menos do que a fase adulta. Ter sucesso faz bem para a vaidade, porém fracassar é uma humilhação terrível. Isso vale para qualquer assunto: para as paqueras, para o jogo de futebol, para o vestibular e assim por diante. A dor é muito forte. Onde existe dor forte costumamos levar as coisas a sério, porque queremos nos proteger contra essa dor, tentar evitá-la. Dessa forma, a partir da puberdade todas as coisas da vida passam a ser coisa séria. O que era “jogo-treino” passou a ser jogo “válido pelo campeonato”. A partir daí, tudo é para valer.
        É evidente também que ninguém se acha perfeito e completamente equipado para esse jogo. Ninguém acha que Deus foi suficientemente generoso e lhe deu tudo com que sonharia. Uns acham que são baixos demais, outros, que o nariz é muito grande; para outros, o problema é o cabelo crespo ou liso demais. Alguns se revoltam contra a posição social e econômica da família, se tornam adolescentes difíceis e não raramente buscam nas drogas e nas turmas de colegas o consolo para suas insatisfações e incompetências. Buscam, por aí, a saída errada, um caminho de maus resultados. A época é difícil mesmo. Os sentimentos de inferioridade são inevitáveis. Tudo dói muito. Tudo dá medo, mas é preciso coragem e força interior para seguir viagem.
        Ah! Este corpo...
        Seu corpo está mudando tão depressa que pode parecer que tudo – cabelo, formas e pele – está errado. Você pode se sentir desajeitado e acanhado, ou preocupado por não ser tão atraente. Todo mundo tem seus atrativos, seja um sorriso, sardas, olhos brilhantes ou covinhas no rosto. E nós todos sabemos que não é só a aparência que torna uma pessoa atraente: senso de humor e simpatia, por exemplo, são também muito importantes.
    (Elizabeth Genwick e Richard Walker. O sexo em sua vida. São Paulo: Ática, 1996. p. 30-1).
     Flávio Gikovate. Namoro – Relação de amor e sexo. São Paulo: Moderna, 1993. p. 19-20.
              Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – Atual Editora -1998 – p. 81-3.
Entendendo o texto:

01 – No primeiro parágrafo do texto, o autor afirma que, em relação ao grupo a que pertencem, o comportamento das crianças e o comportamento dos adolescentes é diferente. Qual é essa diferença?
      Na infância, as crianças desejam ser iguais ao grupo; já os adolescentes desejam se diferenciar do grupo.

02 – Segundo o texto, a busca da individualidade é uma consequência inevitável do processo de crescimento.
a)   O que você entende por “busca da individualidade”?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Definir a própria identidade.

b)   Você concorda com a visão do autor de que a “busca da individualidade” provoca solidão? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Definir uma identidade própria é uma experiência individual e intransferível que cada pessoa tem de viver; por mais que se dividam as angústias desse processo, é o próprio indivíduo quem tem de vivê-lo.

c)   Segundo o texto, a fantasia de um “grande amor” agrada à vaidade por ser “uma forma de ser especial e único a dois”. Explique essa afirmação.
O indivíduo, em sua fantasia, se imagina amado, admirado pelo outro. É uma forma indireta de gostar de si mesmo.

03 – No 2° parágrafo do texto, o autor faz uma distinção entre o “jogo-treino” e o jogo “válido pelo campeonato”.
a)   Qual desses jogos corresponde à fase infantil e qual corresponde à fase adolescente?
O “jogo-treino” equivale a infância; o jogo “válido pelo campeonato”, à fase adolescente e adulta.

b)   Por que a humilhação passa a ser um sentimento muito presente na vida das pessoas a partir da adolescência?
Porque, a partir dessa fase, as derrotas não são aceitas com maturidade, pois proporcionam muita dor ao derrotado.

04 – Releia o último parágrafo do texto e o quadro intitulado “Ah! Este corpo...”.
a)   Qual a semelhança de ideias entre eles?
Ambos tratam da insatisfação das pessoas – principalmente dos adolescentes – quanto ao seu próprio corpo.

b)   Com base no último parágrafo do texto, Justifique o título: “Puberdade, o início das complicações”?
As complicações se iniciam na puberdade porque é nessa fase que começa o processo de definição da identidade e o sofrimento por causa dos desejos não alcançados.

c)   Segundo esse parágrafo, qual a origem de alguns tipos de revolta dos jovens?
Insatisfação com o próprio corpo e com sua posição econômica e social.

d)   Que argumentos positivos o texto “Ah! Este corpo...” aponta para combater o inevitável sentimento de inferioridade?
Que a aparência não é tudo, já que a simpatia e o senso de humor são importantes; além disso, todo o mundo tem algum tipo de atrativo.

05 – Segundo o autor, a adolescência é uma fase difícil e dolorosa. Alguns jovens, revoltados, buscam saídas como as drogas e as turmas de colegas.
a)   Qual a posição do autor sobre esse tipo de saída? Comprove sua resposta com uma frase do texto.
O autor considera que essas saídas são inadequadas. “Buscam, por aí, a saída errada, um caminho de maus resultados”.

b)   O que é necessário para superar as dificuldades naturais do processo de crescimento e definição da identidade?
Coragem e força interior.