terça-feira, 9 de julho de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): EU + EU - MÁRIO MANGA E GABRIEL FERNANDES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Eu + Eu
           
Eu tô longe eu tô perto
Eu tô sempre por ai
Tô ligado, tô esperto
Se chegarem, já saí.
Eu, de olho no mundo
So, por meio segundo
Tô em cima, tô embaixo
É vc, que não me vê.
Ouço tudo, tudo escuto
Tô pensando em vc
Eu, de olho no mundo
Só, por meio segundo.
                                                     Mário Manga e Gabriel Fernandes. Eu + Eu. Em: Ilha Rá-Tim-Bum. MZA/Abril Music, 2002.
Entendendo a canção:
01 – Quais são os advérbios ou locuções adverbiais do texto que se opõem?
      Longe, perto; em cima / embaixo.

02 – Das palavras em destaque, quais são advérbios?
      Longe, perto, sempre, aí, já, embaixo, não.

03 – E quais são locuções adverbiais?
      No mundo, por meio segundo, em cima.

04 – Que circunstâncias esses advérbios e locuções adverbiais expressam?
      Lugar: longe, perto, aí, no mundo, em cima, embaixo.
      Tempo: Sempre, já, por meio segundo.
      Negação: Não.

05 – Como os advérbios e as locuções adverbiais colaboram para a criação da imagem do eu lírico da música?
      Eles expressam a ideia de que o eu lírico não para em lugar nenhum, que não se sente amado e que está atento às coisas que acontecem à sua volta, mesmo que seja só por um segundo.

06 – Substitua o pronome eu pelo nós nos primeiros versos. Os advérbios se alteram?
      Não, pois os advérbios são palavras invariáveis.


REPORTAGEM: ISSO É QUE É A MELHOR IDADE - ANA CAROLINA NUNES - COM QUESTÕES GABARITADAS


Reportagem: Isso é que é a melhor idade
                       Ana Carolina Nunes

          A Paraíba inaugura o primeiro centro residencial para idosos de baixa renda do país e levanta a discussão sobre as alternativas de cuidados para a terceira idade – a população que mais cresce no Brasil
 
        Em 1985 o filme Cocoon, dirigido por Ron Howard, fez sucesso no mundo todo com personagens idosos se revigorando ao se banhar nas águas da piscina do asilo energizadas por misteriosos casulos submersos. Os casulos tinham vindo do espaço, trazidos por alienígenas. Quase 30 anos depois, um grupo de 50 idosos de João Pessoa, capital da Paraíba, também está passando por um processo de revigoramento, mas que nada tem a ver com ficção científica.  
        A boa vida e a disposição derivam do Cidade Madura, o primeiro condomínio do país projetado para idosos de baixa renda. Não há piscina, mas as 40 unidades habitacionais estão em uma área com clube recreativo, posto de saúde, pista de caminhada, equipamentos para musculação, redário, jogos de tabuleiro, praça, pomar, horta e jardim. Toda essa estrutura promove o bem-estar daqueles que já passaram dos 60 anos, oferecendo segurança e, principalmente, independência aos moradores.
        Para Silvio Camacho, 68 anos, o novo endereço é muito especial. “Eu trabalhei a minha vida toda com paisagismo; então, aqui, gosto principalmente do jardim, onde posso fazer alguns trabalhos”, conta. Camacho vive com a esposa, que é cadeirante. O terreno plano do condomínio e a estrutura local estão adequados aos padrões de acessibilidade.
        As casas, de 54 m², têm portas mais largas, banheiro amplo e corrimão no boxe do chuveiro para facilitar o uso. “Aqui tem paz, liberdade, tranquilidade e segurança, estamos felizes. Trabalhamos a vida toda para construir a riqueza do Brasil. Acho que a Cidade Madura é um retorno e um reconhecimento disso”, diz Camacho. Além da presença de um profissional de saúde 24 horas, o bairro tem guarita de segurança e policiamento noturno. 
        “As pessoas tendem a tutelar o idoso. Mas a concepção do Cidade Madura vai no sentido oposto, o da independência. Eles querem aproveitar e curtir, mas sendo protagonistas da sua vida, e o residencial facilita”, afirma Emília Correia Lima, diretora-presidente da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), responsável pelo projeto com a Secretaria do Estado e do Desenvolvimento Humano (SEDH).
        Os moradores não adquirem o imóvel nem pagam aluguel. Também não o ganham do governo. Ele é cedido, o que evita problemas em relação às eventuais brigas por herança. Não por acaso, a maioria dos casos de violência contra o idoso resulta de questões financeiras, sobretudo de herança, e tem os filhos homens como principais atores, explica Sandra Rabello, coordenadora do curso de cuidadores de idosos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ). 
        Não é permitido modificar, emprestar, locar ou ceder os imóveis a terceiros. Os moradores podem viver sozinhos ou com seus cônjuges, receber visitas e hóspedes, e pagam apenas as despesas referentes ao uso do imóvel, como água, luz, telefone e manutenção. A concessão só é rescindida se o idoso manifesta interesse ou quando há perda de autonomia ou falecimento. Neste último caso, o imóvel é cedido para outro.
        Para selecionar os condôminos, a Cehap priorizou residentes de João Pessoa há pelo menos dois anos, maiores de 60 anos e com renda de até cinco salários mínimos. Antes de ir para o Cidade Madura, eles pagavam aluguel ou viviam com os filhos. Também é imperativo que a pessoa tenha possibilidade de locomoção e lucidez compatível com as atividades diárias. Mais 40 unidades serão inauguradas em setembro em Campina Grande e 40 no fim do ano em Cajazeiras. Também estão em construção 40 unidades em Souza. Em João Pessoa, o governo estadual investiu R$ 3,6 milhões no projeto. 

          Sem isolamento

        A inovação paraibana traz à luz a questão pouco abordada, mas cada vez mais comum, do envelhecimento rápido da população. Os cuidados e o bem-estar dos idosos são um problema social premente, sobretudo para aqueles em situação financeira pouco confortável.
        Na década de 1940, as pessoas idosas eram 4,1% da população; na década de 2010, a proporção passou para 8,6%; em 2050, elas serão 29% da população (63 milhões de pessoas). Nos últimos 30 anos, o Brasil viveu uma mudança etária demográfica processada em 150 anos pelos países europeus.
        Para Neusa Pivatto Müller, coordenadora-geral da Secretaria dos Direitos Humanos, que abriga o Conselho Nacional dos Direitos dos Idosos (CNDI), as políticas públicas defendem a não institucionalização da pessoa idosa. “O Estatuto do Idoso estabelece que haja a socialização, é direito da pessoa idosa estar junto à família e à sociedade”, diz ela. 
        O Brasil tem avançado nas políticas públicas para idosos, avalia Neusa, o que inclui a assinatura do Decreto 8.114, de 2013, que trata do Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo. A questão da moradia é referência na constituição da 1ª Convenção Interamericana dos Direitos dos Idosos, que deverá estar pronta em 2015, envolvendo 42 países do continente. 
        Por lei, os programas habitacionais dos governos devem destinar 3% das unidades para pessoas acima dos 60 anos. O programa do governo federal Minha Casa Minha Vida já destinou 6,2% das casas para faixas de renda até R$ 1.700. Famílias com dependentes idosos ganham mais pontos na seleção para o programa. 
        “A internalização deve ser sempre a última opção”, diz Neusa. O ideal, afirma, seria desativar gradualmente as chamadas Instituições de Longa Permanência (ILPs), os antigos asilos. Atualmente, há cerca de 230 ILPs públicas, pouco mais de 6% dos asilos existentes no país, com 104 mil institucionalizados. A maioria é filantrópica – 65,2%, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) –, mas recebe algum subsídio do governo. A pesquisa Condições de Financiamento e Infraestrutura das Instituições de Longa Permanência para Idosos no Brasil (2011) mostra que as ILPs privadas, 28% das instituições de hoje, tiveram um crescimento proporcional ao aumento da população idosa no Brasil.
        Se de um lado há baixa oferta de instituições públicas e as poucas disponíveis têm estrutura precária, por outro, as novas instituições particulares muitas vezes lembram spas caros. O custo mensal começa em torno de R$ 3 mil e pode superar dez salários mínimos.

          Novos idosos

        Por melhor que seja a instituição, o médico e diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Salo Buksman, concorda com as diretrizes das políticas públicas: “O ambiente mais saudável e seguro para o idoso é realmente em meio à sociedade e à família”, afirma.
        Mas o modelo de família e sociedade já mudou. Como lembra a antropóloga Maria Cecília de Souza Minayo no livro Antropologia, Saúde e Envelhecimento, nos últimos 50-60 anos houve profundas transformações não só no desenho demográfico (com a redução no número de membros), mas no próprio espaço físico residencial (que também diminuiu), assim como aumentou a participação dos integrantes no mercado de trabalho.
        Ou seja, a tendência é mesmo que o idoso acabe ficando sozinho ou isolado. “A família hoje é diferente da do passado. Não é nem sequer a família nuclear tradicional”, diz Alexandre Hecker, professor de história contemporânea da Universidade Mackenzie. Hoje não há nem conceito bem definido de velhice, já que até isso foi mudando ao longo da história. Mas há mais possibilidades de desfrutar a vida, garantidas, inclusive, pela legislação.
        Segundo o professor, a preocupação do Estado com os idosos começou por volta dos anos 1930, com o surgimento dos primeiros asilos. A partir do primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), iniciou-se um período de modernização do país e de valorização do novo e do jovem. Assim, a velhice passou a ganhar uma cor pejorativa e a ser desvalorizada. Com o aumento recente da expectativa de vida e as melhorias na saúde resgatou-se a inserção dos idosos na sociedade. Mas o Estatuto do Idoso veio apenas em 2003. 
        Para Hecker, “a iniciativa da Cidade Madura é louvável, já que propicia a inclusão do idoso na sociedade e o mantém ativo e independente. Nos Estados Unidos e em países da Europa há condomínios estilo resort para aposentados, mas são todos acessíveis às classes altas”.
        Sandra Rabello ressalta que, no passado, as pessoas não ficavam tão idosas e ainda eram protegidas como em uma redoma. A representação social desses indivíduos era estática, com cadeira de balanço, tevê, pijamas e tricô”, nota. Hoje o espaço domiciliar é crucial para a saúde do idoso, afirma ela, mas manter um convívio social é fundamental para aumentar a qualidade de vida. “Historicamente, as ILPs são espaços de isolamento.” 

                                  Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br/seção/ciencia/isso-e-que-e-melhor-idade.
Acesso em: 2 mar. 2015.
Entendendo a reportagem:

01 – Releia o título e a linha fina. Qual é a função deles para a reportagem?
      O título dá ideia do assunto principal de modo que desperte o interesse do leitor para a reportagem; a linha fina informa seu assunto central de forma resumida.

02 – Observe o título da reportagem. A que o pronome isso está se referindo?
      O pronome isso refere-se à qualidade de vida que os idosos supostamente podem ter nesse conjunto habitacional. Essa ideia é reforçada pelas fotografias, que mostram belas imagens do condomínio e dos moradores.

03 – Leia este título de notícia com o mesmo assunto da reportagem lida.
      O título da notícia apresenta de forma direta e objetiva o tema do texto. Já o texto da reportagem utilizada a linguagem de forma a despertar o interesse do leitor.

04 – Segundo o texto, qual é a principal diferença entre os asilos (ou Instituições de Longa Permanência) e os condomínios habitacionais para idosos?
      Os condomínios habitacionais voltados para os idosos privilegiam a independência e autonomia deles, assim como a sociabilidade e o convívio com os familiares. Já nos asilos podem viver muitas vezes isolados da sociedade e dos familiares.

05 – De acordo com a reportagem, o Brasil está preparado para lidar com o aumento da população idosa? Por quê?
      Há avanços nas políticas públicas, como o decreto que trata do Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo, mudanças nas prioridades dos programas habitacionais e aumento no número de asilos privados. Mas são poucas as opções públicas destinadas a atender os idosos de baixa renda, sem condições para pagar a mensalidade de uma instituição privada. Outra dificuldade: são raros os ambientes que privilegiam a independência do idoso, como é o caso do conjunto habitacional Cidade Madura.

06 – Qual a posição da reportagem sobre os cuidados com os idosos?
      A reportagem defende que é preciso criar espaços que permitam a integração dos idosos na sociedade, sem ferir sua independência. Ao mesmo tempo, chama a atenção para as mudanças que a sociedade sofreu e a necessidade de criar políticas para atender às demandas da população idosa.

07 – Que recursos indicam essa posição no decorrer da reportagem?
      Eles selecionaram depoimentos de especialistas que reiteram essa posição, acrescentaram dados e estatísticas que mostram as mudanças que o país enfrentou e como está preparando para enfrentar esse problema.


CRÔNICA: CONDÔMINOS (FRAGMENTO) - FERNANDO SABINO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Crônica: Condôminos – Fragmento     

                Fernando Sabino

        A porta estava aberta. Foi só eu surgir e arriscar uma espiada para a sala, o dono da casa saltou da mesa para receber-me.
        -- Vamos entrar, vamos entrar. Estávamos à espera do senhor para começarmos a reunião: o senhor não é o 301?
        Não, eu não era o 301. Meu amigo, que morava no 301, tivera que fazer repentinamente uma viagem, pedira-me que o representasse.
        O homem estendeu-me a mão, num gesto decidido:
        -- Pois então muito prazer.
        Disse que se chamava Milanês e recebeu com um sorriso à milanesa a minha escusa pelo atraso. Desconfiei desde logo que fosse meio surdo – só mais tarde vim a descobrir que seu ar de quem já entendeu tudo antes que a gente fale não era surdez, era burrice mesmo.
        Conduziu- me ao interior do apartamento onde várias pessoas, umas onze ou doze, já estavam reunidas ao redor da mesa. À minha entrada, todos levantaram a cabeça, como galinhas junto ao bebedouro. O apartamento era luxuosamente mobiliado, atapetado, aveludado, florido e enfeitado, nesta exuberância de mau gosto a que se convencionou chamar de decoração. O Milanês fez as apresentações:
        -- Aqui é o Dr. Matoso, do 302. Quando precisar de um médico… Ali o capitão Barata, do 304 – representante das gloriosas Forças Armadas. Dona Georgina e Dona Mirtes, irmãs, não se sabe qual mais gentil, moram no 102. Aquele é o Dr. Lupiscino, do 201, nosso futuro Síndico…
        Suas palavras eram recebidas com risadinhas chochas, a indicar que vinha repetindo as mesmas graças a cada um que chegava. Cumprimentei o médico, um sujeito com cara mesmo de Matoso, o capitão com seu bigodinho ainda de tenente, as duas velhas de preto, não se sabia qual mais feia, o futuro síndico, os demais. O dono da casa recolheu a barriga e as ideias sentando- se empertigado à cabeceira. Busquei o único lugar vago do outro lado e acomodei-me. A mulher do Milanês passou-me um copo de refresco de maracujá – só então percebi que todos bebericavam o refresco em pequenos goles, aquilo parecia fazer parte de um ritual, convinha imita-los. Um dos presentes, solene, de papel na mão, aguardava que restabelecesse a ordem para prosseguir.
        -- Desculpem a interrupção – gaguejei. – Podem continuar.
        -- Não havíamos começado ainda – escusou-se o Milanês, todo simpaticão – Estávamos apenas trocando ideias.
        -- Se o senhor quiser, recomeçamos tudo – emendou à Milanesa, mais prática. – Ali nosso Jorge, do 203, dizia que precisávamos…
        -- Perdão, quem dizia era o Dr. Lupiscino – e o nosso Jorge do 203, um rapaz roliço como uma salsicha de óculos, passou para o extrema. A esta altura interveio o capitão, chutando em gol:
        -- Pode prosseguir a leitura.
        Alguém a meu lado explicou:
        -- O Dr. Lupiscino fez um esboço de regulamento. O senhor sabe, um regulamento sempre é necessário…
        O Dr. Lupiscino pigarreou e leu em voz alta:
        -- Quinto: é vedado aos moradores… Espere – voltou-se para mim: – O senhor quer que leia os quatro primeiros?
        -- Não é preciso – interveio o Milanês: – Os quatro primeiros servem apenas para introduzir o quinto. Vamos lá.
        -- Quinto: é vedado aos moradores guardar nos apartamentos explosivos de qualquer espécie…
        O capitão inclinou-se, interessado:
        -- É isso que eu dizia. Este artigo não está certo: suponhamos que eu, como oficial do exército, traga um dia para casa uma dinamite…
        -- O senhor vai ter dinamites em casa capitão? – espantou-se uma das velhas, a Dona Mirtes.
        -- Não, não vou ter. Mas posso um dia cismar de trazer…
        [...].
                               Fernando Sabino. Condôminos. Em: Rubem Braga e outros. Crônicas 4. 12. ed. São Paulo: Àtica, 2002. p. 25-27.
Entendendo a crônica:
01 – O que o verbo gaguejei expressa sobre a atitude do narrador ao chegar?
      Expressa o constrangimento do narrador em participar de uma reunião que já havia começado, com pessoas que ele não conhecia.

02 – Releia a frase: “Alguém a meu lado explicou”.
a)   O que o verbo de elocução explicou, usado nesse trecho, permite ao leitor saber sobre o sentimento da personagem ao falar? Explique.
O verbo explicar permite imaginar que o estado de ânimo da personagem é neutro, tranquilo, ao dar a explicação.

b)   Imagine que a personagem que se dirige ao narrador esteja muito contrariada por ter de dar a explicação. Que verbos de elocução podem ser empregados para revelar ao leitor esse sentimento?
Rosnar, esbravejar, grunhir, resmungar, etc.

03 – Complete o diálogo a seguir com verbos que expressam os sentimentos das personagens de acordo com cada situação proposta.
a)   Uma mãe muito irritada vai buscar a filha tímida em uma festa.
Sugestões: gritou, suspirou, contestou.

b)   Uma mãe desesperada vai buscar a filha mimada em uma festa.
Sugestões: implorou, berrou, questionou.


NOTÍCIA: INCÊNDIOS EM MINAS GERAIS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: Incêndios em Minas Gerais


  Âncora: – Incêndios em Minas Gerais, Guilherme Ibraim. Muito boa tarde, Guilherme. 
 Guilherme: – Boa tarde, Tânia. Desde ontem, um incêndio destrói parte da vegetação da Serra da Moeda, próxima à cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Aproximadamente 35 bombeiros trabalham no local. O Corpo de Bombeiros informou que pelo menos 25 brigadistas também estão na área neste momento. Ainda não há informação sobre a extensão da área queimada.
        No Parque Estadual da Serra da Canastra, na região centro-oeste do estado, também há pelo menos um foco de incêndio ainda sendo controlado. Dois foram extintos na última semana, mas a área total consumida pelo fogo já chega a mais de duzentos hectares. [...]
        Na mesma região, no município de Delfinópolis, dez bombeiros e brigadistas voluntários da região tentam controlar as chamas no Chapadão da Babilônia. Até agora foram queimados 1500 hectares de vegetação. Na soma total, a área queimada já passa de dez mil hectares, um dos maiores incêndios dos últimos quinze dias em Minas Gerais. A área corresponde a aproximadamente um terço da cidade de Belo Horizonte. [...]


Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras:
·        Brigadista: pessoa que se reúne com outras pessoas para realizar um trabalho específico.

·        Hectare: unidade de área equivalente a dez mil metros quadrados.

02 – A notícia trata de incêndios. Quais informações sobre os incêndios são apresentadas ao ouvinte?
      Os locais em que os incêndios ocorreram, a extensão da área queimada e o que estava sendo realizado para combater o fogo.

03 – Por que esse fato foi noticiado?
      Os incêndios foram noticiados porque comprometem o meio ambiente e a vida em geral.

04 – Considerando o fato de a notícia ter sido veiculada em uma rádio, por que ela é apresentada de forma breve?
      A notícia é breve porque a rádio veicula textos ágeis, dinâmicos, de forma que o ouvinte possa conhecer o fato em pouco tempo.

05 – O texto lido foi transcrito de um programa de rádio. No contexto utilizado, transcrever significa reproduzir por escrito um texto oral. Quais situações comuns na oralidade podem ser percebidas nessa transcrição?
      O cumprimento inicial, a repetição do nome do repórter, a grande quantidade de informações em uma única frase.

06 – O jornal falado, no trecho transcrito, emprega registro de linguagem formal ou informal?
      O jornal falado emprega o registro formal de linguagem.

07 – Imagine que essa notícia seja veiculada em um jornal televisivo ou em um jornal impresso ou virtual. Quais recursos visuais podem ser utilizados para completar o texto falado?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Podem ser utilizados as imagens dos locais, os infográficos, o mapa do estado de Minas Gerais, entre outros.

08 – Levante hipóteses: Como você acha que o repórter se preparou para apresentar notícia ao público?
      Resposta pessoal do aluno.


domingo, 7 de julho de 2019

SONETO: CARTA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

SONETO: CARTA

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Há muito tempo, sim, não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelheci: olha em relevo
estes sinais em mim, não das carícias

(tão leves) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que a sol-posto
perde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho.

(Carlos Drummond de Andrade – Literatura comentada. São Paulo, Nova Cultural, 1980.)

Entendendo o poema
1)   De quantos versos é composto o poema?
14 versos

2)   De quantas estrofes é composto o poema?
4 estrofes

3)   Retire do poema dois exemplos de elisão.
....estes sinais em mim, não das carícias
... perde a sabedoria das crianças.

4)   Classifique os versos quanto ao número de sílabas.
Decassílabos

5)   Classifique as estrofes quanto ao número de versos.
1ª estrofe –       quarteto
2ª estrofe        quarteto
3ª estrofe         terceto
4ª estrofe –        terceto

6)   De acordo com a classificação feita no item acima, este poema é um soneto.



EXERCÍCIOS SOBRE PRONOME RELATIVO - COM GABARITO

EXERCÍCIOS SOBRE PRONOME RELATIVO


1)   Complete as frases abaixo com os pronomes relativos abaixo:
quem – que – onde – de que – cujo – do qual – a quem – em cujas

a)   Gostei muito do CD  que comprei.
b)   Os biscoitos de que gosto são vendidos no mercado.
c)   A cidade onde nasci é muito bonita.
d)   O filme do qual lhe falei já chegou à cidade.
e)   Este é o garoto cujo pai foi homenageado.
f)    Não conheço quem fui ou quem sou hoje.
g)   Não tenho ninguém a quem pedir ajuda.
h)   Esta é a mansão em cujas salas estavam expostos os quadros de Picasso.

2)   Observe:
O pronome relativo deve vir precedido da preposição exigida pelo termo (nome ou verbo) ao qual se liga. Exemplo:
Este é o texto de que (do qual) lhe falei.
falar de alguma coisa – prep. de exigida pelo verbo.
  Agora complete as frases com pronomes relativos acompanhados das preposições adequadas.
a)   As palavras das quais/de que gosto sempre são ditas por você. (gosto de quê?)
b)   Aquele é o rapaz de quem/do qual necessitamos para o filme. (necessitamos de quem?)
c)   Essas são as frutas  as quais/que  apreciamos. (apreciamos o quê?)
d)   Este é o filme ao qual/a que você assistiu? (assistiu a quê?)
e)   Li o fato ao qual/a que atribuíram a confusão. (atribuíram a quê?)
f)    Resolvi os problemas em que/nos quais pensava sempre. (pensava em quê?)
g)   Abordei o assunto sobre o qual/sobre que conversamos. (conversamos sobre o quê?)
h)   Esta é uma decisão com que/com a qual não concordo. (concordo com quê?)
i)     Esta é a moça a quem/à qual você se referiu. (referiu-se a quem?)
j)     O aluno a quem/ao qual pedi o favor foi embora. (pedi a quem?)

3)   Substitua o período composto por dois períodos simples. Siga o modelo:
Este é o cachorro por quem fui mordida.
Este é o cachorro.
Eu fui mordida pelo cachorro.

a)   Aquele é o livro do qual eu tinha necessidade.
Aquele é o livro.
Eu tinha necessidade do livro.

b)   A casa onde nasci está bem conservada.
A casa está bem conservada.
Eu nasci nesta casa.

c)   Eu ganhei este casaco que é bem quente.
Eu ganhei este casaco.
O casaco é bem quente.

d)   O cão é um animal cuja fidelidade é reconhecida por todos.
O cão é um animal.
A fidelidade do cão é reconhecida por todos.

e)   O carro que papai comprou custou muito caro.
O carro custou muito caro.
Papai comprou um carro.

f)    Aprecio a boa pessoa que você é.
Aprecio a boa pessoa.
Você é boa pessoa.

4)   Qual é a função do pronome relativo que nas orações abaixo?
É este o quadro que eu pretendia pintar.
A casa que foi vendida fica defronte ao mar.
(    )  objeto indireto e  sujeito.
(    ) sujeito e objeto indireto.
(  x ) objeto direto e sujeito
(    ) objeto direto e objeto indireto.

5)   Assinale a alternativa em que o pronome relativo exerce a função de objeto indireto.
(    ) As coisas de que mais gostei já não existem mais.
(    ) O material de que temos necessidade está em falta na cidade.
(     ) Isto tudo são tolices das quais você se arrependerá mais tarde.
(  x  ) A primeira e a terceira alternativa estão corretas.