segunda-feira, 17 de junho de 2019

CONTO: A FAIXA MANCHADA - (FRAGMENTO) - ARTHUR CONAN DOYLE - COM GABARITO

Conto: A faixa Manchada

             Arthur Conan Doyle

        Helen Stoner é irmã gêmea de Julia, vivem com o padrasto o Dr. Roylott que estudou medicina na Índia e conhecera a mãe das gêmeas quando elas tinha dois anos. Nessa época sua mãe casaria de novo, viúva e com boa quantia de dinheiro deixou que o Dr. Administrasse a herança com um acordo: ele daria uma quantia anual para elas quando se casassem.
        Contudo, um tempo depois de voltarem para a Inglaterra, a mãe morre. Após esse acontecimento, o comportamento dele mudou, tornou-se meio psicótico, criava uma pantera e um babuíno trazidos da Índia, saia pouco de casa e quando saia discutia com os vizinhos.
        Voltando ao presente, Julia havia morrido há dois anos, ela havia conhecido um major da marinha com quem se noivou. Porém duas semanas antes do casamento algo horrível aconteceu.
        Julia perguntou a Helen se ela não teria escutado assobios nas noites anteriores, Helen negou e Julia foi para o seu quarto. Helen estava dormindo quando do seu quarto escutou gritos de uma mulher, reconheceu a voz que era de Julia. Então ela saltou da cama e saiu para o corredor, abriu a porta escutou um assobio. Quando abriu a porta viu sua irmã em meio aos gritos:
        “– Helen foi a faixa manchada! A faixa manchada! “
        Queria dizer algo a mais, porém, não conseguiu e caiu no chão morta. A polícia concluiu que Julia estava sozinha quando morreu, não havia marcas de violências no corpo.
        Depois de algum tempo, Helen iria se casar, há dois dias estavam ocorrendo reformas na casa e furaram a parede do quarto dela. Ela teve que se mudar para o quarto onde sua irmã havia morrido. Porém o que assustou Helen foi que nesses dias, estava escutando o mesmo assobio daquela noite tão triste.
        Ela contratou o detetive Sherlock Holmes e seu assistente Dr. Watson, para investigar o caso. O detetive e seu assistente vão para a casa de Helen investigar, pois o padrasto não voltaria tão cedo. Eles examinam o quarto de Helen, foram para o quarto de Julia em que Helen estava ocupando devido a reforma de seu quarto, examinou cada coisa que estava no quarto, viram uma campainha ao lado da cama, Helen contara que a campainha era nova, há dois anos havia sido instalada. Desconfiado, Holmes puxa a campainha e conclui que ela é falsa. Depois foram para o quarto do Dr., Holmes viu um cofre e perguntou para Helen o que havia dentro do cofre, Helen respondeu que o cofre estava cheio de papéis. Porém quando abrem o cofre não havia nada dentro, e sobre o cofre havia um pires de leite. Holmes fala para Helen que eles terão que dormir no quarto de Julia, pois eles investigariam o barulho que a incomodava.
        Naquela noite Holmes e Watson investigavam, mas o Dr. Roylott não desconfiou. De repente, às três horas eles escutam um assobio, Holmes ascende um fósforo e bate com uma bengala na corda da campainha, Holmes perguntou a Watson se ele não havia visto nada, mas Watson estava com sono e não havia percebido nada. Porém em segundos, começaram a ouvir gritos de dor, então Watson pega seu revólver automático e segue Holmes, que ia em direção ao quarto do Dr., bateu na porta, sem resposta. Entraram no quarto, em cima da mesa havia uma lamparina, o cofre estava aberto, ao lado da mesa estava o Dr.Roylott, com um olhar para cima e fixo, havia uma faixa estranha na testa. Então Holmes fala para Watson:
        “-- A faixa! A faixa manchada!”
        De repente do cabelo do Dr., saiu uma nojenta cobra. Holmes falara que era a cobra do brejo, a mais venenosa da Índia, o padrasto morrera pouco tempo depois de ter sido mordido.
        Holmes concluiu que a cobra descia pela campainha falsa e para que a vítima não visse a cobra, o padrasto assobiava para a cobra voltar, devia ter treinado a cobra com pires de leite. O Dr. havia morrido pela sua própria armadilha.
                                                 Arthur ConanDoyle
Entendendo o conto:

01 – Em relação à estrutura textual do conto.
a)   Quantos parágrafos tem o conto?
Doze parágrafos.

b)   Narrador:
(   ) Participa da história.
(X) Conta os fatos sem participar da história.

02 – Qual é a tipologia predominante no conto:
(X) Narrativa.
(   ) Argumentativa.
(   ) Descritiva.

03 – Quais os personagens que fazem parte dessa história?
      Helen, Julia, Dr. Roylott, a viúva, Sherlock Holmes, Dr. Watson e a cobra do brejo.

04 – Por que Helen procura o detetive após a morte de sua irmã?
      Porque Helen ficou noiva e ouviu um assobio igual ao da noite da morte da irmã, então temeu também ser morta.

05 – Julia antes de morrer disse para Helen que havia sido a faixa manchada. A que/quem ela se referia?
      A cobra do brejo, a mais venenosa da Índia.

06 – Qual o cenário em que se desenvolve a história.
      Dentro de uma casa.

07 – Em que momento surge o conflito da história?
      Quando morre Julia Stoner.

08 – Em que passagem do texto ocorre o clímax, ou seja, o momento de maior tensão da história? Explique.
      Quando o detetive e seu assistente ouvem um assobio, logo em seguida gritos de dor e vai até o quarto do Dr. Roylott e vê uma cobra em seus cabelos.

09 – Que fato provocou o desenrolar dos acontecimentos descritos no texto?
      O fato de a mãe de Julia e Helen ter uma boa quantia em dinheiro e ter feito um acordo com o padrasto delas que deveria dar uma quantia anual para elas quando se casassem.

10 – Qual o desfecho (epílogo ou conclusão) da história?
      O padrasto morre pouco tempo depois de ter sido mordido pela cobra, ou seja, pela sua própria armadilha.






FÁBULA: O HOMEM CALVO E A MOSCA - ESOPO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Homem Calvo e a Mosca     

                                ESOPO

        Havia um Homem Calvo que estava sentado descansando após o trabalho, num dia quente de verão. Uma Mosca surgiu e se manteve zunindo sobre sua cabeça calva, picando-o de vez em quando.
        O Homem espantava o pequeno inimigo com tapas, mas as palmas iam diretas a sua cabeça; e continuamente assim, a Mosca o atormentava sem parar, mas ele, sabiamente refletiu: “Quando eu acertar apenas um tapa, você pagará pelas incomodações antigas e recentes...”.
        Moral da história: “Se tomarmos conhecimento de inimigos desprezíveis, só haverá prejuízos".

                                                Fábula ESOPO
Entendendo a fábula:

01 – Quem são os personagens dessa fábula?
      O homem e a mosca.

02 – Em que local se passa a história?
      Sobre a cabeça calva do homem.

03 – Todas ações da fábula se passam no mesmo dia? Explique.
      Sim, num dia quente de verão.

04 – Para que serve uma fábula?
(X) Ensinamento.
(   ) Divertimento.
(   ) Informação.

05 – Como o homem espantava o inimigo?
      Com tapas, mas as palmas iam diretos na sua cabeça.

06 – Explique com suas palavras, a moral da história.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – A moral desta história apresenta uma reflexão sobre o comportamento humano. Você acredita que existem pessoas que agem assim? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.




POEMA: AVENTURA NO FUNDO DA GAVETA - JOSÉ CARLOS B. DE ARAGÃO - COM GABARITO

Poema: Aventura no fundo da gaveta

Os anos passam.
Um dia a gente aparece
procurando um documento,
mexe aqui, mexe ali...
e o que acontece?

Na gaveta mais baixa
da velha cômoda ou penteadeira,
a gente sempre acha
antigas lembranças,
velhas brincadeiras.

José Carlos B. de Aragão. Aventura no fundo da gaveta. Miguilim/SEC, 1991.




Entendendo o poema:

01 – O eu lírico trata de que tema?
      Sobre como nossos hábitos podem ser reflexos de nossas mente.

02 – Nos poemas existe uma voz que exprime seus sentimentos e que não deve ser confundida com o autor. Essa “voz” recebe o nome do “eu” lírico. Sobre ele, pergunta-se:
a)   No poema quem é o eu lírico?
Uma pessoa que guarda coisas inúteis e velhas na gaveta.

b)   Como podemos descrevê-lo?
Alguém que demonstra sentimentos de carência e medo.

03 – Você acumula papéis, documentos antigos, caixas sem nenhuma utilidade no futuro?
        Resposta pessoal do aluno.

04 – Enquanto nós acumularmos coisas velhas e inúteis, tanto materialmente como emocionalmente, o que estamos deixando de fazer?
      Não estamos abrindo espaço para que as boas oportunidades cheguem à nossa vida.

05 – E dentro de sua mente, você guarda ressentimentos, mágoas, raivas, medos?
      Resposta pessoal do aluno.


MENSAGEM ESPÍRITA: AMOR E PAZ - DIVALDO P.FRANCO PELO ESPÍRITO DE JOANNA DE ÂNGELIS - PARA REFLEXÃO

Amor e Paz

                 Joanna de Angelis

        O desânimo é pântano venenoso onde se asfixiam as mais belas aspirações da vida.
        A precipitação torna-se fogaréu a arder sem finalidade, muitas vezes prejudicando a lavoura do bem.
        O receio sistemático constitui campo onde medram as plantas daninhas que destroem a sementeira da esperança.
        A maledicência é geratriz de males incontáveis.
        A preguiça urde a destruição do trabalho, tanto quanto a má vontade inspira a insensatez.
        Comenta-se sobre a violência com exagerada cooperação dos veículos da moderna informática, estimulando mentes enfermas e personalidades psicopatas a se entregarem à alucinação.
        A terapia para a terrível epidemia que toma conta do mundo é o amor em todas as suas expressões.
        Amor fraternal que sustenta a amizade e dissemina a confiança.
        Amor espiritual que generaliza o interesse de todos pelo bem comum.
     Amor cristão em serviço ativo, que desenvolve o trabalho e espraia a solidariedade.
      O amor que compreende o erro é êmulo do amor que reeduca, da mesma forma que o amor que perdoa promove o amor que salva.
        São formas de violência cruel: o torpe desânimo e a rude precipitação, o infeliz receio, a cruel maledicência e a maléfica preguiça, filhos espúrios do egoísmo que é, em si mesmo, o gerador dos males que desgovernam o mundo.
        Contribui para a ordem e a paz mediante a utilização do verbo feliz, falando para ajudar – distendendo o conforto moral e as diretrizes de equilíbrio: mediante o pensamento – resguarda-te do pessimismo, irradiando ondas mentais de simpatia, orando em silêncio; através da ação produzindo no bem, mesmo que seja com a dádiva modesta de uma luz acesa na escuridão, de um vaso de água fria na ardência da sede, de uma côdea de pão estendida ao esfaimado, de um grão rico de vida na vala fértil com olhos postos no futuro.
        Cada um pode oferecer a sua melhor parte, doar a mais importante quota que, em palavras simples e plenas, é o amor.
        Jesus, em todas as circunstâncias, não obstante pudesse modificar as estruturas do seu tempo e solucionar os problemas daqueles que O buscavam, por amor ajudou cada criatura que a Ele recorria, influenciando-a a mudar de atitude perante a vida e a crescer no bem, avançando em paz na direção de Deus, o Amor Total.

FRANCO, Divaldo Pereira. Receitas de Paz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

TEXTO: SÃO PAULO, 2001 -(FRAGMENTO) - RAQUEL ROLNIK - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: São Paulo, 2001
     
                                     Raquel Rolnik

        Madrugada, verão de janeiro, ano 2001. Um carro sai do estacionamento no subsolo de um prédio e, enquanto espera o sistema eletrônico acionar grades e portões, seu motorista olha para cima e vê ainda alguns andares iluminados pela luz dos computadores. Na calçada, duas pessoas estão remexendo o lixo à procura de latas, comida e papelão. O carro acelera rapidamente, temendo a possível abordagem de um adolescente, cabelo pixaim quase branco, que se aproxima.
        Percorrendo as ruas estreitas do bairro, o carro ´detido pela enorme fila de táxis e pelo movimento dos manobristas na saída de uma cada noturna. As mulheres loiras com vestidos brilhantes justíssimos e saltos agulha se misturam por um átimo aos homens e mulheres vestidos de jeans e camisetas e carregando sacolas de plástico que acabam de desembarcar do ônibus.
        Finalmente o carro atingi a avenida. Surpresa: congestionamento às seis e meia da manhã? No rádio, o repórter no helicóptero avisa: caminhão tombado em tal lugar, árvores caídas e pontos de alagamento que sobraram da tempestade do dia anterior; evitar rua tal, caminho tal. Da janela do carro, observa homens e mulheres vestidos com roupas esportivas, correndo ou caminhando rapidamente pelo canteiro central. Naquele instante, parecem estar envoltos por sua utopia de saúde, longevidade e beleza, uma espécie de redoma que os protege de perceber a paisagem onde estão.
        São sete e meia da manhã quando o motorista entra na estrada que o levará ao condomínio onde mora. Do outro lado da pista, a fila de caminhões e carros entrando na cidade é imensa e os vendedores de água, suco, eletrônicos e bonecos gigantes de plástico já instalaram seu drive-in comercial.
        Quilômetro 30 – o motorista para no estacionamento de uma das megalojas do caminho e, atravessando corredores, chega à padaria estilo country. Entre cestinhas decoradas com renda e flores do campo, ele escolhe baguettes e croissants. E lembra-se por um segundo de sua avó, nascida em casa de chão batido no meio do sertão do agreste, e da avó de sua mulher, que nunca esqueceu o porão do navio que a arrancou, menina, da aldeia à beira-mar do Japão.
        Oito e meia, passa pela guarita, guarda o carro no estacionamento de casa. Ao lado de seu lugar na mesa já posta, a pilha de contas para pagar: luz, água, telefone, internet, celular, bip, escola de inglês, academia, natação, prestação do carro, IPVA, seguro... Na TV, já ligada pela empregada na cozinha, vê a mesa arrumada do café da manhã e a família que acorda feliz por poder passar no pão aquela maravilhosa margarina.
        Enquanto limpa o barro do sapato, a empregada faz as contas de quanto vai precisar para comprar a laje para cobrir o cômodo que acabou de levantar no Jardim Progresso. Fica ali perto, do outro lado da pista e a apenas 15 minutos de caminhada até o ponto por onde passa o perueiro.

        São Paulo. São Paulo: Publifolha, 2001. p. 72-74. (Folha explica).
Entendendo o texto:

01 – O texto de Raquel Rolnik chama-se “São Paulo, 2001”. A partir de sua vivência pessoal e das informações que tem pelos meios de comunicação, responda: os fatos mostrados no texto ocorrem exclusivamente na cidade de São Paulo ou poderiam acontecer em qualquer outra cidade? Justifique sua resposta.
      Sim. Todas as cidade grandes é possível encontrar cenas como as mostradas no texto.

02 – Observe como cada um dos parágrafos da narrativa se inicia: sempre há palavras ou expressões indicadoras de tempo (“madrugada”; “finalmente”; “são sete horas da manhã”; “oito e meia”; “enquanto limpa o barro do sapato”) ou de lugar (“percorrendo as ruas estreitas do bairro”; “quilômetro 30”). Na sua opinião, por que isso ocorre?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque essas palavras ou expressões têm a função de situar o leitor nos espaços em que ocorre a narrativa e na passagem de tempo, desde a saída do homem do trabalho até sua chegada a sua casa.

03 – Observando-se as personagens presentes na narrativa, notam-se modos de vida contrastantes. Identifique para cada um dos itens apresentados a seguir outro que se oponha a ele. Observe o exemplo: “Homem que retorna para casa dirigindo o próprio carro se opõe a empregada que se locomove para o trabalho transportada por um perueiro.”
a)   Pessoas procurando comida no lixo.
Pães especiais na padaria estilo country.

b)   Pessoas deixando a casa noturna ao amanhecer.
Trabalhadores descendo do ônibus a caminho do trabalho ao amanhecer.

c)   Vendedores ambulantes oferecendo seus produtos nas estradas e avenidas.
Megalojas.

04 – Compare as contas que o homem e sua empregada devem pagar. O que elas revelam a respeito do tipo de vida que levam?
      Revelam que, enquanto o homem pode se dar ao luxo de usar seu dinheiro para academia, natação, internet; a empregada tem de se preocupar em resolver problemas básicos, como o de construção de sua moradia.

05 – Das cenas mostradas no texto, há alguma(s) que jamais correria(m) onde você vive? Quais são elas? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Esse texto se passa na cidade de São Paulo:
a)   Empregando dois adjetivos, de que forma você pode caracterizar a vida na cidade de São Paulo,2001?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Agitada, injusta, violenta, desigual, moderna.

b)   Se pudesse escolher, você gostaria de ser personagem na cidade de São Paulo, 2001?
Resposta pessoal do aluno.

domingo, 16 de junho de 2019

POEMA: ANTIGUIDADES - CORA CORALINA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: ANTIGUIDADES
         
                  CORA CORALINA

Quando eu era menina bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.

Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)

Eu era menina em crescimento.
Gulosa, abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom e tão gostoso.

Era só olhos e boca e desejo daquele bolo inteiro.
Minha irmã mais velha governava.
Regrava.
Me dava uma fatia, tão fina, tão delgada…
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais!

E o bolo inteiro, quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado, num armário, alto, fechado,  impossível.
Era aquilo, uma coisa de respeito.

Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.

Detestadas da meninada.
Criança, no meu tempo de criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa usava e abusava
de pretensos direitos de educação.

Por dá-cá-aquela-palha, ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas não faltavam.
Quando não, sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas, amarrando abrolhos.

“Tomando propósito”.
Expressão muito corrente e pedagógica.
Aquela gente antiga, passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.

Não poupava as crianças.
Mas, as visitas…
– Valha-me Deus! …
As visitas… Como eram queridas,
recebidas, estimadas, conceituadas, agradadas!
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa do bolo
encerrado no armário alto.

E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos ao meu alcance.
De manhã cedo quando acordava,
estremunhada, com a boca amarga,
– ai de mim – via com tristeza,
sobre a mesa: xícaras sujas de café,
O prato vazio, onde esteve o bolo, e um cheiro enjoado de rapé.

Cora Coralina

Entendendo o poema:
01 – Leia os verbetes:
·        Texto: tampa de vasilha.
·  Borralho: conjunto de brasas acessas cobertas de cinza; cinzas quentes; lar, lareira.

Com base nos significados das palavras e no conteúdo da 1ª estrofe, explique como era assado o bolo antigamente na casa do eu lírico do poema.
      Assado em panela tampada, numa braseira.

02 – A hora em que o bolo era servido parecia um cerimonial. Por quê?
      Porque o bolo era servido para as visitas.

03 – Leia o trecho a seguir:
        “Era um bolo econômico,
         como tudo, antigamente.
         Pesado, grosso, pastoso.
         (Por sinal que muito ruim.)”

a)   Explique o significado do pronome indefinido nos versos acima.
Grande parte das coisas era econômica.

b)   Pode-se afirmar que hoje é diferente? Justifique sua resposta.
Sim. Hoje há mais fartura e recursos econômicos se compararmos com tempos remotos.

c)   Que faro narrado no poema se opõe ao último verso dessa estrofe: “Por sinal muito ruim”?
O bolo parecia muito “tão bom e tão gostoso”.

04 – Qual o significado do verbo “regrar” no texto?
      Dividia com cuidado, de maneira econômica.

05 – Que verbo está subtendido no verso: “E fatias iguais às outras manas”?
      O verbo “eram”.

06 – Aponte os versos do poema em que a vontade de comer o bolo toma a menina plenamente:
(X) “Abria os olhos para aquele bolo / que me parecia tão bom / e tão gostoso”.
(   ) “Com atenção. Seriamente. / Eu presente”.
(X) “Era só olhos e boca e desejo / daquele bolo inteiro”.
(   ) “E o bolo inteiro / quase inatingível”.
(   ) “Era aquilo uma coisa de respeito / Não pra ser comido”.

07 – Que tipo de sujeito apresenta a oração: “Era só olhos e boca e desejo / daquele bolo inteiro”.
      Sujeito desinencial.

08 – Nos versos: “Por dá-cá-aquela-palha / alhos e beliscão”. Dê um sinônimo para a palavra destacada.
      Chicote.

09 – A menina, quando estava de castigo, permanecia sentada num canto amarrando abrolhos.
·   Abrolho: planta rasteira e espinhosa; O espinho dessa planta; Escolhos; Dificuldades, contrariedades.
a)   Sublinhe no verbete o melhor significado para a palavra.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ficava de castigo pensando nas dificuldades, refletindo.

b)   Explique sua resposta.
Resposta pessoal do aluno.



FÁBULA: O LENHADOR E A SERPENTE - ESOPO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Lenhador e a Serpente                

            ESOPO

        Um dia hibernal quando um lenhador estava saindo casa para o seu trabalho viu algo preto deitado na neve. Quando chegou mais perto viu ser uma Serpente, como morta. Mas a apanhou e a pôs no seu peito para aquecê-la, enquanto retornava apressadamente à casa. Assim que pudesse a deitaria sobre o forno, em lugar aquecido. As crianças da casa assistiram isto e viram o ser inanimado ressuscitar lentamente. Então uma delas se inclinou para golpeá-la, mas a Serpente de pronto ergueu sua cabeça e mostrou as presas, estando a ponto de picá-la. O Lenhador agarrou o seu machado e com um golpe certeiro cortou a Serpente em duas. " Ah... " disse ele.
        Moral da história: "Nenhuma gratidão vem da malvadeza ".

                                                          Fábula ESOPO
Entendendo a fábula:

01 – Quais são os personagens dessa história?
      O lenhador, a serpente e as crianças.

02 – Como estava o tempo quando o lenhador encontrou a serpente?
      Estava um dia hibernal.

03 – Em que situação estava a serpente quando foi encontrada?
      Ela estava quase morta, deitada na neve.

04 – Que atitude tomou o lenhador para salvar a serpente?
      Apanhou-a e a pôs em seu peito para aquecê-la, enquanto retornava apressadamente para sua casa.

05 – Todas as ações da fábula se passam no mesmo dia? Explique.
      Sim, o lenhador a achou a caminho do trabalho pegou-a e a levou imediatamente para aquecê-la em sua casa.

06 – Para que serve uma fábula?
(X) Ensinamento.
(   ) Divertimento.
(   ) Informação.

07 – Qual o desfecho (situação final) da fábula?
      Quando a serpente ressuscitou, ela ergueu a cabeça e mostrou as presas, estando a ponto de picar as crianças.

08 – Que outro título você daria à fábula?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Do seu ponto de vista, você seria capaz de lembrar de alguma situação da vida real onde o contexto da fábula se aplicaria?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – A moral desta fábula apresenta uma reflexão sobre o comportamento humano. Você acredita que existem pessoas que agem assim? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.