sexta-feira, 1 de junho de 2018

FILME(ATIVIDADES): CRAZY PEOPLE - MUITO LOUCOS - TONY BILL - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): CRAZY PEOPLE - MUITO LOUCOS

Duração 1h 30min
Direção: Tony Bill
Gênero Comédia
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Um publicitário, Emory Leeson (Dudley Moore), atravessa um momento delicado quando sua esposa o abandona. Ele repentinamente tem uma crise de honestidade e cria uma campanha publicitária que é calcada em dizer só a verdade sobre cada produto. Charles F. Drucker (J.T. Walsh), seu chefe, recusa tal ideia, pois a considera absurda e o obriga a se internar para ter tratamento psiquiátrico. Mas o material da campanha equivocadamente é impresso e se torna um enorme sucesso. Emory é chamado de volta mas ele não quer deixar a instituição, pois se apaixonou por Kathy Burgess (Daryl Hannah), uma das pacientes. Ainda internado Emory elabora novas campanhas, sendo ajudado pelos outros internos. Drucker, que no passado recusou a verdade como base de uma campanha, se comporta como o gênio da criação, que fez a mais ousada campanha de marketing.

Entendendo o filme:
01 – De que se trata o filme?
      Ele é uma sátira à publicidade.

02 – Que problemas o publicitário Emory Leeson estava passando?
      Sua esposa o abandonou e então, num surto de honestidade, desenvolve uma campanha em que só se diz a verdade sobre os produtos.

03 – Seu chefe acha um absurdo a campanha e obriga ele fazer o quê?
      Se internar em um hospital psiquiátrico.

04 – Qual é o enredo do filme?
      E se a publicidade fosse feita dizendo apenas a verdade? E quais as consequências isso poderia trazer? Seríamos todos taxados de loucos?

05 – Por que o publicitário se recusa deixar a instituição psiquiátrica?
      Porque se apaixonou por Kathy Burgess uma das pacientes.

06 – Ainda internado Emory elabora novas campanhas publicitárias com ajuda de quem?
      Conta com a ajuda dos outros internos.

07 – Que Emory tira como aprendizado para sua vida, depois de sua internação?
      Ele consegue enxergar a mediocridade das pessoas supostamente “normais” e consegue ver que seus novos amigos (internos) em sua simplicidade e alienação conseguem perceber o sentido da vida e saber o valor da amizade, responsabilidade e sabem distinguir muito mais do que os outros os verdadeiros objetivos da existência humana em sociedade por mais “insanos” que possam parecer.

CRÔNICA: FUTEBOL DE RUA - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO -COM GABARITO

Crônica: Futebol de rua

                                   Luís   Fernando Veríssimo
        Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Se você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora.
        Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:

        DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. No caso de se usar uma pedra, lata ou outro objeto contundente, recomenda-se jogar de sapatos. De preferência os novos, do colégio. Quem jogar descalço deve cuidar para chutar sempre com aquela unha do dedão que estava precisando ser aparada mesmo. Também é permitido o uso de frutas ou legumes em vez da bola, recomendando-se nestes casos a laranja, a maça, o chuchu e a pera. Desaconselha-se o uso de tomates, melancias e, claro, ovos. O abacaxi pode ser utilizado, mas aí ninguém quer ficar no gol.

        DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. Quando o jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para aguentarem o impacto. A distância regulamentar entre uma goleira e outra dependerá de discussão prévia entre os jogadores. Às vezes esta discussão demora tanto que quando a distância fica acertada está na hora de ir jantar. Lata de lixo virada é meio gol.

        DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua.

        DA DURAÇÃO DO JOGO – Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

        DA FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em cada equipe varia, de um a 70 para cada lado. Algumas convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, a esquerda ou à direita dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

        DO JUIZ – Não tem juiz.

        DAS INTERRUPÇÕES – No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada numa destas eventualidades:
a)   Se a bola for para baixo de um carro estacionado e ninguém conseguir tirá-la. Mande o seu irmão menor.
b)   Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar não mais de 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isto não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa ou apartamento e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação. Se o apartamento ou casa for de militar reformado com cachorro, deve-se providenciar outra bola. Se a janela atravessada pela bola estiver com o vidro fechado na ocasião, os dois times devem reunir-se rapidamente para deliberar o que fazer. A alguns quarteirões de distância.
c)   Quando passarem pela calçada:
1) Pessoas idosas ou com defeitos físicos.
2) Senhoras grávidas ou com crianças de colo.
3) Aquele mulherão do 701 que nunca usa sutiã.
Se o jogo estiver empate em 20 a 20 e quase no fim, esta regra pode ser ignorada e se alguém estiver no caminho do time atacante, azar. Ninguém mandou invadir o campo.
d)   Quando passarem veículos pesados pela rua. De ônibus para cima. Bicicletas e Volkswagen, por exemplo, podem ser chutados junto com a bola e se entrar é gol.

        DAS SUBSTITUIÇÕES – Só são permitidas substituições:
a)   No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição.
b)   Em caso de atropelamento.

        DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando.
        DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner.

        DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto.

        DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos no tapa.
                                       Luís Fernando Verissimo, “Futebol de rua”.
                                  In: O rei do rock. Rio de Janeiro: Globo, 1996.
Entendendo a crônica:
01 – Assinale a alternativa que corresponde ao sinônimo das palavras destacadas nas frases abaixo:
a)   “Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio.”
    (X) abandonado, sem utilidade                 
    (  ) cultivado         
    (  ) à venda. 

b)   “Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada.” 
(  ) elaborado                                             
     (  ) difícil                
     (X) simples 

c)   “Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia...”
(  ) alegria                                                  
    (X) desânimo       
    (  ) felicidade.

d)   “Quem jogar descalço deve cuidar para chutar sempre com aquela unha do dedão que estava precisando ser aparada mesmo.”
    (  ) pintada                                                
    (X) cortada           
    (  ) trocada. 

e)   “Cheias, para aguentarem o impacto.”
 (X) choque                                                
 (  ) acordo            
 (  ) jogo.

 f) “Algumas convenções devem ser respeitadas.”
     (X) acordos                                               
     (  ) discussões    
     (  ) pessoas.

     g)“...primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação...” 
    (X) estragos                                              
    (  ) brigas             
    (  ) palavrões.

 02 – Encontre, no texto, palavras que sejam sinônimas de:
 a) Esquema, plano: Regras, recomendando-se, convenções.
 b) Castigada: Punida.
 c) Escolher, nomear: Formação, convenções, deliberar.

03 – Quais são, segundo o texto, as convenções que devem ser respeitadas quando são formados os times para o futebol de rua? 
      Algumas convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, a esquerda ou à direita dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

04 – Quais são as quatro eventualidades que podem paralisar a partida? 
a)   Se a bola for para baixo de um carro estacionado e ninguém conseguir tirá-la. Mande o seu irmão menor.

b)   Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar não mais de 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isto não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa ou apartamento e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação. Se o apartamento ou casa for de militar reformado com cachorro, deve-se providenciar outra bola. Se a janela atravessada pela bola estiver com o vidro fechado na ocasião, os dois times devem reunir-se rapidamente para deliberar o que fazer. A alguns quarteirões de distância.

c)   Quando passarem pela calçada:
        * Pessoas idosas ou com defeitos físicos.
        * Senhoras grávidas ou com crianças de colo.
        * Aquele mulherão do 701 que nunca usa sutiã.
        Se o jogo estiver empate em 20 a 20 e quase no fim, esta regra pode ser ignorada e se alguém estiver no caminho do time atacante, azar. Ninguém mandou invadir o campo.

d)   Quando passarem veículos pesados pela rua. De ônibus para cima. Bicicletas e Volkswagen, por exemplo, podem ser chutados junto com a bola e se entrar é gol.

05– Quando serão permitidas as substituições? 
      Só são permitidas substituições:
·        No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição.
·        Em caso de atropelamento.

06 – Explique o que o autor quis dizer com a frase “DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando.” 
      Porque o jogo não tem intervalo, é jogado em um tempo só.

07 – Explique o que significa a expressão “atitude antiesportiva”. (Penúltimo parágrafo do texto)
      É a agressão física ao adversário.

08 – Qual é a atitude antiesportiva citada no texto? 
      É a de atirar um adversário dentro do bueiro.

09 – “Os casos de litígio serão resolvidos no tapa”. O que significa isso? 
      Significa que é resolvido na discussão, na briga.

10 – Quando se deve providenciar outra bola? 
      Somente quando a que estiver em jogo, desaparecer.

11 – Separe as sílabas das palavras abaixo e classifique os encontros vocálicos: 
a) Queixar: Quei – xar = ditongo.
b) Baldio: Bal – di – o = hiato.
c) Rua: Ru – a = hiato.
d) Brasileiro: Bra – si – lei – ro = ditongo.
e) Criado: Cri – a – do = hiato.
f) Nostalgia: Nos – tal – gi – a = hiato.
g) Vazia: Va – zi – a = hiato.
h) Merendeira: Me – ren – dei – ra = ditongo.
i) Goleira: Go – lei – ra = ditongo.
j) Melancia: Me – lan – ci – a = hiato.
k) Colégio: Co – lé – gio = ditongo.
l) Preferência: Pre – fe – rên – cia = ditongo

12 – O texto lido é um exemplo de que tipo de linguagem? Por quê?
      Linguagem informal, coloquial, pois é usada no cotidiano e não exige a atenção total da gramática.

13 – Dê o significado das palavras abaixo, retirado do texto:
·        Rudimentar = elementar, primitivo.
·        Maracanã = grande estádio de futebol do Rio de Janeiro.
·        Remoto = distante, distanciado.
·        Contundente = que machuca, que fere.
·        Literalmente = exatamente.
·        Impacto = choque, batida.
·        Regulamentar = dentro das normas, dentro das regras.
·        Prévia = anterior, antecipada.
·        Clássicos = jogos entre os times principais.
·        Convenções = normas, regras.
·        Beque = Jogador de defesa.
·        Eventualidades = ocasiões.
·        Ocorrer = acontecer.
·        Designar = indicar, determinar.
·        Solicitar = pedir.
·        Militar reformado = militar aposentado.
·        Deliberar = decidir.
·        Intocável = em que não se pode tocar.
·        Córner = escanteio.
·        Litígio = discussão, briga.

FÁBULA: A SOLUÇÃO - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Fábula: A SOLUÇÃO
              Luís Fernando Veríssimo

    O Sr. Lobo encontrou o Sr. Cordeiro numa reunião do Rotary e se queixou de que a fábrica do Sr. Cordeiro estava poluindo o rio que passava pelas terras do Sr. Lobo, matando os peixes, espantando os pássaros e, ainda por cima, cheirando mal.
        O Sr. Cordeiro argumentou que, em primeiro lugar, a fábrica não era sua, era de seu pai, e, em segundo lugar não podia fechá-la, pois isto agravaria o problema do desemprego na região, e o Sr. Lobo certamente não ia querer bandos de desempregados nas suas terras, pescando seu peixe, matando seus pássaros para assar e comer e ainda por cima cheirando mal.
        - Instale equipamento antipoluente, insistiu o Sr. Lobo.
        - Ora, meu caro, retrucou o Sr. Cordeiro, isso custa dinheiro, e para onde iria meu lucro? Você certamente não é contra o lucro, Sr. Lobo! disse o cordeiro, preocupado, examinando o Sr. Lobo atrás de algum sinal de socialismo latente.
        - Não, não! disse o Sr. Lobo. Mas isto não pode continuar. É uma agressão à Natureza e, o que é mais grave, à minha Natureza. Se fosse à Natureza do vizinho…
        - E se eu não parar? perguntou o Sr. Cordeiro.
        - Então, respondeu o Sr. Lobo, mastigando um salgadinho com seus caninos reluzentes, eu serei obrigado a devorá-lo, meu caro.
        Ao que o Sr. Cordeiro retrucou que havia uma solução:
        - Por que o senhor não entra de sócio na fábrica Cordeiro e Filho?
        -  Ótimo, disse o Sr. Lobo.
        E desse dia em diante não houve mais poluição no rio que passava pelas terras do Sr. Lobo. Ou pelo menos, o Sr. Lobo nunca mais se queixou.

                  Luís Fernando Veríssimo. Santinho. Porto Alegre, L&PM.
 Vocabulário:

Rotary – organização filantrópica internacional espalhada em mais de 150 países. Fundada nos Estados Unidos em 1905, seus associados, inicialmente se reuniam em suas próprias casas, num sistema de rotatividade, derivando daí o nome de Rotary.

Socialismo – doutrina que visa melhorar o bem comum pela transformação da sociedade.

Latente – oculto, disfarçado.

Entendendo a fábula:

01 – Lendo o texto podemos concluir que:
a. (   ) O lobo age simplesmente como um animal selvagem.
b. (   ) O cordeiro é apenas um animal doméstico.
c. (X) O lobo e o cordeiro agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas. Ambos são animais personalizados na história.

02 – Argumentar é defender uma ideia, baseando-se em fatos e provas. Que argumentos apresentou o Sr. Cordeiro ao Sr. Lobo para não fechar a fábrica que estava poluindo o rio?
·        Que a fábrica não era sua, era do seu pai.
·        Não poderia fecha-la porque agravaria o problema do desemprego na região.
·        Os desempregados iriam invadir as terras do Sr. Lobo e consumir os peixes, os pássaros e ainda iam cheirar mal.

03 – O texto baseia-se na fábula “O lobo e o cordeiro” de Esopo, que tem um final diferente desta. Liste as igualdades e diferenças existentes entre as narrativas. Você terá que ler também as traduções da fábula escrita por Esopo postada neste site.
      Na fábula de Esopo Na história de Veríssimo

1. o lobo e o cordeiro não são amigos e se encontram por acaso no riacho;
2. o lobo acusa o cordeiro de poluir as águas do riacho onde ele costuma beber;
3. o cordeiro se defende com argumentos irrefutáveis (estava abaixo da correnteza do rio; não havia nascido ainda na época que o lobo o acusou de falar mal dele)
4. O lobo não se convence com os argumentos do cordeiro e o devora.
1. O lobo e o cordeiro são amigos e frequentam o mesmo lugar.
2. O lobo acusa o cordeiro de poluir as águas do rio que passa em suas terras, por causa da fábrica de propriedade do cordeiro;
3. O cordeiro se defende com argumentos fáceis de ser derrubados; ele era dono da fábrica sim, pois seria o herdeiro natural dos bens de seu pai, além do que o nome da fábrica era “Cordeiro e Filho”; o cordeiro argumentou que não poderia fechar a fábrica por causa do desemprego que causaria, mas na realidade ele pensou na perda de seus lucros quando disse que instalar um antipoluente custaria muito dinheiro e com isso não teria lucro.
4. O lobo ameaça devorar o cordeiro se a situação não for corrigida.
5. O cordeiro dá uma solução para o impasse: convida o lobo para ser sócio com ele na fábrica.
6. O lobo aceita a oferta e daí em diante não houve mais queixas a respeito da poluição causada pela fábrica.
7. Deduz-se que o lobo estava mesmo interessado na participação dos lucros que a fábrica lhe traria e não no combate à poluição do meio ambiente.

04 – Este texto nos sugere que:
a. (   ) os fracos sempre têm uma saída contra os poderosos.
b. (X) o homem sempre procura seus interesses.
c. (   ) os mais fortes acabam tirando vantagens e levando a melhor sobre os mais fracos.

05 – O texto nos remete a problemas que se agravam nas grandes cidades. Cite um deles que está presente na narrativa.
     A poluição do meio ambiente pelas fábricas.

06 – Toda fábula encerra uma lição ou ensinamento moral, onde os escritores a concluem com uma pequena frase ou “moral da história”. No texto, Luís Fernando Veríssimo não faz o encerramento desta história com esta pequena frase. Escreva você, então, uma pequena frase que traduza a lição ou moral desta história.
      Resposta pessoal do aluno.






CONTO: A LENDA DO IPÊ - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


Conto: A lenda do Ipê 

    Naqueles tempos, o inverno estava nos seus últimos dias e todas as árvores da floresta estavam começando a florescer. Somente os Ipês continuavam sem flores. Os Ipês, cada vez mais se entristeciam com aquela situação, pois eram os únicos que não tinham nem flores nem frutos.
    Então, os amarelos canários-da-terra, percebendo a tristeza dos Ipês, resolveram fazer seus ninhos somente nos galhos de um dos Ipês. E ninhais também foram feitos pelas araras-vermelhas e azuis e os sanhaços em outro; as garças-brancas em outro, as siaciras em outro, e num outro Ipê menos imponente, foram os periquitos, jandaias, maritacas e papagaios.
    Os Ipês ficaram muito felizes e resolveram pedir aos deuses que lhes dessem flores, como forma de agradecimento aos canários-da-terra, e a todos os outros pássaros da floresta, pela alegria que tinham levado a eles. No dia seguinte, dizem, sob o mais belo céu azul que aqueles sertões já conheceram, os Ipês floresceram, em várias cores. E cada um dos Ipês se vestiu nas cores e matizes dos pássaros que os haviam adotado. Quando tudo aconteceu, era agosto. E assim, desde então, os Ipês têm florescido nos meses de agosto e setembro. […]
Disponível em: http://www.migre.me/kopurs. 

Entendendo o conto:

01 – Identifique o conflito em torno do qual a narrativa se desenvolveu:
      O fato de os ipês serem as únicas árvores da floresta que ainda não tinham florescido.

02 – Assinale a alternativa em que se registra a personificação:
a) “Somente os ipês continuavam sem flores.”.
b) “Os Ipês, cada vez mais se entristeciam com aquela situação [...]”.
c) “E ninhais também foram feitos pelas araras-vermelhas e azuis e os sanhaços em outro [...]”.
d) “[...] os Ipês têm florescido nos meses de agosto e setembro.”.

03 – Em “[...] pela alegria que tinham levado a eles.”, a palavra sublinhada refere-se aos:
a) ipês
b) deuses
c) canários-da-terra
d) outros pássaros da floresta

04 – Em “E cada um dos Ipês se vestiu nas cores e matizes dos pássaros que os haviam adotado.”, o termo destacado poderia ser substituído por:
a) enfeites
b) características
c) tonalidades
d) particularidades

05 – “Somente os Ipês continuavam sem flores”. Nesse trecho, percebe-se que os ipês se encontram em uma situação de:
a) exclusão
b) integração
c) restrição
d) transformação

06 – “[...] foram os periquitos, jandaias, maritacas e papagaios.”. Nessa passagem, as vírgulas foram utilizadas para a indicação de:
a) uma explanação
b) uma exemplificação
c) uma inserção
d) uma enumeração.

07 – “Então, os amarelos canários-da-terra, percebendo a tristeza dos Ipês, resolveram fazer seus ninhos somente nos galhos de um dos Ipês.”.  O termo sinalizado retoma o parágrafo anterior para instituir a relação de:
a) continuidade
b) consequência
c) causa
d) condição

08 – No contexto da sentença “Os Ipês ficaram muito felizes [...]”, o termo destacado exerce a função de:
a) adjunto adnominal
b) complemento verbal
c) predicativo do sujeito
d) adjunto adverbial.