sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

TEXTO: A BORBOLETA E O CASULO/CRÔNICA: A LIÇÃO DA BORBOLETA - COM GABARITO

 A BORBOLETA E O CASULO
Texto 1
  Quando a lagarta, tornada crisálida, concluiu praticamente a sua transformação em lepidóptero, resta-lhe passar uma prova para se tornar verdadeiramente borboleta. Tem de conseguir romper o casulo no seio do qual se operou a transformação, a fim de se libertar dele e iniciar o seu voo.
 Se a lagarta teceu o seu casulo pouco a pouco, progressivamente, a futura borboleta em compensação não pode libertar-se dele da mesma forma, procedendo progressivamente. Desta vez tem de congregar força suficiente nas asas para conseguir romper, de uma assentada, a sua gola de seda.
       É precisamente graças a esta última prova e à força que ela exige que a borboleta acumule nas suas jovens asas, que esta desenvolve a musculatura de que terá necessidade depois para voar. Quem ignorar este dado importante e, imaginando ‘ajudar’ uma borboleta a nascer, romper o casulo em seu lugar, assistirá ao nascimento de um lepidóptero totalmente incapaz de voar. Esta não terá conseguido utilizar a resistência da sua sedosa prisão para construir a força de que teria necessidade para subtrair-se àquela ganga e lançar-se seguidamente no céu.



  CRÔNICA: A LIÇÃO DA BORBOLETA 

Texto 2
  Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo e um homem ficou observando o esforço da borboleta para fazer com que o seu corpo passasse por ali e ganhasse a liberdade. Por um instante, ela parou, parecendo que tinha perdido as forças para continuar. Então, o homem decidiu ajudar e, com uma tesoura, cortou delicadamente o casulo. A borboleta saiu facilmente. Mas, seu corpo era pequeno e tinha as asas amassadas.
      O homem continuou a observar a borboleta porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e ela saísse voando. Nada disso aconteceu. A borboleta ficou ali rastejando, como corpo murcho e as asas encolhidas e nunca foi capaz de voar!
    O homem, que em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendeu que o casulo apertado e o esforço eram necessários para a borboleta vencer essa barreira. Era o desafio da natureza para mantê-la viva. O seu corpo se fortaleceria e ela estaria pronta para voar assim que se libertasse do casulo.
    Algumas vezes, o esforço é tudo o que precisamos na vida. Se Deus nos permitisse passar pela vida sem obstáculos, não seríamos como somos hoje. A força vem das dificuldades, a sabedoria, dos problemas que temos que resolver. A prosperidade, do cérebro e músculos para trabalhar. A coragem vem do perigo para superar e, às vezes, a gente se pergunta: não recebi nada do que pedi a Deus. Mas, na verdade, recebemos tudo o que precisamos. E nem percebemos.

ATIVIDADE INTERPRETATIVA
       
        Nesse trabalho, de forma especial, vamos trabalhar com dois textos. Um complementa e dá sentido ao outro. Leia silenciosamente os textos por duas vezes.


1) O texto 1 é um texto científico. ( X ) concordo (   ) discordo
O que faz você afirmar e concordar com isso? Retire do texto os argumentos que comprovam. Se discorda, apresente também os argumentos retirados do texto.
 Quando a lagarta, tomada crisália, concluiu praticamente a sua transformação.

2)  O texto fala da transformação da borboleta que você aprendeu nas aulas de ciências. Cientificamente, como se chama esse processo?
 Lepidóptero.


3) O autor utiliza-se do texto para orientar sobre o processo de transformação. Qual é a grande lição que ele quer passar com o texto?
 As dificuldades é que ajuda na transformação.

4) Agora, vamos analisar o texto 2.
 Ele é uma crônica. ( X ) concordo (   ) discordo.

Por que o texto é uma crônica? Explique e justifique com argumentos do próprio texto. Se discorda, faça o mesmo.
 Em uma pequena abertura no casulo, a borboleta fazia esforço para que seu corpo passassem por ali e ganhasse a liberdade.

5) O que fez o homem decidir a ajudar a borboleta?
 Por um instante ela parecia ter perdido as forças.

6) Qual era a grande expectativa do homem em relação à borboleta?
 Que ela saísse voando.

7) A expectativa aconteceu? Justifique.
 Não. Porque ela não conseguiu forças nas asas, para poder voar.

8) O que faltou ao homem para que pudesse entender o processo?
Faltou conhecimento no processo.

9) Como no texto anterior, a grande lição está no último parágrafo. Vamos interpretá-lo? A força vem. A sabedoria vem. A prosperidade vem. A coragem vem.

 - A força vem das dificuldades.          – A prosperidade vem do cérebro e músculos para trabalhar.

 - A sabedoria vem dos problemas.        – A coragem vem do perigo para superar.


10) Você tirou outra lição do texto, qual?
 Que recebemos tudo o que precisamos.

TEXTO CIENTÍFICO: POR QUE CHORAMOS AO CORTAR CEBOLA? ALEXANDRE LEIRAS GOMES - COM GABARITO

POR QUE CHORAMOS   AO  CORTAR  CEBOLA?


     Não importa quem está no comando das artes culinárias, mesmo o mais bravo dos mestres-cucas se debulha em lágrimas diante de uma cebola! Se você já passou pela experiência de cortar uma, sabe que não se trata de emoção de cozinheiro e, sim, de ardência nos olhos mesmo. Mas por que a cebola faz qualquer um chorar?

       A explicação está na química. Dentro das células da cebola existem compostos de uma substância chamada enxofre, que é responsável pelo cheiro característico do vegetal. Quando as células se rompem pela ação da faca, esses composto se transformam em gases que são liberados no ar  e chegam até os nossos olhos, fazendo-os arder.
       Sentimos o desconforto na visão porque os gases liberados pela cebola se transformam em ácido quando entram em contato com a lágrima natural que lubrifica nossos olhos. Como o tal ácido é um composto estranho para o corpo, nosso organismo logo dá um jeito de se proteger, ativa as nossas glândulas lacrimais – os nossos, digamos, para-brisas oculares -, que produzem mais lágrimas para lavar a irritação e expulsar o ácido indesejado.
      Quer dizer que toda vez que precisamos cortar uma cebola vai ser esse chororô? Nada disso! Aqui vai uma dica preciosa que você pode espalhar para os adultos: lave bem a cebola e corte-a debaixo da torneira. Desse modo, o ácido irá se formar quando entrar em contato com água e não com os seus olhos. Mas é preciso ser ágil para evitar o desperdício desse líquido tão precioso!

GOMES, Alexandre Leiras. Publicado em 01 dez.2010
Entendendo o texto

1) Qual é o tema explorado pelo texto? A imagem, ou seja, o texto não verbal, auxiliou você a chegar a essa conclusão? Por quê?
 CEBOLA. Lacrimejamos ao cortar a cebola. Porque ela solta uma substância química.

2) Que explicação está contida no texto para o choro involuntário durante o corte de uma cebola?
 Por possuir uma substância química.

3) Como você descreveria as linguagens verbal e não-verbal utilizadas nesse texto?
 Resposta pessoal.

4) É feita ao leitor no texto que tipo de alerta ou de advertência?
 É só lavar e cortar embaixo da água.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

REPORTAGEM: INDICADOR CULTURAL - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

Reportagem: Indicador cultural


  Normalmente deixados de lado ou tratados como um capítulo menor nas estatísticas nacionais, indicadores relativos à cultura são importantes para tentar a inserção futura do País.
     Se dados econômicos dizem algo a respeito do bem-estar e do poder de compra das pessoas, indicadores culturais apontam para a sua inclusão na sociedade. E, quanto menores os índices de exclusão de um dado grupamento social, melhores tendem a ser seus números relativos à educação, segurança e à própria produção intelectual e material.
        Embora o vínculo entre a existência de uma biblioteca pública em um lugar qualquer e a sua prosperidade pareça distante, ele existe, o que já justifica a busca constante da ampliação de equipamentos culturais nas cidades brasileiras.
        A recém-divulgada pesquisa Munic 2001, do IBGE, mostra que tem havido progressos nessa área, ainda que desiguais e em ritmo mais lento que o desejável. O equipamento cultural mais difundido do país são as bibliotecas públicas, presentes em 79% dos municípios brasileiros em 2001. Em segundo lugar, vêm ginásios esportivos ou estádios (76%). Provedores de internet cresceram bastante e já atingem 53% das cidades. Também chamou a atenção dos pesquisadores a expansão, em relação a 1999, dos teatros (36%) e dos cinemas (14%) nos municípios brasileiros.
        Apesar desses números positivos, apenas 53 cidades (0,9% do total) possuem todos os 17 equipamentos culturais listados pela pesquisa. Pior, 153 municípios (2,8%) não possuem nenhum itens.
        É claro que, diante de problemas emergenciais como fome, violência e descalabro na saúde e na educação, a cultura acaba sendo lançada para um segundo plano. O risco que corremos é o de que essa situação que deveria ser aguda se torne crônica e nós tratemos sempre a questão cultural como secundária.

(INDICADOR cultural, Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 nov. 2003)

Entendendo o Texto:
1 – O texto evidencia que:
a) O tratamento dada à questão cultural no País atende a interesse de diferentes grupos sociais.
b) O estímulo à transformação da cultura nacional em sua multiplicidade de formas é uma necessidade.
c) Os índices estatísticos há pouco revelados pelo IBGE espelham uma realidade do Brasil, carente de um redimensionamento sociocultural.
d) Os modos diferentes e, as vezes, contraditórios de se tratar a questão cultural explicam a distorção existente entre realidade socioeconômica e cultural do Brasil.
e) Os dados estatísticos fornecidos pelo IBGE sobre a questão cultural brasileira têm sido utilizados para traçar novas estratégias, a fim de mudar a realidade cultural do País.

2 – A partir da análise do indicador cultural, para o editorialista, a questão da cultura, no Brasil,
a) É prioritária em determinadas regiões que vivem isoladas dos grandes centros urbanos.
b) Exige o respeito aos múltiplos aspectos regionais da realidade brasileira para que se preservem tais valores.
c) Tem todo um tratamento bem estruturado e sistemático que atende igualmente a regiões diversas do território nacional.
d) Tem tido problemas regionalizados que colocam em risco a possibilidade de expansão dos manifestos culturais para todas as regiões do País.
e) Passa por um momento em que aspectos da realidade social, como educação e saúde, considerados mais importantes, provocam desinteresse no seu enfoque.

3 – Há uma informação que pode ser confirmada pelo texto na alternativa
a) Uma nova ordem cultural só pode ser possível se houver uma ruptura política no País.
b) A importância da cultura, no Brasil, está vinculada a interesses econômicos e políticos.
c) As culturas humanas são dinâmicas, contudo, em algumas regiões do País, a estagnação cultural é visível.
d) A relação entre poder econômico e bem-estar social é a mesma existente entre nível cultural e inclusão social.
e) A cultura brasileira, tanto na forma material quanto na forma de conhecimentos, tem recebido contribuições de múltiplas origens.

4 – Em: “A recém-divulgada pesquisa Munic 2001, do IBGE, mostra que tem havido progressos nessa área, “ainda que” desiguais e em ritmo mais lento que o desejável”, o termo destacado pode ser substituído, sem alterar o sentido original do texto, por:
a) Mesmo que
b) No entanto     
c) Se bem que         
d) Mas também              
e) À medida que

5 – Com relação à o enunciado “e nós tratemos sempre a questão cultural como secundária.” Pode-se afirmar que, no contexto, expressa uma:
A. conformidade                     
B. contradição                      
C. explicação             
D. hipótese                 
E. certeza

6 – “Provedores de internet cresceram bastante e já atingem 53% das cidades”. Sobre o período em evidencia é correto afirmar: Marque as corretas:
a) “de internet” é agente da ação expressa por “cresceram”.
b) “cresceram” e “atingem” expressam, respectivamente, ações passada e presente.
c) “bastante” atua como um adjetivo.
d) “e” tem valor adversativo.
e) “Já” é um modificador verbal que exprime tempo passado.


AUTOBIOGRAFIA: RECORDAÇÕES DE UMA VIDA - COM GABARITO

AUTOBIOGRAFIA: RECORDAÇÕES DE UMA VIDA


    Nasci no Brás, Rua Carlos Garcia, 26, no dia 30 de novembro de 1906.
   Quando eu tinha oito anos a guerra, que começou no 14 e terminou 18. Com a guerra veio muita miséria, nós passamos muito mal aqui em são Paulo. Lembro, na Rua Américo Brasiliense, da Companhia Mecânica importadora que ajudou muitos desses que não tinham possibilidade de aquisição: um porque o pai foi pra guerra, outros porque tinham dificuldade de encontrar trabalho. Na hora do almoço e na hora da janta ela dava uma sopa para famílias do Brás, da Mooca, do pari, da classe menos favorecida pela sorte.
        Comecei a trabalhar com nove anos numa oficina de gravura que ainda existe: Masucci, Petracco e Nicoli. Meu irmão Alfredo, que já trabalhava lá, me encaminhou: era estamparia, gravuras, fundição de placa de bronze... Nessa fábrica foi a minha infância, mocidade e uma boa parte da velhice. Saí de lá com cinquenta e cinco anos de trabalho, aposentado.
        O ano em que me casei, 1937, foi um dos anos de maior miséria em são Paulo. Não sei se foi porque era o começo da guerra, foi um ano muito sacrificado, não tinha serviço, era uma miséria.
        Hoje moro com a Isabel, minha filha solteira, e minha filha viúva e os dois netos... Sou aposentado mas ainda faço alguma coisa daquilo que eu sabia fazer, afinal sou responsável pela casa.
        A aposentadoria não é nada e preciso pegar serviços de gravação. Pago o aluguel desta casa porque tem um quintal gostoso para os netos, árvores.
        Quando encontro os amigos da oficina que trabalharam trinta, quarenta anos comigo é uma satisfação enorme, lembrando o que fazíamos; as amizades lá eram boas. Porém, o mais importante em minha vida foi o meu casamento, o nascimento das filhas, o casamento da primeira filha, o nascimento dos filhos da minha filha.
        Aquilo que eu fiz na vida não foi lá grande coisa. Se estivesse na minha competência eu daria um conselho aos jovens para levar uma vida honesta, uma vida com amor. E se portar direitinho... A coisa mais linda que existe é quando um homem tem a responsabilidade da família, uma boa esposa.
        Os velhos de hoje foram os moços de ontem. Devem procurar ainda fazer alguma coisa na vida. Se um velho fosse doente, abandonado, deve-se recolher num lar onde pudesse passar os últimos anos com fartura, boa companhia quando sozinho. Se tem família, embora tenha feito algum deslize na mocidade, acho que devia ser perdoado e tratado muito bem. Há os que partiram para o jogo e a bebida e ficaram por aí abandonados. Mas eu acho que deveríamos olhar até por esses velhos. Eles também trabalharam.

(Memória e sociedade: lembranças de velhos - Ecléa Bosi)
Entendendo o texto

1 – Quais são os fatos históricos citados no texto?
      Primeira Guerra Mundial – (1914 – 1918). Em (1937) o governo Vargas implantou o Estado Novo. 1945 – Regime autoritário, marcado pelo nacionalismo pela censura entre outros.

2 – Quantos anos o narrador trabalhou na mesma oficina de gravura? O que isso revela sobre ele?
      Cinquenta e quatro anos de trabalho. Que era uma pessoa responsável, comprometida e competente.

3 – Qual a situação econômica do narrador?
      Vivia de seu salário e sustentava sua família.

4 – Quais são os aspectos que o narrador considera positivos na vida dele?
      Ter tido uma esposa, filhos e netos.

5 – Segundo o narrador, como devem ser tratados os velhos?
      Com carinho, pois eles também já trabalharam.

6 – A situação do aposentado no Brasil. Lembra do caso do narrador: Depois de 55 anos de trabalho ele ainda precisa trabalhar para sobreviver. Será correto, justo? Justifique sua resposta.
      Não é justo, nem correto, mas infelizmente quem aposenta com um salário mínimo não consegue sobreviver com ele, ou seja, pagar aluguel, remédios, alimentos, então continuam trabalhando para reforçar o orçamento e melhorar às condições da família.

7 – Faça um “balanço” da vida do Sr. Amadeu (narrador do texto). Valeu a pena tanto sacrifício? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): MALANDRAGEM -COM CASSIA ELLER - COM GABARITO

Música(Atividades): Malandragem

                                          Cazuza e Frejat
Quem sabe eu ainda
Sou uma garotinha
Esperando o ônibus
Da escola, sozinha

Cansada com minhas
Meias três quartos
Rezando baixo
Pelos cantos
Por ser uma menina má

Quem sabe o príncipe
Virou um chato
Que vive dando
No meu saco
Quem sabe a vida
É não sonhar

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar

Bobeira
É não viver a realidade
E eu ainda tenho
Uma tarde inteira
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Pra cantar

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar

Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Pra cantar

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar

Quem sabe eu ainda sou
Uma garotinha.

Entendendo a canção:
      
 01 – No primeiro verso da canção, qual é a ideia veiculada pela expressão quem sabe?
       A expressão quem sabe indica ideia de dúvida, hipótese.

 02 – O pronome quem pode ser usado como indefinido, interrogativo ou relativo. Como ele se classifica nesse verso?
       Como interrogativo. Professor: certifique-se de que os alunos compreendem que está subentendida uma pergunta: Quem (qual pessoa) sabe se eu ainda sou uma garotinha?

 03 – Poetas e compositores têm a liberdade de empregar recursos expressivos da língua de acordo com seus objetivos e, assim, nem sempre seguem as regras da norma-padrão. No primeiro verso da letra da canção, os autores usam um desses recursos. Qual?
       Empregaram o verbo ser no presente do indicativo, quando o adequado, já que se expressa uma suposição, seria o emprego do presente do subjuntivo: seja.

 04 – Se esse primeiro verso fizesse parte de um discurso de formatura, como a oradora poderia reformulá-lo para que se adequasse à norma-padrão?
       Quem sabe eu ainda seja uma garotinha. / Talvez eu ainda seja uma garotinha.

 05 – Príncipes são personagens frequentes em certo gênero textual. Qual?
       Contos de fadas.

 06 – Nesse gênero, os príncipes costumam viver uma situação que aparece invertida na letra da canção. Qual é ela?
        Nos contos de fadas, príncipes transformam-se em sapos, e sapos transformam-se em príncipes, por obra de bruxas e feiticeiros. Na canção se faz um jogo de palavras (sapo/chato) que pode ser interpretado como referência ao “homem ideal” que, com a convivência, se revela uma pessoa previsível e desinteressante.

 07 – Como é a personagem citada na canção?
      Uma garotinha.

 08 – Quais são os seus desejos?
      Deixar de ser criança, ter um pouco de malandragem, conhecer a verdade e aprender a amar.

 09 – O que ela pede a Deus?
      Um pouco de malandragem.

 10 – Descreva como é a vida da adolescente dessa personagem?
      Ela vai para a escola de ônibus, reza baixinho pelos cantos, é poeta, anda pelas ruas, dirigi, toma pileque e canta.

  11 – O que ela nos diz sobre a sua vida?
      Que segue uma rotina, é uma menina má e pede a Deus um pouco de malandragem.

  12 – Fale agora um pouquinho sobre você e comente sobre os seus próprios desejos.
      Resposta pessoal do aluno.

  13 – Licença poética à parte, esta música tem em seus primeiros versos o verbo “ser”, empregado de forma errada. Corrija-o.
a)   O primeiro verso traz: “Quem sabe ainda sou uma garotinha...”
“Quem sabe eu ainda seja uma garotinha...”

b)   Num outro verso, o erro se repetiu. Corrija-o: “Quem sabe o príncipe virou um chato...”
“Quem sabe o príncipe tenha virado um chato...”

   14 – Qual a mensagem que a música quer nos passar?
      Significa, que a garotinha adquiriu o conhecimento bastante... para viver uma vida diferente, na malandragem.
     


MÚSICA(ATIVIDADES): VIOLÊNCIA - TITÃS - COM GABARITO

Música(Atividades): Violência

                                         Titãs
O movimento começou, o lixo fede nas calçadas
Todo mundo circulando, as avenidas congestionadas
O dia terminou, a violência continua
Todo mundo provocando todo mundo nas ruas

A violência está em todo lugar
Não é por causa do álcool nem é por causa das drogas
A violência é nossa vizinha
Não é só por culpa sua nem é só por culpa minha

Violência gera violência

Violência doméstica, violência cotidiana
São gemidos de dor, todo mundo se engana
Você não tem o que fazer, saia pra rua
Pra quebrar minha cabeça ou pra que quebrem a sua

Violência gera violência

Com os amigos que tenho não preciso inimigos
Aí fora ninguém fala comigo
Será que tudo está podre, será que todos estão vazios?
Não existe razão, nem existem motivos

Não adianta suplicar, porque ninguém responde
Não adianta implorar, todo mundo se esconde
É difícil acreditar que somos nós os culpados
É mais fácil culpar Deus ou então o Diabo

O crime é venerado e posto em uso por toda terra
De um polo a outro se imolam vidas humanas
No reino de Zópito os pais degolam os próprios filhos
Seja qual for o sexo, desde que sua cara não lhes agrade
Os coreanos incham o corpo da vítima à custa de vinagre
E depois de estar assim inchado, matam-no a pauladas
Os irmãos Morávios mandavam matar com cócegas.

Entendendo a canção:
01 – Cite alguns desses males enunciados pela música?
      Vício, a violência doméstica.

02 – Quais os problemas sociais existentes na canção?
      Saúde, violência e criminalização.

03 – Que sentimentos o eu lírico revela em relação a violência?
      Ele se sente impotente diante da violência, diz que as pessoas estão intolerantes por qualquer coisa e “Todo mundo provocando todo mundo nas ruas”.

04 – Quais as críticas presentes na letra dessa música?
      Que a violência é da natureza humana, desde a origem da humanidade quando o homem passou a ter contato com a violência como forma de sobrevivência. Hoje devido a mídia e redes sociais ela fica mais exposta. Fica uma sensação de insegurança em todos nos.

05 – Segundo o eu poético, quem é o culpado pela violência? Comprove sua resposta com base na letra.
      NÓS. “É difícil acreditar que somos nós os culpados.”

06 – A letra da música retrata uma situação comum nas grandes cidades:
a)   Que situação é essa?
Congestionamento.

b)   Qual é a condição social das pessoas envolvidas na situação? Justifique sua resposta com elementos do texto.
Classe média. “Todo mundo circulando, as avenidas congestionadas”.

07 – Identifique as palavras relacionadas à letra da música, em questão:
(X) Gemidos.                  (X) Indiferença.                (X) Provocação.
(X) Frustação.                (X) Desespero.                 (   ) Satisfação.
(X) Medo.                       (   ) Alegria.

08 – Explique com as suas palavras os versos abaixo:
      - “Violência gera violência”.
      Quem é agredido, agride.

      - “Violência doméstica, violência cotidiana”.
      É recorrente e presente no mundo todo, motivando crimes hediondos e graves violações de direitos humanos.

      - “Com os amigos que tenho, não preciso de inimigo”.
      Um amigo falso, na verdade, não é seu amigo. Trata-se de uma pessoa que acidentalmente chega na sua vida e parece ser um amigo, mas quer apenas atenção, popularidade, dinheiro ou a sua amizade sem dar nada em troca.

09 – No verso: “Violência doméstica, violência cotidiana”, qual figura de linguagem encontramos?
      Assíndeto (caracterizada pela ausência das conjunções coordenativas).

10 – Cite um verso escrito na linguagem informal, do cotidiano.

      Pra quebrar minha cabeça ou pra que quebrem a sua.

RELATO DE VIAGEM: OS PIRATAS EXISTEM! HELOÍSA SCHURMANN - COM GABARITO

RELATO: OS PIRATAS EXISTEM!
                   Heloísa Schurmann


    Na nossa segunda volta ao mundo na trilha de Magalhães, (1997-2000)
Enfrentamos em nossa rota muitos perigos, ao passarmos por regiões onde aconteciam ataques de piratas. Fomos vítimas de uma tentativa, mas conseguimos fugir.
 Muitas pessoas, e mesmo navegadores sem conhecimento ou informações atualizadas, acham que o assunto é ficção, mas o perigo é real e está aumentando pelos mares do mundo. Os piratas atacam veleiros, barcos de mergulho e navios de carga. Mas o mais recente ataque foi a um navio de cruzeiro!
        Na semana passada, no dia 5 de novembro, o navio Seabourn Spirit navegava pelo noroeste da África, no oceano Índico, na costa da Somália quando foi atacado por dois pequenos barcos com piratas armados.
        O incidente ocorreu no início da manhã, por volta das 05:30. Os passageiros foram acordados com o barulho de tiros e explosões de granadas. O capitão Sven Erik Pedersen ordenou que todos os passageiros fossem imediatamente para o salão principal, na área interna do navio, para ficarem protegidos, longe da área aberta, exposta ao perigo. O capitão fez de tudo para evitar que os piratas subissem a bordo.
        A tripulação do navio iniciou imediatamente ações de proteção e ações evasivas utilizando armas sônicas, e os homens armados dos dois pequenos barcos não tiveram como subir a bordo. O navio, então, saiu da área de risco.
        O Seabourn Spirit tinha, no momento do ataque, 151 passageiros e 161 tripulantes. Destes, apenas um tripulante foi levemente ferido por estilhaços. O navio sofreu apenas arranhões na pintura e pequenos amassados que não comprometem sua estrutura.
        O cruzeiro estava se dirigindo para Mombasa, no Quênia, o último destino de um roteiro de 16 noites que saiu de Alexandria, no Egito. O último destino foi mudado para as ilhas Seicheles.
        Nesse mesmo local, em 1993, o veleiro Serenité de amigos nossos franceses, foi atacado por piratas e seu proprietário foi baleado e morreu ao tentar evitar o ataque e defender sua tripulação.
        As empresas que têm navios que passam por esta região deverão evitar estes locais por um bom tempo para a segurança de seus hóspedes.
                                     Heloísa Schurmann - Diário de Bordo – 8 de Novembro de 2005

Entendendo o texto:

01 – O texto fala sobre aventuras vividas no mar.
a)   Qual é o ambiente onde essas aventuras são vividas? Descreva-o de acordo com as pistas que o texto oferece.
      Na Trilha de Magalhães. Enfrentamos em nossa rota muitos perigos, ao passarmos por regiões onde aconteciam ataques de piratas. Fomos vítimas de uma tentativa, mas conseguimos fugir.

02 – O texto cita duas referências do tempo em que esses episódios aconteceram.
a)   O que aconteceu entre os anos de 1997 e 2000?
A segunda volta ao mundo na Trilha de Magalhães.

b)   O que aconteceu em 5 de novembro?
Aconteceu um ataque de piratas com dois barcos pequenos armados.

c)   O fato que aconteceu no dia 5 de novembro é referente a que ano?
Aconteceu entre 1997 – 2000.

03 – O texto fala sobre diversas pessoas.
a)   Quem eram os personagens envolvidos no episódio que ocorreu entre 1997 e 2000?
A autora, os passageiros e a tripulação.

b)   Quem eram os personagens envolvidos no episódio que ocorreu em 5 de novembro?
O capitão Sven Erik Pederson, os passageiros e a tripulação.

04 – As aventuras narradas no texto são reais ou ficcionais? 
Retire do texto um trecho que comprove sua resposta.
      Reais.        Muitas pessoas, e mesmo navegadores sem conhecimento ou informações atualizadas, acham que o assunto é ficção, mas o perigo é real e está aumentando pelos mares do mundo. Os piratas atacam veleiros, barcos de mergulho e navios de carga. Mas o mais recente ataque foi a um navio de cruzeiro!

05 – Qual é a intenção dos piratas ao atacarem as embarcações?
      Roubar os bens, suas mercadorias e riquezas existente no navio.

06 – Leia o trecho abaixo, que foi retirado do 4° parágrafo:
" O incidente ocorreu no início da manhã, por volta das 05:30."
a)   A que incidente o trecho está se referindo?
Os passageiros foram acordados com barulho de tiros e explosões de granadas.

07 – O texto é narrado por Heloísa. No entanto, no 1° parágrafo ela usa várias palavras que dão ideia de que ela não estava sozinha ao vivenciar aquela experiência.
a)   Grife todas as palavras que confirmam essa afirmativa.
Nossa, enfrentamos, passarmos e fomos.

b)   Reescreva o 1° parágrafo como se você estivesse narrando a aventura de Heloísa e de sua família.
Resposta pessoal do aluno.