sexta-feira, 27 de outubro de 2017

TEXTOS CURTOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO


01 – Leia o texto abaixo:




O passageiro vai iniciar a viagem:
a)   À noite.
b)   À tarde.
c)   De madrugada.
d)   Pela manhã.

02 – Leia o texto abaixo:
      

  Chapeuzinho Amarelo

Era a Chapeuzinho amarelo
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa não aparecia.
Não subia escada
Nem descia.
Não estava resfriada,
Mas tossia
Ouvia contos de fada e estremecia.
Não brincava mais de nada,
Nem amarelinha.
Tinha medo do trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol,
Porque tinha medo de sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada,
Deitada, mas sem dormir,
Com medo de pesadelo.

                      Holanda, Chico Buarque de. In: Literatura comentada.
                                                          São Paulo: Abril Cultural, 1980.
O texto trata de uma menina que:
a)   Brincava de amarelinha.
b)   Gostava de festas.
c)   Subia e descia escadas.
d)   Tinha medo de tudo.

03 – Leia os textos abaixo:

Texto I – Os Cerrados
        Essas terras planas do planalto central escondem muitos riachos, rios e cachoeiras. Na verdade, o cerrado é o berço das águas. Essas águas brotam das nascentes de brejos ou despencam de paredões de pedra. Em várias partes do cerrado brasileiro existem canyons com cachoeiras de mais de cem metros de altura!

  Saldanha, P. Os cerrados. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

Texto II – Os Pantanais

       

O homem pantaneiro é muito ligado à terra em que vive. Muitos moradores não pretendem sair da região. E não é pra menos: além das paisagens e do mais lindo pôr-do-sol do Brasil Central, O Pantanal é um santuário de animais selvagens. Um morador do Pantanal do rio Cuiabá, olhando para um bando de aves, voando sobre veados e capivaras, exclamou: “O Pantanal parece com o mundo no primeiro dia da criação.”

               Saldanha, P. Os pantanais. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

Os dois textos descrevem:
a) Belezas naturais do Brasil Central.
b) Animais que habitam os pantanais.
c) Problemas que afetam os cerrados.
d) Rios e cachoeiras de duas regiões.

04 – Leia o texto abaixo:
                         INGRESSO
                  CIRCO DOCE MEL
             Espetáculo inédito
             Horário: 15:00 horas.
             Data: 20/11/07.
             Entrada: R$ 5,00 criança
                            R$ 10,00 adulto

O espetáculo inédito do Circo Doce Mel vai iniciar:
a) Pela manhã.
b) À noite.
c) À tarde.
d) De madrugada.

05 – Leia o texto abaixo:
    

  O rato do mato e o rato da cidade
        Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
        --- Tenho muita pena da pobreza em que você vive – disse.
        --- Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
        Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
        Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
        Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
        --- Eu vou para o meu campo – disse o rato do campo quando o perigo passou.
        --- Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
        Mais vale magro no mato que gordona boca do gato.

  Alfabetização: Livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa Abreu.
        [Et al.] Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2001. 4v. p. 60 v. 3.

O problema do rato do mato terminou quando ele:
        a) Descobriu a despensa da casa.
        b) Se empanturrou de comida.
        c) Se escondeu dos ratos.
        d) Decidiu voltar para o mato.

06 – Leia o texto abaixo:
      

  A raposa e as uvas

        Uma raposa passou por baixo de uma parreira carregada de lindas uvas. Ficou logo com muita vontade de apanhar as uvas para comer.
        Deu muitos saltos, tentou subir na parreira, mas não conseguiu.
        Depois de muito tentar foi-se embora, dizendo:
        --- Eu nem estou ligando para as uvas. Elas estão verdes mesmo...

                     Rocha, Ruth. Fábula de Esopo. São Paulo, FTD, 1992.

O motivo por que a raposa não conseguiu apanhar as uvas foi que:
        a) As uvas ainda estavam verdes.
        b) A parreira era muito alta.
        c) A raposa não quis subir na parreira.
        d) As uvas eram poucas.

07 – Leia o texto abaixo:

Receita de espantar a tristeza

Faça uma careta
E mande a tristeza
Para longe, pro outro lado
Do mar ou da lua.

Vá para o meio da rua
E plante bananeira
Faça alguma besteira.

Depois estique os braços
Apanhe a primeira estrela
E procure o melhor amigo
Para um longo e apertado abraço.

            Roseana Murray. Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1997.

Os versos do poema que expressam o significado da expressão “espantar a tristeza”, presente no título do texto, é:
        a - ”Vá para o meio da rua
             E plante bananeira”.
        b - “Depois estique os braços
             Apanhe a primeira estrela”.
        c - “E mande a tristeza
            Pra longe, pro outro lado”.
        d - ”E procure o melhor amigo
            Para um longo e apertado abraço”.

08 – O texto abaixo é:
  

      a – Uma poesia.
      b – Uma receita.
      c – Um cartum.
      d – Uma música.




09 – Leia o texto abaixo e marque o certo:



Chico Bento diz que está plantando uma árvore de esperança. Por quê?
        a – Na natureza existem muitas árvores.
        b – Esperança é planta que cresce rápido.
        c – Tem esperança de resolver o problema do desmatamento.
        d – Há muitas árvores ele quer plantar mais uma.


10 – Leia o texto abaixo:

Receita de Pão de Queijo

Ingredientes:
01 prato de queijo curado ralado.
01 quilo de polvilho doce.
08 ovos
02 copos de leite (200 ml)
01 colher de margarina.
01 copo de óleo.
02 colheres de chá de sal.



Modo de preparo:
        Coloque o polvilho em uma tigela e misture o sal. Reserve.
Ferve o leite, com a margarina e o óleo. Adicione a mistura fervente ao polvilho.
Misture bem e deixe esfriar. Quando a massa estiver fria acrescente os ovos gradativamente.
Amasse bem. Adicione o queijo e amasse até que a massa se torne homogênea.
Unte suas mãos com óleo e faça bolinhas. Coloque-as em uma forma e leve ao forno. Sirva o pão de queijo preferencialmente quente.

Os itens da lista abaixo são ingredientes da receita de pão de queijo Exceto:
        a – Leite.
        b – Queijo.
        c – Ovos.
        d – Forno.


quarta-feira, 25 de outubro de 2017

TEXTO: PINTANDO O MURO - COM GABARITO

PINTANDO O MURO

 Michelângelo, Picasso, Di Cavalcanti, Zé Carratu, Rui Amaral e Oséias Duarte. O que esses nomes têm em comum? São todos artistas. No entanto, a arte dos três últimos se manifesta de uma quadros. Eles trabalham om o grafite, fazendo de muros de concreto seus cavaletes e denunciando as mazelas sociais e os preconceitos sofridos pelos excluídos. A arte do grafite é hoje uma das mais fortes expressões culturais das grandes cidades. No Brasil, a cidade de São Paulo concentra um verdadeiro berçário do grande público diante do grafite, que o liga diretamente à pichação – este sim, um ato criminoso.
        Com o surgimento do Hip-Hop no final da década de 1960, o grafite apareceu como forma de expressão das classes marginalizadas. O grafite já foi classificado como pichação, já que as duas coisas tinham essencialmente a mesma ideia: enfeitar (ou “enfeitar”) muros se utilizando de tintas de spray. A diferença entre pichação e grafite está tanto nos fins quanto nos meios: os pichadores fazem agressão ao patrimônio, sem a autorização dos proprietários das áreas utilizadas e não há em seus trabalhos uma manifestação de técnicas reconhecíveis de pintura. [...]


Interpretação do texto:
1 – Segundo o texto, qual a diferença entre grafite e pichação? Você concorda?
      A diferença entre pichação e grafite está tanto nos fins quanto nos meios: os pichadores fazem agressão ao patrimônio sem autorização dos proprietários.
      Já os grafiteiros, fazem pinturas que representam as fortes expressões culturais. SIM.

2 – Quando o texto compara os grafiteiros a artistas consagrados como Michelângelo, Picasso e Di Cavalcanti, ele valorizou ou desvalorizou o trabalho de quem faz grafite?
      Valorizou, por comparar o grafite com grandes obras.

3 – Que tipo de mazelas sociais e preconceitos são normalmente, na sua opinião, denunciados pelos grafiteiros?
      Entre vários estão o racismo, a pobreza, a corrupção, a desigualdade social, etc.

4 – Observe a imagem de muros grafitados neste módulo. Que diferenças você observa entre eles e um muro pichado? De qual você gosta mais?
      Gosto do grafite. Porque o grafite nos muros, nos mostra uma obra de arte, enquanto que a pichação é só uma sujeira, um ato criminoso.

5 – Na sua comunidade, a pichação é comum? E o grafite? Por que você acha que isso acontece?
      Resposta pessoal do aluno.

6 – Veja o que pensam outras pessoas sobre grafite e pichação.

      O pichador carioca Tool disse e uma entrevista à revista Isto é:
        A intenção do pichador é que sua marca fique eternamente. Por isso colocamos o ano da pichação. O que faço é arte, não é sujeira. Só amador picha muro branco, porque o dono já vai pintar de novo. O profissional picha em muro velho, pedra, pastilhas, mármore e lugares de difícil acesso, como marquises de prédios. De que adianta pichar o muro dos fundos de alguma casa? Ninguém vai ver!
                                                               Revista Isto é, 1° abr. 1998.

Conforme a entrevista acima, qual é a diferença entre grafite e pichação, de acordo com Tool?

      O que faço é arte, não é sujeira. Só amador picha muro branco, porque amanhã o dono já vai pintar de novo.

NOTÍCIA: COOPERATIVISMO - COM GABARITO

COOPERATIVISMO

 Do algodão à camiseta, rede de cooperativas reúne 700 pessoas. Uma experiência gaúcha.

  O trabalho começa cedo, às 6:30 horas, e vai até às 18:00 horas, na Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos, a UNIVENS. Esse empreendimento cooperativo reúne 23 sócios (21 mulheres e 2 homens), nasceu em 1996, ganhou corpo e hoje fatura 40 mil reais por mês. Agora, começa a se preparar para vender no mercado externo.
        “Nós criamos as peças, desenvolvemos, produzimos e administramos”, conta com orgulho a presidente da UNIVENS, Nelsa Nespolo, 42 anos, que já trabalhou em indústrias de vestuário e de alimentação [...]
        Quase todo o faturamento é obtido com a venda de camisetas, jalecos, calças, uniformes, além de sacolas para eventos, tudo sob encomenda de escolas, empresas, sindicatos e prefeituras [...]
        Este ano, a UNIVENS passou a fazer parte de um grupo de cooperativas ligadas à produção e industrialização de algodão ecológico, cultivado sem uso de produtos químicos que podem contaminar o ambiente [...]
        A organização interna da UNIVENS também tem diferenças em relação a uma empresa tradicional. A diferença entre o menor rendimento (R$ 450,00) e o maior (R$ 800,00) é relativamente pequena. Os ocupantes de cargos administrativos, como presidência, vendas ou tesouraria, não ganham nada a mais por isso e trabalham ao mesmo tempo na fabricação das roupas. A remuneração varia de acordo com a produção e o custo definido para cada tarefa. “Trabalhamos de forma não competitiva, distribuindo o serviço de forma igual entre todos”, afirma Nelsa.
        São duas as formas de cálculo que determinam a divisão dos preços cobrados pelos serviços em cada etapa da produção e embutidos no custo final das peças. Nas áreas de corte e estampagem em serigrafia, a “arrecadação” mensal é somada e dividida em partes iguais entre os integrantes de cada equipe. No caso das costureiras, que realizam mais de uma tarefa (como confecção da “bainha” e “fechamento” das roupas), a produção é distribuída em lotes do mesmo tamanho, para garantir que as remunerações sejam equilibradas.
        Cada associado contribui para um fundo da cooperativa. O dinheiro acumulado até o ano passado pagou um terreno por 38 mil reais na zona norte de Porto Alegre, onde foi construída a sede definitiva da UNIVENS.

                                                                      Notícias Unisinos, 2006.
Interpretação do texto:

1 – Procure no dicionário as palavras que você ainda não conhece e anote o seu significado.
      - Estampagem: Ação ou efeito de estampar. Impressão.
      - Serigrafia: É um processo de impressão de texto ou figura em uma superfície.
      - Bainha: Estojo de arma branca. Dobra cosida na orla de tecido, barra.

2 – Qual é o tema geral do texto?
      Cooperativismo.

3 – O texto menciona uma experiência de uma cooperativa. Com base nele, o que podemos entender por cooperativa?
      É a união de várias pessoas, em função de um objetivo comum.

4 – Leia as frases a seguir. Localize o parágrafo do texto a que cada uma se refere:
a)   A maior parte da vendas é feita para escolas, empresas, sindicatos e prefeituras.
Está no 3° parágrafo.

b)   Cada associado dá sua contribuição para manter a cooperativa.
Está no 7° parágrafo.

c)   A cooperativa integra uma rede que está preocupada com a preservação do meio ambiente.
Está no 4° parágrafo.

5 – Destaque do texto a jornada de trabalho e o modo como os lucros são repartidos. A seguir, responda: quais as vantagens ou desvantagens desse sistema para os trabalhadores?
      O trabalho começa cedo, às 6:30 horas até às 18:00 horas. Para os trabalhadores, tem vantagens, eles recebem de acordo com o serviço executados.

6 – Para você, qual é a maior lição que pode ser aprendida com essa experiência? Explique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

CRÔNICA SOBRE ENVELHESCÊNCIA - MÁRIO PRATA - COM GABARITO

Crônica sobre Envelhescência

VOCÊ É UM ENVELHESCENTE?

  Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.
   Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que estre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a envelhescência.
        A envelhescênca nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso.
        --- Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?
        --- Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.
        --- Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápidos; os envelhescentes querem falar mais lentamente.
        --- Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...
        --- Os adolescentes não tem ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso...
        --- Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. “Ninguém me entende” é uma frase típica de envelhescente. [...]
        --- O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício. [...]
        --- O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dias, está mentindo.
        --- A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 45 aos 65 anos. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.
        --- Daqui a alguns anos, quando insistimos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:
        --- É um eterno envelhescente!
        Que bom.

               Mário Prata. 100 crônicas. São Paulo: Cartaz/O Estado de São Paulo, 1997, p. 13.
Interpretação do texto:

1 – Você gostou da crônica?
      Sim. Por se tratar de um assunto curioso.

2 – Quem é o autor da crônica?
      Mário Prata.

3 – O autor da crônica “cria” uma outra fase da vida. Qual é ela?
      A envelhescência.

4 – Segundo esse autor, qual é a faixa de idade da adolescência? e da envelhescência?
      - A adolescência vai dos 10 aos 20 anos.
      - A envelhescência vai dos 45 aos 65 anos.

5 – Você concorda que existe a fase da “envelhescência”? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno. Sim, porque mesmo tendo passado dos 65 anos, tem pessoas que não se acham idoso.

6 – Você conhece alguém que seja um “envelhescente”? Que características de “envelhescente” essa pessoa apresenta.
      Sim. A característica é por já ter entrado na velhice, e querer estar na envelhescência, até mesmo pensar em arrumar uma companheira bem mais jovem.

7 – Quando foi publicado a crônica? E em que meio de comunicação?
      Foi publicado em 1997. No Cartaz / O Estado de São Paulo.

8 – Qual é a diferença entre a adolescência e a envelhescência quanto a fala, voz?
      Na adolescência fala-se mais rápido e a voz muda.
      Na envelhescência fala-se mais devagar e tranquilo.

9 – Em quantas partes se divide a vida do homem, de acordo com Mário Prata? Quais são?
      Divide-se em 5 partes. Sendo: Infância, adolescência, maturidade, envelhescência e velhice.

10 – Qual é a frase mais típica que se ouve entre adolescentes e envelhescentes?
      “Ninguém me entende”.


MÚSICA(ATIVIDADES): FLOR DE LIS - DJAVAN - COM GABARITO

Música(Atividades) : Flor de Lis

                                                    Djavan

 Valei-me, Deus!
é o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu

Interpretação da canção:

1 - Quantos personagens são citados no discurso? Identifique-os
      Dois. O eu lírico e Maria.

2 - Qual é o possível estado de espírito do eu-lírico da canção?
      Estava triste, decepcionado, traumatizado com o fim do relacionamento com sua flor de lis.

3 - “Valei-me Deus!” Qual é a intenção do eu-lírico com essa exclamação?
      Ele recorre ao ser supremo “DEUS”, a espera de um milagre.

4 - “É o fim do nosso amor” A que amor a canção refere-se? E qual o motivo desse “término”?
      Ao fim do relacionamento com sua flor de lis; ele implora perdão por um erro que sabe que cometeu, mas que não sabe qual foi.

5 - “Eu sei que o erro aconteceu’ A que erro a canção refere-se? E por quê?
      Ao erro de entregar-se aquele relacionamento, mesmo sem prever o futuro. Porque não sabe qual foi o erro que cometeu para que se findasse o seu relacionamento.

6 - “Que amei, que amei, que amei” Quem foi amada?
      Uma mulher poderosa e pura chamada Maria.

7 - “E o destino não quis” O que o destino não quis?
      O eu lírico culpa o destino (“o destino não quis me ver como raiz”), mas na verdade é o próprio que não quer ser a raiz da flor, nutrindo um relacionamento sem sexo.

8 - “Na beleza fria de Maria” Por que essa beleza é descrita como “Fria”?
      É descrita como fria, porque o relacionamento acabou devido a castidade da Maria, que se recusava a ter um relacionamento carnal. E com isso o amor ficou na poeira, morto na beleza fria da Maria.

9 - “Do pé que brotou Maria nem Margarida Nasceu” Quais são os significados que o verso nos remete?
      Os significados são: Tratando sua vida como um jardim, acaba tratando como árvores seus sentimentos e sensações e quando ele diz, “do pé que brota Maria” (a árvore do amor, já que era Maria sua amada), nem margarida nasceu, significa que, depois de Maria, nunca mais amou outro alguém.

10 - Por que a canção recebe este título?
       Porque o eu lírico vê a sua amada como uma mulher poderosa e pura.

11 - Qual é a temática da canção?
      Sobre uma pessoa que está traumatizada pelo fim de um relacionamento com a mulher amada.
        
12 - Quais são suas impressões sobre a canção?
      É uma canção de amor dramática, pois no primeiro verso nos mostra o desespero do eu poético pelo fim do seu relacionamento, mas adiante pede perdão pelo erro que diz não ter cometido, e por fim diz que o destino não quis.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

MÚSICA: FICO ASSIM SEM VOCÊ - ADRIANA CALCANHOTTO - COM GABARITO

Música: Fico Assim Sem Você

                                                          Adriana Calcanhotto
                                               Compositor: Cacá Moraes e Abdullah
Avião sem asa,
fogueira sem brasa,
sou eu assim sem você.
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola,
sou eu assim sem você.

Por que é que tem que ser assim
se o meu desejo não tem fim.
Eu te quero a todo instante
nem mil auto-falantes
vão poder falar por mim.

Amor sem beijinho,
Bochecha sem Claudinho,
sou eu assim sem você.
Circo sem palhaço,
namoro sem amasso,
sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar,
Tô louca pra te ter nas mãos.
Deitar no teu abraço,
Retomar o pedaço
que falta no meu coração.

Eu não existo longe de você
e a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver
mas o relógio tá de mal comigo
Por quê?
Por quê?

Neném sem chupeta,
Romeu sem Julieta,
sou eu assim sem você.
Carro sem estrada,
queijo sem goiabada,
sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
se o meu desejo não tem fim.
Eu te quero a todo instante
nem mil auto-falantes vão poder
falar por mim

Eu não existo longe de você
e a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver
mas o relógio tá de mal comigo.

Eu não existo longe de você
e a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver
mas o relógio tá de mal comigo.

Interpretação do texto:

1 – Por que o eu lírico diz que é “Avião sem asa, fogueira sem brasa”?
      Porque ele não tem a pessoa amada.

2 – Quem está de mal, com o eu lírico? E por que? Na 5ª estrofe.
      É o relógio. Porque as horas nunca passa, que mais parece uma eternidade.

3 – De quantas estrofes, e quantos versos é composta a letra da música?
      É composta de 09 estrofes, e 47 versos.

4 – Quem é o autor? E quem interpreta a música?
      Foi escrita por Abdullah e Cacá Moraes. E é interpretada por Adriana Calcanhotto.

5 – Em qual estrofe o eu lírico afirma que não pode ficar sem a amada, nem por um instante?
      Na 2ª estrofe. “Se o meu desejo não tem fim / Eu te quero a todo instante.”

6 – Qual é o tema desenvolvido em “Fico assim sem você”?
      O sofrimento amoroso do eu lírico, que afirma que não existe sem a pessoa que ama.

a)   Que elementos indicam que se trata de um texto atual?
Todas as referências e elementos da nossa época: avião, futebol, Piu-Piu e Frajola (personagens de desenho animado), auto-falantes, carro. Além disso, a linguagem utilizada é mais coloquial, semelhante àquela utilizada em contextos informais nos dias de hoje (“tô louco”; “pra poder te ver”).

b)   Poderíamos dizer que ele desenvolve um tema semelhante ao da cantiga de Nuno Fernandes Torneal? Por quê?
Sim. Temos, embora com desenvolvimentos diferentes, o mesmo tema tratado na cantiga de amor: o sofrimento do eu lírico pela ausência de sua amada e a subordinação de sua existência à presença dela. Na cantiga, o eu lírico afirma que é a amada quem dá sentido à sua existência e que, se ela partir, ele não saberá o que fazer. Na canção, o eu lírico também afirma que não “existe” sem a sua amada, mas porque ele não a vê, não está com ela e se sente, por isso, incompleto.

7 – Quais são os sentimentos que o eu lírico expressa pela mulher amada?
      - A relação entre o eu lírico e sua amada se dá do mesmo modo que na cantiga de amor? Explique.
      O eu lírico afirma seu amor dizendo que se sente incompleto sem a sua amada, que a deseja a todo instante, não se conforma com a impossibilidade de estarem juntos e que a solidão é o seu “pior castigo”.

8 – Que elementos formais e de conteúdo da canção permitem compará-la a uma cantiga de amor?
      Temos o sofrimento amoroso do eu lírico, a coita de amor. Um eu lírico masculino sofre pela impossibilidade de estar com a sua amada e declara-se completamente subordinado a ela. Embora não haja uma forma de tratamento que explicite a devoção do eu lírico a uma senhora, é possível identificar a quem é dirigido o “apelo” amoroso: à mulher amada que dá sentido à existência do eu lírico.

      

CRÔNICA: MEDO DA ETERNIDADE - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO

CRÔNICA: MEDO DA ETERNIDADE
                          Clarice Lispector

    Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.
   Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.


        Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
        --- Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
        --- Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.
        -- Não acaba nunca, e pronto.
        Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.
        Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
        --- E agora que é que eu faço? – Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
        --- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E ai mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
        Perder a eternidade? Nunca.
        O adocicado do chicle era bonzinho não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
        --- Acabou-se o docinho. E agora?
        --- Agora mastigue para sempre.
        Assustei-me, não sabia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.
        Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.
        Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
        --- Olha só o que me aconteceu! – Disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
        --- Já lhe disse – repetiu minha irmã – que ele não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
        Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.
        Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

                               Clarice Lispector. A descoberta do mundo. 3. ed.
                              Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992. p. 309-10.

Elixir: tipo de xarope para fins medicamentosos; aquilo que tem efeito mágico ou miraculoso.
Ritual: conjunto de regras que se deve observar numa cerimônia religiosa.

Interpretação do texto:
1 – “[...] parecia-se ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas [...]”.
      a – Em seu caderno, explique o raciocínio do narrador.
      Somente no reino da fantasia poderiam existir coisas eternas.

      b – Que palavra e/ou expressão do sétimo parágrafo resume a mesma ideia? Copie-a em seu caderno.
      Milagre; mundo impossível.

2 – “Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer [...]”. Copie em seu caderno a metáfora do texto que está em antítese com essa primeira impressão.
      “... puxa-puxa cinzento de borracha”.

3 – Por que a narradora supõe a existência de um ritual para o simples ato de mascar chiclete?
      Porque, para ela, algo que não acaba nunca não poderia ser uma coisa simples.

4 – Como age a irmã da narradora diante da atitude reflexiva da narradora?
      À atitude de reflexão da narradora contrapõe-se a atitude prática da irmã.

5 – A narrativa é feita em primeira pessoa, por uma narradora adulta, que recorda um fato da infância. A que ela parece dar mais importância: ao fato em si ou à reflexão despertada pela lembrança do fato? Justifique sua resposta.
      À reflexão despertada pela lembrança; no texto, o ato de mascar chicletes é questionado, assim como as consequências dele.

6 – Empregando apenas substantivos abstratos, resuma em seu caderno o estado psicológico que parece envolvido nas reações da narradora em cada fragmento.
      a – “Parei um instante na rua, perplexa”.
        Perplexidade.

      b – “[...] quase não podia acreditar no milagre”.
        Descrença.

      c – “Perder a eternidade? Nunca”.
        Decisão; determinação.

7 – “[...] E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente [...]”. Inocente significa “simples”, “inofensivo”. Por que a aparência da bala causou espanto na menina?
      Por causa de suposta qualidade de eternidade: uma coisa eterna não poderia ser tão simples, inofensiva.

8 – O chiclete atua, na memória da narrador adulta, como metáfora para a eternidade. Logo, mascar chiclete é o mesmo que experimentar a eternidade. Qual seria então a reação da narradora diante da eternidade?
      Antes de mascar realmente, ou seja, enquanto só sonhava com isso, a narradora imaginava que sentiria muito prazer. Ao realmente realizar-se a ação, a atitude é de frustação e rejeição. Por isso, ela dá um jeito de “perder” o chiclete.

9 – Por que a narradora se sentiu envergonhada diante da atitude da irmã?
      Em nossa interpretação, isso ocorreu pelo fato de a narradora ter mentido para irmã, dizendo que o chiclete caíra acidentalmente.

10 – A narradora confessa seu medo diante da ideia de eternidade ou de infinito. E você, que sensações experimenta diante dessa ideia? descreva-as em seu caderno.

      Resposta pessoal do aluno.

11 - Qual o foco narrativo, neste texto?
       Foco narrativo de primeira pessoa - narrador-personagem, pois o mesmo narra e participa da história.