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domingo, 7 de abril de 2019

POEMA: MEUS AMIGOS - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

Poema: MEUS AMIGOS

Meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa

presença
olhar
lembrança-calor

meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão
                                   Paulo Leminski

Entendendo o poema:
01 – Quantas estrofes e quantos versos tem o poema?
      Possui 03 estrofes e 11 versos.

02 – O poema tem rimas finais? Tem rimas internas?
      Rima final, só na última estrofe: dão/mão. Rimas internas: dão/mão (1ª estrofe); presença/lembrança(calor) (2ª estrofe).

03 – A “presença” dos amigos que fica nas mãos do poeta marca – se por duas sensações: uma física e uma psicológica. Identifique – as.
      Física: calor; psicológica: lembrança.

04 – É possível afirmar que os traços dessa presença são tão fortes que o poeta não consegue separá-los. Que recurso ele teve de empregar para expressar esse fato?
     Um substantivo composto: lembrança-calor.

05 – Na última estrofe, o poeta omite intencionalmente uma palavra que já ocorreu no texto. Qual palavra?
      Mão no segundo verso.

06 – A palavra mão tem muitos significados em português. Atribua a ela um significado adequado em cada frase:
a) Tinha ótima mão para cerâmica.
      Habilidade, destreza.

b) O poder passou às mãos da oposição.
      Controle.

c) Cuidado! Esta rua não dá mão à esquerda!
     Sentido em que um veículo deve transitar. 
     
d) Acho que esta sua redação tem mão de seu pai…
      Influência, intervenção.



segunda-feira, 25 de março de 2019

POEMA: MEU PROFESSOR DE ANÁLISE SINTÁTICA - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

Poema: Meu Professor de Análise Sintática
               
                                                  Paulo Leminski

“Meu professor de análise sintática era o tipo do
                     sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
   regular com um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
      ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
         assindético de nos torturar com um aposto.
                Casou com uma regência.
                          Foi infeliz.
         Era possessivo como um pronome.
                E ela era bitransitiva.
              Tentou ir para os EUA.
                         Não deu.
    Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
     conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.
   Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.”

                Paulo Leminski. Melhores poemas. São Paulo: Global, 1997.
Entendendo o poema:
01 – Por que o professor tinha um pleonasmo como principal predicado da sua vida?
      Porque ele repetia bastante a matéria.   
    
02 – O que é um pleonasmo?
      É a repetição de uma ideia.

03 – O que significa ter um “jeito assindético”?
      O professor não conseguia “se ligar” ao que era importante ou se comunicar com seus alunos.

04 – Explique por que o casamento do professor com uma “regência” não deu certo.
      A regência verbal, assim como a nominal, estabelece critérios difíceis de serem dominados; por isso ele teve dificuldade de assimilar o jeito de ser de sua mulher – “a regência”.

05 – O que representa o “artigo indefinido” achado na bagagem?
      Significa um objeto qualquer, sem nenhuma especificação exata.

06 – Sobre o texto de Paulo Leminski todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
a) a terminologia sintática e morfológica, que em um primeiro momento é motivo de estranhamento, concede o efeito de humor ao poema.
b) o eu lírico demonstra por meio da composição de texto pessoal e confessional o seu desconhecimento gramatical.
c) nos primeiros sete versos o eu-lírico apresenta seu professor, que, por meio de suas ações e funções, é caracterizado como um torturador.
d) entre os versos 8 e 16 o leitor toma consciência de todos os fracassos que compuseram a vida do professor.
e) o texto é estruturado em forma de narrativa policial, mas em função de sua organização gráfica, métrica e rítmica é considerado um poema.

07 – Pelos versos, percebe-se que a poesia de Leminski:
a) mantém relação com a geometrização das formas e volumes cubistas.
b) tem como base os dilemas financeiros do ser humano.
c) valoriza a concisão e é transgressora.
d) é composta por uma observação rigorosa do mundo material.
e) é composta por personagens positivamente idealizados.

08 – Paulo Leminski foi um dos poetas mais expressivos de sua geração. Sua obra é marcada pela irreverência e pela descontração poética, elementos que fizeram dele um dos escritores mais populares do Brasil. Sobre Leminski, estão corretas as seguintes proposições, exceto:
a) Subverteu a forma, brincou com a poesia visual, resgatou o haikai (poemas pequenos, com métrica e moldes orientais) e incorporou elementos da publicidade, da música, do cartum e do humor na construção de uma prosa e poesia marcadas por seu incontestável poder de síntese.
b) Embora a linguagem enxuta, cada palavra na obra de Leminski é repleta de significação e capaz de provocar reflexão e conquistar o leitor.
c) A gíria, o palavrão e a dicção urbana também são frequentes em sua obra.
d) Sua poesia é anti-lírica, presa ao real e direcionada ao intelecto, não às emoções.
e) A prosa de ficção de Leminski inclui os romances Catatau (1976), Agora É que São Elas (1984), Metamorfose (1994) e o livro de contos O Gozo Fabuloso (2004).

09 – A obra de Paulo Leminski costuma ser associada ao seguinte movimento literário:
a) Poesia Marginal.
b) Tropicalismo.
c) Modernismo.
d) Tendências contemporâneas.
e) Neoconcretismo.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

POEMA: DIVERSONAGENS SUSPERSAS - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

Poema: DIVERSONAGENS SUSPERSAS
                 
             Paulo Leminski

Meu verso, temo, vem do berço.
Não versejo porque eu quero,
Versejo quando converso
E converso por conversar.
Pra que sirvo senão pra isto,
Pra ser vinte e pra ser visto,
Pra ser versa e pra ser vice,
Pra ser a super-superfície
Onde o verbo vem ser mais?

Não sirvo pra observar.
Verso, persevero e conservo  
Um susto de quem se perde
No exato lugar onde está.


Onde estará meu verso?
Em algum lugar de um lugar,
Onde o avesso do inverso
Começa a ver e ficar.

Por mais prosas que eu perverta,
Não permita Deus que eu perca
Meu jeito de versejar.
                Paulo Leminski. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 83.

Entendendo o poema:

01 – As aliterações presentes nos versos referem-se à repetição de que fonemas?

      Elas se referem à repetição dos fonemas consonantais /v/ e/s/, representados pelas letras v; s; ç e c, respectivamente.

02 – Como se dá a assonância nesses versos?

      A assonância se dá pela repetição dos fonemas vocálicos representados pelas letras e e i.

03 – Releia primeira estrofe. Que sons se repetem?

      Os sons representados pelas consoantes V e S.

04 – Que efeito se obteve com essa repetição?

      Destacou-se a palavra verso, cujas consoantes serviram de base para o ritmo do poema.

05 – Há predomínio de algumas vogais no poema? Quais?

      Sim. As vogais E e O.

06 – Essas vogais também pertencem à palavra-chave do poema?

      Sim.

07 – Há algum exemplo de paralelismo no poema de Leminski? Transcreva abaixo.

      “Pra ser vinte e pra ser visto, / Pra ser versa e pra ser vice”.

08 – Que regularidades nos versos que você transcreveu permanecem?

      A estrutura da frase é a mesma e as palavras, embora signifiquem coisas diferentes, possuem sonoridade semelhante: iniciam com a mesma consoante, possuem o mesmo número de sílabas e a mesma tonicidade.

09 – O poema de Paulo Leminski possui anáforas?

      A palavra pra, na primeira estrofe, se repete em quatro versos seguidos, constituindo uma anáfora.

10 – Todas as palavras do poema “Diversonagens suspersas” constam no dicionário ou algumas foram inventadas?

      Muitas foram inventadas.

11 – Por que foram inventadas?

      Para preservar o ritmo cadenciado e a sonoridade do poema.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

POEMA: A LUA NO CINEMA - PAULO LEMINSKI - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: A LUA NO CINEMA
                       
       Paulo Leminski

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.


A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
— Amanheça, por favor!

In: LEMINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 49.

Entendendo o poema:
01 – De acordo com o poema "A lua no cinema", a estrela
(A) era pequena e solitária.                  
(B) parecia grande na janela.
(C) tinha um namorado apaixonado.   
(D) viveu uma bela história de amor.

02 – O último verso "– Amanheça, por favor!" sugere que a lua:
(A) achou o filme da estrela que tinha namorado engraçado.   
(B) acreditava que a estrela era pequena e sem graça.
(C) desejava esquecer a história da estrela solitária.                 
(D) gostava mais do dia do que da noite.

03 – O texto "A lua no cinema" é um poema por usar:
(A) orações.   
(B) períodos.  
(C) parágrafos.    
(D) versos.

04 – Da leitura do poema percebe-se que a estrela:
(A) era um astro insignificante.   
(B) era uma artista engraçada.   
(C) tinha inveja da lua.   
(D) tinha uma história feliz.

05 – O poema trata:
(A) da solidão.   
(B) da tristeza.    
(C) da amizade.   
(D) do ciúme.


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

POEMA: A LUA NO CINEMA - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

A LUA NO CINEMA


A lua foi ao cinema,
Passava um filme engraçado,
A história de uma estrela
Que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
Uma estrela bem pequena,
Dessas que, quando apagam,
Ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
Ninguém olhava pra ela,
E toda a luz que ela tinha
Cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
Com aquela história de amor,
Que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!

Paulo Leminski. Distraídos venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1993.

1 - Nos versos “Não tinha porque era apenas / uma estrela bem pequena” da segunda estrofe do poema, o uso da palavra “porque” introduz:
(A) a causa de não ter namorado. 
(B) uma oposição a um filme engraçado.
(C) a consequência de uma história de amor. 
(D) uma comparação do tamanho da estrela com a intensidade da luz.

2- Este poema:
(A) explica o nascimento do cinema. 
(B) faz a propaganda de um filme engraçado.
(C) apresenta as características de uma lua solitária.
(D) conta a história de uma estrela que não tinha namorado.


segunda-feira, 22 de outubro de 2018

POESIA: A LUA NO CINEMA - PAULO LEMINSK - COM GABARITO

Poesia: A LUA NO CINEMA
          Paulo Leminsk


A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
Amanheça, por favor!

 PAULO LEMINSK. Distraídos venceremos. São Paulo, Brasiliense,1993

Entendendo a poesia:

01 – De acordo com o poesia "A lua no cinema", a estrela:
(A) era pequena e solitária.                  
(B) parecia grande na janela.
(C) tinha um namorado apaixonado.   
(D) viveu uma bela história de amor.

02 – O último verso "– Amanheça, por favor!" sugere que a lua:
(A) achou o filme da estrela que tinha namorado engraçado.   
(B) acreditava que a estrela era pequena e sem graça.
(C) desejava esquecer a história da estrela solitária.                 
(D) gostava mais do dia do que da noite.

03 – O texto "A lua no cinema" é uma poesia por usar:
(A) orações.   
(B) períodos.  
(C) parágrafos.    
(D) versos.

04 – Da leitura da poesia percebe-se que a estrela:
(A) era um astro insignificante.   
(B) era uma artista engraçada.   
(C) tinha inveja da lua.   
(D) tinha uma história feliz.

05 – A poesia trata:
(A) da solidão.   
(B) da tristeza.    
(C) da amizade.   
(D) do ciúme.

06 – Nos versos: “Não tinha porque era apenas
                            Uma estrela bem pequena...”
O uso do porque introduz:
(A) A causa de não ter namorado.
(B) Uma oposição a um filme engraçado.
(C) A consequência de uma história de amor.
(D) Uma comparação do tamanho da estrela com a intensidade da luz.

07 – De que fala esta poesia?
      Conta a história de uma estrela que não tinha namorado.

08 – Marque a sequência de verbos na estrofe abaixo:
    “A lua foi ao cinema
    passava um filme engraçado,
    a história de uma estrela
    que não tinha namorado.”

(A) Lua, engraçado, namorado
(B) foi, passava, tinha
(C) cinema, filme, história
(D) ao, que, não.

09 – “Com aquela história de amor...” Assinale o pronome demonstrativo no verso citado acima:
(A) Com
(B) de
(C) aquela
(D) amor.




domingo, 5 de novembro de 2017

POEMA: AMIZADE - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

POEMA: AMIZADE
                  Paulo Leminski

Meus amigos
Quando me dão a mão
Sempre deixam
Outra coisa

Presença
Olhar
Lembrança-calor

Meus amigos
Quando me dão
Deixam na minha
A sua mão.

                   LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. p.86.

 INTERPRETAÇÃO:

1.Quantas estrofes e quantos versos tem o poema?
      Possui três estrofes; onze versos.

2. O poema tem rimas finais? Tem rimas internas?
      Rima final, só na última estrofe: dão/mão. Rimas internas: dão/mão (1ª estrofe); presença/lembrança (calor) (2ª estrofe)

3. A “presença” dos amigos que fica nas mãos do poeta marca – se por duas sensações: uma física e uma psicológica. Identifique – as.
      Física: calor; psicológica: lembrança.

4. É possível afirmar que os traços dessa presença são tão fortes que o poeta não consegue separá–los. Que recurso ele teve de empregar para expressar esse fato?
      Um substantivo composto: lembrança-calor.

5. Na última estrofe, o poeta omite intencionalmente uma palavra que já ocorreu no texto. Qual palavra?
      Mão, no segundo verso.

6. A palavra mão tem muitos significados em português s. Atribua a ela um significado adequado em cada frase:

a) Tinha ótima mão para cerâmica.
      Habilidade, destreza.

b) O poder passou às mãos da oposição.
      Controle.

c) Cuidado! Esta rua não dá mão à esquerda!
      Sentido em que um veículo deve transitar.

d) Acho que esta sua redação tem mão de seu pai…
      Influência, intervenção.