quinta-feira, 12 de outubro de 2023

FÁBULA: O LEÃO ARREPENDIDO - CARLA DAANE MONTEIRO SOARES - COM GABARITO

 Fábula: O leão arrependido

        Um dia na floresta, a formiga Lili passou perto do leão, então disse:

        -- Bom dia!

Fonte:  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUE595q_Td8JrrNrIXy3qtDSfaXH_rdaQWn_dZ0GjKyp30fY_1rRDz7O8fZBNEvkYDLFohzYfrE3lDfiBf-1bimem3EHWF_LB2kY-dOO8Oyv9NlTHOek0ErQ5mdQURdTSKeoOgAdG4tr_rf-h9wEqX6nVlMoB26HqVphO_N8Jyx6dmdZP2uhZ8qmVhWQo/s1600/LEAO.jpg


        O leão não respondeu.

        No outro dia, ele falou com a formiga, mas ela não respondeu. O rei das selvas perguntou:

        -- Por que você não fala comigo?

        -- Você lembra daquele dia, eu falei e você não deu atenção para mim.

        -- Eu falo se quiser.

        Alguns dias depois, o leão encontrou seu melhor amigo, o tigre. O leão falou com ele, mas o tigre não respondeu. Assim, o leão sentiu na pele o que fez com a Lili, se arrependeu e foi falar com ela para pedir desculpas. Lili o perdoou e eles se tornaram amigos.

        Moral da história: Não faça com os outros, aquilo que não gostaria que fizessem com você.

Carla Dayane Monteiro Soares. 6° ano B. E. E. F. M. Manuel Sátiro. 

Entendendo a fábula:

01 – Onde aconteceu a história da fábula?

      A história da fábula aconteceu na floresta.

02 – Quem são os personagens principais da história?

      Os personagens principais da história são a formiga Lili e o leão, e um tigre.

03 – Por que o leão não respondeu quando a formiga Lili disse "Bom dia" no primeiro dia?

      O leão não respondeu porque ignorou a formiga Lili.

04 – Qual foi a razão pela qual a formiga Lili não respondeu quando o leão falou com ela no segundo dia?

      A formiga Lili não respondeu porque o leão havia feito a mesma coisa com ela anteriormente, ignorando-a quando ela tentou falar com ele.

05 – Quem o leão encontrou alguns dias depois e que também não respondeu quando ele falou com essa pessoa?

      O leão encontrou seu melhor amigo, o tigre, que também não respondeu quando ele falou com ele.

06 – O que o leão sentiu quando o tigre não respondeu ao seu cumprimento?

      O leão sentiu na pele o mesmo tratamento que ele havia dado à formiga Lili, ou seja, ele se sentiu ignorado e desprezado.

07 – Como a história terminou para o leão e a formiga Lili?

      O leão se arrependeu de sua atitude, pediu desculpas à formiga Lili, e eles se tornaram amigos.

FÁBULA: O COELHO E A RAPOSA - THAYANE SHEYLA MOREIRA REBOUÇAS - COM GABARITO

 Fábula: O coelho e a raposa

        Num dia de sol, dona coelha estava preparando seu filho para ir à escola, e lhe disse que por nada se atrasasse.

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4_o9NfuHJOVCMovlUqmOLwTbBtu3a_aP1pTUGP1X7LECPbMP2qAaFYkMcSnQPMvAtD36Wt_ZCXUv3VetHeSvBpvbkVxBYJ9MLx9dHTQmznTVGsxGXvbBCB-lyvhkMHfF1Tndo5ZivZFmruqd3R7V25TazCAsSRT8vlv5ZfX7WTge9v9uMwkaWD16g9IM/s1600/COELHO.png


        Ao sair de casa, no meio do caminho, o coelho viu uma placa indicando onde ficava uma plantação de cenouras, então resolveu ir até lá. Mesmo na hora que ele ia entrar no local, ouviu a sineta do colégio bater, assim foi correndo para a escola.

        Ao chegar lá, o coelho não parava de pensar naquelas cenouras, dessa forma resolveu fugir da escola. Na plantação, ele viu uma raposa, que foi correndo atrás dele, e o pobre coelho foi logo gritando:

        -- Mamãe! Mamãe!

        A mãe dele morava perto da plantação, ouviu os gritos, e foi atrás do filho. Ao chegar lá, espantou a raposa. Depois disso, nunca mais o coelho desobedeceu a sua mãe.

        Moral da história: Conselho de mãe nunca é errado.

Thayane Sheyla Moreira Rebouças. 6° ano   - E. E. F. M. Manuel Sátiro.. 21/11/2007.

Entendendo a fábula:

01 – Qual era o motivo da pressa do coelho no início da história?

      O coelho estava com pressa porque estava a caminho da escola e não queria se atrasar.

02 – O que o coelho viu no meio do caminho para a escola que o distraiu?

      O coelho viu uma placa indicando a localização de uma plantação de cenouras que o distraiu.

03 – O que fez o coelho quando ouviu a sineta da escola?

      O coelho correu imediatamente para a escola quando ouviu a sineta.

04 – Por que o coelho decidiu fugir da escola depois de chegar lá?

      O coelho decidiu fugir da escola porque não conseguia parar de pensar nas cenouras que viu na plantação.

05 – O que aconteceu quando o coelho entrou na plantação de cenouras?

      Quando o coelho entrou na plantação de cenouras, ele foi perseguido por uma raposa que o assustou.

06 – Como a mãe do coelho reagiu quando ouviu os gritos do filho?

      A mãe do coelho foi atrás do filho quando ouviu seus gritos e espantou a raposa.

07 – Qual é a moral da história de acordo com o texto?

      A moral da história é que o conselho da mãe nunca está errado.

08 – Para você, qual outra moral daria para essa fábula?

      Resposta pessoal do aluno.

 

CRÔNICA: GLÓRIA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Crônica: Glória

               Carlos Drummond de Andrade

        — Meu filho é artista de televisão, contando o senhor não acredita. Eu mesmo às vezes penso que é ilusão. Com oito anos, imagine. Estava brincando na pracinha lá da vila quando passaram uns homens e olharam muito pra ele. Meu filho, não é pra me gabar, mas é uma lindeza de Menino Jesus, aí um dos homens falou assim pra ele. Quer fazer um teste, ó garoto? O que é teste? ele respondeu. Aí o homem explicou, não sei bem qual é a explicação, levaram ele pra um edifício na cidade, tiraram um bocado de retratos dele, depois falaram assim: Você foi aprovado. Aí ele se espantou: 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPMb5aVewwoGtq6UYMWTkHVkhw8DEgWybHASrjlbe6LL7awpitk4mjRc9DPEfTo5rZlqenYn4owFn55se2Q4Cgkq8a6SpMOkrKoZzaPm-SvwA7Z5qR8KByP53d1nFnquhjXwgi45g4GUT_GGyDML9ffLYSyRWOTNon83P7QYv3wivnCarZLGa5Vn7ytUw/s320/MAE.jpg


Mas eu não fiz exame, que troço é esse? Não é nada de exame não, eles responderam, você foi aprovado pra fazer um comercial, tá bem? Ele neca de saber o que é um comercial, nem eu, mas agora eu fiquei sabendo, é uma coisa à toa, a pessoa nem precisa falar, fica só fazendo uma coisa, comendo doce de leite, devagarinho, com uma carinha alegre, quando acaba passa a língua nos beiços, assim, olha, e pisca o olho, ele é tão engraçado, antes de acabar de comer ele já estava fazendo isso, um negócio. Aí mandaram ele de volta pra casa, não, antes falaram assim pra ele: manda seu pai aqui na agência receber o cachet. Ele ficou espantado, falou assim: Que troço é esse? Eles responderam. É tutu. Aí ele baixou a cabeça e respondeu baixinho: Eu não tenho pai. E mãe você tem? Ele respondeu que mãe ele tinha, e levantou a cabeça. Então manda ela aqui, mas o garoto é esperto, deu uma de sabido: Eu mesmo não posso receber? se fui eu que fiz tudo sozinho. Não, você não pode, tem que ser sua mãe, diz a ela que venha das duas às quatro, trazendo carteira de identidade. Bonito, e eu que nunca tive carteira, já pelejei pra tirar uma, dei duro, pedi pro compadre Julião me quebrar esse galho, compadre explicou que carece antes tirar certidão de nascimento, essa é muito boa, então a gente tem que provar que nasceu, eu não estou viva com a graça de Deus e forte e trabalhando? O pior é que nem sei se fui registrada lá em Pilão dos Palmares, chão do meu nascimento, não tenho parentes neste mundo, só tenho no outro, e nem a poder de oração consegui até hoje tirar o papel da tal certidão, afinal eu falei assim pro compadre: Deixa pra lá, sem carteira vivi até hoje, sem ela vou viver até Nosso Senhor me fechar os olhos. Vou lá na agência assim mesmo. Larguei meu serviço. Fui. Tinha um mundão de gente, eu não sabia quem é que podia me atender, andei rolando de uma sala pra outra, até que afinal um cara de bigodão, atrás da parede de vidro com um óculo no meio, falou assim: É comigo, trouxe a carteira? Eu expliquei que carteira eu não tinha, mas sou lavadeira muito acreditada na Zona Norte, muitas madamas da rua Conde de Bonfim podem atestar que eu sou eu mesma e mãe de meu filho, há vinte e cinco anos que trabalho de lavar roupa. Ele abanou a cabeça, falou assim: Nada feito, não tenho ordem de pagar sem identidade. Mas o meu filho trabalhou, moço, eles ficaram satisfeitos com o trabalho dele, tanto que prometeram pagar um tal de cachet, como é que pra pagar a ele é preciso a carteira de outra pessoa, o senhor acha isso direito? Ele não respondeu nada, tornou a abanar a cabeça e eu fiquei matutando: O que tu vai fazer pra sair dessa, Clementina da Anunciação? E comecei a chorar. Aí eles me viram chorando, ficaram com pena de mim, um barbudo que passava disse assim pro bigodão: Paga a ela, Reginaldo. O bigodão resmungou: Tá legal, e me deu um papel passado em três folhas iguais, pra eu assinar nelas todas. Aí eu disse: O senhor me desculpe, mas eu não sei escrever, a cabeça não dá. Então nada feito outra vez, o bigodão respondeu. Aí, eu não tinha mais vontade de chorar e disse assim pra ele: Escuta aqui, moço, quanto é que meu filho tem pra receber? Ele respondeu: cinquenta cruzeiros. Ah, é isso? respondi. Pode ficar pra agência. Perdi meu dia de trabalho, gastei trem, gastei ônibus, andei a pé neste solão, não vou me chatear por causa dessa mixaria. Um cara que estava escutando falou assim: A senhora vai jogar fora esses cinquenta mangos? E daí? respondi pra ele. Meu filho vale muito mais, a gente não fica mais pobre por causa disso, ele agora é artista, amanhã se Deus e a Virgem Maria ajudar, vai ganhar milhões. Nem precisa ganhar, só o orgulho que eu sinto por ele ter passado no teste! Saí de lá com esse orgulho bonito no coração, meu filho é artista, meu filho é artista, ia repetindo sozinha, na rua me olhavam admirados mas eu nem dei bola, fui pra casa e ligo a televisão o dia inteiro, trabalho vendo ela, até chegar a hora de meu filho aparecer no comercial comendo doce de coco. Pobre tem televisão, na vila todos têm, vai ser um estouro quando meu boneco aparecer e piscar o olho, então isso não vale mais que cinquenta, que quinhentos ou cinco mil cruzeiros, ou todos os cruzeiros do mundo?

        E seu rosto enrugado cintilava de glória.

Carlos Drummond de Andrade, in De Notícias e Não Notícias Faz-se A Crônica

Entendendo a crônica:

01 – Quem é o autor da crônica "Glória"?

      O autor da crônica "Glória" é Carlos Drummond de Andrade.

02 – Qual é o tema principal abordado na crônica?

      O tema principal da crônica é o orgulho e a alegria de uma mãe cujo filho foi escolhido para fazer um comercial de televisão.

03 – Como o filho da narradora foi selecionado para o comercial de televisão?

      O filho da narradora foi selecionado quando ele estava brincando na pracinha e alguns homens o observaram. Eles o convidaram para fazer um teste e, depois de tirar fotos dele, disseram que ele foi aprovado para o comercial.

04 – Qual é a preocupação da mãe em relação ao pagamento pelo comercial do filho?

      A mãe fica preocupada com a necessidade de apresentar uma identidade para receber o pagamento pelo comercial, uma vez que ela não tem uma identidade e não sabe escrever.

05 – Como a narradora resolve o problema da identidade para receber o pagamento?

      Um homem que estava presente decide pagar à narradora mesmo sem uma identidade, após vê-la chorar e se compadecer.

06 – Qual é o valor do pagamento que a narradora recebe pelo comercial?

      A narradora recebe um pagamento de cinquenta cruzeiros pelo comercial.

07 – Qual é o sentimento da narradora no final da crônica?

      No final da crônica, a narradora está cheia de orgulho e glória por seu filho ter se tornado um artista de televisão, e ela acredita que isso é mais valioso do que qualquer quantia de dinheiro.

 

 

FÁBULA: A MENINA E SEU PRIMEIRO POTE DE LEITE - ANTÔNIO EDIWILLIAM BATISTA PEREIRA - COM GABARITO

 Fábula: A menina e seu primeiro pote de leite

        Certa vez, uma menina que morava no interior de uma cidade resolveu pensar no futuro:

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP7fDdoDwJYneZEHZspE3PtbPraW0u7Qm3wIbx56IjyuwUqp7nZDuwPTpwyTXq1bGkXiFkyefHanXYO8oGs1TxI5VR5vz0WkycGy69uYzpRvQ_HvuHs53dtQwIujillcbVy1qGbw4gaSMw5I328X0yqQqQ5loWaijn78TU26H6_4OoF8TJY1MPjvlS20E/s1600/POTE.jpg


        -- O que eu vou fazer com apenas uma vaquinha, e ainda por cima sem dá leite?

        Com o passar do tempo, a pequena vaquinha virou uma vaca gorda, então deu seu primeiro pote de leite. E lá foi a menina vender o produto.

        -- Há! Meu primeiro pote de leite, irei vendê-lo e comprar ração para a vaca produzir cada vez mais, assim venderei o leite, e com o dinheiro irei comprar doze galinhas que irão botar meia dúzia de ovos por dia. Depois, comprarei dois galos, dois bodes e com o passar do tempo, duas ovelhas...

        A menina já estava bem distraída, pensando tanta coisa, quando de repente, viu uma cobra e gritou:

        -- Ah, Ah, Ah...

        E, caiu derramando todo o leite.

        -- Já foram embora todos os meus planos para o futuro. Disse a menina.

        Moral da história: Quem muito quer, nada consegue.

Antônio Ediwilliam Batista Pereira. 8° ano A.- - E. E. F. M. Manuel Sátiro. .

Entendendo a fábula:

01 – O que a menina resolveu pensar sobre o futuro?

      A menina resolveu pensar no que fazer com sua única vaquinha que não estava produzindo leite.

02 – O que aconteceu quando a pequena vaquinha finalmente deu seu primeiro pote de leite?

      A menina decidiu vender o primeiro pote de leite.

03 – O que a menina planejou fazer com o dinheiro obtido com a venda do primeiro pote de leite?

      Ela planejou comprar ração para a vaca produzir mais leite, depois comprar galinhas, galos, bodes e ovelhas.

04 – O que interrompeu os planos da menina?

      A menina foi interrompida por uma cobra que apareceu de repente, fazendo-a gritar e derramar todo o leite.

05 – Qual foi a reação da menina após derramar o leite?

      A menina lamentou que todos os seus planos para o futuro tivessem ido embora.

06 – Qual é a moral da história de acordo com o texto?

      A moral da história é: "Quem muito quer, nada consegue."

07 – Quais animais a menina planejava comprar para o seu futuro?

      A menina planejava comprar doze galinhas, dois galos, dois bodes e duas ovelhas para o seu futuro.

 

 

FÁBULA: OS TRÊS RATOS CEGOS - THAYSA KEYLA MOREIRA REBOUÇAS - COM GABARITO

 Fábula: Os três ratos cegos

        Num belo dia, três ratinhos estavam dançando de tanta alegria, pois não trabalhavam e passavam o dia inteiro brincando no reino.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNmE5S0UBNOONuULufUHEV37ILCJQhq69NgxXdR5p6CjR7tiXBaP0SAHB5VTfBmZYgzSdPHMXL29OFgON_YyXNX2LaCRXkFoZcJaxNi477Fu7ckYGPIdZt4CXnAW-oR5nEi2n7mWcvmOpsfhcv0F-QkOQBBnwFA8_dMkfiooiIo71QGBXk7DK8Gq-ypiM/s1600/ratinhos.jpg


        Mas certo dia, o rei estava comentando com o duque que o reino estava entrando em falência. Depois de passarem horas e horas pensando, o duque teve uma ideia ótima: de toda a Ratolândia trabalhar, menos os que têm necessidades especiais. O rei amou a ideia do duque, e disse:

        -- É isso mesmo que eu vou fazer.

        Assim, o rei chamou todos os cidadãos de Ratolândia e declarou o seguinte:

        -- Cidadãos de Ratolândia, eu declaro que todos vão trabalhar menos os que têm necessidades especiais.

        Os três ratinhos ficaram com muita raiva, pois tinham que trabalhar para poder comer, então o irmão mais velho teve uma ideia: iam fingir que estavam cegos, e assim não trabalhariam e comeriam de graça. Mais tarde, os ratinhos foram até o rei, este sabendo que eles eram cegos, declarou que não iriam trabalhar. Os ratinhos muito felizes foram caminhando pelo reino, mas sem querer saíram pela porta errada, pois era a saída do reino. Lá fora, tinha um gato muito feroz que pulou em cima deles, então os ratinhos tiraram os óculos escuros, começaram a lutar com o gato, depois correram desesperados para o reino.

        Eles conseguiram voltar para o reino, mas o rei percebeu que eles não eram cegos, dessa forma ele ordenou que eles teriam que trabalhar dobrado para pagar os atrasados, e assim foi.

        Moral da história: Para ter direitos, temos que cumprir deveres.

Thaysa Keyla Moreira Rebouças. 6° ano A. - E. E. F. M. Manuel Sátiro.

Entendendo a fábula:

01 – Qual era a situação do reino de Ratolândia no início da história?

      O reino de Ratolândia estava entrando em falência.

02 – Quem teve a ideia de fazer com que todos em Ratolândia, exceto os que tinham necessidades especiais, trabalhassem?

      O duque teve a ideia de fazer com que todos em Ratolândia, exceto os que tinham necessidades especiais, trabalhassem.

03 – O que os três ratinhos decidiram fazer para não terem que trabalhar?

      Os três ratinhos decidiram fingir que estavam cegos para não terem que trabalhar.

04 – Por que os ratinhos tiraram os óculos escuros quando saíram do reino?

      Os ratinhos tiraram os óculos escuros quando saíram do reino porque saíram pela porta errada e se depararam com um gato feroz, então começaram a lutar com o gato.

05 – Como os ratinhos conseguiram voltar para o reino após o encontro com o gato?

      Os ratinhos conseguiram voltar para o reino após o encontro com o gato fugindo desesperadamente.

06 – O que aconteceu quando o rei percebeu que os ratinhos não eram cegos?

      Quando o rei percebeu que os ratinhos não eram cegos, ele ordenou que eles trabalhassem dobrado para pagar os atrasados.

07 – Qual é a moral da história de acordo com o texto?

      A moral da história é que, para ter direitos, é preciso cumprir deveres.

 

 

ATIVIDADES SOBRE O FILME: O TEMPERO DA VIDA - TASSOS BOULMETIS - COM GABARITO

 Filme(Atividades): O TEMPERO DA VIDA

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLGXg8JJX7u88i1Rnof_KyDCEGCcr-nqQsP0-fb0GN8om1dxJEe2XiS1ddfyRiPrzJ87MDYEetD4PiQeaJkxhkVj1zOfostYIWjazzrufYwBClGRXjxY3nrmrhRHny1AdNoyT25wt_Bn0ghcay8iv2GePmaeyvpIMmu-MMFR2ZCrtCwqkT3040mTfn_MI/s320/canela.jpg

Data de lançamento: 18 de março de 2005 (1h 48min)

Gênero: Comédia dramática.

Direção: Tassos Boulmetis.

Roteiro: Tassos Boulmetis.

Elenco: Georges Corraface, Leroklis Michaelidis, Renia Louizidou.

Título original: Politiki kouzina

SINOPSE

        Fanis (Markos Osse) é um garoto grego que vive em Istambul, na Turquia. Seu avô, Vassilis (Tassos Bandis), é um filósofo culinário que o ensina que tanto a comida quanto a vida precisam de um pouco de sal para ganhar sabor. Ao crescer Fanis (Georges Corraface) se torna um astrofísico, que usa seus dotes de culinária para temperar as vidas das pessoas que o cercam. Ao completar 35 anos ele decide deixar Atenas e retornar a Istambul, para reencontrar seu avô e também seu primeiro amor.

Entendendo o filme:

01 – Quais são algumas outras obras notáveis dirigidas por Tassos Boulmetis?

      Tassos Boulmetis é conhecido por dirigir filmes como "Touch of Spice" (em grego: "Politiki kouzina"), que é o título original de "O Tempero da Vida", e "Mythopathy" (em grego: "Mythopatia"), entre outros.

02 – O diretor Tassos Boulmetis também foi responsável pelo roteiro do filme "O Tempero da Vida"?

      Sim, Tassos Boulmetis não apenas dirigiu o filme, mas também escreveu o roteiro de "O Tempero da Vida".

03 – Qual é o nome do personagem principal do filme?

      O nome do personagem principal é Fanis.

04 – Onde Fanis vive no início do filme?

      No início do filme, Fanis vive em Istambul, na Turquia.

05 – Quem é Vassilis e qual é sua relação com Fanis?

      Vassilis é o avô de Fanis, e ele é um filósofo culinário que ensina a Fanis a importância do tempero na comida e na vida.

06 – Qual é a profissão de Fanis quando ele cresce?

      Quando Fanis cresce, ele se torna um astrofísico.

07 – Por que Fanis decide deixar Atenas e retornar a Istambul?

      Fanis decide deixar Atenas e retornar a Istambul para reencontrar seu avô, Vassilis, e também seu primeiro amor.

 

 

CRÔNICA: O MANDACARU NA SALA DE JANTAR - ARNALDO JABOR - COM GABARITO

 Crônica: O mandacaru na sala de jantar

                  Arnaldo Jabor

        Ontem eu comprei um mandacaru. Isso mesmo. Sempre quis ter um cactus em casa, mas me diziam: "Dá azar..." E eu desistia. Mas ontem passei num florista quase em frente a meu prédio no Rio e perguntei: "Tem cactus?" Ele abriu um caminho entre samambaias e tinhorões e apontou-me o mandacaru. Fiquei fascinado pela planta. Não era um cactus qualquer; era um personagem do Nordeste, uma famosa planta brasileira.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQpDC0iC7BTOgYgYYRY2MalRr6K28oCe3CdzvrQK4A3WVJ_ceRi9e9fYXIchmWb0baGA5AgUBJHE3hejpGCg99tNdmT7mc7F5Vqm8GBZtz_97ztXdEJ-4Yub1B157buzYuZR9ZuiW6OjxPzZhqa8zfs2dFKO_K5LPfYXQJl6kHA2P2h8m464hE0g0oCI0/s1600/MANDACARU.png


        O leitor já viu um mandacaru? Esse deve ter um metro e sessenta, reto, com três braços abertos, uma pele verde-oliva entre plástico e couro-de-lagarto, aberto em gomos sinuosos e cravejado de pequenos espinhos. Em minha casa há um enorme quadro amarelo com um sol em contraluz e eu o coloquei ao lado, de modo a criar uma paisagem de caatinga na minha sala. Então, feliz com meu dia de jardineiro, resolvi escrever meu artigo semanal; mas fui tomado por um grande tédio.

        Escrever o quê sobre essa paralisia histórica mundial que finge ser dinâmica, mas apenas roda no mesmo erro, como um aleijado caído no chão, girando em volta de si mesmo, entre Bush e Osama, entre Lula e tucanos.

        Do fundo da sala, meu mandacaru se postava como uma sentinela, ali, junto ao quadro ensolarado de Thereza Simões. E ele me despertou a fome de alguma coisa permanente, que viajasse no tempo dos milênios, nesse mundo caindo em epilepsia histórica. E resolvi escrever sobre ele.

        Fixei-me no mandacaru, aproximando-me como um zoom. Ali estava ele, há milhões e milhões de anos, imóvel, fora do tempo e da história, um observador mudo. Olhei bem a forma do mandacaru. E sua visão deu-me um grande alívio, o prazer de estar em contato com um filho da natureza como eu, companheiros há bilhões de anos, uma solidariedade discreta, como um guardião me protegendo.

        Cheguei mais perto, passando a mão em sua pele lisa e dura como o dorso de um dragão, crivado de espinhos que palpei delicadamente, como a um bicho manso, mas que pode morder de repente. Minha mão tremia neste contato solitário, nós dois a sós na madrugada do Rio, chovendo lá fora - uma conjunção quase amorosa, ele, quieto e dócil e eu curioso como um macaco diante do mistério. Ele é um indivíduo vivo, sim, tanto que cresce, floresce quando vem chuva no sertão, tem cardos para o mundo perigoso, mas não toma a iniciativa. Só espera. Percebo que tudo nele tem causas, razões milenares, esculpidas pela necessidade de existir. Quantos milênios se incorporaram na sua vontade de viver? O verde escuro tem uma razão, as volutas de seu corpo, seus braços em cruz, apelando para os ares, tudo é um relato cifrado para mim, narrando os eventos que passaram por milhões de séculos. A história da natureza está toda ali, contada por seus gomos e espinhos.

        Ao homem que me vendeu, perguntei se tinha de regar. Não, ele não precisa de água, nem de nada. O meu mandacaru não come nem bebe. Só vive. "Por que" – penso, metafísico. Para que? Para nada, nos ensinou Darwin, abrindo o caminho do "alegre saber" desesperançado para a filosofia. Nada.

        Ele é elegante, frugal e forte como um sertanejo – a comparação inevitável. O mandacaru é um sertanejo de braços abertos diante do nada, sob o Sol, existindo em pleno vazio – como nós... Só que ele não tem ilusões de sentido, coisa de humanos. Ele é uma lição incompreensível, um segredo insuportável sobre nosso destino que não podemos encarar. Mas, se ele está fora da história – me pergunto –, por que então os espinhos? Ele se defende de que, há milhões de anos? O mandacaru está sempre pronto para a ação. Ele não ataca, mas contra-ataca os bichos que tentaram mascá-lo, dentes primitivos que interrompiam a ordem que seus genes lhe davam: "Exista! Viva!"

        Por isso ele está sempre "en garde", com bracinhos curtos, como um soldado, um espadachim. Ele não venta, não verga. Ele não serve para nada, além de existir. Não, não; suas flores servem sim, anunciando chuvas. Seus frutinhos são insípidos e ele só serve de comida em último caso, humilhado em sua pose meio humana, sendo esquartejado, cadáver verde, raspado de espinhos para alimentar os bois na seca.

        Mas, aqui, na minha sala ele está longe de seu deserto, ele está sozinho, parece mais um retirante, na presença dos vasos de louças, dos livros, sofás.

        Que faz esse pau-de-arara aqui? Ele é um intruso, mas não parece constrangido em sua dignidade agreste. Ao contrário, tudo fica mais nítido, porque ele parece coisa, mas está vivo. Vivo. É isso que me assombra, à noite, quando chego e o vejo em sua vigília, me esperando. Dou-lhe um "olá" mudo e gosto que ele esteja ali, amigo sem nada pedir. À sua volta abre-se um Nordeste em minha sala, lembrança de vaqueiros, cangaço, Lampião e Graciliano. Ele me religa com uma natureza viril, discreta, me ensinando coragem. E eu não estou mais sozinho. Ele é o sr. "Cereus Jamacaru" e eu o Arnaldo. Aprendo com ele a resistir aos ataques do amor virado em ódio, com ele aprendo que não há esperança, nem salvação, mas que viver é uma ordem que obedecemos e é até um prazer silencioso, ao Sol da caatinga ou no canto de minha sala. De noite, durmo e sei que há dois viventes em casa. Eu e ele. Não sei até quando, pois ele talvez me sobreviva e fique para sempre na sala, esperando alguém que o leve para um destino novo e que talvez o assassine.

Jabor, Arnaldo. Pomopolítica: paixões e taras na vida brasileira. Rio de Janeiro. Editora Objetiva, 2006. p. 37.

Entendendo a crônica:

01 – Qual é o motivo pelo qual o autor comprou um mandacaru para sua casa?

      O autor comprou um mandacaru porque sempre quis ter um cactus em casa e decidiu superar a crença de que isso trazia azar.

02 – Como o autor descreve o mandacaru em sua casa?

      O autor descreve o mandacaru como uma planta imponente, com cerca de um metro e sessenta de altura, pele verde-oliva, espinhos e braços abertos, criando uma paisagem de caatinga na sala.

03 – O que o autor sente ao observar o mandacaru?

      O autor sente uma conexão com o mandacaru, vendo-o como um ser vivo que existe há milhões de anos, fora do tempo e da história, e experimenta uma sensação de solidariedade discreta com a planta.

04 – Qual é a reflexão filosófica que o autor faz sobre o mandacaru em relação à existência humana?

      O autor reflete sobre a existência do mandacaru como uma lição sobre a falta de sentido na vida, em contraste com a busca humana por significado. O mandacaru simplesmente existe, enquanto os humanos procuram desesperadamente por sentido.

05 – Como o autor compara o mandacaru a um sertanejo?

      O autor compara o mandacaru a um sertanejo, descrevendo-o como elegante, frugal e forte, assim como um sertanejo. Ambos enfrentam a vida em condições difíceis, mas o mandacaru não tem ilusões de sentido, ao contrário dos humanos.

06 – Quem é o autor do texto?

      Arnaldo Jabor.

07 – Você já viu um mandacaru?

      Resposta pessoal do aluno.

08 – O autor se diz entediado com a história mundial. Por quê?

      O autor se sente entediado com a história mundial porque ele a percebe como uma paralisia histórica que finge ser dinâmica, mas apenas repete os mesmos erros e conflitos, como os envolvendo figuras políticas e eventos como os mencionados, como Bush, Osama, Lula e tucanos. Ele sente que o mundo está preso em uma repetição monótona e desesperançada de eventos.

09 – O cactus na sala de jantar é comparado a um retirante nordestino. Por quê?

      O cactus na sala de jantar é comparado a um retirante nordestino porque, mesmo estando fora de seu ambiente natural e no conforto da sala de jantar, o mandacaru representa um símbolo da resistência e da força dos habitantes do Nordeste brasileiro, que enfrentam condições adversas e desafiadoras. A planta, assim como um retirante, mantém sua dignidade agreste e ensina lições de coragem e resistência, mesmo diante da ausência de esperança ou salvação, lembrando o autor das histórias de vaqueiros, cangaço e personagens como Lampião e Graciliano.

 

 

CRÔNICA: CABEÇA DE PORCO, CABEÇA DINOSSAURO E OUTRAS CABEÇADAS - MARCIANO LOPES - COM GABARITO

 Crônica: Cabeça de porco, cabeça dinossauro e outras cabeçadas

              Marciano Lopes

        Aqui não tem terremoto. Aqui não tem revolução. É um país abençoado onde todo mundo mete a mão. ("Bem Brasil", Premeditando o Breque – 1985)

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyb5kW1j15hLlQCnqaCh_fHPUuwcQzpVivcoXiwuI9AIz6r5oWwC5Pjj4hXyPWfeQPcswuafrPB1DjKPXOBxn3yvEk_4SdOxgjN-qzYB0LJjS-jTUD8fX_kH90JESSw5dXw-LF5owA_TZlOp1WcVFpBgAJLkEHm48Df1uR93XmxuVrIC46JXS1r_-2OVo/s320/BREQUE.jpg


        Pois é, passados mais de dez anos, parece que a música do Premê (como é conhecida a banda) continua atual, mas com uma ressalva: já não dá mais pra dar aquela gargalhada de antes. Continuamos sem terremoto (salvo alguns leves tremores) e sem revolução, mas estamos chegando lá, logo seremos primeiro mundo, afinal, pelo menos agora já temos terrorismo. Só não vê quem não quer. A guerra civil, antes mais restrita às favelas de Rio e São Paulo, por um lado, e à luta no campo, por outro, começa a tomar foros nacionais... Os ataques coordenados pelo PCC hoje extrapolam o espaço da grande São Paulo e até mesmo do estado de São Paulo. E a tática é evidentemente terrorista, mas com uma pequena desvantagem com relação a outras ações do mesmo gênero espalhadas pelo nosso azulado planeta: a ação não tem nenhum programa político, nenhuma plataforma ou proposta concreta que aponte para uma possível saída do buraco. É apenas uma truculenta reação à truculência do Estado e aos séculos de opressão, exclusão e miséria. E as cabeças de dinossauro com suas panças de mamute – que mandam, desmandam e sugam este país – parecem não querer ver que o barco tá tá tá descendo a corredeira... Mas por que fazer algo pra mudar a aviltante realidade brasileira se do jeito que tá tá tão bom e tá tá dando tanto lucro... Segundo o ponto de vista – polemicamente cristão – do antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares, ex-Subsecretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e exSecretario Nacional de Segurança Pública, a violência e a estupidez dos excluídos não é aceitável, mas deve ser perdoada, pois expressa a revolta de quem nunca teve uma chance efetiva de ter sua identidade, cidadania e dignidade respeitadas. Diversamente, a violência das elites – que lucram com a corrupção, a desigualdade e a ignorância – é inaceitável, pois nada a justifica. Em Araraquara, preso é içado pelo teto, em um pavilhão onde 1.600 homens se aglomeram num espaço para 160. (Pequena nota escondida próxima ao canto da página C7 do jornal Folha de São Paulo, 13 de julho de 2006). Sem dúvida, não é fácil encontrar caminhos, mas ao menos é necessário ter vontade de mudar. Para isso, o primeiro passo é reconhecer as razões do Outro, a condição indigna em que os marginalizados estão mergulhados, ou, no mínimo, abrir os olhos para a revolta e o ódio que crescem vertiginosamente, se espalhando por todo o país. A cultura da favela e dos morros cariocas hoje é patrimônio nacional – ou ao menos está se encaminhando rapidamente para esta condição. Quem não acredita, que leia os relatos feitos por Luiz Eduardo Soares, MV Bill e Celso Athayde em Cabeça de Porco (Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2005), título cuja expressão significa “situação confusa e sem saída” na gíria das favelas cariocas. A seguinte passagem, em que Celso Athayde relata a visita a uma favela de Joinville, em Santa Catarina, é bastante exemplar disso: Ele usava (referindo-se ao dono do morro) uma espada muito parecida com aquela que a imprensa mostrou, muitas vezes, como sendo a que matou Tim Lopes – se era mesmo, ninguém sabe. No início, achei que fosse coincidência, mas quando começamos a filmar. Percebi que eles usavam as mesmas expressões do Rio de Janeiro. Chamavam os inimigos de “alemão”, diziam-se do “Comando Vermelho”; seus inimigos eram nomeados “Terceiro Comando”, e muitas outras gírias totalmente cariocas eram empregadas. Eles reproduziam com precisão o dialeto das favelas cariocas. Era a primeira vez que tínhamos visto um caso como esse, parecia que os comandos do Rio de Janeiro tinham franchaises espalhadas por lá (Cabeça de Porco, p. 55). Aliás, não é preciso ler este e outros livros do gênero para tomar consciência desta realidade, basta ler criticamente os jornais. Entretanto, é inegável que livros e documentários com Carandiru o Cabeça de Porco, O abusado, Falcão - meninos do tráfico, Cidade de Deus (os dois últimos levados ao cinema) podem contribuir em muito para que a classe média e as elites possam ver a cara deste Outro Brasil sem os estereótipos da imprensa e do poder estatal. Estereótipos que reduzem os excluídos à condição de bandidos e monstros (engraçado, quando se trata de criminosos do colarinho branco, que roubam milhões e também matam, digo, mandam matar, tais palavras não são usadas...) e assim promovem a elevação do muro que separa estes brasis e garante a ilusória tranquilidade do cidadão, conforme argumenta Luiz Eduardo Soares. Em sua opinião, aquele, juntamente com o Estado, fica desresponsabilizado pelo agravamento da barbárie. Afinal, malandro sem-vergonha, ladrão, viciado e assassino são apenas os outros... Quando algum fato similar ocorre em nosso meio, trata-se de uma aberração, algo inexplicável, algum desvio genético ou trauma de infância... O MAL se encontra apenas no Outro... A apologia – feita via mídia – do poder, do sexo, do luxo, do jeitinho brasileiro, do consumo desenfreado como fórmula de felicidade estranhamente não diz respeito ao cidadão, mas somente ao Outro... Não queremos olhar a nossa face obscura, e assim muitos de nós arrancamos nossos olhos como se fôssemos um Édipo às avessas. Como esperar que as pessoas que não têm nada a perder, que não participam nem nunca foram convidadas a participar do pacto social compartilhem do mesmo?! Como esperar que estas pessoas respeitem as leis e a alteridade se nunca tiveram a chance de saber o que é isso e, pior, se veem todos os dias aqueles que não precisariam agir desta forma fazerem tais barbaridades? Quando muitos “bandidos” vão incendiar um ônibus, mandam que seus passageiros saiam, pois o alvo não são eles. Mas quando a polícia entra na favela, muitas vezes entra atirando para perguntar depois. (...) em São Paulo, em 2003, houve 1.191 mortes provocadas por ações policiais, mais de 65% delas com características de execução. Em 2004, houve 984; em 2005, foram 807 mortes (“Estes criminosos não têm ideologia” – entrevista de Luiz Eduardo Soares concedida a Pedro Souza Tavares, Diário de Notícias, 21/6/2006, p. 18). A manchete da Folha de São Paulo do dia 13 de julho estampava em letras garrafais: “NOVOS ATAQUES DO PCC MATAM 7”. Número desprezível quando pensamos no número de favelados – muitos dos quais não são soldados do tráfico – que foram mortos sumariamente pela resposta das polícias aos ataques feitos há dois meses atrás. Faz lembrar o discurso dos governos norte-americano e de Israel. O primeiro, em poucos anos de ocupação do Iraque, não perdeu muito mais que umas centenas de soldados – fato que é alardeado como um horror que justifica o assassinato de milhares de civis do país que tem a sua autonomia e dignidade diariamente ofendidas pelo mesmo. Com respeito a Israel não é diferente. Porque dois soldados foram sequestrados por terroristas do Hizbollah, o governo israelense julga-se no direito de bombardear alvos civis matando inúmeras pessoas no Líbano... – e isto não é barbárie?! Muito estranha esta lógica. Talvez sejamos muito burros e cabeçudos, mas também gentis homens como Zinedini Zidane dão as suas cabeçadas – e, no caso dele, com razão, provavelmente. Afinal de contas, ele não tem sangue de “cucaracha”, né? Enquanto isso, o governador Cláudio Lembo insiste em dizer que tá “tudo dominado” (opa, foi mal!), quero dizer: “tudo sob controle”... He he he, como diz o Macaco Simão, “a genti sofri mais goza”! A crônica “Cabeça de porco, cabeça dinossauro e outras cabeçadas”

está disponível em: http://marcianolopes.blogspot.com/2011/01/apesar-dos-fogos-ainda-atual.html acessado em 22/07/2011.

Entendendo a crônica:

01 – Qual é a finalidade da crônica “Cabeça de porco, cabeça dinossauro e outras cabeçadas”?

      A finalidade da crônica "Cabeça de porco, cabeça dinossauro e outras cabeçadas" é fazer uma reflexão sobre os problemas sociais no Brasil, especialmente a violência, a desigualdade e a exclusão. O autor busca chamar a atenção para as diferenças entre os diferentes estratos sociais e questionar a forma como a sociedade lida com essas questões.

02 – Qual é o autor do texto? Analisando o discurso do narrador, é possível identificar o posicionamento do mesmo?

      O autor do texto é Marciano Lopes. Analisando o discurso do narrador, é possível identificar o seu posicionamento crítico em relação à situação social e política do Brasil. Ele expressa preocupação com a violência, a desigualdade e a corrupção, e critica a postura das elites e do Estado em relação aos problemas sociais.

03 – Assim como o tema dos raps “Contraste social” e “Tempos difíceis”, na crônica “Cabeça de porco, cabeça dinossauro e outras cabeçadas” podemos perceber a diferença entre dois “brasis”. Aponte essas diferenças.

      O autor destaca as diferenças entre dois "brasis": um representado pelas elites e pela classe média, que muitas vezes se distanciam das realidades das favelas e das camadas mais pobres da população, e outro representado pelos excluídos, marginalizados e vítimas da violência e da miséria. Ele critica a estigmatização dos excluídos como bandidos e monstros, enquanto as ações das elites, incluindo a corrupção, são muitas vezes ignoradas ou minimizadas.

04 – A crônica “Cabeça de porco, cabeça dinossauro e outras cabeçadas” faz uma reflexão de problemas sociais que ocorrem em nosso país. Apesar da seriedade do assunto, o autor emprega uma linguagem leve, praticamente dialoga com o leitor. Um dos recursos estilístico que emprega é a ironia. Identifique ironias que provocam efeitos de humor na crônica.

      O autor utiliza a ironia ao longo da crônica para provocar efeitos de humor, mesmo ao abordar um assunto sério. Por exemplo, ele ironiza o otimismo do governador Cláudio Lembo ao dizer que "tá tudo dominado" (fazendo referência ao jargão do tráfico) e comenta que "a genti sofri mais goza" de forma irônica. Essas ironias servem para destacar a distância entre a realidade social e a postura das autoridades.

05 – Veja que o autor do texto utiliza duas formas diferentes de linguagens para compor o texto. De que tipo são essas variações linguísticas?

      O autor utiliza duas formas diferentes de linguagem na crônica: uma mais formal, reflexiva e crítica ao abordar os problemas sociais e políticos, e outra mais coloquial e irônica ao se referir a situações específicas, como o discurso do governador.

06 – Segundo a crônica, os grupos dominantes sugam o país e lucram com a miséria. Por outro lado, o PCC “é uma reação á truculência do Estado e aos séculos de opressão, exclusão e miséria”. Você concorda? Dê sua opinião.

      A opinião do autor, expressa na crônica, é de que os grupos dominantes no Brasil se beneficiam da corrupção, desigualdade e exclusão social, enquanto o PCC (Primeiro Comando da Capital) é uma reação à truculência do Estado e à opressão histórica. Ele chama a atenção para a necessidade de compreender as razões por trás da revolta dos excluídos e argumenta que é importante reconhecer a realidade das favelas e das camadas mais pobres da população. Sua crítica está voltada para a postura das elites e do Estado em relação aos problemas sociais. A concordância ou discordância com essa opinião pode variar de acordo com a perspectiva de cada leitor.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

FÁBULA: O GATO MUITO VAIDOSO - FRANCISCA DÉBORA DA SILVA - COM GABARITO

 Fábula: O gato muito vaidoso

        Jerry era um gato muito orgulhoso, passava perto dos outros animais e não falava com ninguém. Ele não queria fazer amizade com os outros animais.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvPk7cMyyaK8g0esv0P0cALt6D02WXv2bBYCKGRyhWY1gTm2dePl7oYSwXgZ8mDklWhN1BbVU57Ok44u8L4ujRnup0CLNIxIaOfELQpND3axYRjS5Ew8CaiINHQOu96YZPYtCrmRO-Tht90lp6op8VPxApbP8M3muoWAC7495rVZy1BtEsvBs9DHpTQXk/s1600/jERRY.png


        Um dia, ele se sentiu muito só, então refletiu que era muito orgulhoso e resolveu conversar com os outros animais, mas chegando lá, eles estranharam sua atitude. Jerry implorou a atenção deles, pedindo perdão.

        Os animais disseram.

        -- Não guardamos rancor, aceitamos suas desculpas.

        Moral da história: O orgulho não leva a nada.

Francisca Débora da Silva. 8° ano B –. E. E. F. M. Manuel Sátiro-  22/11/2007.

Entendendo a fábula:

01 – Qual era o comportamento de Jerry, o gato, no início da história?

      No início da história, Jerry era um gato muito orgulhoso e evitava falar com os outros animais.

02 – O que fez Jerry perceber que estava muito só e mudar seu comportamento?

      Jerry se sentiu muito só e percebeu seu orgulho exagerado, o que o levou a decidir conversar com os outros animais.

03 – Como os outros animais reagiram quando Jerry tentou se desculpar por sua atitude anterior?

      Os outros animais aceitaram as desculpas de Jerry e disseram que não guardavam rancor.

04 – Qual é a moral da história de acordo com o texto?

      A moral da história é que o orgulho não leva a lugar nenhum.

05 – Que outra moral você daria para essa fábula?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Qual é o nome da autora e em que ano o texto foi escrito?

      A autora do texto é Francisca Débora da Silva, e o texto foi escrito em 2007 por ela, quando estava no 8º ano B.