domingo, 29 de maio de 2022

FÁBULA/CORDEL: A DESCOBERTA DO CAVALO - SEVERINO JOSÉ - COM GABARITO

 Fábula/cordel: A descoberta do cavalo

                             Severino José

Ao escolher um aliado
Esta fábula já explica
Podes ao inimigo vencer
Mas escravo és tu quem fica

Ao ver um rude javali
Bebendo, um certo cavalo
Fingindo-se muito zangado
Começou a provocá-lo
E como não tinha coragem
Pediu para o homem matá-lo.

Levando o homem nas costas
O cavalo criou coragem
Porque naquela situação
Agora levava vantagem
Acabou com o javali
Ali naquela ramagem.

Quando ao voltar para casa
Pediu ao seu aliado forte
Que descesse da garupa
Pois o javali teve a morte
O homem lhe respondeu
És meu meio de transporte.

                 JOSÉ, Severino. Fábula/Cordel – introdução e seleção de Luiz de Assis Monteiro. São Paulo: Hedra, 2001. Coleção Biblioteca de cordel. p. 99.

      Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 32-3.

Entendendo a fábula/cordel:

01 – O que fez o cavalo ganhar coragem de enfrentar o inimigo?

      O fato de estar com o homem.

02 – O que o cavalo esperava do homem por ter enfrentado o javali?

      Que o homem não o montasse.

03 – A história contada no cordel apresenta um ensinamento. Em que estrofe esse ensinamento é apresentado?

      Na primeira estrofe.

·        Que ensinamento é apresentado?

Escolher bem o aliado, para não se tornar escravo dele.

04 – Em que estrofes é contada a história que comprova o ensinamento?

      Na 2ª, 3ª e 4ª estrofes.

05 – Com base no poema, assinale as alternativas adequadas.

(   ) Os versos que rimam são o terceiro e o quinto.

(X) As estrofes, com exceção da primeira, são compostas de seis versos.

(X) O segundo, o quarto e o sexto verso rimam entre si.

(   ) Este poema também fala da arte do cordel.

 

 

MITO: ORIXANLÁ CRIA A TERRA - REGINALDO PRANDI - COM GABARITO

 Mito: Orixanlá cria a Terra.

    No começo, o mundo era todo pantanoso e cheio d’água, um lugar inóspito, sem nenhuma serventia.

        Acima dele havia o Céu, onde viviam Olorum e todos os orixás, que ás vezes desciam para brincar nos pântanos insalubres.

        Desciam por meio de teias de aranha penduradas no vazio. Ainda não havia terra firme, nem o homem existia.

        Um dia Olorum chamou à sua presença Orixanlá, o Grande Orixá. Disse-lhe que queria criar terra firme lá embaixo e pediu-lhe que realizasse tal tarefa.

        Para a missão, deu-lhe uma concha marinha com terra, uma pomba e uma galinha com pés de cinco dedos.

        Orixanlá desceu ao pântano e depositou a terra da concha. Sobre a terra pôs a pomba e a galinha e ambas começaram a ciscar. Foram assim espalhando a terra que viera na concha até que terra firme se formou por toda parte.

        Orixanlá voltou a Olorum e relatou-lhe o sucedido. Olorum enviou um camaleão para inspecionar a obra de Oxalá e ele não pôde andar sobre o solo que ainda não era firme. O camaleão voltou dizendo que a Terra era ampla, mas ainda não suficientemente seca.

        Numa segunda viagem o camaleão trouxe a notícia de que a terra era ampla e suficientemente sólida, podendo-se agora viver em sua superfície. O lugar mais tarde foi chamado de Ifé, que quer dizer ampla morada.

        Depois Olorum mandou Orixanlá de volta à terra para plantar árvores e dar alimentos e riquezas ao homem. E veio a chuva para regar as árvores.

        Foi assim que tudo começou. Foi ali, em Ifé, durante uma semana de quatro dias, que Orixanlá criou o mundo e tudo o que existe nele.  

Reginaldo Prandi. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 5502-3.

         Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 59-61.

Entendendo o mito:

01 – Quem são os personagens do mito Orixanlá cria a Terra?

      Os orixás – Olorum e Orixanlá – e o camaleão.

02 – O mito lido explica a criação da Terra.

a)   Quem criou a Terra, segundo o mito?

Os deuses Olorum e Orixanlá.

b)   Como a Terra foi criada?

Com a terra de uma concha, uma galinha e uma pomba. As aves ciscaram e espalharam a terra.

03 – Olorum enviou o camaleão à Terra duas vezes.

a)   Como estava a Terra na primeira visita do camaleão?

A Terra estava ampla, mas ainda não estava firme.

b)   Como ela estava na segunda visita?

A Terra continuava ampla, mas agora bem firme.

04 – Releia um trecho do mito e observe os substantivos sublinhados e as palavras antes deles.

        “[...] Olorum enviou um camaleão para inspecionar a obra de Oxalá e ele não pôde andar sobre o solo que ainda não era firme. O camaleão voltou dizendo que a Terra era ampla, mas ainda não suficientemente seca.” Que palavras aparecem antes dos substantivos sublinhados?

      Um, a, o.

MITO: O DIA EM QUE O ARCO-ÍRIS ESTANCOU A CHUVA - REGINALDO PRANDI - COM GABARITO

 Mito: O DIA EM QUE O ARCO-ÍRIS ESTANCOU A CHUVA

            Quando havia escravidão em nosso país, milhares de africanos que pertenciam aos povos iorubás foram caçados e trazidos ao Brasil para trabalhar como escravos.

        Assim como outros africanos aqui escravizados, os iorubás, que também são chamados nagôs, trouxeram seus costumes, suas tradições, seus deuses, os orixás. E, até hoje, muitas dessas tradições dos antigos nagôs estão vivas, tanto no Brasil como na própria África. Fazem parte delas as histórias de Ifá.

        Ifá, o Adivinho, aquele que conhece todas as histórias já acontecidas e as que ainda vão acontecer, conta que na antiga África negra, em tempos imemoriais, vivia a mais velha das mulheres, a mais antiga de todas.

        Ela era tão arcaica que até ajudou Oxalá a criar a humanidade, emprestando-lhe a lama do fundo do lago onde ela vive para que ele moldasse o primeiro ser humano.

        Apesar de velha, era mulher bela e formosa, era uma deusa, e Nanã era seu nome. Teve dois filhos, um muito bonito, o outro feio.
O filho feio é conhecido pelo nome de Omulu, o outro, o belo, nós o chamamos de Oxumarê.

        O príncipe Oxumarê usava roupas vistosas tingidas de todas as cores, que realçavam ainda mais sua beleza e o faziam invejado por todos. Aonde quer que fosse, era sempre admirado por sua formosura e pelo luxo de seus trajes. Esse gosto pelas roupas alegres herdara do pai, conhecido como o homem da capa multicolorida.

        Contam muitas histórias sobre Oxumarê e dizem que ele costuma aparecer ora na forma de uma cobra, ora como o próprio arco-íris enfeitando o céu.

        Pois bem, dizem que houve um tempo em que a Terra foi quase destruída pela Chuva. Chovia o tempo todo, o solo ficou todo encharcado, os rios pularam fora de seus leitos, de tanta água. As plantas e os animais morriam afogados, a umidade e o mofo se alastravam por todos os lugares, a doença e a morte prosperavam.

        A chuva é benfazeja, mas não pode durar para sempre, sabia muito bem Oxumarê. Então, o jovem filho de Nanã, que nunca tinha tido simpatia pela Chuva, apontou seu punhal de bronze para o alto
e com ele fez um grande corte em arco no céu, ferindo a Chuva e interrompendo sua ação.

        A Chuva parou de cair e alagar tudo aqui embaixo, e o Sol pôde brilhar de novo, refazendo a vida. Desde então, quando chove em demasia, Oxumarê risca o céu com seu punhal de bronze
para estancar as águas que caem das alturas. Quando isso acontece, todos podem ver o belo príncipe no céu vestido com suas roupas multicoloridas. Todos podem vê-lo na forma do arco-íris.
Na língua africana de Oxumarê, aliás, seu nome quer dizer exatamente isso: o Arco-Íris. Quando não está chovendo, 
Oxumarê vive na Terra.

        Muitos dizem que Oxumarê foi posto no firmamento
por sua própria mãe Nanã, a Sábia, para que, de lá do alto, todos pudessem admirar sua beleza.

        Dizem também que foi por causa de sua formosura que Oxumarê acabou transformado numa cobra. Tudo porque Xangô, o Trovão, rei da cidade de Oió, encantou-se com as cores do Arco-Íris.

        Para poder admirar Oxumarê quando bem quisesse, Xangô planejou aprisioná-lo para sempre.

        O rei Trovão chamou Oxumarê em seu palácio e, quando o jovem príncipe entrou na sala do trono, os soldados do rei fecharam todas as portas e janelas. O príncipe das cores não podia fugir de Xangô, estava encurralado, preso, impedido de subir ao firmamento.

        Oxumarê ficou desesperado. Quem estancaria a Chuva, se ele permanecesse preso? Quem salvaria a humanidade da fúria das águas? Quem impediria as enchentes, as enxurradas destruidoras, as avalanches de terra encharcada? Quem frearia a destruição das colheitas por excesso de água? Quem livraria o homem da fome, da morte?

        Oxumarê, o Arco-Íris, implorou a Olorum. Olorum, o Senhor Supremo, ouviu o prisioneiro e, com pena dele, transformou-o numa cobra. A cobra então deslizou pelo chão da sala do palácio e, com facilidade, escapou pela fresta sob a porta. Ficou livre para sempre.

        Por isso Oxumarê vive no firmamento e vive no solo. Vive no Céu e na Terra. Ele é ambíguo, é misterioso. Temos medo quando o vemos rastejar pelo chão feito um réptil asqueroso, e nos encantamos com suas cores luxuosas esparramadas em arco no horizonte. Ele é o príncipe-serpente, a cobra que rasga o céu. É o Senhor do Arco-Íris.

            Reginaldo Prandi. OXUMARÊ, O ARCO-IRIS. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004. p. 9-11.

      Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 55-9.

Entendendo o mito:

01 – No início do texto menciona-se Ifá, o Advinho. Quem é Ifá e o que ele faz?

        Ifá é um contador de histórias e é ele que narra o mito de Oxumarê.

02 – Releia este trecho.

        “Ifá, o Adivinho, aquele que conhece todas as histórias já acontecidas e as que ainda vão acontecer, conta que na antiga África negra, em tempos imemoriais, vivia a mais velha das mulheres, a mais antiga de todas.

        Ela era tão arcaica que até ajudou Oxalá a criar a humanidade, emprestando-lhe a lama do fundo do lago onde ela vive para que ele moldasse o primeiro ser humano.”.

a)   Que informações são dadas nesse trecho sobre o tempo em que se passa a história?

Em tempos imemoriais.

b)   É possível determinar o tempo em que o mito acontece? Por quê?

Não. Porque são tempos imemoriais, muito antigos.

c)   Que informações demonstram o quanto a deusa Nanã era velha?

Era a mais antiga de todas as mulheres e ajudou Oxalá a criar a humanidade.

d)   Que outro deus é mencionado no trecho?

Oxalá, o criador da humanidade.

03 – Quais são as características de Oxumarê invejadas pelos outros?

      Ele é bonito e se veste com roupas ricas e coloridas.

04 – Sobre os personagens, assinale as alternativas corretas.

(X) Todos os personagens são deuses.

(   ) Oxumarê é humano e os outros são deuses.

(X) Existe um senhor supremo, Olorum.

(X) Nanã é a mulher mais velha de todas e também uma deusa.

05 – Sublinhe no mito o trecho que mostra os problemas que a chuva estava provocando.

      “[...] Chovia o tempo todo, o solo ficou todo encharcado, os rios pularam fora de seus leitos, de tanta água. As plantas e os animais morriam afogados, a umidade e o mofo se alastravam por todos os lugares, a doença e a morte prosperavam.”

06 – Como Oxumarê estancou a Chuva?

      Cortando o céu com seu punhal e transformando-se em arco-íris.

07 – Pode-se afirmar que Oxumarê foi um herói? Por quê?

      Sim, já que seu ato trouxe benefícios ao povo.

08 – O mito que você leu explica que fenômeno da natureza?

      O surgimento do arco-íris.

09 – Por que Xangô prendeu Oxumarê?

      Porque queria poder admirar sua beleza a qualquer tempo.

10 – Como Oxumarê se livrou da prisão?

      Ele foi transformado em cobra por Olorum e conseguiu escapar por uma fresta.

11 – Se Oxumarê continuasse prisioneiro, o que aconteceria?

      A chuva não pararia e provocaria inúmeras tragédias.

 

 

RECEITA: DE ACARAJÉ - LÚCIA GASPAR - COM GABARITO

 Receita: de Acarajé

Ingredientes:

½ kg de feijão fradinho.

150 g de cebola.

Um litro de azeite de dendê.

700 g de camarão defumado sem casca.

Recheio:

        Quatro a seis xícaras de azeite de dendê, três cebolas picadas, alho a gosto, camarão defumado sem casca e cheiro-verde refogados por 10 a 15 minutos. Podem-se acrescentar tomate e coentro, caruru, vatapá e molho de pimenta.

Modo de fazer:

        Coloca-se o feijão fradinho de molho até inchar. Tira-se o olho e a pele. Moesse na pedra, no pilão ou na máquina de triturar. Tempera-se a massa resultante, com sal, cebola machucada e camarões secos descascados e bem moídos. Bate-se bem, até a massa ficar homogênea e ligada. Coloca-se azeite de dendê numa frigideira e vai frigindo a massa às colheradas. Serve-se com um recheio de camarão seco, pimenta e cebola.

Lúcia Gaspar. Acarajé. Pesquisa Escolar On-line. Recife: Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar. Acesso em: 20 mar. 2013.

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 64.

Entendendo a receita:

01 – A palavra um aparece duas vezes na receita. Em que situação é classificada como artigo? Por quê?

      Em “um recheio”. É artigo porque generaliza o substantivo recheio.

02 – Em que situação é numeral? Por quê?

      Em “um litro de azeite”. Indica quantidade.

03 – Que outros numerais aparecem no texto? Como são classificados?

      Quatro, seis, três. São numerais cardinais e indicam quantidade.

04 – Por que são utilizados esses numerais na receita?

      Para que a pessoa saiba as quantidades exatas para fazer a receita.

CONTO: HERÓI - DOMINGOS PELLEGRINI - COM GABARITO

 Conto: Herói

           Domingos Pellegrini

        Meio século depois que, aos nove anos, meu avô João me levou à primeira pescaria, levo meu neto Caetano de quatro anos. Fui de trem, ele vai de cadeirinha, no banco traseiro do carro. Fui a um rio, ele vai a um pesque-pague. Pesquei com o vô num barranco, agora pescamos sentados em banco à beira da lagoa.

        Fiz em casa a massa para a isca, batendo no liquidificador ração de gato, colorau e farinha de trigo, depois sovando com ovo e missô, fica uma massa vermelha e cheirosa, muito mais atraente para os peixes do que a massa escura do pesqueiro. Logo pego a primeira tilápia, para mostrar a Caetano como se faz.

        Boto a tilápia no samburá, boto nova isca no anzol, boto a vara nas mãos dele. Ele olha a boia, enquanto digo que deve puxar a vara só quando ela afundar ou correr. A boia tremelica, ele puxa, nada pega, repito as instruções. Ele olha a boia, ela trisca, tremelica, sacode e afunda, ele ainda olhando fascinado. Grito para puxar a vara, ele puxa, e então me revejo no momento inesquecível, o peixe dá vida puxando para lá, o menino puxando para cá, a vara curvando e vibrando com o menino.

        Digo para ele cansar a tilápia, mas que, ele puxa até ela bater na beirada, então pego a linha e tiro o bicho da água. Agachamos olhando o peixe espantado na grama, enquanto o menino se espanta do próprio poderio, até levantar gritando:

        — Peguei, vô, peguei!

        Vou ensinando a botar isca e lançar a vara, coisas que ele faz mais ou menos, como também não atina com a hora certa de fisgar, mas puxar a vara, ah, puxa que só. Quando tiramos o terceiro peixe, uma mulher fala que ele é um grande pescador, e ele me olha orgulhoso. Depois da quarta tilápia, vamos ao bar para ele pegar suco de morango, e pergunto se quer fazer xixi, diz que não, quer pescar.

        Voltamos à lagoa, e, mais quatro tilápias depois, pergunto se quer fazer xixi, ele diz que não, quer mais suco de morango. Dou a ficha, ele vai sozinho ao bar, volta homenzinho com o suco. Uma menina vem admirar quando ele puxa mais uma tilápia, e depois vou ver as varas de espera que deixei numa lagoa maior. Quando volto, cadê ele?

        Vou gritando seu nome, olhando a beirada das lagoas, a água, meu Deus, a água. Vou ao bar, grito Caetano, ele responde lá do sanitário: tô aqui, vô! Volto a lagoa, e logo ele vem, as calças molhadas de xixi:

        — Não deu tempo, vô.

        Vamos ao carro trocar sua roupa, a menina olhando de longe, ele se envergonha, diz que não quer mais pescar. Digo que então deve voltar à lagoa, sim, para dar de presente à menina nossa massa tão pescadeira. Ele diz que não, emburrado. Digo que ele deve, porque é assim que fazem os heróis.

        — Todo herói tem sua fraqueza. O Super-Homem enfraquece perto dum a pedra verde chamada kriptonita. Sansão ficava fraco quando cortava o cabelo. O Homem-Aranha às vezes escorrega. Todo herói tem sua fraqueza.

        Ele pensa, pega a bola de massa, vai dar à menina. Vamos ver as varas de espera, e lá está um pacu, que ele ajuda puxar rodando o molinete, todo feliz. Digo que é seu primeiro peixe grande, que está virando um grande pescador, e ele passa a caminhar com passos maiores.

        Passando pela lagoa menor, a mãe da menina grita agradecendo, já pescaram três tilápias com nossa massa. A menina vem correndo e lhe dá uma bala, uma simples bala que ele vai levando no carro como se fosse uma medalha. Dorme. Em casa, deixo que continue dormindo no carro enquanto guardo as varas e os peixes. Depois cutuco para acordar, ele olha a bala na mão, vai correndo contar:

        — Peguei oito peixes, vó! E ganhei uma bala!

        Um herói.

                          Domingos Pellegrini. A caneta e o anzol: histórias de pescaria. São Paulo: Geração Editorial. 2012. p. 91-4.

       Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 88-92.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Molinete: carretilha com manivela, fixada no cabo de uma vara de pescar.

·        Samburá: cesto de bojo largo e boca estreita, usado pelos pescadores para guardar peixes e outros apetrechos.

·        Triscar: mexer-se, mover-se.

02 – Conte, de maneira breve, os fatos narrados no conto.

      O avô e o neto vão a um pesque-pague para a primeira pescaria do neto. O neto se recusa a ir fazer xixi. Depois de pescar tilápias e beber dois sucos de morango, o neto faz xixi nas calças e fica muito envergonhado. O avô o incentiva a enfrentar sua vergonha e entregar a massa pescadeira para uma garota que também estava pescando. O menino pega um pacu, ganha uma bala da menina e volta feliz e mais maduro para casa.

03 – Quem participa desse conto?

      O avô, o neto, a menina e sua mãe.

04 – Em que lugar se passa o conto?

      A história narrada no conto se passa no pesque-pague.

05 – O tempo em que se passa esse conto é delimitado?

      Sim. O conto durou algumas horas.

06 – Aquele que conta a história é chamado de narrador. Há narrador nesse conto? Comprove sua resposta com um trecho do texto.

     Logo no início do texto notamos a presença do narrador, como pode ser visto em: “Meio século depois que, aos nove anos, meu avô João me levou à primeira pescaria, levo meu neto Caetano de quatro anos”.

07 – Leia.

        O narrador-observador, ou narrador em 3ª pessoa, se posiciona fora dos fatos narrados.

        O narrador-personagem, ou narrador em 1ª pessoa, é aquele que participa diretamente da história como qualquer personagem.

Que tipo de narrador foi escolhido pelo autor do conto “Herói”?

      O narrador em 1ª pessoa – narrador-personagem.

08 – Nesse conto são usados o discurso direto e o discurso indireto. Escreva DD para discurso direto e DI para discurso indireto.

(DD) “— Peguei oito peixes, vó! E ganhei uma bala!”

(DI) “[...] pergunto se quer fazer xixi, ele diz que não, quer mais suco de morango”.

(DD) “— Não deu tempo, vô.”

(DI) “[...] um mulher fala que ele é um grande pescador [...]”.

09 – Leia.

        São elementos de uma narrativa: o enredo, o narrador, os personagens, o espaço e o tempo.

Encontre no conto estas informações sobre o enredo.

a)   Em que parágrafo localizamos a apresentação dos personagens e das primeiras ações do enredo?

No primeiro parágrafo.

b)   Qual é o momento de maior tensão da narrativa?

O momento em que o avô não sabe onde o neto está. O menino faz xixi nas calças e não quer mais pescar, porque supõe que uma menina viu o incidente.

c)   Como o conflito é resolvido nesse conto?

O avô conversa com o neto e o convence a enfrentar sua vergonha: levar a massa para a menina e pegar o último peixe.

10 – Releia este trecho.

        [...] Quando volto, cadê ele?

        Vou gritando seu nome, olhando a beirada das lagoas. A água, meu Deus, a água [...]. O que o avô imaginou que poderia ter acontecido ao neto?

      Ele pensou que o neto caíra em uma das lagoas e que poderia ter se afogado.

11 – No início do conto, o que o avô queria ensinar ao neto?

      O avô queria ensinar o neto a pescar.

12 – Ao final do conto, o avô ensinou mais do que pretendia no início. O que o neto aprendeu com o avô na pescaria?

      O neto aprendeu a enfrentar um problema e não só a pescar.

13 – Discuta com seus colegas e professor. Por que o conto recebeu o título de “Herói”?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A fraqueza do menino foi ter feito xixi nas calças. E tal qual um herói de quadrinhos, ele enfrentou sua fraqueza e foi até a menina.

 

sábado, 28 de maio de 2022

CHARGE: PROGRAMA DA MULHER BRASILEIRA - HUBERT DE CARVALHO ARANHA - COM GABARITO

Charge: Programa da mulher brasileira

 

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Hubert de Carvalho Aranha. In: Piracicaba – 30 anos de humor.

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 139.

Entendendo a charge:

01 – Qual é a profissão da personagem representada na charge? Que características permitem identificar a profissão?

      A personagem representa na charge trabalha como empregada doméstica. Podemos identificar a profissão por meio do avental utilizado para trabalhar e da vassoura na mão. A forma de tratamento “madame”, utilizada pela personagem, confirma e reforça a caracterização.

02 – A quem a personagem se dirige ao anunciar o começo do programa de televisão? Qual é o público-alvo desse programa?

      A empregada doméstica se dirige à patroa e anuncia o começo de um programa destinado à mulher brasileira.

03 – O que a fala da personagem revela sobre as diferenças sociais no Brasil?

      A empregada doméstica da charge, apesar de ser mulher e brasileira, não se sente incluída nessa categoria e, portanto, não se reconhece como pertencente ao público-alvo do programa de televisão. A charge ironiza o processo de exclusão social no Brasil e mostra como nem todos os brasileiros são tratados da mesma maneira.

  

PROPAGANDA: DENGUE É FÁCIL COMBATER, SÓ NÃO PODE ESQUECER - COM GABARITO

 Propaganda: Dengue é fácil combater, só não pode esquecer

 

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Fique atento aos locais que podem acumular água: mantenha a caixa-d’água fechada. Mantenha a lixeira fechada. Não tenha água acumulada sobre a laje. Mantenha as calhas limpas.

E não se esqueça: se sentir febre com dor de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo e nas juntas, pode ser dengue. Procure uma unidade de saúde.

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 119-122.

Entendendo a propaganda:

01 – Analise os elementos que aparecem na propaganda, de acordo com o roteiro a seguir.

a)   O que é divulgado pela propaganda?

A prevenção contra a dengue.

b)   O que se deseja com ela?

Conscientizar a população sobre a doença.

c)   Quem é o responsável pela propaganda?

O Governo Federal.

02 – A propaganda é composta de elementos verbais (texto escrito) e de elementos não verbais (fotos, desenhos, etc.).

a)   Que elementos não verbais são utilizados nessa propaganda?

Foto do menino em casa, ao lado de um vaso, e ilustrações de ações de prevenção contra a doença, além do balão de pensamento ligado ao menino.

b)   Quais textos estão em maior destaque na propaganda?

“Dengue pode matar. Dengue, é fácil combater, só não pode esquecer. Elimine os focos do mosquito da dengue”.

c)   Se eliminássemos o texto escrito, conseguiríamos entender a propaganda? Explique.

Não, porque na propaganda o texto e a imagem se complementam.

03 – O sinal V representa uma marca que se faz ao lado de um item de uma lista, para indicar que aquele item foi resolvido. Na propaganda, por que há a imagem de um vaso com o sinal V embaixo?

      Porque a água que fica nos pratinhos dos vasos é foco do mosquito da dengue. O vaso está “ticado” porque é um foco eliminado.

04 – Quais cores foram utilizados na propaganda e quais delas mais se destacam?

      Cinza, azul, verde, vermelho e amarelo. O vermelho e o vinho são as cores que mais se destacam, chamando a atenção para o slogan da campanha e para a frase “Elimine os focos do mosquito da dengue”.

05 – Quem vê a propaganda pode se sentir motivado a se conscientizar sobre o tema? Por quê?

      Sim. As pessoas compreendem a importância de cuidar da sua própria saúde por meio de ações preventivas como as citadas na propaganda.

06 – Observe a forma como o verbo eliminar foi usado na propaganda. Em qual modo verbal ele se encontra?

      No imperativo.

07 – Converse com os colegas e o professor sobre as questões a e b.

a)   O emprego desse modo verbal é comum em propagandas?

Sim. Seria interessante que dessem exemplos.

b)   O que se pretende com o uso desse modo verbal?

Pretende-se que o leitor faça o que é indicado. Ele é usado em textos desse gênero para persuadir, convencer o leitor a fazer algo.

08 – Há, na propaganda, outros verbos no modo imperativo. Copie-os.

      Não se esqueça, procure, fique, mantenha, não tenha.

09 – A quem essa propaganda é endereçada? Assinale a alternativa.

(   ) Às crianças.

(   ) Às pessoas que têm vasos em casa.

(X) Ao público em geral.

PROPAGANDA: WWF BRASIL - COM GABARITO

 Propaganda: WWF Brasil

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5asfa-AaCt9B_2d7QptmXKYSCt2KCqQVHRxgFMDXNVmwm_8uKwLb9PpPTXuHZAwDPxgr5yl2gXSblIduK7z7T9kOMXfpp6TGYENFhx2cZX4k_vkMdICQMJxzlzYMwSS2i7D-MN9UbYnon2U1ZFQyRLIqHZxnJTSR-En2ZmbAlBcgjF8MkrwQNFy9q/s1600/poupe.jpg

        Esta propaganda é de uma Organização Não Governamental, a WWF Brasil – “World Wide Fund for Nature”, em português “Fundo Mundial para a Natureza” – comprometida com a conservação da natureza. Para isso, desenvolve diversos projetos, entre eles campanhas de educação ambiental.

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 122-3.

Entendendo a propaganda:

01 – Que imagem é apresentada em destaque no centro da propaganda?

      A imagem de um cofre em forma de porquinho, preenchido com água pela metade.

02 – Que cores se destacam sobre o fundo preto?

      O branco das letras e do contorno do porquinho e o azul da água.

03 – Que imagem identifica a instituição que assina essa propaganda?

      A imagem de um urso panda. Há também uma imagem ao lado com s cores da bandeira do Brasil para indicar que é a WWF do Brasil.

04 – No dia a dia, qual é a função do porquinho representado na imagem em destaque?

      O porquinho em forma de cofre é utilizado para guardar dinheiro para algum projeto futuro.

05 – Na propaganda, com o que o porquinho está sendo preenchido?

      Com água.

06 – O verbo poupe está em destaque acima da imagem. O que deve ser poupado?

      A água do planeta, por ser um recurso essencial à vida.

07 – Além de poupe, que outros verbos também estão no modo imperativo?

      Conserve e afilie-se.

08 – Que atitude a propaganda espera do leitor?

      Que economize água e conserve o planeta.

TIRA: LAERTE DECIFRA-ME - COM GABARITO

 Tira: Laerte decifra-me

 

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSPvJs785s6YrKTiqB4_GnSGbt-dzunqwK5x0qBcqpAj9kLalu54qz_kBbBmsUmyO6-hwM85wSApnVEO99m2OFZOgmMq4VIq1okSSKekTi1S0GYx8diRfbTXk9pOYyVsjF6jgcS8g-RUoHTca_hvvQWX50BtEUC2Mh1mzsOl8sGDBCHsK4i36N-Mym/s320/LAERTE.jpg

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 113.

Entendendo a tira:

01 – Quais são as personagens?

     São um casal de gatos.

02 – Quais dos verbos representam um fato ocorrido antes do momento em que se fala, ou seja, no passado?

      Foi e fez.

03 – Qual representa ação que ainda vai acontecer?

      Vai.

04 – Quais representam um fato ocorrido no momento em que se fala?

      Enlouquece. Desisto.