domingo, 18 de abril de 2021

POEMA: A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL(FRAGMENTO) - ABDIAS CAMPOS - COM GABARITO

 Poema: A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL

            Abdias Campos

[...]

Para lhes deixar a par
Sobre esta literatura
Que é a mais popular
E ainda hoje perdura
Vamos direto ao começo
Donde vem esta cultura

Sua primeira feitura
Na Europa aconteceu
Tipógrafos do anonimato
Botaram o folheto seu
Pra ser vendido na feira
E assim se sucedeu

Foi Portugal que lhe deu
Este nome de cordel
Por ser vendido na feira
Em cordões a pleno céu
Histórias comuns, romances
Produzidos a granel

O cordel introduzido
No Brasil foi gradual
Maior parte dos folhetos
Como patrimônio oral
Ingressou principalmente
Como histórias de Sarau

Foi no Nordeste o local
Que lhe brasileirizou
Nos serões familiares
Dos sertões aonde chegou
Levando alegria ao povo
Pela voz do cantador

Conduzia o rumor
De histórias da redondeza
Noticiadas em versos
Dadas com toda clareza
A uma população
Que se tornava freguesa

Dos peregrinos romeiros
Da mocinha apaixonada
Dos ciganos que viviam
A procura de estrada
Dos sinais vindos do céu
Anunciando a invernada

Sempre em versão cantada
Assim o Cordel viveu
Antes de 1900
Primeira edição se deu
Se lá para cá permanece
Mantendo o legado seu.

[...]

CAMPOS, Abdias. Folheto de cordel. Recife, 2005.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 214-216.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        A granel: solto, sem embalagem, em partes.

·        Anonimato: sem indicação de autoria ou nome.

·        Feitura: o que é feito ou realizado.

·        Gradual: aos poucos.

·        Perdurar: permanecer por muito tempo.

02 – De que se trata esse poema de cordel?

      O poema fala sobre a história da literatura de cordel.

03 – Releia os seguintes versos:

Para lhes deixar a par
Sobre esta literatura
Que é a mais popular
E ainda hoje perdura
Vamos direto ao começo
Donde vem esta cultura.”

Responda:

a)   Qual é o significado da palavra popular nesses versos? Pesquise em um dicionário impresso ou na internet.

Pertencente e acessível ao povo.

b)   Por que será que o poema afirma que essa literatura é “a mais popular”?

Porque é uma literatura que se origina, no Brasil, das histórias de tradição oral, popularizadas e divulgadas em folhetos vendidos em feiras, de forma acessível às pessoas.

c)   Em sua opinião, por que a literatura de cordel perdura até os dias atuais?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Nos versos da segunda estrofe da parte reproduzida do poema, é apresentada a origem da literatura de cordel. Responda:

a)   De onde a literatura de cordel se originou?

Segundo o poema, teve origem na Europa.

b)   O que significa a palavra tipógrafo nesses versos? Pesquise em um dicionário impresso ou na internet.

Aquele que cria e compõe a impressão de textos no papel.

c)   Quem eram os autores dos textos? Onde eram comercializados?

Os textos eram anônimos, ou seja, sem identificação de autoria (o que imprimia o caráter popular a essa literatura) e eram comercializados na feira.

d)   A origem dessa literatura é escrita ou oral? Transcreva um verso que justifique sua resposta.

Na Europa, pelo texto, a origem é escrita. Essa informação pode ser comprovada pelo verso: “Tipógrafos do anonimato”.

05 – De acordo com o poema, foi em Portugal que essa manifestação cultural recebeu o nome de “literatura de cordel”. Responda:

a)   Por que recebeu esse nome?

Porque os folhetos eram vendidos na feira, pendurados em cordões suspensos.

b)   O que significa a expressão a granel nesse contexto?

Romances vendidos em partes, por meio de folhetos.

c)   Que gêneros de texto eram produzidos e vendidos nesses folhetos a granel?

Histórias comuns e partes de romances.

06 – Releia a seguinte estrofe:

O cordel introduzido
No Brasil foi gradual
Maior parte dos folhetos
Como patrimônio oral
Ingressou principalmente
Como histórias de Sarau.”

a)   A origem da literatura de cordel no Brasil foi escrita ou oral? Que expressão justifica sua resposta?

Segundo o poema, a origem é oral, pois os folhetos se originaram das histórias contadas pelo povo. A expressão que justifica a resposta é “patrimônio oral”.

b)   O que seria o nosso patrimônio oral?

As histórias tradicionais de cultura oral, transmitidas de geração e geração.

c)   O que significa a palavra sarau nesse contexto? Pesquise em um dicionário impresso ou na internet.

Reunião festiva na qual as pessoas realizam manifestações artísticas como: cantar, dançar, recitar poemas, contar causos, realizar leituras dramatizadas de trechos de Livros, de contos e crônicas, entre outras.

d)   Por que será que a literatura de cordel em folhetos foi introduzida no Brasil de forma gradual?

A literatura de cordel, impressa em folhetos, veio de Portugal e se incorporou à tradição literária brasileira por meio das histórias de tradição oral, transmitidas de geração a geração. Foi introduzida de forma gradual pois precisou se adaptar às manifestações culturais brasileiras.

07 – A literatura de cordel se popularizou no Nordeste brasileiro e é internacionalmente conhecida como tradição popular dessa região. De acordo com o poema, responda:

a)   Que histórias eram cantadas em formato de cordel na região Nordeste?

Todo tipo de histórias, como verdadeiras e lendas.

b)   Pesquise, na internet, por que o cordel é cantada e não recitado.

Porque antes dos poemas serem impressos em folhetos, eram cantados e essa tradição permaneceu.

c)   Essa manifestação literária, em sua origem no Nordeste, era especifica de uma classe social? Explique.

De acordo com o poema, os textos eram cantados em qualquer lugar e apreciados por pessoas de qualquer classe social, como está explicitado nos versos: “Desde as casas de riqueza / Nas varandas das fazendas / Até os dias de feira.”

08 – Leia, no quadro a seguir, alguns conjuntos de palavras que rimam no poema de cordel que você leu:

        Perdura/cultura – cordel/céu – oral/sarau.

        Algumas rimas do poema de cordel são formadas por palavras que, colocadas juntas, produzem efeitos de sentido que colaboram para a compreensão geral do texto.

        Identifique a alternativa que explica os efeitos de sentido produzidos pela escolha dessas palavras para formarem a rima:

·        O efeito de sentido produzido por esses pares de palavras nas rimas é o de contraste, ou seja, elas são de naturezas totalmente opostas.

·        O efeito de sentido produzido é o de sinonímia, porque as palavras que rimam são pares de sinônimos.

·        O efeito produzido é o de complementaridade, pois essas palavras, ao rimarem, se complementam em seu sentido como: “perdura a cultura”; “cordel lá no céu”; “sarau é oral”.




 

 







CARTAZ: ÀGUA, ME DÁ UM BALDE AÍ - TELA BR - COM GABARITO

 Cartaz: Água, me dá um balde aí




                TELA BR, 4° Concurso Brasil em Cartaz. Disponível em: http://bit.ly/2xKY6uR. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 190.

Entendendo o cartaz:

01 – Qual é o objetivo desse cartaz?

      O cartaz tem por objetivo promover o concurso de um filme de curta-metragem com o tema: “Água, me dá um balde aí”.

02 – Para que leitor específico o cartaz está direcionado?

      Para estudantes e interessados em audiovisual em todo o Brasil.

03 – Releia a frase principal do cartaz. Em seguida, transcreva as palavras acentuadas:

        “Água, me dá um balde aí”.

      Água – dá – aí.

04 – Que palavra acentuada no cartaz apresenta hiato?

      Aí (a - í).

05 – Que mudança de sentido ocorrerá se essa palavra não for acentuada?

      A palavra que contém hiato, “aí”, expressa uma circunstância de lugar. Sem o acento, tem-se outra palavra, outro significado e sentido: “aí” (palavra monossílaba), que expressa dor, tristeza e lamento.

06 – As palavras a seguir apresentam hiatos e algumas delas devem ser acentuadas. Quais são essas palavras?

   Bainha – egoista – sauva – saude – rainha – Paraiba – moinho.

      Egoísta – saúva – saúde – Paraíba.

       





CAMPANHA: "ECONOMIZE ÁGUA, CADA GOTA CONTA!" PREFEITURA MUNICIPAL NOVA ERA - MG - COM GABARITO

 Campanha: Economize água, CADA GOTA CONTA!”


Por: Institucional

Publicado em 02/03/2017 16:01


        Apesar do nível dos reservatórios de água ter voltado a subir, a quantidade prevista de chuva para os próximos dias é pequena, portanto a economia deve ser constante.

        Ou seja, já está mais do que na hora de usarmos a água de forma consciente. E pequenas mudanças na sua rotina podem fazer toda a diferença.

        Para especialistas um dos caminhos mais conscientes na economia de água, é o chamado reuso, por exemplo, a água utilizada no enxague da máquina de lavar, pode ser reutilizada na descarga. Outra atitude necessária é o aproveitamento da água da chuva.

        Outro ponto fundamental é observar nosso consumo de produtos que utilizam muita água em sua cadeia produtiva.

PREFEITURA Municipal de Nova Era, Minas Gerais, 2017 – 2020. Campanha Economize água, cada gota conta! Disponível em: http://bit.ly/2NH7Pwl. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 184-5.

Entendendo a campanha:

01 – De quem você acha que é a responsabilidade pelo uso da água?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Como você e sua família podem fazer o uso consciente da água em sua casa?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Como você e seus colegas podem fazer o uso consciente da água em sua escola?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – O título da campanha, conforme informações do hiperlink, é “Economize água, cada gota conta!”. Responda:

a)   Que sentidos podem ser atribuídos à palavra conta nesse contexto?

“Conta” pode ter o sentido de “ser relevante” e, também, relacionada à fatura de água ou conta de água.

b)   Que relação é possível estabelecer entre o título da campanha e a imagem da torneira na parte superior do folder? Explique.

A ideia de que cada gota é importante é reiterada na imagem, pois no interior da gota há a imagem do planeta. Nesse sentido, a campanha procura mostrar que qualquer ação que diminua o consumo de água é relevante.

05 – Observe todos os elementos visuais e verbais do folder.

a)   Qual a relação entre a ilustração e a orientação para economizar água?

Cada ilustração demonstra a ação que deve ser realizada para evitar o desperdício de água.

b)   De que forma a articulação entre os recursos visuais e verbais pode ser mais compreensível e acessível às pessoas?

Como se trata de uma campanha voltada para todas as pessoas, as ilustrações têm a função de apoio às informações fornecidas para a economia de água.

c)   Nas orientações, há frases como “pesa no bolso”, “economiza água e dinheiro”. Por que o autor da campanha se utiliza desses argumentos? Explique.

Para persuadir as pessoas que não se importam, inicialmente, com argumentos de que pode faltar água a alguém ou de que pode contribuir com o uso sustentável. O argumento da economia de dinheiro pode persuadir bem mais pessoas a economizar água, porque atinge, igualmente, a todos.

06 – Explique a relação entre as ações a seguir e a economia de água, com base nas informações construídas durante o capítulo.

a)   Tome banhos rápidos.

O chuveiro é parte da casa que possibilita a vazão de quantidade significativa de água. O banho prolongado ocasiona desperdício de água e de energia elétrica.

b)   Não jogue lixo no vaso sanitário.

Jogar lixo no vaso sanitário tem como consequência o uso de mais água para descer a sujeira; além disso, pode entupir a rede de esgoto de sua casa ou da rua.

c)   Lave o carro com um pano úmido e um balde.

Para lavar o carro, procure não usar nenhum tipo de mangueira, pois desperdiça muita água.

d)   Lave a louça de maneira correta: encha a pia para ensaboar e esfregar pratos e talheres e enxágue depois.

Essa ação ajuda a economizar água porque a pessoa abre a torneira apenas uma vez. Abrir a torneira várias vezes, mesmo que por pouco tempo, gasta mais água.

e)   Molhe as plantas com um regador.

O regador molha as plantas com a quantidade exata de água, diferentemente da mangueira.

f)    Descongele carnes na parte de baixo da geladeira.

Muitas pessoas usam a torneira aberta, correndo água em cima de carnes, para descongelar. Isso ocasiona gasto muito alto de água. Colocar as carnes na parte de baixo, com antecedência descongela sem gastar água e é bem mais saudável.

g)   Limpe a calçada com vassoura e balde.

Para lavar a calçada, também se usam vassoura e balde. Deve-se evitar empurrar a sujeira com água.

h)   Evite o uso da mangueira.

Qualquer tipo de mangueira ocasiona desperdício, pois propicia escoamento muito rápido de água.

i)     Conserte qualquer vazamento de água.

Qualquer vazamento, mesmo que pequeno, pode ocasionar grande desperdício de água.

j)     Use bacia e escova vegetal para lavar frutas e legumes.

Essa ação possibilita economizar água, porque a torneira não fica aberta durante a lavagem. A água usada pode ser reaproveitada nos regadores.

k)   Usar máquinas de lavar louça e roupas totalmente cheias.

Além de economizar água, é possível usar a água da máquina de lavar para lavar o quintal e jogar no banheiro.

07 – Numa situação de crise hídrica, uma das medidas é o racionamento de água, que consiste na diminuição do consumo e na redução de abastecimento de água.

a)   Além das dicas apresentadas no folder da campanha, quais outras ações você acha que podem ser feitas para reduzir o consumo de água?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Essas dicas devem ser usadas apenas em situação de racionamento de água? Explique.

Não, pois a água é um bem coletivo e deve ser economizada, para que todos possam ter acesso a ela.

08 – Em sua opinião, quais são os benefícios sociais, ambientais e econômicos que o uso consciente da água pode trazer à sociedade?

      Resposta pessoal do aluno.

ENTREVISTA: ECONOMIA DE ÁGUA DEVE VIRAR ROTINA DEFENDE ESPECIALISTA - MARIANA TOKARNIA - COM GABARITO

 Entrevista: Economia de água deve virar rotina defende especialista


Por: Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Brasília

22 de março de 2017

  Sem perspectivas para o fim do racionamento, a população do Distrito Federal terá que se esforçar para reduzir o consumo. Situações de desperdício, como lavar calçadas com água tratada, são inaceitáveis para o coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Católica de Brasília e membro titular do Conselho de Recursos Hídricos do DF, Marcelo Resende. Em entrevista à Agência Brasil, ele disse ainda que os hábitos adquiridos em tempos de rodízio, mesmo que a economia compulsória termine, devem virar rotina, afinal, “a água é um bem finito”.

        [...]

        Eis os principais trechos da entrevista com Resende:

        Agência Brasil: Como o senhor vê esse cenário atual de crise no DF? O que mudou de 2015 para cá?

        Marcelo Resende: Parece até repetido, mas tivemos um agravante na virada de 2016 para 2017, que foram as questões meteorológicas e climáticas. Tivemos um ano mais uma vez atípico, com baixa precipitação. Esse é um dos grandes fatores do que estamos passando. Como os outros três fatores não foram modificados nesses dois anos, as coisas pioraram. Os outros fatores são a busca de novos mananciais, aumento da demanda e a baixa educação que temos sobre o uso dos recursos hídricos. As pessoas e as empresas continuam desperdiçando muita água, mesmo com o quadro negativo que a gente está tendo.

        Agência Brasil: Em 2015, o senhor disse que, mesmo que as condições meteorológicas se normalizassem, o sistema chegaria ao limite. Já estamos nesse limite de abastecimento?

        Marcelo Resende: Está provado que não conseguimos sobreviver com esses sistemas mais importantes de manancial que temos: o Descoberto e Santa Maria. Bastou passar pelo que estamos passando em termos meteorológicos para estarmos vivendo a questão do racionamento. Precisamos, sim, de novos mananciais, de novas alternativas de busca de água, mas eu vejo que, ao mesmo tempo que a gente tem que melhorar isso, temos que melhorar a educação.

        Agência Brasil: Pelos dados da Caesb, a população do DF está economizando mais. É suficiente? Dada essa nossa situação, o que o senhor prevê para o DF a curto, médio e longo prazo?

        Marcelo Resende: Estamos melhorando, mas ainda precisamos melhorar mais. Precisamos ver no fim da estação chuvosa que vai ser daqui a um mês mais ou menos. Se os nossos lagos chegarem até 60% ou mais, é bem possível que a gente vá ficar no racionamento da forma como está. Se não chegar, é bem possível que a gente parta para um racionamento mais ousado, com dois dias de interrupção para as cidades.

        Tudo que está sendo feito agora, em termos de obras, poderia ter sido feito de forma mais planejada, há alguns anos atrás. Não precisaríamos estar passando por isso. Mas, eu vejo que o risco de a gente ficar sem água é muito baixo.

        Agência Brasil: Essas medidas serão suficientes a longo prazo?

        Marcelo Resende: Estou dizendo até a próxima estação chuvosa. Se a gente tiver mais uma estação chuvosa ruim, em 2017, em 2018, a gente vai precisar de novo recorrer a outras alternativas, como Corumbá e uma retirada mais contínua do Lago Paranoá do que a que está prevista hoje.

        Agência Brasil: O que a população pode fazer?

        Marcelo Resende: Eu acho que nós somos um dos principais fatores do processo, se a gente ajudar, eu acho que a gente vai passar com mais tranquilidade esse ano. Agora, já estamos economizando, mas acho que precisa ser mais algo mais difundido, as pessoas precisam colaborar mais ainda. Existem muitas pessoas que acham que isso é uma farsa, que essa crise não existe, que é um cenário criado. Eu sou favorável a aplicação de multa para pessoas que estejam usando água tratada para lavar calçada, lavar carro, porque isso não deveria ser feito, nem em momento em que não houvesse crise. Eu acho que o cidadão tem que participar mais ativamente e a ação de fiscalização é fundamental nesse processo.

        Agência Brasil: Esse racionamento deveria ter começado antes?

        Marcelo Resende: Deveria, mas era uma questão muito mais política. Eu imagino que em setembro do ano passado já deveria ter começado.

        Agência Brasil: Uma vez que o volume de água aumenta nos reservatórios atuais ou mesmo que se acrescentem novas fontes, os moradores do DF poderão voltar ao consumo normal?

        Marcelo Resende: A economia deve continuar, pois a água é um bem finito e deve ser preservado. Muitas famílias consomem muito acima do que deveriam e desperdiçam muita água tratada com ações que poderiam ser feitas com água de reuso.

TOKARNIA, Mariana. Economia de água deve virar rotina, defende especialista. Agência Brasil, Brasília, 22 mar. 2017. Disponível em: http://bit.ly/2xGWKe7. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. P. 179-183.


Entendendo a entrevista:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Mananciais: todas as fontes de água da superfície ou subterrâneas que podem ser usadas para o abastecimento da população.

·        Precipitação: queda de água para a superfície da Terra, sob a forma de chuva, neve, gelo ou granizo.

02 – Observe o título da entrevista, e responda.

        “Economia de água deve virar rotina, defende especialista”

a)   O título apresenta fato ou opinião do entrevistado?

Apresenta opinião do entrevistado.

b)   Pelo título, é possível saber o assunto (ou um dos assuntos) tratado na entrevista? Explique.

É possível saber o assunto: a economia de água.

c)   Em que tempo verbal se encontra o título da entrevista? Está em primeira ou em terceira pessoa?

Está no tempo presente e em terceira pessoa.

d)   Qual é o efeito de sentido das escolhas do tempo do verbo e da pessoa de discurso?

Para criar o sentido de atualidade ao tema (tempo presente) e de objetividade (terceira pessoa), ou seja, para apresentar o tema de modo atual, fiel e exato na veiculação da opinião do especialista.

03 – Releia um trecho da entrevista.

         Sem perspectivas para o fim do racionamento, a população do Distrito Federal terá que se esforçar para reduzir o consumo. Situações de desperdício, como lavar calçadas com água tratada, são inaceitáveis para o coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Católica de Brasília e membro titular do Conselho de Recursos Hídricos do DF, Marcelo Resende.” Responda:

a)   Quem é o entrevistado? Que cargo(s) ocupa?

Marcelo Resende, coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Católica de Brasília e membro do Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal.

b)   Por que a Agência Brasil o escolheu para a realização de entrevista?

Porque Marcelo Resende é especialista no tema abordado na entrevista.

c)   Sobre qual situação o especialista foi chamado para prestar esclarecimento e dar opiniões?

Sobre a crise hídrica no Distrito Federal e as medidas tomadas pelo governo e pela população.

d)   A qual parte da entrevista o trecho acima se refere?

Ao primeiro parágrafo, antes da parte em que há perguntas e respostas.

04 – Analise o trecho a seguir.

        Agência Brasil: O que a população pode fazer?

        Marcelo Resende: Eu acho que nós somos um dos principais fatores do processo, se a gente ajudar, eu acho que a gente vai passar com mais tranquilidade esse ano. Agora, já estamos economizando, mas acho que precisa ser mais algo mais difundido, as pessoas precisam colaborar mais ainda.

        Responda:

a)   Como o texto está organizado?

Em perguntas, realizadas pela Agência Brasil, e respostas do entrevistado Marcelo Resende.

b)   Em sua opinião, como a repórter Mariana Tokarnia registrou e reproduziu tudo que o entrevistado falou?

Resposta pessoal do aluno.

05 – Releia os trechos a seguir, extraídos da entrevista, transcreva-os e marque O para opinião e F para fato.

·        Tivemos um ano mais uma vez atípico, com baixa precipitação. Esse é um dos grandes fatores do que estamos passando. (F)

·        Precisamos, sim, de novos mananciais, de novas alternativas de busca de água, mas eu vejo que, ao mesmo tempo em que a gente tem que melhorar isso, temos que melhorar a educação. (O)

·        Se a gente tiver mais uma estação chuvosa ruim, em 2017, em 2018, a gente vai precisar de novo recorrer a outras alternativas, como Corumbá e uma retirada mais contínua do Lago Paranoá do que a que está prevista hoje. (F)

·        Tudo que está sendo feito agora, em termos de obras, poderia ter sido feito de forma mais planejada, há alguns anos atrás. Não precisaríamos estar passando por isso. Mas, eu vejo que o risco de a gente ficar sem água é muito baixo. (O)

·        Eu acho que nós somos um dos principais fatores do processo, se a gente ajudar, eu acho que a gente vai passar com mais tranquilidade esse ano. (O)

06 – Segundo Resende, a crise hídrica de 2017 teve agravantes em relação ao ano de 2015. Leia o trecho.

        Tivemos um ano mais uma vez atípico, com baixa precipitação. Esse é um dos grandes fatores do que estamos passando. Como os outros três fatores não foram modificados nesses dois anos, as coisas pioraram. Os outros fatores são a busca de novos mananciais, aumento da demanda e a baixa educação que temos sobre o uso dos recursos hídricos.” Responda:

a)   Quais são os quatro fatores que agravaram a crise hídrica em 2017?

Falta de chuva (baixa precipitação), a [não] busca de novos mananciais (fonte de água), aumento da demanda (do consumo) e baixa educação para o uso dos recursos hídricos.

b)   Em sua opinião, por que “as pessoas com baixa educação para lidar com a água” são um agravante para a crise hídrica?

Resposta pessoal do aluno.

07 – Por que, segundo Resende, deve haver busca de novos mananciais?

      Os mananciais existentes no Distrito Federal (Descoberto e Santa Maria), mostraram-se insuficientes para abastecer a população, em situação de baixa precipitação (falta de chuva). Assim, o governo e a empresa responsável pelo abastecimento de água devem buscar novos mananciais.

08 – O entrevistado afirma que a população deve aprender a usar a água de forma consciente. Releia o trecho a seguir em que há a opinião dele sobre o assunto.

        “Agora, já estamos economizando, mas acho que precisa ser mais algo mais difundido, as pessoas precisam colaborar mais ainda. [...] Eu sou favorável a aplicação de multa para pessoas que estejam usando água tratada para lavar calçada, lavar carro, porque isso não deveria ser feito, nem em momento em que não houvesse crise. Eu acho que o cidadão tem que participar mais ativamente e a ação de fiscalização é fundamental nesse processo [...] Muitas famílias consomem muito acima do que deveriam e desperdiçam muita água tratada com ações que poderiam ser feitas com água de reuso.” Responda:

a)   De acordo com o entrevistado, quais são as duas ações que o cidadão pode fazer para colaborar?

Economizar água e fiscalizar o mau uso.

b)   Na opinião do especialista, qual medida deve ser tomada em relação às pessoas que usam água tratada para lavar calçadas e carros?

Aplicação de multa para pessoas que estejam usando água tratada para lavar calçada, lavar carro, mesmo em momento em que não haja crise.

c)   Pesquise na internet: Quais atividade do dia-a-dia podem ser feitas com água de reuso?

Resposta pessoal do aluno.