quinta-feira, 26 de março de 2020

CRÔNICA: ROBINSON CRUSOÉ - DANIEL DEFOE - COM GABARITO

Crônica: Robinson Crusoé 

                 Daniel Defoe

        Meu nome é Robinson Crusoé. Nasci na velha cidade de Iorque, onde há um rio muito largo cheio de navios que entram e saem.
        Quando criança, passava a maior parte do meu tempo a olhar aquele rio de águas tão quietas, caminhando sem pressa para o mar lá longe. Como gostaria de ver os navios em movimento, com velas branquinhas enfunadas pelas brisas! Isso me fazia sonhar as terras estranhas donde eles vinham e as maravilhosas aventuras acontecidas em mar alto.
        Eu queria ser marinheiro. Nenhuma vida me parecia melhor que a vida do marinheiro, sempre navegando, sempre vendo terras novas, sempre lidando com tempestades e monstros marinhos.
        Meu pai não concordava com isso. Queria que eu tivesse um ofício qualquer, na cidade, ideia que eu não podia suportar. Trabalhar o dia inteiro em oficinas cheias de pó era coisa que não ia comigo.
        Também não suportava a ideia de viver toda a vida naquela cidade de Iorque. O mundo me chamava. Eu queria ver o mundo.
        Minha mãe ficou muito triste quando declarei que ou seria marinheiro ou não seria nada.
        --- A vida do marinheiro – disse ela – é uma vida bem dura. Há tantos perigos no mar, tanta tempestade que grande número de navios acabam naufragando.
        Disse também que havia no mar terríveis peixes de dentes de serra, que me comeriam vivo se eu caísse n’água. Depois me deu um bolo e me beijou: “É muito mais feliz quem fica na sua casa”.
        Mas não ouvi os seus conselhos. Estava resolvido a ser marinheiro e havia de ser.
        --- Já fiz dezoito anos – disse um dia a mim mesmo – é tempo de começar – e, fugindo de casa, engajei-me num navio.

     Robinson Crusoé. Trad. e adap. de Monteiro Lobato. São Paulo, Brasiliense, 1988. p. 5-6.
Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1999, p. 184-6.
Entendendo a crônica:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Enfunadas: cheias.
·        Brisa: vento leve.
·        Lidar: enfrentar, combater.
·        Marinhos: do mar.
·        Ofício: profissão.
·        Naufragar: afundar.
·        Engajar-se: entrar para, alistar-se.

02 – Sobre a principal personagem do texto identifique:
·        O nome: Robinson Crusoé.
·        O local de nascimento: Iorque.
·        A vocação: Marinheiro.

03 – A visão dos navios provocava um sonho no menino. Qual era esse sonho?
      Conhecer terras estranhas e viver aventuras em alto-mar.

04 – No ofício de marinheiro, o que atraía o menino?
      O que o atraía eram a aventura e as novidades.

05 – Retire do texto o trecho que demonstra a grande inquietação e o inconformismo de Robinson Crusoé.
      “Também não suportava a ideia de viver toda a vida naquela cidade de Iorque. O mundo me chamava. Eu queria ver o mundo.”

06 – Os pais concordavam com a escolha de Robinson?
      Eles discordavam e tentavam fazê-lo desistir da ideia.

07 – Por que Robinson não queria ter um ofício qualquer, como desejava seu pai?
      Ele não suportava ficar trancado entre quatro paredes o dia inteiro. Queria aventuras.

08 – Quem procurava amedrontá-lo e com que finalidade fazia isso?
      A mãe. Ela queria mantê-lo preso em casa.

09 – Como Robinson resolveu o conflito com seus pais?
      Robinson resolveu o conflito fugindo de casa e engajando-se num navio.

10 – Todo texto valoriza determinadas ideias. O texto “Robinson Crusoé” valoriza o quê?
      Valoriza a liberdade e a aventura.

11 – Qual o foco narrativo utilizado no texto? Procure um trecho que justifique sua resposta.
      Primeira pessoa, a personagem principal narra a história. “Meu nome é Robinson Crusoé”.

12 – Em que a escolha desse ponto de vista contribui para a narrativa?
      Uma história narrada por alguém que dela participou parece mais verossímil.



NOTÍCIA: MENINO-ESCRITOR REJEITA RÓTULO DE GÊNIO - ARMANDO ANTENORE - COM GABARITO

NOTÍCIA: Menino-escritor rejeita rótulo de gênio
          
 O paulistano Gustavo Bolognani Martins, 14, lança nesta semana seu quinto livro infantil
                                                     Armando Antenore

        Ele tem a cara que se espera de um menino prodígio: cabelos desgrenhados, óculos redondos de aro vermelho. Mas é só a cara.
        O tênis de cano alto e a bermuda de skatista não deixam ninguém suspeitar que Gustavo Bolognani Martins, 14, já escreveu cinco livros, todos para crianças.
        Publicou o primeiro aos 9 anos. O quinto, A Arca de Noésio, está lançando no próximo sábado, pela Ateliê Editorial, com tiragem de 3.000 exemplares.
        Desde que descobriu a literatura, perdeu o direito de habitar o “mundo dos normais”. Mal se recorda de quantas vezes jornais e revistas o tomaram por “superdotado” e até por “cê-dê-efe”.
        “Não gosto que me rotulem assim. Sinto-me excluído. Fico parecendo um cara de outro planeta”, confessa – para, em seguida, apontar o paradoxo:
        “Se sou superdotado, preciso estudar menos que a maioria das pessoas, certo? Então, como é que podem me chamar de cê-dê-efe?”
        Gustavo admite que possui, sim, “certa facilidade para a raciocínio lógico”. “Mas, no futebol, não sou nem um pouco brilhante”.
        De fato. Durante o campeonato escolar do ano passado, o são-paulino jogou como goleiro. Engoliu 30 “frangos” em três partidas.
        E “inteligência emocional”, o menino tem? “Já ouvi falar, embora não entenda direito o que é. Se significa arranjar amigos e frequentar festas, posso dizer que quebro um bom galho em inteligência emocional.”
        No amor, entretanto, nem tudo são flores. Gustavo, por ora, está sem namorada. “Atravesso uma fase ruim.”
        Típico adolescente de classe média, o jovem escritor mora numa casa de dois dormitórios em São Caetano do Sul (ABC paulista).
        Costumava partilhar o quarto com Tomás, o irmão mais velho. De repente, “deu vontade de separar”. Levou a cama para o escritório e passou a dormir lá.
        Desejo de ser mais independente? “Não. Nunca tive esses conflitos existenciais. Saí do quarto porque o Tomás roncava.”
        Quem pensa que o garoto reserva muito tempo para escrever se engana. De manhã, vai à escola (cursa a oitava série). Á tarde, estuda inglês e guitarra.
        “Toco há um ano. Estou no estágio ‘dá pra enganar’, conhece?” Traduzindo: já sabe dedilhar “Stairway to Heaven”, o hit de 11 entre 10 guitarristas-mirins.
        Também aprende japonês com a “vódrasta” Mikiko, segunda mulher de seu avô materno.
        Às quartas-feiras, comanda o programa “A Hora do Lanche” na Rádio Vitrola FM, uma emissora comunitária de São Caetano.
        Divide o microfone com o amigo Dennis. O lema da dupla é: “Mais música e menos falação. Até porque a gente não tem nada a dizer”.
        O programa – que ocupa a faixa das 15h às 17h – abre espaço para o rock do Nirvana, Ramones, Deep Purple e Titãs.
        Entre uma “pauleira” e outra, os locutores arriscam “piadas infames”. Exemplo: o que é um ponto amarelo no meio do mar? É um Fandango suicida. E quem vai salvar? Rufles, a batata da onda.
        “Guinness Book”
        A carreira literária de Gustavo começou em 92, quando o garoto fez três redações escolares com temas propostos pela professora.
        O pai – Plínio Martins Filho, diretor editorial da Edusp (Editora da USP) – leu, gostou e resolveu reunir as histórias num livro-xerox, para consumo familiar.
        Outros dois editores se interessaram pelo produto. Nasceu assim, “Gustavo & Marina”, da Ars Poética e Giordano.
        Com a publicação, o menino ganhou espaço na edição nacional do “Guinness Book”, o livro dos recordes, como o autor mais jovem do Brasil.
        Desde então, não parou de escrever, sempre a máquina (só passa o texto para o computador depois que o considera pronto).
        O novo trabalho – uma releitura da história bíblica de Noé – é todo em rima, por influência dos best-sellers de Ziraldo, que Gustavo devorava.
        O próximo, ainda sem data de lançamento, deverá brincar com os Três Porquinhos. “Vou transformá-los em sem-terra. O lobo mau atacará de latifundiário.”
        Por mais que tente, Gustavo não sabe explicar de onde tira inspiração para tantos livros. “Não sei, mas poderia imitar o Carlinhos Brow e dizer que a inspiração vem do nada e que o nada é tudo”.
                       Folha de São Paulo. 18 mar. 1997. Ilustrada.
                                     Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1999, p. 226-7.
Entendendo a reportagem:

01 – Cite um trecho do texto em que a fala é do próprio Gustavo.
      Sexto parágrafo: “Se sou superdotado, preciso estudar menos que a maioria das pessoas, certo? Então, como é que podem me chamar de cê-dê-efe?”

02 – Cite um trecho em que a fala é do jornalista.
      “Às quartas-feiras, comanda o programa “A Hora do Lanche” na Rádio Vitrola FM, uma emissora comunitária de São Caetano.”

03 – Que semelhança você vê entre Gustavo e outros adolescentes da mesma idade?
      Não é tão bom nos esportes, cursa a 8ª série, estuda inglês e guitarra.

04 – O que faz dele “notícia”?
      O fato de ter escrito alguns livros nessa idade e tê-los publicado.

05 – Você viu pelas respostas de Gustavo que, embora escreva bem e seja um bom aluno, ele não é o melhor em tudo. Isso é raro, mas em alguma coisa a gente sempre se sai melhor. E você? O que faz bem?
      Resposta pessoal do aluno.
    



TEXTO: NÃO SE FAZEM PAIS E MÃES COMO ANTIGAMENTE - NILZA ROCHA FÉRES - COM GABARITO


Texto: Não se fazem pais e mães como antigamente
                  Nilza Rocha Féres

                
          A presença e a importância da família são uma verdade indiscutível, enquanto a sua forma varia ao sabor dos tempos, representando os atores – pai, mãe e filhos – papéis os mais diversificados, que nem sempre se assemelham aos da família patriarcal da tradição clássica. Nesta, o pai, marido da mãe, cabeça do casal, é o único responsável pela sobrevivência financeira e pelo destino de todos.
          Transformações sociais, econômicas e políticas modificaram este quadro, desenhando um outro perfil da família, onde o divórcio e as separações vieram modificar e escrever um outro roteiro, distribuindo novos papéis e diferentes formas de representação. Neste novo cenário, encontramos mulheres trabalhando e sustentando a família, enquanto o homem desempenha tarefas domésticas e se reveza na criação e educação dos filhos. A sociedade e mesmo a indústria já se organizaram e produzem serviços para atender a pais e mães solteiros e a filhos que não moram com o pai e a mãe sob o mesmo teto.
           Quando se veem pais ou mães solteiros cuidando sozinhos dos filhos, sem auxílio de avós, tias ou outros parentes, é o caso de indagar se este estilo já foi incorporado pela sociedade.
            Pesquisas norte-americanas mostram o grande crescimento do número de homens criando filhos e desempenhando tarefas domésticas, que normalmente eram consideradas femininas, indicando, também, o surgimento de novas organizações e grupos para atender às suas demandas, bem como a criação de página na Internet para ajuda-los no desempenho de suas tarefas. Informações como conseguir babás, creches e como lidar com os problemas domésticos e conciliar criação de filhos e desempenho profissional em suas carreiras já se tornaram assunto de homem.
            Por conseguinte, podemos dizer que é agora que os resultados dos movimentos feministas estão aparecendo, embora não se saiba com certeza se eram os previstos, pois tais efeitos têm assustado algumas mulheres, mesmo aquelas a favor do feminismo, diante deste novo homem que está disposto a trocar de lugar com elas em casa desempenhando tarefas domésticas e cuidando dos filhos, enquanto elas vão à luta em suas profissões ou em empregos. Três décadas após a revolução feminista é que tanto o homem quanto a mulher começam a se dar o direito de lidar com mais tranquilidade com esses efeitos. Papéis e comportamentos que foram considerados exceção no passado, na atualidade se tornam a regra, quando o casamento e direitos igualitários passam a ter uma função educadora nos relacionamentos, de acordo com as pesquisas americanas e mesmo relatos de experiência no Brasil. Assim, tanto o homem quanto a mulher podem ser o cabeça do casal, bem como desempenhar tarefas independentemente de seu sexo.
                  Nilza Rocha Féres, in Estado de Minas, 25 ago.1996.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.24/25.
Entendendo o texto

1)   Você concorda com o título do texto? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.

2)   A participação dos pais na criação e formação dos filhos é fundamental? O que você acha?
Resposta pessoal.

3)   Como você vê este novo “perfil” familiar de que nos fala a autora?
Resposta pessoal.

4)   De que forma você desempenha o seu papel de filho(a)? Explique o seu relacionamento com a sua família.
Resposta pessoal.

5)   O que você acha da relação da sociedade em relação a pais e mães solteiros?
Resposta pessoal. Sugestão: Ainda não há uma boa aceitação dessa ideia nos meios sociais, mas a tendência é de que as pessoas superem os preconceitos em relação ao fato, devido aos inúmeros casos existentes.

6)   Os filhos hoje vão morar sozinhos cada vez mais cedo? O que você pensa sobre isso? Por quê?
Resposta pessoal.

7)   A inversão dos papéis entre o homem e a mulher, no casamento, é uma experiência positiva ou negativa? Dê a sua opinião.
Resposta pessoal.


terça-feira, 24 de março de 2020

POEMA: O SEMPRE AMOR - ADÉLIA PRADO - COM GABARITO

Poema:  O Sempre Amor
                  Adelia Prado

Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é a coisa que mais quero.
Por causa dele falo palavras como lanças.
Amor é uma coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é a coisa que mais quero.
Por causa dele podemos entalhar-me,
sou de pedra - sabão.
Alegre ou triste,
amor é coisa que mais quero.

Adelia Prado, Poesia reunida. São Paulo, Siciliano, 1991.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.18.
Agora responda:

1)   Por que o amor é tão contraditório, segundo a autora: “é a coisa mais alegre/ é a coisa mais triste”?
Quem ama tem de estar preparado também para sofrer, porque há uma eterna expectativa, insatisfação e desconfiança a perseguir os que amam, trazendo-lhes ora felicidade, ora angústia.

2)   Apesar de sua contradição, ela deseja amar. Por quê?
Como a maioria dos seres humanos, ela só se completa amando. O amor é a razão de sua existência, pois é ele que lhe dá inspiração, para escrever ou dizer coisas belas e profundas.

3)   Como você imagina que são as “palavras como lanças”?
São palavras com uma grande carga emotiva, que nos atingem intensamente, pela riqueza de significados.

4)   Explique a repetição dos versos no poema. Que efeito ela confere ao sentido do texto?
Reafirma o desejo imenso de amar, e a certeza de que o amor é realmente paradoxal.

5)   Em que versos a autora se propõe ser uma imagem de amor? Com que objetivo?
“Por causa dele podem entalhar-me, sou de pedra-sabão”. Com o objetivo de eternizar o amor, através dela.

TEXTO: OS FILHOS DA BOLHA - ÂNGELA KLINKE - COM GABARITO

TEXTO: Os filhos da bolha

Superprotegidos, jovens dos condomínios fechados mostram despreparo para o mundo real

     Quando os primeiros condomínios fechados surgiram, na década de 70, muitos pais de classe média de São Paulo e do Rio de Janeiro viram nesses empreendimentos uma ótima chance de proporcionar a seus filhos uma infância e juventude livres da poluição e da violência. Nada mais legítimo. Em São Paulo, o fenômeno concretizou-se na forma de bairros afastados, cheios de casas bacanas, que oferecem todos os tipos de serviço e tentam reproduzir o estilo de vida dos pacatos subúrbios americanos que se veem nos filmes. No Rio, os condomínios fechados assumiram a forma de conjuntos de edifícios de alto padrão, localizados na Barra da Tijuca e circundados também por uma rede de lojas e escolas exclusivas para seus moradores. Nessas verdadeiras bolhas sócio-econômicas, crianças e jovens crescem despreocupados. Como nem tudo é perfeito, eles também acabam isolados da realidade complexa das grandes metrópoles brasileiras. Não é apenas o apartheid  social que revela seus efeitos – afinal ele é produto da diferenciação de classes, e não da localização geográfica. Esse é um problema de toda a sociedade brasileira. Os jovens “filhos da bolha” tendem a mostrar também despreparo para as tarefas mais simples da vida na cidade. E aí há motivos para os pais ficarem preocupados e pensarem se não está na hora de aproximar suas crianças do mundo real.
       A maioria dos jovens do topo da pirâmide social que vivem em bairros não isolados também mal conhece o mapa da sua cidade – em geral, saem pouco do percurso escola – clube – shopping center. Mas não se pode dizer que entrariam em pânico ao enfrentar situações corriqueiras, como pegar um ônibus ou metrô. Num caso imprevisto, dificilmente passariam horas perdidos se fossem deixados no centro ou em qualquer outro lugar distante de casa. Para os adolescentes de condomínios, os desafios são maiores. Muitos deles confessam que ficariam perto do desespero na hipótese de ser obrigados a se virar sozinhos.
                                                    Ângela Klinke, in revista Veja, 21 jun. 1995.
Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.14/15
Entendendo o texto
1)   Qual a intenção dos pais, ao criar seus filhos em condomínios fechados? Por quê?
Tentam proteger seus filhos dos perigos e da violência urbana. O índice de violência vem aumentando nos grandes centros, o que assusta muito as famílias.

2)   Que consequências essa atitude traz para a vida dos adolescentes?
Eles ficam isolados de outros jovens e do mundo real, que existem fora do restrito espaço em que vivem.

3)   Explique o sentido da expressão “bolhas sócio-econômicas”.
Representam os espaços fechados que surgem em função do nível social e econômico das pessoas, que precisam se proteger da violência em virtude de seu padrão de vida mais elevado.

4)   Que diferenças de comportamento existem entre os jovens de classe alta, de acordo com o texto?
Os que vivem em condomínios isolados, os “filhos da bolha”, não sabem como agir fora de seu mundo, e os jovens também ricos, moradores de bairros mais centrais, mas presos à rotina, não conhecem a cidade apesar de terem mais traquejo que os outros.

5)   Em sua opinião, que outras opções teriam os pais, para dar maior segurança a seus filhos?
Resposta pessoal. Sugestão: Morar em cidades menores, com menos violência, para deixá-los viver mais livremente ou educa-los para se defender do mundo real.

QUADRO: O VAGÃO DE TERCEIRA CLASSE - ANÁLISE - COM GABARITO


Quadro: O vagão de terceira classe
         
       Honoré Daumier

    Honoré Daumier foi um dos grandes pintores franceses do Romantismo. Como percebemos, nesse quadro, Daumier preocupou-se em retratar os aspectos negativos da realidade social. Sua arte teve como objetivo a sociedade: ele denunciou os piores dramas sociais, como militante artístico e político. Focalizou o povo, ou melhor, a pobreza da classe operária, na sua época, lutando contra os governos liberal-burgueses, pela liberdade da França. Segundo os críticos, a obra de Daumier representa a raiz romântica da futura arte expressionista.
Honoré Daumier, O vagão de terceira classe (1862).
                                  Fonte: Livro – Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ª edição,1998. p. 132-4.
Entendendo o quadro:

01 – Como o artista conseguiu conferir beleza a uma cena tão real?
      Mostrando a atitude digna e resignada de pessoas pobres e humildes, na luta pela sobrevivência.

02 – Dos personagens mostrados no quadro, qual lhe desperta maior sensibilidade? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – A seu ver, qual foi a intenção do autor, ao criar essa obra?
      Denunciar a realidade, revelando a diferença entre as classes sociais.

04 – Que detalhes o artista buscou salientar nesse vagão de terceira classe?
      A promiscuidade, com a aglomeração de homens, mulheres e crianças, num espaço reduzido, abafado e escuro, bem como a falta de conforto, tristeza e cansaço dos ocupantes do vagão.

05 – Esse quadro romântico data de 1862. A situação aí representada ainda se verifica na época atual? Por quê?
      Infelizmente a pobreza continua a predominar no mundo, devido a maus governos e à injusta distribuição de renda.

06 – Você acha importante a utilização da arte como crítica social, ou ela deve expressar somente o belo? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Como você vê a diferença entre as classes sociais? Ela existe em função de que valores?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – O quadro de Honoré Daumier mostra que a fome já espreita a humanidade há um bom tempo. Você acha que estaremos todos um dia num vagão de primeira classe? Esclareça sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.



QUADRO ARTÍSTICO - ANÁLISE E APRECIAÇÃO - COM GABARITO


QUADRO ARTÍSTICO - LEITURA  E  APRECIAÇÃO

                         
                                                                                                         François Boucher, Pastoral
François Boucher (1703-1770), extraordinário pintor e decorador francês, foi diretor da Academia de Belas Artes de Paris, sendo nomeado, em 1765, primeiro pintor do rei Luís XV. Adotou o estilo rococó, caracterizado pelo excesso de detalhes decorativos e por uma requintada elegância.

Fonte: Livro- Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ªedição,1998.p.5/6.

         O amor é um dos sentimentos humanos mais complexos, que nos leva a sensações e atitudes inexplicáveis. Daí a magia que ele exerce sobre os artistas. Observe o quadro acima e responda:
1)   Qual é a expressão do rapaz diante da amada?
Ele parece absorvido pela figura da mulher, que envolve seus pensamentos; só tem olhos para ela.

2)   Que detalhes no quadro revelam o comportamento romântico do jovem?
Além do olhar apaixonado, ele está com um pequeno pássaro na mão e parece oferece-lo à amada, humildemente, como se fosse um presente, ou apenas para agradá-la.

3)   Explique a atitude da jovem – sua postura no quadro.
Ela sente-se atraída pela atenção do rapaz que a envolve com carinho, por isso põe-se à vontade, a observá-lo com doçura, em seu gesto de amor.

4)   Observe o local e o casal de namorados e descreva-os.
Trata-se de um ambiente aberto, um cenário campestre, totalmente ermo; há uma elevação, em meio à natureza simples e rústica, onde se veem algumas árvores grandes, frondosas e poucos arbustos.
Os namorados estão sentados no chão, nesse lugar isolado e tranquilo; usam roupas coloridas, alegres, mas sem luxo; parecem jovens camponeses. A moça tem os pés descalços e uma coroa de flores nas mãos. Completando a cena primaveril, há uma cesta de flores, no chão, próxima aos dois.

5)   Na sua opinião, o autor reproduziu a cena “Pastoral” de forma expressiva? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.