sexta-feira, 23 de agosto de 2019

BIOGRAFIA: NOEL ROSA - CLÓVIS BULCÃO E MÁRCIA BULCÃO - COM GABARITO

Biografia: Noel Rosa
                Clóvis Bulcão e Márcia Bulcão


        VILA ISABEL

        A Vila Isabel mais parecia uma cidade independente. [...] Seus moradores não cansavam de cantar a riqueza da natureza: de suas ruas floridas, de seu arvoredo cheio de frutas e das águas limpas e frescas de seus rios. Todos iam no samba do chapéu de palha. Quem ali nascia sempre dizia: meu senhor, modéstia à parte, eu sou da vila.
        A avenida principal de Vila Isabel era – e ainda é – conhecida como Boulevard 28 de setembro. Atravessando a avenida do início ao fim, pequenas e pacatas ruas escondiam os melhores segredos de seus moradores. Suas esquinas abrigavam pessoas de todo tipo, reunidas em animadas rodas musicais. Era gente levada, que nem sequer vacilava em abraçar o samba.
        Moravam na Vila Isabel, em um chalé, que, aliás, havia sido presente do amigo e maestro Leopoldo Miguez, dona Martha e seu Neca. Esse chalé, situado na rua Theodoro Silva, paralela ao Boulevard, tinha duas salas, três quartos, dois banheiros e uma cozinha. O quintal era cobreto pelas sombras de goiabeiras, abacateiros e pitangueiras, e terminava no barranco do morro vizinho.
        O jovem casal, apesar de trabalhar muito – ela era professora e ele, dono de uma camisaria –, sempre tinha tempo para se divertir com os amigos ao som de boa música. Aos domingos, a casa se transformava: seu Neca tocava violão; dona Martha, bandolim; a irmã dela, violino, e a mãe, piano. E muitas vezes ainda contavam com a presença do músico Catulo da Paixão Cearense.
        Foi num desses domingos festivos que Dona Martha anunciou a todos os presentes:
        -- Eu vou ser mãe! No fim do ano a criança nasce!
        Quando dezembro chegou, a barriga de Dona Martha estava enorme. Logo o neném nasceria. Em todo o mundo, as pessoas estavam encantadas com a presença do cometa Halley. Ele iluminava tanto o céu que o sol nascia triste na Vila. Foi numa dessas claras noites, o orvalho já vinha caindo, que a jovem mãe percebeu que a hora do parto chegara. Seu Neca não perdeu tempo e mandou chamar o Dr. Zé Rodrigues.
        -- É menino! – gritou o médico.
        Dona Martha e seu Neca ficaram radiantes, mas não sabiam ainda que nome dar ao garoto.
        -- Manuel, como o pai – sugeriu Dona Martha.
        -- Ora, Martha, sejamos mais originais. Estamos perto do Natal e acabamos de ganhar um lindo presente, o melhor de todos! – argumentou seu Neca.
        -- Qual a sugestão?
        Seu Neca pensou um pouco e disse:
        -- Como logo vamos celebrar o dia 25 de dezembro, podemos chama-lo de Natal!
        -- Natal?
        -- Sim, Natal, mas não em português.
        -- Em que língua então? – quis saber a mãe.
        -- Em francês: Noel. Noel de Medeiros Rosa.
        -- Hum, muito chique e diferente! Então o nosso primeiro filho vai se chamar Noel!
        -- Noel Rosa! – confirmou o pai.

        A VIDA DE MENINO
        Como muitos meninos, Noel cresceu saboreando todas as delícias da Vil Isabel. [...]
        Além de brincar muito na rua, Noel adorava ir ao cinema, como qualquer outra criança. Se não estava de pés descalços, suado e sem fôlego, estava arrumadinho e cheiroso, prontinho para ingressar num dos dois cinemas que existiam na Vila: o Smart, mais antigo, e o moderno Cine Boulevard. Noel preferia os filmes americanos e era encantado pelas histórias de ação do Tarzan.
        Um belo dia, quando voltava de uma sessão de cinema, Noel entrou na sala de sua casa e se viu frente a frente com o piano. Nesse momento, o espírito aventureiro se associou à paixão musical. E ele, proibido que era de tocar no caro instrumento, não resistiu. Aproximou-se, levantou a tampa, que guardava o teclado, e suavemente começou a dedilhar. Uma tecla, duas, três... a música foi entrando em sua mente e, sobretudo, em sua alma.
        -- Nooeel, larga do piano! – gritou Dona Martha.
        Ele até tentou obedecer às ordens de sua mãe, mas a vontade de fazer música era mais forte.
        -- Noel, se você quer aprender a tocar, eu te ensino bandolim. Você quer?
        -- Não, ou melhor, sim, eu quero, um dia...
        Na verdade, não era esse o instrumento que o menino gostaria de tocar. Não demorou muito para pedir ao pai:
        -- Já que não posso tocar piano eu prefiro aprender violão, o único instrumento que é a voz do próprio coração!
        Dona Martha e seu Neca foram aos poucos percebendo que o filho era mais um membro da família apaixonado pela música.

                                                                Clóvis Bulcão e Márcia Bulcão. Noel, o menino da Vila. Rio de Janeiro: Escrita Fina, 2010. p. 7-12.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.224-7.

Entendendo a biografia:

01 – A biografia que você leu começa com uma descrição do bairro Vila Isabel.
a)   Como a Vila Isabel é vista por seus moradores? Justifique com uma frase do texto.
É avaliada positivamente, como um local de natureza preservada, com animação e pessoas reunidas em rodas de samba. “Quem ali nascia sempre dizia: meu senhor, modéstia à parte, eu sou da Vila”.

b)   Por que é importante, na biografia, saber sobre a vida na Vila Isabel?
Porque foi o lugar onde Noel Rosa nasceu e cresceu, o que possibilita conhecer as condições de vida e as características culturais da época do biografado.

c)   Qual é a relação entre as características da Vila Isabel e Noel Rosa?
A Vila Isabel é caracterizada como um lugar onde havia intensa presença da música, principalmente o samba. Noel Rosa cresceu nesse ambiente e se tornou músico, fortalecendo sua identidade com a Vila Isabel.

02 – Quais fatos apontam a presença da música na vida da criança Noel Rosa?
      A música no bairro; a casa onde morava foi presente de um maestro; aos domingos, na casa de Noel, aconteciam encontros musicais; as visitas de músicos, como Catulo da Paixão Cearense.

03 – Leia este texto sobre Catulo da Paixão Cearense, citado na biografia.
        “Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís do Maranhão, em 8 de outubro de 1863. Foi poeta, músico e compositor. Uma de suas canções mais conhecidas é Luar do Sertão, considerada um clássico da música popular brasileira e regravada inúmeras vezes, por diversos intérpretes. Em maio de 1946, aos 83 anos, faleceu no Rio de Janeiro”.

a)   O que há em comum entre Catulo da Paixão /cearense e Noel Rosa?
Ambos foram compositores e músicos reconhecidos, ligados à música popular brasileira.

b)   Qual ideia é reforçada à família de Noel Rosa ao citar a frequência de Catulo da Paixão Cearense à casa de seu Neca e dona Martha?
A de que os pais de Noel eram próximos à música.

04 – Na primeira parte do texto, é narrado o nascimento da criança. Nela, é apresentado ao leitor o porquê de uma escolha feita pelos pais de Noel. Que escolha é essa? Por que esse tipo de informação é importante em um texto que narra uma trajetória de vida?
      A escolha do nome Noel. Essa informação mostra a situação em que o compositor nasceu, promovendo maior compreensão de sua história.

05 – Quando Noel tenta tocar piano, é repreendido pela mãe, mas continua a tentar. O que é revelado sobre o menino nesse trecho?
      A paixão de Noel Rosa pela música, que se revelou desde criança.

06 – Releia o terceiro parágrafo da parte “A vida de menino” e responda.
a)   Nesse parágrafo, quais palavras fazem referência a Noel Rosa?
Ele, sua, se.

b)   Qual a importância do uso desses termos no trecho lido?
Evitar a repetição do nome Noel e possibilitar a coesão textual.

c)   Esses termos referem-se a qual pessoa do discurso?
À terceira pessoa do singular.

07 – Sobre a data de nascimento de Noel Rosa, responda.
a)   Por meio de qual informação podemos inferir o ano em que ele nasceu?
A de que ele nasceu no mesmo ano da passagem do cometa Halley.

b)   Ao utilizar essa referência, que efeito de sentido é construído no texto?
Ao associar o ano de nascimento de Noel à aparição do cometa Halley, é construído um efeito mágico, de encantamento, ajudando o leitor a perceber como esse fato é especial.

08 – Releia o segundo parágrafo da parte “A vida de menino” e responda.
a)   Que informações temos da Vila Isabel nesse trecho?
Que lá havia dois cinemas: o Smart, mais antigo, e o moderno Cine Boulevard.

b)   O que o trecho mostra sobre as preferências do menino?
Que ele gostava de cinema e que preferia os filmes americanos de ação, como as histórias de Tarzan.

c)   Tendo os biógrafos vivido em época diferente de Noel Rosa, como foi possível obter tais informações?
Provavelmente, os biógrafos tiveram de conversar com pessoas e realizar pesquisas em jornais, revistas e documentos diversos para ter essas informações.

09 – Ao longo do texto há alguns diálogos. Releia um deles.
        “-- Nooeel, larga do piano! – gritou Dona Martha.
        Ele até tentou obedecer às ordens de sua mãe, mas a vontade de fazer música era mais forte.
        -- Noel, se você quer aprender a tocar, eu te ensino bandolim. Você quer?”

a)   Qual palavra desse trecho se aproxima da oralidade?
A palavra Nooeel.

b)   Que efeito é construído por meio desse registro linguístico?
É possível imaginar a fala da mãe chamando a atenção do menino.

c)   O que as falas de Dona Martha revelam sobre a personalidade dela?
Que ela era uma mãe rígida, mas ao mesmo tempo amorosa e compreensiva.

d)   No texto, as falas são apresentadas com travessões. Como elas seriam se fossem contadas pelo narrador?
Possibilidade de resposta: Dona Martha gritou para Noel parar de tocar o piano e disse ao filho que se ele quisesse poderia ensiná-lo a tocar bandolim.

e)   Para qual público a biografia Noel, o menino da Vila está direcionada?
Para o público infanto-juvenil.

f)    Qual é a relação entre o modo como as falas foram apresentadas e o público-alvo dessa biografia? Justifique sua resposta.
O uso de travessões pode favorecer a leitura de crianças e jovens, pois apresenta os fatos de forma mais direta e expressiva, podendo tornar a leitura mais atraente a esse perfil de leitor.




REPORTAGEM: CAPOEIRA SOBRE DUAS RODAS - MARINA BARBOSA - COM GABARITO

REPORTAGEM: Capoeira sobre duas rodas
            Marina Barbosa

            Há um ano, Mestre Acordeon saiu da Califórnia, nos EUA, para conhecer as variações da dança africana pelas américas. Salvador, na Bahia, com o objetivo de "viver a estrada" e produzir um documentário


        Ir da Califórnia à Bahia de bicicleta pode parecer impossível, mas há um ano o mestre de capoeira Acordeon, ou Ubirajara Almeida, encarou este desafio. Ele saiu de casa em direção a sua terra natal no dia em que completava 70 anos. Aluno do lendário Mestre Bimba, criador da Capoeira Regional, tinha um plano em mente. Com 22 mil quilômetros e dez países pela frente, pretendia conhecer as variações da dança africana ao longo das Américas para produzir um documentário. O projeto despertou a curiosidade de amigos e capoeiristas e alguns decidiram até tirar a bicicleta da garagem para participar da empreitada. 
        Sábado, a viagem completa um ano e a festa será aqui no Recife. O grupo de 16 capoeiristas chegou à cidade anteontem e foi recebido pelos amigos do Centro São Salomão, na Várzea, Zona Oeste. Eles ficam aqui até a próxima semana, quando iniciam a última parte da trajetória, que deve durar mais um mês. Durante o descanso, vão celebrar o sucesso do feito e os mais que bem vividos 71 anos do mestre. Rodas e aulas de capoeira, bate-papo e passeio ciclístico pelo Recife Antigo marcam a comemoração. O mestre ainda foi presenteado com a visita dos filhos.
        “Vamos festejar a vida de todos nós, afinal todos fizeram aniversário durante a viagem. Esses momentos de comunhão são fundamentais para a convivência”, comentou Acordeon que vê na amizade construída ou fortalecida ao longo da estrada o principal ganho da viagem. A força dos laços que unem o grupo é mesmo surpreendente. Até durante o descanso os 16 capoeiristas ficam juntos. Tudo é desculpa para formar um círculo, puxar uma roda de capoeira ou uma boa conversa. Eles relembram bons momentos da viagem, brincam e cantam, sempre com um sorriso no rosto. A energia é contagiante. “O que realmente importa não são os quilômetros rodados, é nosso espírito de comunidade. É isso que nos dá força, principalmente agora no final, que já estamos cansados”, afirmou o mestre.
                                              UNIÃO
        Na estrada, o grupo se viu cada vez mais unido, reencontrou pessoas queridas e ainda pôde fazer novos amigos. “É verdade que em alguns dias dormi na estrada e fiquei com fome, mas em todos os lugares encontrei amigos e portas abertas, até de gente que não nos conhecia”, contou Acordeon. O mexicano Juan Jos Gonzales, 33, é um dos que entraram na empreitada por acaso. “Eles chegaram na casa do meu mestre e eu deixei tudo que tinha para acompanha-los. Queria viajar para aprender mais sobre a vida, as pessoas e a capoeira. A bicicleta é o melhor meio de transporte para isso, pois nos permite sentir o caminho, ver as pessoas e olhar para os lados”, explicou Gonzales.
        Mestre Acordeon também ficou muito feliz por ter reunido mestres que dificilmente se encontrariam por onde passou. Em muitas cidades, parou para conversar com os capoeiristas locais e entender como a arte os influenciava. O grupo também participou de rodas e aulas de dança africana pelo caminho. Tudo foi gravado e será transformado em documentários que vão mostrar a diversidade da arte nas Américas. Acordeon vai gravar um CD misturando o som da capoeira com músicas latino-americanas e escrever um livro sobre a experiência. O lucro obtido com a venda dos produtos será destinada ao Instituto Kirimurê, que oferece assistência e atividades culturais a jovens carentes da comunidade de Itapõa, em Salvador (BA).
              Marina Barbosa. Jornal do Commercio, 28 fev. 2014. Caderno Cidades, p. 4.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.136-9.

Entendendo o texto:
01 – Qual é o principal fato noticiado no texto?
      Um capoeirista, Ubirajara Almeida, conhecido como mestre Acordeon, chegou à cidade de Recife, completando um ano de viagem de bicicleta, vindo da Califórnia, nos Estados Unidos, para o Brasil.

02 – O título da notícia apresenta uma situação inusitada. Qual é a relação entre o título e o fato noticiado?
      O título “Capoeira sobre duas rodas” relaciona-se ao fato de mestre Acordeon cruzar dez países sobre duas rodas, ou seja, sobre uma bicicleta.

03 – Abaixo do título da notícia, há um pequeno texto. Que informações ele acrescenta ao título?
      Informações breves sobre o fato noticiado e uma indicação do objetivo da viagem realizada.

04 – O primeiro parágrafo de uma notícia é denominado lide, do inglês Lead, que significa “conduzir”. O que as informações fornecidas no primeiro parágrafo indicam para o leitor em relação à notícia?
      As informações fornecidas no primeiro parágrafo da notícia indicam indica o que aconteceu (mestre Acordeon viajou dos Estados Unidos ao Brasil), como aconteceu (a viagem foi feita de bicicleta), por que aconteceu (para conhecer as variações da capoeira ao longo das Américas e produzir um documentário). Essas informações resumem a notícia, apresentando ao leitor as circunstâncias em que o fato a ser relatado ocorreu. Por meio do lide, o autor procura revelar ao leitor o assunto tratado e conduzi-lo para a leitura do texto.

05 – A viagem de mestre Acordeon não havia acabado no momento em que a notícia foi escrita. No entanto, é possível notar dois fatos que marcaram a etapa da viagem relatada. Que fatos são esses?
      Os fatos de a viagem completar um ano e mestre Acordeon completar 71 anos.

06 – Releia o texto do intertítulo “União”. Qual é o destaque dessa parte?
      Essa parte da notícia destaca a união do grupo, fortalecida pelas experiências vivenciadas durante a viagem.

07 – Que adjetivo é utilizado no primeiro parágrafo na notícia para caracterizar mestre Bimba?
      É o adjetivo “Lendário”.

08 – Qual a relação entre mestre Bimba e mestre Acordeon?
      Mestre Bimba foi professor de mestre Acordeon.

09 – Com base na caracterização de mestre Bimba, o que é possível o leitor deduzir sobre a formação de mestre Acordeon como capoeirista?
      Pode-se deduzir que mestre Acordeon teve uma boa formação, pois seu professor é chamado de lendário, ou seja, é alguém muito conhecido pela sua prática como capoeirista.

10 – A informação sobre o professor de mestre Acordeon auxilia na construção de sentido do texto? Justifique.
      Ao falar positivamente sobre o professor de mestre Acordeon, a jornalista reforça positivamente a imagem do viajante, pois mostra que a prática de Acordeon é sustentada por uma formação sólida.

11 – Releia o terceiro parágrafo da notícia e responda:
a)   Quais termos são utilizados para caracterizar a força de união, a energia do grupo de capoeiristas e os momentos relembrados da viagem?
Surpreendente, contagiante, bons.

b)   Esses adjetivos atribuem que tipo de característica à viagem e à relação entre os capoeiristas?
Os termos surpreendente, bons e contagiante atribuem características positivas à viagem e às relações estabelecidas entre os capoeiristas.


TEXTO: A BANDEIRA BRASILEIRA - MARCELO DUARTE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: A Bandeira Brasileira
      
     Marcelo Duarte

        Você já deve ter lido que o verde de nossa bandeira representa as florestas; o amarelo, o ouro e as riquezas minerais; o azul, o céu; e o branco, a paz. Certo? Bem, esta é uma das interpretações. Os historiadores preferem uma outra versão. O verde e o amarelo entraram na nossa bandeira em 1822, num trabalho do pintor francês Jean-Baptiste Debret, fundador da Academia de Belas-Artes brasileira. O verde representava a Casa Real Portuguesa de Bragança (família de D. Pedro I), e o amarelo, a Casa Imperial Austríaca de Habsburgo (família da princesa Leopoldina).
        O losango foi uma homenagem de D. Pedro I ao general francês Napoleão Bonaparte (o losango dentro do retângulo era uma das formas preferidas das bandeiras militares napoleônicas). O azul e o branco também eram cores usadas em bandeiras portuguesas.
     Marcelo Duarte. Almanaque das bandeiras. São Paulo: Moderna, 2001. p. 12.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.234.
Entendendo o texto:
01 – O que a frase “Bem, esta é uma das interpretações” sugere sobre o significado das cores da bandeira brasileira?
      Que há mais interpretações sobre o significado das cores da bandeira brasileira.

02 – Que verbo está implícito no trecho: “o amarelo, o ouro e as riquezas minerais; o azul, o céu; e o branco, a paz”? Explique.
      O verbo representa, pois ele aparece na frase anterior quando se começa a falar do significado das cores. Para evitar repetição, o verbo aparece só na primeira ocorrência.

03 – Releia a frase em destaque e escreva em que tempo o verbo preferir está. O que o uso desse tempo verbal pode revelar sobre a opinião dos historiadores?
      No presente. Esse tempo verbal revela que os historiadores, atualmente, preferem outra interpretação sobre as cores da bandeira.

04 – Copie do texto pelo menos um exemplo de verbo de cada conjunção.
      1ª conjugação: representa, entraram; 2ª conjugação: deve, lido, é; 3ª conjugação: preferem.

05 – Indique a forma no infinitivo de cada um desses verbos.
      Representar, entrar; dever, ler, ser; preferir.

06 – Qual é a locução verbal presente na primeira frase do texto?
      Deve ter lido.

07 – Essa locução pode ser substituída por um verbo só? Explique.
      Não, pois na locução verbal os verbos trabalham juntos, formando um significado.

08 – No início do texto, o autor poderia ter escrito “Você já leu que o verde de nossa bandeira representa as florestas” em vez de usar a locução “deve ter lido”? Explique por que o autor preferiu usar a locução verbal.
      Não, pois o autor não pode afirmar com certeza que o leitor já leu algo, pois ele não tem essa informação.
     


terça-feira, 20 de agosto de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): TRILHARES - PALAVRA CANTADA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Trilhares

              Palavra Cantada

As estrelas que de noite eu via
Todas elas lá no céu estão
Mesmo sem vê-las durante o dia
Piscam no céu com o sol gordão

São trilhares de estrelas e eu nem sabia
Que estão lá no céu até mesmo de dia
Como pode o céu ter tanta estrela?
Como pode? Parece um mar de areia...

A areia que na praia eu via
Tantos grãos estão lá no chão
Punhadinho de areia que eu pego na mão
Tantos grãos que não cabem na numeração

São trilhares de grãos e eu nem sabia
Que esse número aumenta de noite e de dia
Como pode uma praia ter tanta areia?
Como pode? Parece um céu de estrelas...

Tanta areia, tanta estrela
Tantaa areeeeia tanta estrelaaa.

                      Paulo Tatit e Edith Derdyk. Trilhares. Intérprete: Palavra Cantada. Em: Canções curiosas. Palavra Cantada. 2000.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.203.
Entendendo a canção:

01 – A palavra trilhares não existe nos dicionários. O que ela pode significar?
      Trilhares, composição de trilhão e milhares, significa “grande quantidade”. Também pode ser uma forma flexionada do verbo trilhar, na segunda pessoa do futuro do modo subjuntivo, ou a forma substantivada desse mesmo verbo no plural, como sinônimo de caminhadas, andanças.

02 – No contexto da letra da canção, que sentido essa palavra parece ter? Que versos justificam sua resposta?
      O contexto favorece o sentido de “grande quantidade”. Os seguintes versos reforçam essa interpretação: “Como pode o céu ter tanta estrela? / Como pode? Parece um mar de areia”.

03 – Que pronomes da primeira estrofe substituem a expressão “as estrelas”?
      Os pronomes elas e –las.

04 – Por que o autor usou o pronome no lugar da expressão “as estrelas”?
      A substituição do substantivo estrelas pelos pronomes, além de evitar a repetição, auxilia na construção do ritmo e da sonoridade da letra da canção.
     


POESIA: VALSA DA VASSOURA - DILAN CAMARGO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poesia: Valsa da vassoura
        
    Dilan Camargo

Senhora Dona Vassoura
Elegante Dama Loura
ao vê-la assim tão linda
minha tristeza se finda.

Vamos dançar uma valsa?
Pra poder acompanhá-la
este jovem se descalça
com medo de pisá-la.

Deixe enlaçar, dançarina
a sua cintura fina.
Deixe tomar, bem sensíveis
os seus braços invisíveis.

Ao soar a melodia
surpresa todos verão:
rodopia, rodopia
um belo par no salão.

Dilan Camargo. Em: Poesia fora da estante, coord. Vera Aguiar, Simone Assumpção e Sissa Jacoby, Porto Alegre, Editora Projeto:2007. p. 99.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.205.

Entendendo a poesia:
01 – De acordo com a poesia, qual o significado da palavra findo?
       É de finalizado, terminado.

02 – Nessa poesia, o eu lírico se dirige a alguém. Que pronome de tratamento é utilizado para iniciar a interlocução?
      Senhora.

03 – Na primeira estrofe, quais adjetivos são utilizados pelo eu lírico para caracterizar a interlocutora?
      Elegante, loura e linda.

04 – Que ações são realizadas pelo eu lírico na segunda estrofe? Qual o motivo da segunda ação?
      A ação de convidar a vassoura para uma dança e a de se descalçar. A ação de tirar os sapatos para a dança é uma precaução para evitar machucar a vassoura.

05 – De acordo com o contexto apresentado na poesia, é possível afirmar que eu lírico conseguiu o que pretendia? Justifique. 
      Não é possível saber se houve a dança, pois a poesia se encerra no convite e na tentativa de convencimento por parte do eu lírico em relação à vassoura.

06 – O eu lírico pode representar figuras que não são humanas. Pelo contexto apresentado, o que o eu lírico representa nessa poesia?
      O eu lírico pode ser outro utensilio de limpeza, como um rodo. Também pode ser um ser humano, tendo em vista que “dançar com a vassoura” é uma brincadeira típica de algumas regiões. Nesse caso, o eu lírico estaria fazendo uma brincadeira ao longo da poesia.

07 – O que o modo como o eu lírico se dirige à interlocutora e as ações realizadas revelam sobre a relação entre eles?
      Revelam um distanciamento e uma vontade do eu lírico em se aproximar de sua interlocutora.

08 – Qual a relação entre o uso do pronome de tratamento presente na poesia e o contexto apresentado?
      Como há um distanciamento entre o eu lírico e a interlocutora, além da vontade de expressar admiração e respeito, houve o uso do pronome de tratamento senhora.



POEMA: A GALINHA COR-DE-ROSA - DUDA MACHADO - COM GABARITO


Poema: A galinha cor-de-rosa
        
     Duda Machado

        Era uma galinha cor-de-rosa,
        Metida a chique, toda orgulhosa,
        Que detestava pisar no chão

        Cheio de lama do galinheiro.
        Ficava no alto do poleiro
        E quando saia do lugar,

        Batia as asas para voar.
        Mas seus pés acabavam na lama.
        Ai armava o maior chilique,
      
        Cacarejava, bicava o galo,
        E depois, com o ar de rainha,
        Lavava os pés numa pocinha.

                          Duda Machado. Histórias com poesia, alguns bichos e Cia. São Paulo: Ed. 34, 1997. p.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p. 184.
Entendendo o poema:

01 – Releia a última estrofe do poema e selecione as palavras que acompanham os substantivos galo e pés e transcreva-as.
      A palavra o acompanha o substantivo galo; e a palavra os, o substantivo pés.

02 – Essas palavras estão no masculino ou no feminino?
      As duas palavras estão no masculino.

03 – Releia o título e transcreva a palavra que determina o gênero do substantivo galinha.
      A palavra que determina o gênero do substantivo galinha é o artigo a.

04 – Como os artigos colaboram na caracterização dos substantivos?
      Os artigos indicam o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural) dos substantivos.

05 – Cite algumas características da galinha cor-de-rosa:
      A galinha cor-de-rosa, era metida a chique, toda orgulhosa e detestava pisar no chão.

06 – O que a galinha cor-de-rosa quando saia do poleiro?
      Ela batia as asas para voar.

07 – O que acontecia quando a galinha pisava na lama?
      A galinha dava o maior chilique, cacarejava, bicava o galo e depois lavava os pés em uma pocinha.



NOTÍCIA: PESQUISADORES GAÚCHOS ACHAM NOVO "DINOSSAURO-BISAVÔ" - LÉO GERCHMANN - COM GABARITO

Texto: Pesquisadores gaúchos acham novo "dinossauro-bisavô"
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

Pesquisadores gaúchos encontraram, em São João do Polêsine (a 267 km de Porto Alegre), fósseis de um dinossauro com 228 milhões de anos. O animal, segundo os cientistas, é o maior já encontrado com essa idade.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil) de Cachoeira do Sul.
Os fósseis estão em rochas do Período Triássico (que vai de 245 milhões a 200 milhões de anos atrás), o primeiro da Era Mesozóica (ou era dos dinossauros).
Os fósseis foram encontrados no dia 13 de junho. A conclusão de que se trata do maior dinossauro já encontrado do final do Triássico se deve ao tamanho dos ossos e ao desenvolvimento das articulações. Seus dentes, serrilhados, chegam a 5 cm.
O paleontólogo Sérgio Cabrera, coordenador da equipe, diz que a descoberta foi "uma surpresa".
O animal era um bípede com até cinco metros de comprimento e dois metros de altura, com dentes grandes, típicos de carnívoros. A presença de um certo tipo de fusão de ossos da pata também indica que o animal era um saurísquio (linhagem que originou tanto os carnívoros quanto os gigantes comedores de plantas).
Foram encontrados vértebras, dentes, falanges, ossos das patas e outros ossos ainda não identificados, todos reconstituídos em laboratório pelo grupo da Ulbra.

Os restos são semelhantes aos encontrados em Santa Maria em 1936 (o Staurikosaurus pricei, que atualmente está no Museu da Universidade Harvard, nos EUA), em Candelária em 1998 (Guaibasaurus candelariensis), e na Argentina em 1963 (Herrerasaurus ischigualastensis).
De acordo com Cabrera, o dinossauro, que ainda não tem nome, pesava em torno de 400 quilos e tinha pelo menos 20 anos de idade quando morreu. Trata-se possivelmente de um predador, com grande poder de perfuração das presas.
Léo Gerchmann.
Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u133925.shtml. Acesso em: 27 abr. 2015.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.135.
Entendendo o texto

1)   A palavra gaúchos refere-se a qual característica dos pesquisadores?
A palavra gaúchos indica a região de onde são os pesquisadores, ou seja, do Rio Grande do Sul.

2)   Que novo sentido a palavra bisavô acrescenta a dinossauro?
Acrescenta a ideia de que se trata de um animal que viveu em um tempo muitíssimo remoto.

3)   Quais eram as principais características do animal encontrado?
Tinha 228 milhões de anos; é o maior já encontrado com essa idade; apresentava dentes serrilhados; era um bípede com até 5 metros de comprimento e 2 metros de altura, com dentes grandes, típicos de carnívoros; pertencia à linhagem dos saurísquios; pesava em torno de 400 quilos e tinha cerca de 20 anos de idade quando morreu; possivelmente era um predador, com grande poder de perfuração das presas.

4)   Copie os adjetivos relacionados ao substantivo dentes.
Serrilhados e grandes.

5)   O que os adjetivos relacionados à palavra dentes informam sobre o dinossauro?
Os dentes grandes e serrilhados são típicos de animais carnívoros.

6)   De acordo com Cabrera, o dinossauro não tem nome. Se você pudesse escolher, que nome daria ao animal? Justifique sua escolha.
Resposta pessoal.

7)   Que recursos usados no texto contribuem para dar credibilidade à notícia?
Indicação das datas e do lugar em que ocorreu o fato; depoimento de um especialista; uso de termos específicos que denotam conhecimento sobre o assunto.