segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

TEXTO: ÍNDIO COM DIPLOMA NÃO É MAIS ÍNDIO? JORGE TERENA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: Índio com diploma não é mais índio?

        Algumas pessoas ainda acham estranho um índio ter bacharelado, mestrado e doutorado, mas muitos deles já são formados em áreas como história, direito, ciências sociais, engenharia, pedagogia e outras. A maioria dos que conseguiram essa formação não tiveram ajuda do governo para tal, e continuam não tendo. Os estudantes indígenas às vezes passam por dificuldade nas cidades, mas por compromisso com suas comunidades insistem em adquirir ferramentas científicas e tecnológicas. Isso os permite discutir de igual para igual com os governos um planejamento de políticas públicas indígenas condizentes com a realidade. Mas por que tanta dificuldade para ajudar um pequeno número de indígenas a concluir os estudos? Índio não precisa estudar?
        Há 20 anos, o governo militar achava que lugar de índio era só na aldeia e queria mandar os estudantes indígenas de Brasília de volta para casa. Na época, os alunos adotaram uma frase de protesto: "Posso ser o que você é sem deixar de ser o que sou!". Contudo, a visão de que o índio que sai da aldeia abandona a própria cultura ainda persiste como preconceito. Ele não pode ter diploma e continuar sendo índio?
        As escolas indígenas têm várias faces hoje. Podem ser mera imposição de modelos educacionais ou podem adotar métodos que não desprezam o pluralismo e a identidade cultural dos povos. Por isso é preciso fazer uma distinção entre educação indígena e a educação escolar indígena.
        A educação indígena é o processo com que cada povo transmite conhecimento (em língua nativa) para garantir a sobrevivência e a reprodução cultural. Não é uma educação dentro de quatro paredes como todos estão acostumados, mas uma educação cotidiana. Quando um pai indígena leva o filho para caçar ou coletar material de artesanato, a criança passa por um processo de transmissão cultural de valores, história e crenças. Já a educação escolar indígena deve congregar tanto o conhecimento tradicional dos povos quanto a cultura técnica e científica da sociedade brasileira como um todo. Um choque entre as educações escolar e indígena se deu por conta da existência de concepções de mundo diferentes.
        A educação escolar seguia modelos dominantes, num incentivo à acumulação de bens, à competição e ao individualismo, contrária aos processos pedagógicos dos povos indígenas, que enfatizam diferentes formas de organização social. Mas a educação escolar indígena deve servir como um instrumento a serviço da autonomia de cada povo, que deve decidir o que é uma escola verdadeiramente indígena.
        É difícil para o Ministério da Educação integrar ações de ensino indígena nos três níveis de aprendizado. Se a educação escolar indígena ainda é capenga, imagine a superior. Existem algumas poucas experiências em universidades com licenciaturas específicas para atender à demanda de estudantes indígenas por cursos superiores. Mas será que estes cursos podem ajudar a solucionar os problemas enfrentados pelos povos no cotidiano?
        Como os índios têm dificuldades para ingressar em universidades públicas, eles estão buscando o ensino particular, e a Funai não dispõe de verba para atender à demanda. Só um sistema integrado de educação escolar indígena, desde a educação básica até a superior, poderá garantir os princípios da especificidade, diferenciação e autonomia, que respeite a diversidade cultural, linguística e as pedagogias próprias dos povos indígenas.
                                                                        Jorge Terena.
Entendendo o texto:
01 – No texto, o autor defende o ponto de vista de que o índio deve ter acesso a uma formação especializada.
a)   O que você pensa a respeito desse assunto? Justifique.
Eu acho que o índio tem direito de estudar, porque isso permite discutir de igual para igual com os governantes.

b)   Quem é o autor e que lugar ocupa na sociedade?
Jorge Terena, Sociólogo, integrante do povo Terena, e consultor etno ambiental da COIAB

c)   Tomando como base o veículo de publicação, a que tipo de leitor o texto é dirigido?
Aos leitores da Revista Galileu.

d)    Que posição o autor assume ao imprimir as ideias apresentadas no texto?
Que ele é a favor que os índios estudem, façam curso superior.

02 – Para expressar o seu ponto de vista, o autor constrói o seu texto estruturando-o em sete parágrafos.
a)   Por que ele intitula o texto com uma pergunta?
Para levar o leitor a refletir sobre o assunto.

b)   Observe que, além do questionamento que aparece no título, existem outros dentro do texto. Que efeito é pretendido com o uso desse recurso linguístico?
Para reflexão do leitor.

c)   Quem responde a essas perguntas? Onde é possível encontrar as respostas para elas?
O próprio autor; no texto.

03 – No primeiro parágrafo, o autor expõe a tese principal.
a)   O que ele defende?
Um diploma de curso superior para os índios.

b)   Você concorda ou discorda do ponto de vista defendido pelo autor?
“Posso ser o que você é sem deixar de ser o que sou”.

04 – No desenvolvimento do texto, o pensamento da sociedade de que o índio não precisa estudar é de ordem histórica.
a)   Segundo o texto, que argumento é empregado para justificar tal pensamento?
“Que o governo militar achava que lugar de índio era só na aldeia.”

b)   Que frase funciona como um contra-argumento a essa forma de pensar?
“Posso ser o que você é sem deixar de ser o que sou.”

c)   Como você explica essa frase?
Que o índio pode estudar, sem deixar de ser índio, sem esquecer sua cultura, seus costumes.

05 – Ainda no desenvolvimento do texto, o terceiro, quarto e quinto parágrafos apresentam diferenças entre educação indígena e a educação escolar tradicional.
a)   A educação indígena valoriza o cotidiano, as histórias e as crenças da comunidade. O que a educação escolar, segundo o texto, valoriza?
Um incentivo a acumulação de bens, à competição e ao individualismo, contrário aos processos pedagógicos dos povos indígenas que enfatizam diferentes formas de organização social.

b)   Ao estabelecer essa comparação entre os dois tipos de educação, o que o autor quer enfatizar.
Que a educação escolar indígena deve servir como um instrumento a serviço da autonomia de cada povo, que deve decidir o que é uma escola verdadeiramente indígena.

06 – Levando em conta a sociedade em que vivemos e as exigências do mercado de trabalho, estabeleça hipóteses que justifiquem o fato de o índio necessitar de uma educação escolar indígena.
      Para ele poder discutir de igual para igual com os governos um planejamento de políticas indígenas condizente com a realidade.

07 – No último parágrafo do texto, o autor propõe uma solução para o problema exposto na introdução.
a)   O que ele propõe?
Um sistema integrado de educação escolar indígena, desde a educação básica até a superior, garantindo os princípios da especificidade, diferenciação e autonomia, que respeite a diversidade cultural, linguística e as pedagogias próprias dos povos indígenas.

b)   Na sua opinião essa proposta é viável ou inviável para a realidade educacional brasileira? Justifique.
Inviável. Porque o governo não está conseguindo manter a educação do país com um bom nível de aprendizagem. Criar uma escola dessa maneira para os índios é um sonho.


domingo, 30 de dezembro de 2018

POEMA: A NAMORADA - MANOEL DE BARROS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: A namorada

                            Manoel de Barros

Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

Texto extraído do livro "Tratado geral das grandezas do ínfimo",
Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.
Entendendo o poema:
01 – Qual o assunto tratado no poema?
      O eu lírico anuncia o seu jeito de se comunicar com a namorada.

02 – Que verso conta o que dificultava ou impedia a comunicação entre os namorados?
      O pai era uma onça.

03 – Quais versos sugerem que o eu lírico se refere a uma outra época, diferente da atual?
      Não havia e-mail / no tempo do onça era assim.

04 – Leia os versos:
        “O pai era uma onça”
        “No tempo do onça era assim”.
a)   A palavra onça, nesses versos, é empregado no sentido real ou figurado?
No sentido figurado.

b)   Qual o significado da palavra onça nesse verso?
No primeiro verso significa fera termo que caracteriza o pai. Como uma pessoa difícil, severa e briguenta;
No segundo verso significa tempos passados, antigos.

05 – A forma de comunicação entre o eu lírico e a namorada era bem sucedida quando namorada respondia pela mesma pedra.
a)   Que verso indica que esse momento era motivo de felicidade para o eu lírico?
O verso “Era uma glória.”

b)   Em que situação a comunicação não era bem sucedida? Que verso transmite a apreensão do eu lírico?
Se o bilhete enganchasse na goiabeira / E então era agonia.

06 – O que é possível deduzir sobre os motivos de eu lírico:
a)   Considerar uma glória se a namorada respondesse na mesma pedra?
Poderia significar que a namorada tinha recebido a mensagem e se corresponderia com ele.

b)   Considerar uma agonia se o bilhete enganchasse nos galhos da goiabeira?
Qualquer pessoa poderia ler o bilhete, inclusive o pai da menina, e a mensagem não chegar até a namorada.

07 – No poema, o eu lírico cita o e-mail como um recurso de comunicação que ainda não existia naquele tempo. Considerando que o pai da namorada era uma onça, o que fica subentendido a partir do verso “Não havia e-mail”?
      O uso do e-mail evitaria que o pai ou outras pessoas pudessem ler o conteúdo da mensagem.

08 – A leitura desse poema o faz lembrar algum outro texto ou história de amor entre dois jovens impedidos de se relacionar por causa dos pais?
      A história de Romeu e Julieta.


HISTÓRIA: A VAQUINHA LUDMILA - COM QUESTÕES GABARITADAS

História: A vaquinha Ludmila


        A vaquinha Ludmila é tão amorosa com seu bezerrinho Júnior, que o Papai-touro fica muito admirado. "Este bezerrinho é o mais amado de todo o mundo", pensa ele!
        Nas tardes calmas, perto do lago da pata Grisela, Ludmila espanta as moscas com a sua cauda, enquanto Júnior fica bem pertinho dela. É mesmo uma dupla inseparável! enquanto ruminam, as vaquinhas ficam sabendo que aquele será um dia de festa para elas. É que o senhor Zeca foi buscar grama bem fresquinha. Não há coisa melhor para Ludmila.
        Grama verdinha faz muito bem para o estômago de Ludmila, que é dividido em quatro bolsas. Assim, ela pode engolir rapidamente aquela delícia e esperar para ruminá-la tranquilamente. Por causa das divisões em seu estômago, Ludmila não pensa em quase mais nada. Vive para mastigar o seu capim, fresquinho e delicioso o dia inteiro.
        O papai-touro recebe uma ração balanceada. Precisa de energia para trabalhar na fazenda, e o bezerrinho Júnior orgulha-se de seu papai, tão forte e imponente. 
        A mamãe Ludmila também precisa se alimentar bem, porque ela produz leite para o bezerrinho Júnior e para a fazenda. Todos os dias, é feita a ordenha e Ludmila fica toda satisfeita, porque tem bastante leite.
        Mas o bezerro Júnior é um sortudo. Tem um balde de leite só para ele! Assim, pode beber o leite como se estivesse sugando direto da sua mamãe. Esse seu Zeca é mesmo inteligente!
        Assim, o bezerrinho Júnior não precisa acompanhar a sua mamãe no pasto, à procura de grama verdinha. Ele fica em segurança e sem passar fome por estar longe da mamãe Ludmila.
        Com o leite da vaca, podem ser feitos muitos alimentos. O leite em caixinha do supermercado, diversos tipos de queijo, como o prato. A manteiga para passar no pão, queijos leves, como o tipo mozarela, para pizzas, e também o iogurte, que é uma delícia!
        O bezerrinho Júnior adora leite, pois fortalece seus ossos e músculos. E a mamãe Ludmila não tem do que reclamar dele. Sempre obediente e esperto, nunca fica doente.
        É por isso que a família da vaquinha Ludmila é assim, muito feliz. Porque, tendo saúde, a vida da mamãe Ludmila, do papai-touro e do bezerrinho Júnior é muito mais gostosa!
              Todolivro Distribuidora Ltda - 03.163.884/0001-93
Rua das Missões, 696, 2º andar
Bairro Ponta Aguda, Blumenau - SC
Entendendo a história:
01 – Quem são os personagens da história?
      Vaquinha Ludmila, papai-touro, o bezerro Junior, Senhor Zeca e a pata Grisela.

02 – Onde se passa a história?
     Na fazenda do senhor Zeca.

03 – Como mamãe Ludmila cuida de seu bezerrinho Júnior? Cite uma frase que comprove sua resposta.
      É amorosa. “Ludmila espanta as moscas com sua cauda, enquanto Júnior fica bem pertinho dela.”

04 – Que função tem o papai-touro? E quais são suas características?
      Trabalha na fazenda e é forte e imponente.

05 – Além de um balde de leite que o senhor Zeca separa para o bezerrinho Júnior, o que mais se faz com o leite da vaquinha Ludmila?
      O leite de caixinha do supermercado, diversos tipos de queijo, a manteiga e o iogurte.

06 – Cite algumas características do bezerrinho Júnior.
      Obediente e esperto.

07 – Por que a família da vaquinha Ludmila é feliz?
      Porque, tendo saúde, a vida da mamãe Ludmila, do papai-touro e do bezerrinho Júnior é muito mais gostosa!

08 – Percebe no texto registro da linguagem:
a)   Culta.
b)   Regional.
c)   Científica.
d)   Informal.



CRÔNICA: A ARTE DE SER FELIZ - CECÍLIA MEIRELES - COM QUESTÕES GABARITADAS


Crônica: A arte de ser feliz             
               Cecília Meireles

        Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
        Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.
        Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
        Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
        Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

                                   Cecília Meireles, no livro “Escolha seu sonho”

Entendendo a crônica:
01 – Considerando o texto acima, a que gênero literário pertence?
      Pertence ao gênero lírico, pois expressa sentimentos, emoções, desejos, conhecimentos, enfim, uma visão de mundo de alguém.

02 – Qual a temática tratada nesse texto?
      Fala sobre a felicidade que existe nas pequenas coisas cuja percepção depende da nossa capacidade de olhar.

03 – De acordo com a estrutura composicional, como esse texto foi escrito?
      O texto foi escrito em parágrafos.

04 – Cada texto que escrevemos se enquadra em um gênero. Isso devido às suas características estruturais, como também, principalmente pela sua função social. Após a leitura do texto de Cecília Meireles, informe a qual gênero ele pertence.
      Ele pertence a crônica lírica.

05 – Podemos dizer que esse texto está escrito em 3ª pessoa? Justifique a sua resposta.
      Não, porque o texto apresenta um narrador personagem, portanto está escrito em 1ª pessoa.

06 – Segundo o escritor Henry Ward Beecher, “A arte de ser feliz está no poder de extrair felicidade de coisas comuns.” Esta citação vem de acordo ao expressado no poema de Cecília Meireles? Justifique.
      Sim, a autora deixa claro que a felicidade pode ser encontrada nas coisas mais simples do nosso cotidiano, mas isso dependerá de como enxergamos as coisas ao nosso redor.

07 – Ao vir para a escola você já reparou no mundo ao seu redor? Que imagens ou atitudes te fazem sentir-se feliz como a autora? 
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Com base no texto lido, é CORRETO afirmar que a autora:
a)   Reflete, através de um texto poético, sobre a felicidade que existe nas pequenas coisas cuja percepção depende da nossa capacidade de olhar.
b)   Aborda sua própria experiência de vida, que se apresenta repleta de coisas banais, sem grande importância poética.
c)   Defende a ideia poética de que quem tem um jardim em casa tem uma maior probabilidade de ser feliz em função da beleza das flores.
d)   Apresenta uma visão poética com olhar infantil, já que se refere a gato, pardal, galo, avião e a personagens de Lope de Veja.
e)   Narra uma experiência poética vivida no Nordeste brasileiro, caracterizada pelas expressões “jardim quase seco”, “época de estiagem” e “terra esfarelada”.

09 – Assinale a opção que apresenta sinônimos para as palavras “estiagem”, “aspersão” e “espessas”, considerando-se o contexto no qual foram empregadas.
a)   Fome – neblina – opacas.
b)   Seca – dispersão – sólidas.
c)   Seca – respingo – densas.
d)   Poeira – borrifo – grossas.
e)   Estalagem – diversão – azuis.

10 – Com relação à acentuação da palavra “época” assinale a opção CORRETA.
a)   É acentuada porque se trata de paroxítona terminada em “a”.
b)   É acentuada porque se trata de oxítona terminada em “a”.
c)   É acentuada porque se trata de palavra proparoxítona.
d)   Trata-se de um acento diferencial, usado para diferenciá-la da palavra “época”.
e)   Não é acentuada porque todos conhecem a sua pronúncia cujo timbre é aberto (é).

11 – Assinale a opção CORRETA quanto à classe morfológica da palavra “completamente”.
a)   Advérbio.
b)   Adjetivo.
c)   Verbo.
d)   Substantivo.
e)   Pronome.

12 – Assinale a opção que apresenta o tempo verbal CORRETO da palavra “abria”.
a)   Pretérito perfeito.
b)   Pretérito mais-que-perfeito.
c)   Futuro do presente.
d)   Pretérito imperfeito.
e)   Futuro do pretérito.

13 – Considerando-se os estudos semânticos, a opção que contém duas palavras antônimas é:
a)   Avisto crianças que vão para a escola.
b)   Pardais que pulam pelo muro.
c)   Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
d)   Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
e)   Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Veja.

14 – A conjunção “mas” cumpre semanticamente uma função:
a)   Explicativa.
b)   Conclusiva.
c)   Aditiva.
d)   Adversativa.
e)   Alternativa.

15 – Nas palavras “olhava” e “plantas”, tem-se a seguinte sequência de letras e fonemas, respectivamente:
a)   6 – 5; 7 – 7.
b)   6 – 6; 7 – 6.
c)   5 – 6; 7 – 6.
d)   5 – 6; 6 – 7.
e)   6 – 5; 7 – 6.

16 – No trecho: “... para poder vê-las assim”, o termo em destaque retoma a expressão:
a)   “Pequenas felicidades certas”.
b)   “Minhas janelas”.
c)   “Aprender a olhar”.
d)   “Cada janela”.
e)   “Outros”.

17 – A palavra “giz” está grafada corretamente. Assinale a opção que apresenta uma palavra cuja escrita esteja ortograficamente INCORRETA.
a)   Atraz.
b)   Traz.
c)   Fiz.
d)   Lis.
e)   Cartaz.










CRÔNICA: REGRAS - EDUARDO GALEANO - COM GABARITO

CRÔNICA: Regras
                    Eduardo Galeano

        Chema brincava com a bola, a bola brincava com Chema, a bola era um mundo de cores e o mundo voava, livre e louco, flutuava no ar, rebotava onde queria, quicava para cá, para lá, de pulo em pulo; mas a mãe chegou e mandou parar.
        Maya López pegou a bola e guardou-a debaixo de sete chaves. Disse que Chema era um perigo para os móveis, para a casa, para o bairro e para a Cidade do México, e obrigou-o a calçar sapatos, sentar-se como se deve e a fazer o dever de casa.
        -- Regras são regras – disse ela.
        Chema ergueu a cabeça:
        -- Eu também tenho as minhas regras - disse. E disse que, na sua opinião, uma boa mãe deveria obedecer às regras do filho:
        -- Me deixar brincar enquanto eu quiser, e andar descalço, e não ir na escola nem nada parecido. E mudar de casa todo dia. E não me obrigar a dormir cedo.
        E olhando para o teto, como quem não quer nada, acrescentou:
        -- E você tem de ser minha noiva.
                                              Bocas do Tempo. Eduardo Galeano.
Porto Alegre: L&PM, 2010. p. 59.
Entendendo o texto:
01 – No texto, a mãe, para levar o filho a comportar-se como ela quer, afirma: “– Regras são regras”. Que estratégia o garoto adota par escapar às determinações da mãe?
      Ele contrapõe outras regras, estabelecidas por ele próprio, às regras defendidas pela mãe.

02 – Classifique o predicado destas orações:
a)   “A bola era um mundo de cores”. Predicado nominal.

b)   “O mundo voava, livre e louco”. Predicado verbo-nominal.

c)   “Chema era um perigo par os móveis.” Predicado nominal.

d)   “Regras são regras.” Predicado nominal.

e)   “Eu também tenho as minhas regras.” Predicado verbal.

f)    “Você tem de ser minha noiva.” Predicado nominal.

03 – No trecho: “– Me deixar brincar enquanto eu quiser, e andar descalço”:
a)   A quem se refere o termo descalço? Que função sintática ele desempenha?
Refere-se ao próprio menino. A função sintática de descalço é predicado do sujeito.

b)   Qual é a predicação do verbo andar?
Verbo intransitivo.

c)   Como se classifica o predicado da oração “e andar descalço”?
Predicado verbo-nominal.