quinta-feira, 30 de agosto de 2018

FÁBULA: O FAZENDEIRO, SEU FILHO E O BURRO - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: O Fazendeiro, seu Filho e o Burro
           ESOPO  


     Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças salientes, que riram e zombaram deles:
      --- Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?
        O fazendeiro, então, ordenou ao filho:
        --- Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.
        O filho assim o fez.
        Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram:
      --- Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
        --- Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé.
          Trocaram então as posições.
        Alguns quilômetros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram:
        --- A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.
        --- Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.
        Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.
        --- Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira.
        Os dois precisavam ser presos. Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los.
        O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água."
        Moral: Quem a todos quer ouvir, por ninguém é ouvido.

                                                                             Fábulas de Esopo
Entendendo a fábula:     
                      
01 – O problema que dá origem à essa história é:
(A) O fazendeiro e seu filho queriam agradar a todas as pessoas.
(B) O fazendeiro e seu filho precisavam chegar rapidamente ao Mercado da Cidade.
(C) O burro estava muito cansado de caminhar.
(D) O burro estava muito maltratado.

02 – Por que as moças salientes, riram e zombaram do fazendeiro e do filho?
      Porque o fazendeiro e o filho estavam indo a pé e puxando o burro.

03 – Na estrofe: “Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.” Quem disse essas palavras?
      Uns velhos que estavam a porta de uma estalagem.

04 – Após andarem alguns quilômetros adiante, encontraram umas camponesas passeando, Qual foi o comentários delas?
      “A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.”

05 – “Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira”, quem disso essa frase?
      Alguns fazendeiros que se encontravam na porta do mercado.

06 – Por que o fazendeiro e o filho, foram cair dentro do rio?
      Porque eles vinham carregando o burro, e o mesmo começou a acoicear tanto, que terminou derrubando os dois na água.

07 – De acordo com a moral da história, por que aconteceu tantas coisas com o fazendeiro e seu filho?
      Porque eles tentaram atender à vontade dos outros.  





CONTO: O PRÍNCIPE SAPO - IRMÃOS GRIMM - COM GABARITO

Conto: O Príncipe Sapo
(Irmãos Grimm)


        Há muito tempo, quando os desejos funcionavam, vivia um rei que tinha filhas muito belas. A mais jovem era tão linda que o sol, que já viu muito, ficava atônito sempre que iluminava seu rosto.
Perto do castelo do rei havia um bosque grande e escuro no qual havia uma lagoa sob uma velha árvore. 
        Quando o dia era quente, a princesinha ia ao bosque e se sentava junto à fonte. Quando se aborrecia, pegava sua bola de ouro, a jogava alto e recolhia. Essa bola era seu brinquedo favorito. Porém aconteceu que uma das vezes que a princesa jogou a bola, esta não caiu em sua mão, mas sim no solo, rodando e caindo direto na água.
        A princesa viu como ia desaparecendo na lagoa, que era profunda, tanto que não se via o fundo. Então começou a chorar, mais e mais forte, e não se consolava e tanto se lamenta, que alguém lhe diz: 
        -- Que te aflige princesa? Choras tanto que até as pedras sentiriam pena. Olhou o lugar de onde vinha a voz e viu um sapo colocando sua enorme e feia cabeça fora da água. 
        -- Ah, és tu, sapo – disse – Estou chorando por minha bola de ouro que caiu na lagoa. 
        -- Calma, não chores – disse o sapo; Posso ajudar-te, porém, que me darás se te devolver a bola? 
        -- O que quiseres, querido sapo – disse ela – Minhas roupas, minhas pérolas, minhas joias, a coroa de ouro que levo. 
        O sapo disse: 
        -- Não me interessam tuas roupas, tuas pérolas nem tuas joias, nem a coroa. Porém me prometes deixar-me ser teu companheiro e brincar contigo, sentar a teu lado na mesa, comer em teu pratinho de ouro, beber de teu copinho e dormir em tua cama; se me prometes isto eu descerei e trarei tua bola de ouro".
        -- Oh, sim – disse ela – Te prometo tudo o que quiseres, porém devolve minha bola; mas pensou – Fala como um tolo. Tudo o que faz é sentar-se na água com outros sapos e coachar. Não pode ser companheiro de um ser humano. 
        O sapo, uma vez recebida a promessa, meteu a cabeça na água e mergulhou. Pouco depois voltou nadando com a bola na boca, e a lançou na grama. A princesinha estava encantada de ver seu precioso brinquedo outra vez, colheu-a e saiu correndo com ela. 
        -- Espera, espera – disse o sapo; Leva-me. Não posso correr tanto como tu – Mas de nada serviu coachar atrás dela tão forte quanto pôde. Ela não o escutou e correu para casa, esquecendo o pobre sapo, que se viu obrigado a voltar à lagoa outra vez.
        No dia seguinte, quando ela sentou à mesa com o rei e toda a corte, estava comendo em seu pratinho de ouro e algo veio arrastando-se, splash, splish splash pela escada de mármore.
        Quando chegou ao alto, chamou à porta e gritou: 
        -- Princesa, jovem princesa, abre a porta. 
        Ela correu para ver quem estava lá fora. Quando abriu a porta, o sapo sentou-se diante dela e a princesa bateu a porta. Com pressa, tornou a sentar, mas estava muito assustada. O rei se deu conta de que seu coração batia violentamente e disse:
        -- Minha filha, por que estás assustada? Há um gigante aí fora que te quer levar? 
        -- Ah não, respondeu ela – não é um gigante, senão um sapo. 
        -- O que quer o sapo de ti? 
        -- Ah querido pai, estava jogando no bosque, junto à lagoa, quando minha bola de ouro caiu na água. Como gritei muito, o sapo a devolveu, e porque insistiu muito, prometi-lhe que seria meu companheiro, porém nunca pensei que seria capaz de sair da água. 
        Entretanto o sapo chamou à porta outra vez e gritou:
        -- Princesa, jovem princesa, abre a porta. Não lembras que me disseste na lagoa?
        Então o rei disse: 
        -- Aquilo que prometeste, deves cumprir. Deixa-o entrar. 
        Ela abriu a porta, o sapo saltou e a seguiu até sua cadeira. Sentou-se e gritou: – Sobe-me contigo. 
        Ela o ignorou até que o rei lhe ordenou. Uma vez que o sapo estava na cadeira, quis sentar na mesa. Quando subiu, disse: 
        -- Aproxima teu pratinho de ouro porque devemos comer juntos.
        Ela o vez, porém se via que não de boa vontade. O sapo aproveitou para comer, porém ela enjoava a cada bocado. Em seguida disse o sapo: 
        -- Comi e estou satisfeito, mas estou cansado. Leva-me ao quarto, prepara tua caminha de seda e nós dois vamos dormir.
        A princesa começou a chorar porque não gostava da ideia de que o sapo ia dormir na sua preciosa e limpa caminha. Porém o rei se aborreceu e disse:
        -- Não devias desprezar àquele que te ajudou quando tinhas problemas. 
        Assim, ela pegou o sapo com dois dedos, e a levou para cima e a deixou num canto. Porém, quando estava na cama o sapo se arrastou até ela e disse: 
        -- Estou cansado, eu também quero dormir, sobe-me senão conto a teu pai. 
        A princesa ficou então muito aborrecida. Pegou o sapo e o jogou contra a parede. 
        -- Cale-se, bicho odioso; disse ela. 
        Porém, quando caiu ao chão não era um sapo, e sim um príncipe com preciosos olhos. Por desejo de seu pai ele era seu companheiro e marido. Ele contou como havia sido encantado por uma bruxa malvada e que ninguém poderia livrá-lo do feitiço exceto ela. Também disse que no dia seguinte iriam todos juntos ao seu reino.
        Se foram dormir e na manhã seguinte, quando o sol os despertou, chegou uma carruagem puxada por 8 cavalos brancos com plumas de avestruz na cabeça. Estavam enfeitados com correntes de ouro. Atrás estava o jovem escudeiro do rei, Enrique. Enrique havia sido tão desgraçado quando seu senhor foi convertido em sapo que colocou três faixas de ferro rodeando seu coração, para se acaso estalasse de pesar e tristeza.
        A carruagem ia levar ao jovem rei a seu reino. Enrique os ajudou a entrar e subiu atrás de novo, cheio de alegria pela libertação, e quando já chegavam a fazer uma parte do caminho, o filho do rei escutou um ruído atrás de si como se algo tivesse quebrado. Assim, deu a volta e gritou: 
        -- Enrique, o carro está se rompendo. 
        -- Não amo, não é o carro. É uma faixa de meu coração, a coloquei por causa da minha grande dor quando eras sapo e prisioneiro do feitiço. 
        Duas vezes mais, enquanto estavam no caminho, algo fez ruído e cada vez o filho do rei pensou que o carro estava rompendo, porém eram apenas as faixas que estavam se desprendendo do coração de Enrique porque seu senhor estava livre e era feliz. 

Entendendo o conto:

01 – Em sua opinião, que ideia o texto expressa?
      Expressa a ideia de que devemos sempre cumprir com nossas promessas.

02 – Qual era o brinquedo favorito da princesinha?
      Era uma bola de ouro.

03 – O texto fala sobre:
( ) A princesa que virou sapo.
( ) Um sapo que prometeu um beijo a princesa.
( ) A princesa que prometeu um beijo a um sapo.
(X) Um sapo que recuperou a bola da princesa no lago.

04 – Quem fez pergunta: “Que te aflige princesa”?
      Foi um sapo, que colocou sua enorme e feia cabeça fora da água.

05 – O que o sapo pediu a princesinha, para ir ao fundo do lago buscar a bola de ouro?
      “Se me prometes deixar-me ser teu companheiro e brincar contigo, sentar a teu lado na mesa, comer em teu pratinho de ouro, beber de teu copinho e dormir em tua cama; se me prometes isto eu descerei e trarei tua bola de ouro".

06 – A princesinha cumpriu com sua promessa? Justifique com parte do texto.
      Não. “Espera, espera – disse o sapo; Leva-me. Não posso correr tanto como tu.”

07 – Após a princesinha contar toda a história ao rei, seu pai, qual foi a reação do rei?
      “Aquilo que prometeste, deve cumprir. Deixa-o entrar.”

08 – Após o jantar, o que o sapo exigiu que a princesinha fizesse? Copie do texto.
      “Comi e estou satisfeito, mas estou cansado. Leva-me ao quarto, prepara tua caminha de seda e nós dois vamos dormir.”

09 – O que a princesinha fez, quando o sapo disse, que se ela não o subisse ele contaria ao rei?
      A princesinha pegou o sapo e jogou contra a parede e disse: “Cale-se, bicho odioso”.

10 – O que aconteceu com o sapo?
      Quando caiu ao chão não era mais um sapo, e sim um príncipe.

11 – Como era a carruagem que foi buscar o príncipe? E quem foi buscar?
      A carruagem era puxada por 8 cavalos brancos com plumas de avestruz na cabeça e estavam enfeitados com correntes de ouro. Quem foi buscar o príncipe foi o Enrique, escudeiro do rei.

12 – O que você pensa sobre as pessoas que não cumprem suas promessas?
      Resposta pessoal do aluno.

13 – Se você não concorda com o título, invente outro título para este conto de fadas. 
      Resposta pessoal do aluno.



LENDA: DO URUTAU - MÃE-DA-LUA - WIKIAVES - COM GABARITO

Lenda: Do UrutauMãe-da-lua

        Uma das mais belas lendas do folclore brasileiro é a do Urutau.
        O Urutau é um pássaro solitário e de hábitos noturnos que dificilmente se deixa ver.
        Este pássaro habita na região norte e nordeste da Argentina, nas matas do Paraguai, no Norte do Uruguai e do Brasil, onde lhe são atribuídos vários nomes: Jurutaui na região amazónica; Ibijouguaçú entre os Tupis e Mãe-da-Lua entre os mineiros. Estas designações correspondem a diversas regiões linguísticas: à dos tupis e guaranis e à do idioma quichua.
        Pousado na ponta de um galho seco, fitando a lua e estremecendo a calada da noite, emite um canto bruxuleante que mais parece um lamento humano. Tem uma cabeça chata, olhos grandes e muito vivos, a boca rasgada de tal forma que os seus ângulos alcançam a região posterior dos olhos. A sua cor parda em tons de canela com riscas transversais e escuras permite-lhe adaptar-se perfeitamente ao galho da árvore, passando completamente despercebida. Este seu disfarce associado a uma perfeita imobilidade protegem-na dos seus predadores e permitem-lhe caçar as suas presas (besouros e borboletas) com uma grande facilidade.
        O seu grito é, provavelmente, o mais pavoroso de quantos se conhecem no mundo das aves.
        Em forma de "hu-hu-hu", que se faz ouvir após o anoitecer, procura, a solidão mais espessa dos bosques, de onde faz desprender a sua voz cheia de lamentos. Para muitos, a sua voz é semelhante ao clamoroso lamento de uma mulher que termina com amortecidos "ais". O seu canto provoca, portanto, espanto e piedade aos que possam ouvi-lo e é também fantasmagórico. "Meu filho foi, foi, foi" - interpreta o povo.
        A par da voz queixosa e plangente, uma quase invisibilidade, confere-lhe o carácter de um ente misterioso. Muitos não o tomam por uma verdadeira ave, mas sim por um ser fantástico, inacessível à mão e aos olhos humanos. Já outros, porém, não duvidam de sua existência, mas consideram-no como um ente enigmático e superior, dotado de muitas qualidades fora das leis naturais, entre elas, o preservar das seduções e a pureza das jovens moças.
        Conta-se que antigamente, matavam para esse fim uma dessas aves e tirava-se a pele que era, posteriormente, seca ao sol. Esta servia para os pais sentarem as suas filhas, nos três primeiros dias a partir do início da puberdade. No términos desse tempo, as jovens saíam "curadas", isto é, invulneráveis às tentações das paixões desonestas que as pudessem atrair. As qualidades sobrenaturais deste pássaro destacam-se nas crendices populares. As penas e a pele do urutau são para muitas pessoas bastante milagrosas. Assim, se para muitos o Urutau é, muitas vezes, associado a maus presságios, para outros e, segundo a mitologia Tupi-Guarani, trata-se de uma ave benfeitora (abençoada).
        Conta a lenda que Nheambiú, uma bela moça, filha do Tuxaua da nação Guarani, se apaixonou profundamente por um bravo guerreiro Tupi chamado Cuimbaé, que havia sido feito prisioneiro pelos Guaranis.
        Nheambiú pediu aos seus pais que consentissem no seu casamento com Cuimbaé. Porém, esse e os posteriores pedidos foram terminantemente negados, com a alegação de que Cuimbaé era um Tupi, ou seja, um inimigo mortal dos Guaranis.
        Não suportando mais o sofrimento, Nheambiú desapareceu da Taba, causando um enorme alvoroço.
        O velho cacique mobilizou então todos os seus guerreiros para que procurassem, por todo o lado, a sua preciosa filha.
        Após uma longa busca, a jovem foi encontrada no coração da floresta, paralisada e muda, como uma estátua de pedra. Ao vê-la, o pai sacudiu-a, mas ela não deu nenhum sinal de vida.
        Então, o seu pai mandou chamar o feiticeiro da tribo, que a examinou dizendo o seguinte ao cacique: - Nheambiú perdeu a fala para sempre; só uma grande dor poderá fazer Nheambiú voltar ao que era.
        Então começaram por informar a jovem índia de todas as notícias mais tristes possíveis: a morte do seu pai e a de todos os seus amigos.
        No entanto, nada surtiu efeito. A jovem continuou inabalável e intacta.
        Então o pajé da tribo aproximou-se e disse: - Cuimbaé acaba de ser morto.
        Nesse mesmo instante, o corpo da jovem moça estremeceu todo e ela, soltando repetidos lamentos acabando por desaparecer da mata.
        Todos os que ali se encontravam, cheios de dor, acabaram transformados em árvores secas, enquanto Nheambiú se transformou num Urutau ficando a voar, noite após noite, pelos galhos daquelas árvores amigas, chorando a perda do seu grande amor.
        Dizem que foi dessa lenda que se originaram algumas superstições populares relativamente ao Urutau.
        Uma dessas lendas, fala-nos de Jouma, um cacique dos Mocovies (Guaranis) que, surpreende a Marramac, nos braços de um estrangeiro e o mata com flechas. Porém, perde posteriormente a razão e transforma-se num Urutau.
        Segundo uma outra versão, o Urutau é um menino, órfão de pai e mãe, que passa a vida muito triste, chorando a perda dos seus progenitores. Fita o Sol e a Lua e, quando os astros desaparecem, não faz mais do que lamentar-se.
        Contava uma lenda também, que o urutau foi uma pessoa que não quis visitar o Menino Jesus, e por isso hoje chora arrependido de Novembro a Janeiro.
        Outra lenda diz que "carta de amor escrita com pena de Urutau tem sempre resposta favorável".
        Já outra diz que a pele dessa ave preserva as donzelas dos deslizes e as protege contra os alheios de intenções menos honestas.
        Devido à sua existência misteriosa, o Urutau além das lendas era objeto de práticas supersticiosas. Os Guaranis acreditavam que partindo-se as asas e as pernas do pássaro durante a noite, no dia seguinte ele amanhecia perfeito. Segundo algumas crendices indígenas, esta ave noturna revestia-se de atribuições que são inerentes ao Cupido. As penas do Urutau eram eficazes talismãs de amor. Assim sendo, aquele que conduzir uma de suas penas, atrai a simpatia e o desejo do outro sexo; que se consegue qualquer pretensão com a escrita com uma de suas penas. Acreditava-se ainda, que as suas penas e as suas cinzas eram remédios contra doenças.
        Há também quem diga que, na Amazónia, há o costume de varrer o chão, sob o véu das noivas, com as penas da cauda do Jurutauí (designação pela qual o Urutau é conhecido nesta região), a fim de se garantir para as futuras esposas todas as virtudes do mundo.
        Outra das crenças mais curiosas no poder sobrenatural do Urutau é a que faz referências à sua posição face ao ciclo solar. Quando o sol nasce o pássaro volta a sua cabeça para ele e acompanha-o no seu percurso. Quando o astro caminha para o Poente, começa então a entoar o canto dolorido "U - ru - tau". Conta-se também que, Couto de Magalhães elevou o Urutau à categoria dos deuses, reservando-lhe o segundo lugar da sua teogonia Tupi. Todas essas considerações, entretanto, levam-nos a classificar o Urutau como um pássaro feérico (mágico), que existe por direito próprio. O Urutau é um pássaro que pertence à Ordem dos Caprimulgiformes, família dos Nyctibiidae. No Brasil, ocorrem as seguintes espécies: Nyctibius grandis (Urutau, Mãe-da-Lua Gigante); Nyctibius griseus (Urutau) e Nyctibius aethereus (Mãe-da-Lua Parda).
                                                                               Fonte: Wikiaves.
Entendendo a lenda:

01 – Quais as características do Urutau?
      É um pássaro solitário e de hábitos noturnos, que dificilmente se deixa ver. Tem uma cabeça chata, olhos grandes e muitos vivos, a boca rasgada de tal forma que os seus ângulos alcançam a região posterior dos olhos e a sua plumagem cor pardas com riscos transversais.

02 – Por que diz que seu canto bruxuleante, mas parece um lamento humano?
        Porque é em forma de "hu-hu-hu", que se faz ouvir após o anoitecer, procura, a solidão mais espessa dos bosques, de onde faz desprender a sua voz cheia de lamentos.

03 – As qualidades sobrenaturais deste pássaro nas crendices populares. Quais as partes que são bastantes milagrosas?
      As penas e a pele do Urutau.

04 – Embora o Urutau é associado a maus presságios, como é tratado pelo Tupi-Guarani segundo a mitologia?
      É tratado como uma ave benfeitora (abençoada).

05 – O que o pássaro urutau come?
      urutau é uma ave de hábitos noturnos. Sua alimentação é constituída basicamente de insetos que apanha em pleno voo, principalmente os grandes, porém pode comer outros animais de pequeno porte, como morcegos, lagartos e pequenos pássaros. É uma ave que utiliza muito bem sua plumagem para se camuflar.

06 – Qual o tamanho do urutau?
      Nas florestas densas quanto nas bordas de mata, capoeiras e até mesmo em árvores isoladas das grandes cidades. Se comparado com as outras espécies, esse urutau tem tamanho médio, aproximadamente uns 40 cm e peso que varia entre 150 e 190 gramas.

07 – Onde vive o pássaro Urutau?
      A fêmea nidifica em cavidades de tocos ou galhos, onde deposita um ovo e o choca durante cerca de um mês. Facilmente confundida com um galho, devido à coloração da plumagem, o urutau pode ser encontrado em florestas, campos e cerrados por todo o Brasil.

08 – O que diz a lenda, no parágrafo 24° com relação as cartas?
      Diz que toda carta de amor escrita com pena de Urutau, a resposta será favorável.

09 – Tem uma lenda que fala da pele dessa ave, o que ela diz?
      Diz que a pele dela preserva as donzelas dos deslizes e as protege contra os alheios de intenções menos honestas.

10 – O Urutau além das lendas e de sua existência misteriosa, era objeto de práticas supersticiosa. Quais eram elas?
      Os Guaranis acreditavam que partindo-se as asas e as pernas do pássaro durante a noite, no dia seguinte ele amanhecia perfeito. Segundo algumas crendices indígenas, esta ave noturna revestia-se de atribuições que são inerentes ao Cupido. As penas do Urutau eram eficazes talismãs de amor. Assim sendo, aquele que conduzir uma de suas penas, atrai a simpatia e o desejo do outro sexo; que se consegue qualquer pretensão com a escrita com uma de suas penas. Acreditava-se ainda, que as suas penas e as suas cinzas eram remédios contra doenças.”

11 – Na Amazônia, há o costume de varrer o chão, sob o véu das noivas, com as penas da cauda do Urutau. Para que serve?
      Serve para garantir, as futuras esposas todas as virtudes do mundo.

12 – Existe uma outra das crenças mais curiosa no poder sobrenatural do Urutau, qual é ela?
      É a que faz referências à sua posição face ao ciclo solar. Quando o sol nasce o pássaro volta a cabeça para ele e acompanha-o no seu percurso.

13 – Quando o Urutau, começa a entoar o seu canto dolorido “U-RU-TAU”?
      Quando o sol caminha para o poente.

14 – O Urutau é considerado um pássaro feérico, ou seja, mágico, que existe por direito próprio. A que ordem ele pertence?
      Pertence a Ordem dos Caprimulgiformes, família dos Nyctibiidae.






TEXTO PARA SÉRIES INICIAIS: DIA DO FICO - (INDEPENDÊNCIA DO BRASIL) - COM GABARITO

Texto: Dia do Fico


        O Dia do Fico deu-se em 09 de janeiro de 1822, quando o então príncipe regente D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta a Lisboa, ficando no Brasil.
        Por volta de 1821, quando as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa mostraram a ideia de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão enviada para o príncipe regente D. Pedro de Alcântara. Uma das exigências era seu retorno imediato a Portugal.
        Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.”
        A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses, para romper o vínculo que existia entre Portugal e o Brasil.
        Este episódio culminou com a declaração de independência do Brasil, que viria a ser proclamada em 07 de setembro de 1822.

Entendendo o texto:

01 – Em que dia deu-se o Dia do Fico?
      Em 09 de janeiro de 1822.

02 – O que as Cortes Portuguesas exigiam do príncipe regente D. Pedro de Alcântara?
      Exigiam sua volta a Lisboa.

03 – Como os liberais radicais pressionaram D. Pedro a ficar no Brasil?
      Fizeram um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas.

04 – O que D. Pedro declarou ao público?
      “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.”

05 – A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses, para romper o vínculo que existia entre Portugal e o Brasil e este episódio culminou com que fato histórico?
      A Independência do Brasil.

06 – Em que data foi proclamada a Independência do Brasil?
      Em 07 de setembro de 1822.

     


TEXTO: OS MELHORES AMIGOS DO HOMEM - REVISTA ISTO É - COM GABARITO

Texto: Os melhores amigos do homem

          Animais ajudam na recuperação de pacientes e melhoram o ânimo de crianças e idosos

        Uma experiência pequena, mas com resultados animadores, está empolgando pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, campus de Pirassununga. O trabalho, coordenado pelo professor Marcelo Ribeiro, consiste em usar animais para ajudar crianças com deficiências mentais a melhorar o desempenho escolar. Há três anos, os cientistas levam pacientes atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade para participar do trabalho com os bichos abrigados no setor de criação. As crianças cuidam de cabras, coelhos, peixes, etc. Durante as atividades, aprendem conceitos e desenvolvem habilidades
de maneira fácil e divertida. Quando acompanham o ganho ou a perda de peso de um coelho, por exemplo, entendem as operações básicas da matemática. E elas preparam relatórios sobre tudo o que fazem, o que as auxilia a deslanchar no português. Além da evolução no aprendizado, os pequenos ganham um sentimento que muitos nem sequer havia experimentado: autoestima.
        Essa mesma sensação enche de alegria o coração do menino Leonardo Neves, 11 anos, cada vez que ele monta o cavalo Pantanal, em meio ao verde do Haras Pégasus, no Rio de Janeiro. Tetraplégico de nascença (faltou oxigênio durante o parto), há um ano Leonardo se submete à equoterapia (técnica que usa a equitação para melhorar o estado de saúde). Hoje, é capaz de feitos que, tempos atrás, eram inimagináveis. De cima do cavalo, por exemplo, lança um bambolê e acerta no alvo, um cone de plástico. E ele sonha mais. “Sou otimista. Ainda acredito, um dia, ser jogador de futebol”, diz Leonardo. Os progressos do filho emocionam a mãe, Kátia Aguiar, 34 anos. “Ele está com mais força para apoiar o pescoço e mastigar os alimentos. Não imaginava que ia ser uma recuperação tão rápida”, festeja. Para ajudar no tratamento do menino, ela havia tentado fisioterapia, hidroterapia e natação. Nada foi tão eficaz quanto a equoterapia.
        Na verdade, o uso de animais no tratamento de várias doenças tem sido um recurso cada vez mais utilizado. Várias pesquisas demonstraram que os bichos têm um fabuloso poder terapêutico. “Eles são remédios vivos”, afirma a veterinária Hannelore Fuchs, uma das principais especialistas no assunto do País. De acordo com pesquisas do cientista Dennis Turner, professor da Universidade de Duke (Estados Unidos), por exemplo, o contato com os animais ajuda a reduzir a pressão sanguínea, a diminuir os níveis de colesterol e de stress. Uma das hipóteses é a de que cuidar ou brincar com um bicho acalma e traz felicidade, verdadeiros bálsamos para a saúde. “Lidar com eles também contribui para a liberação de endorfina, aumentando a sensação de bem-estar”, diz Hannelore.
                     Fragmento adaptado de ISTO É, 11/02/2004.
Celina Côrtes e Thiago Asmar.
Entendendo o texto:
01 – Qual é a tese desse texto?
      Experiências com o uso de animais no tratamento de doenças, especialmente de crianças deficientes mentais, têm mostrado muito bons resultados.

02 – Que contribuição dão as informações do primeiro parágrafo para a comprovação da tese?
      Relatam que há uma pesquisa em andamento, mostram como a experiência ocorre e legitimam o argumento citando autoridades no assunto.

03 – Como o segundo parágrafo contribui para a comprovação da tese?
      Relata um caso singular que comprova a tese geral.

04 – Destaque do terceiro parágrafo dois argumentos a favor da tese do texto.
·        A comprovação do sucesso do tratamento com animais, mencionado uma autoridade.
·        O relato de outra pesquisa semelhante que chega aos mesmos resultados.

05 – Qual a faculdade que está empolgado, com as pesquisas que utilizam animais para o tratamento de saúde das crianças deficientes?
      É a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo.

06 – Quem fez a afirmação: “Eles são remédios vivos”? E quem são Eles?
      Foi afirmação feita pela veterinária Hannelore Fuchs. Eles, são os animais.

07 – De acordo com o cientista Dennis Turner, professor da Universidade de Duke (Estados Unidos). Quais são os benefícios adquiridos através do contato com os animais?
      O contato com os animais, ajuda a reduzir a pressão sanguínea, a diminuir os níveis de colesterol e de estresse.


TEXTO: ENFIM, AS FÉRIAS - NELLY CARVALHO - COM GABARITO

Texto: ENFIM, AS FÉRIAS

        Férias, plural de féria, significava em latim os dias especiais consagrados à celebração religiosa. Féria – singular - teve em feira sua corruptela, passando a significar dia comum, como se vê nos dias da semana. Mas, a etimologia em nada revela o significado atual, pois o conceito de férias vem-se modificando através dos anos, mudando radicalmente de sentido, agora no fim da primeira década do terceiro milênio. Agora, nesta ruidosa década, significa correria, disputa por lugares em aviões e hotéis, excursões numerosas, aumento de população flutuante nas localidades turísticas, de forma desordenada, gerando, com isso, desconforto, desordem e insatisfação generalizada. Nenhum de nós é capaz de pensar em curtir dias de lazer simples, de leituras leves ou aprofundadas, ou simplesmente, descansar, pensar e rever o que fez durante o ano: refletir é proibido. Parece que no momento que abandonamos a rotina, temos medo de olhar para trás, para dentro de nós mesmos, de nos vermos sem a bengala rotineira do trabalho ou das obrigações cotidianas que balizam nossas ações durante o ano. A rotina é a muleta de apoio para enfrentarmos a vida. Muitas pessoas declaram que até mesmo suas pequenas férias semanais, o domingo, é o dia mais triste da semana.
 CARVALHO, Nelly. Opinião. Jornal do Comércio. p.13. 07.01.2011.
Entendendo o texto:

01 – Segundo a autora, na atualidade:
a) As pessoas valorizam mais as férias, relaxando mais.
b) O conceito de férias tem-se modificado de forma radical.
c) Poucos são os que viajam durante as suas férias. 
d) Férias significa época de atividades muito organizadas.
e) Durante as férias, as pessoas tendem a se solidarizar com os outros. 

02 – Em uma das passagens do texto, a autora refere-se à atual década como sendo:
a) a muleta de apoio. 
b) ruidosa.
c) um momento de reflexão.
d) época de correria.
e) uma fase de atividades ordenadas.

03 – Quando a autora se utilizou do trecho “Refletir é proibido”, ela quis afirmar que:
a) durante as férias, de um modo geral, as pessoas param para rever o seu passado.
b) cotidianamente, a humanidade aprecia muito refletir sobre os seus gestos e suas ações.
c) não somente nas férias mas durante todo o ano, existe uma tendência humana em refletir sobre os fatos vividos.
d) as pessoas, durante as férias, atropelam seus gestos e ações e não se permitem parar para refletir sobre o seu passado.
e) à exceção de poucos, a reflexão é algo quase em desuso em qualquer época do ano.

04 – Existe uma passagem do texto em que a autora se reporta à rotina como algo de grande relevância à vida humana. Sobre ela, a autora afirma que:
a) é algo abominável entre as pessoas.
b) as ações rotineiras enriquecem o homem.
c) a quebra da rotina durante as férias torna os homens inseguros.
d) todo indivíduo rejeita fortemente atividades rotineiras.
e) nem sempre a rotina é benéfica à vida humana.

05 – Observe os verbos dos itens abaixo:
I – “gerando, com isso, desconforto, desordem e insatisfação generalizada.” 
II. “...significava em latim os dias especiais ...”. 
III. “...no momento que abandonamos a rotina ...”.
IV. “...a etimologia em nada revela o significado atual ...”. 

        Sobre eles, assinale a alternativa que contém a justificativa CORRETA
a) No item I, o verbo exige complemento regido de preposição. 
b) No item II, o verbo exige dois complementos: um regido de preposição e o outro não.
c) No item III, o complemento do verbo abandonamos não vem regido de preposição.
d) No item IV, o verbo não exige complemento.
e) Tanto o verbo do item I como o do item IV não exigem complemento.