segunda-feira, 30 de julho de 2018

REPORTAGEM: O TURISMO DA BONDADE - CAROLINA ROMANINI - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

REPORTAGEM: O turismo da bondade
        Jovens adeptos do intercâmbio voluntário viajam pelo mundo para trabalhar em instituições filantrópicas e, segundo eles, buscar o crescimento pessoal.


        No mundo inteiro, o intercâmbio estudantil é uma maneira tradicional de os jovens viajarem para o exterior para aprender um segundo idioma e entrar em contato com outras culturas. Agora, uma variante desse tipo de programa vem se popularizando, inclusive no Brasil – o intercâmbio voluntário. Ele consiste em viajar para outro país não apenas para estudar, mas para engajar-se em atividades filantrópicas ou auxiliar entidades de preservação ambiental. Segundo os estudantes, essa é uma forma de se sentir útil, ajudar o próximo ou colaborar para a saúde do planeta, obtendo como recompensa o crescimento pessoal. De quebra, o voluntariado enriquece o currículo. Nos Estados Unidos e em vários países da Europa, muitas escolas de ensino médio e faculdades exigem que o aluno, para receber o diploma, tenha cumprido um mínimo de horas de trabalho voluntário. Exercer esse trabalho em outro país é mais enriquecedor e divertido. As agências de intercâmbio brasileiras informam que a procura por programas desse tipo cresceu três vezes nos últimos dois anos.
        Há duas formas de hospedagem: a primeira delas é ficar na casa de uma família e dividir o dia entre o estudo e o voluntariado; a segunda é ficar na própria instituição em que se trabalha. No caso da Alemanha, a maior quantidade de bolsas desse tipo tem como destino o Brasil. Depois de fazer voluntariado na Dinamarca, cuidando de crianças órfãs, o alemão Maximilian Georgi, de 21 anos, decidiu que gostaria de dar continuidade à experiência num local no qual as pessoas vivessem uma realidade diversa da sua. Escolheu o Brasil e há três meses trabalha com crianças carentes em Porto Alegre. “É um choque de realidade”, conta ele. [...]
        Uma pesquisa realizada neste ano por algumas agências mostrou que o Brasil é o segundo destino favorito para fazer intercâmbio voluntário. O primeiro lugar coube ao Peru, entre outros motivos, pela peculiaridade de o país manter vivas as tradições indígenas.

[...]
        Já a estudante paulista de veterinária Raissa Seabra Bittencourt, de 18 anos, procurou um programa que a ajudasse na profissão que escolheu. Em julho passado, ela foi trabalhar em um parque nacional, na África do Sul, que abriga animais selvagens. Chegou a cuidar de guepardos e de outros felinos acidentados. “Notei grande diferença na minha bagagem quando retornei à faculdade", diz Raissa.

(Carolina Romanini, Veja, 02.12.2009)

Entendendo o texto:

01 – Identifique:
      Título: O Turismo da Bondade
    Subtítulo: Jovens adeptos do intercâmbio voluntário viajam pelo mundo para trabalhar em instituições filantrópicas e, segundo eles, buscar o crescimento pessoal.
      Autoria: Carolina Romanini.
      Veículo de publicação: Revista VEJA.
      Data: 02/12/2009.

02 – Justifique o título do texto.
      São jovens fazendo intercâmbio voluntário em instituições filantrópicas pelo mundo.

03 – Quais as vantagens, segundo os estudantes, dessa forma de intercâmbio estudantil?
      Ele consiste em viajar para outro país não apenas para estudar, mas para engajar-se em atividades filantrópicas ou auxiliar entidades de preservação ambiental. Atingindo assim, o crescimento pessoal.

04 – Se você tivesse uma oportunidade, gostaria de fazer um intercâmbio? Para onde? E fazer o quê?
      Resposta pessoal do aluno.

Questões 5 a 7, assinale a alternativa correta:

05 – De acordo com o texto, é correto afirmar que:
(A) O intercâmbio voluntário já é uma prática em outros países mas, no Brasil, o interesse por esse tipo de intercâmbio não tem mostrado avanços.
(B) Aqueles que optam pelo intercâmbio voluntário visam, prioritariamente, à inserção mais rápida no mercado de trabalho internacional.
(C) Os países da América Latina são os que mais recebem voluntários da Europa, que vêm com o intuito de se aprimorar na profissão que escolheram.
(D) A diversão e o amadurecimento interior, promovidos pela experiência de intercâmbio, colaboram para a formação pessoal dos jovens.
(E) Uma das formas de hospedagem é o voluntário passar um curto período em diferentes casas que pertencem a famílias carentes.

06 – Pela leitura do texto, conclui-se que o objetivo principal da jornalista é:
(A) Passar informações que possam esclarecer os leitores sobre um fato, em princípio, desconhecido por eles.
(B) Construir o texto de forma a expressar as ideias em nível poético, literário e com aspectos líricos.
(C) Reunir argumentos e dados para criticar os jovens brasileiros que não praticam o intercâmbio voluntário.
(D) Usar o texto como meio para expor seus sentimentos e dúvidas em relação ao tema abordado.
(E) Discutir os recursos linguísticos necessários para a elaboração de um bom texto jornalístico.

07 – Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente o texto a seguir:
        Muitos jovens estão ....... espera do início das inscrições para as vagas de serviço voluntário disponíveis em países africanos. .............. partir de setembro, todas as informações relativas ...........essas vagas, estarão no site das agências conveniadas.
(A) à ... A ... a     
(B) à ... a ... à   
(C) à ... À ... à 
(D) a ... À ... a    
(E) a ... À ... à.

08 – Quais são as duas formas de hospedagem, que existe no turismo da bondade?
·        Primeiro é ficar na casa de uma família e dividir o dia entre o estudo e o voluntariado.
·        Segundo é ficar na própria instituição em que se trabalha.

09 – Qual foi o País escolhido pelo alemão Maximilian Georgi? E qual trabalho ele veio fazer? E o que ele disse?
      Ele escolheu o Brasil. Veio trabalhar com crianças carentes em Porto Alegre. “E um choque de realidade.”

10 – Qual o País que ocupa o primeiro lugar em fazer intercambio voluntário? E qual ficou em segundo lugar?
      De acordo com uma pesquisa o Peru, ocupou o primeiro lugar. O segundo lugar ficou para o Brasil.

11 – De acordo com o texto, quem foi trabalhar no Parque Nacional na África do Sul? Em que época? Qual tipo de animais ela foi cuidar?
      Foi a estudante de veterinária Raissa Seabra Bittencourt. Em julho passado. Cuidava de guepardos e outros felinos.

12 – Qual foi a conclusão que Raissa tirou desta experiência?
      “Notei grande diferença na minha bagagem quando retornei à faculdade".
     


POEMA: ELOQUÊNCIA - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

Poema: Eloquência
           Carlos Queiroz Telles
                            
Falar em público?
Eu?
Fazer um discurso?
Eu?
Nem pensar...


Podem procurar
Outro otário
Para saudar
A professora
Pelo seu aniversário.

Nem duas, nem uma,
Nem meia palavra!
Façam de conta
Que eu sou gago
Ou que sou mudo!

E não me venham
Com essa conversa
Que mais parece chantagem...
Eu não vou ser aprovado
Só por causa dessa bobagem!

Ou será?
Pensando bem...
Não custa nada tentar:

Senhora Dona Maristela,
Nossa mestra mais querida!
Estamos aqui reunidos
Para uma sincera homenagem
... e blá e blá e blá-blá-blá!
                                       Carlos Queiroz Telles. Sementes de sol.
                                                            São Paulo: Moderna, 1992.
 Entendendo o poema: 
01 – O que significa Eloquência?
      A arte de falar bem e persuasivamente.

02 – Por que o aluno não queria fazer discurso em homenagem a professora?
      Porque ele tinha vergonha de falar em público.

03 – Qual o pretexto que ele queria usar, para não ter que falar?
      Que era gago ou mudo.

04 – De acordo com o texto, o que falaram a ele para tentar convencê-lo. Qual foi sua resposta? Copie do texto.
      “E não me venham
       Com essa conversa
       Que mais parece chantagem...
       Eu não vou ser aprovado
       Só por causa dessa bobagem!”

05 – Por que ele resolveu falar, depois da proposta dos colegas?
      Porque ele ia conseguir melhorar as suas notas que não eram muito boas.

06 – Copie do texto, como ele começou o seu discurso?
      “Senhora Dona Maristela,
       Nossa mestra mais querida!”

07 – Quem é o autor do texto?
      Carlos Queiroz Telles.

08 – Dê onde esse texto foi retirado?
      De Sementes do Sol.

09 – Que comemoração estavam preparando para a professora Maristela?
      Era aniversário da professora.

10 – Quantas estrofes possui o poema? E quantos versos possui?
      Possui 06 estrofes. E 28 versos.





CRÔNICA: NOITES DO BOGART - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Crônica: Noites do Bogart

– Ana Paula...
– Jorge Alberto!
– Escuta, eu...
– Jorge Alberto, este é o Serge, meu namorado. Serge, Jorge Alberto, meu ex-marido.
– Prazer, Sérgio. Ana, eu...
– Serge.
– Hein?


– O nome dele não é Sérgio, é Serge.
– Ah. Escuta, eu posso sentar?
– Claro!
– Você Parece ótima.
– Eu estou ótima. Nunca estive tão bem.
– Pois é, Ana. Sei lá. Você não devia estar assim, tão bem. Desculpa, viu, Serge? Ele fala português?
– Ele é de Canoas.
– Ah. Desculpa, viu, Serge. Não tem nada a ver com você, mas puxa. Ana! Nós nos separamos há, o quê? Três semanas? E você está aí, radiante.
– Você queria que eu estivesse o quê? Arrasada?
– Não, podia estar bem. Mas não assim, em público, pô.
– Ah, você acha que eu não devia sair de casa?
– Olha, depois que meu pai morreu, minha mãe levou dois anos para parecer na janela. Entendeu? Não sair de casa: aparecer na janela.
– Mas Jorge Alberto, você não morreu. Eu não sou viúva. Nós só nos separamos. A vida continua, meu querido! Serge, não repare.
– Mas aqui, Ana? Logo aqui? Lembra da última vez que nós dançamos juntos? Foi aqui.
– Lembro muito bem. Aliás, foi na noite em que nós nos decidimos nos separar.
– Pois então. Isso não significa nada para você? Eu não quero bancar o antigão e tal, Ana. Mas algumas coisas devem ser respeitadas. Alguns valores ainda resistem, pombas!
– Mas vem cá: Você também não está aqui?
– Sim, mas olha a minha cara. Eu pareço radiante? Vim aqui curtir fossa. Estou sozinho. Não estou me divertindo. Homem pode sofrer em bar. Mulher não.
– Mas eu não estou sofrendo, estou ótima.
– Exatamente. E está pegando mal pra burro. Você não podia fazer isso comigo, Aninha.
– Eu não acredito...
– Deixa eu perguntar pro Serge aqui...
– Deixa o Serge fora disto.
– Não, o Serge é homem e vai me dar razão. Serge, suponhamos o seguinte...

                  Verissimo, Luís Fernando. O marido do doutor Pompeu.
                                São Paulo, Círculo do Livro, 1989. p. 81-2.
Entendendo o texto:
01 – O texto reproduz características da fala. Exemplifique essas características com trechos do texto.
      As frases incompletas, a mistura de tratamentos, as interjeições, as repetições, as indicações espaciais (logo ali), a linguagem familiar (Aninha).

02 – Em certas partes do texto observa-se maior apego às regras da escrita do que às da fala, dando a entender que o que está escrito não representa o que deveria ser dito. Justifique e exemplifique essa afirmação com trechos do texto.
      É o caso das terminações verbais do infinitivo, que não são pronunciadas com clareza. O mesmo ocorre com os plurais. São exemplos frases como “Ah, Escuta, eu posso sentar?” ou “Mais algumas coisas devem ser respeitadas”.

03 – Observe a pontuação das duas primeiras frases do texto e diferencie o estado de espírito de Ana Paula e Jorge Alberto.
      O aluno deve perceber o contraste entre a entoação sugerida pelas reticências (que traduzem a decepção de Jorge Alberto) e o ponto de exclamação (que indica a espontaneidade de Ana Paula).

04 – Uma característica da língua falada coloquial que deve ser evitada na língua escrita é a mistura dos tratamentos tu/você. Aponte passagens em que isso ocorre e proponha formas apropriadas à língua escrita culta.
      A falta de uniformidade do tratamento ocorre particularmente nas formas do imperativo afirmativo (escuta, desculpa, olha, vem e outras), da segunda pessoa do singular, que não condizem com o pronome de tratamento você, a qual comanda as formas da terceira pessoa do singular. Caso a questão apresente muitas dificuldades aos alunos – que podem não ter estudado ainda a formação do imperativo –, deve-se remetê-los às aulas de gramática.

05 – “– Não, podia estar bem. Mas não assim, em público, pô.” Esse fragmento deixa transparecer com nitidez o principal “problema” enfrentado por Jorge Alberto. O que você acha desse “problema”?
      O aluno deve perceber que o despeito de Jorge Alberto decorre principalmente da publicidade que Ana Paula faz de sua alegria. Como ele mesmo admite, ela podia estar alegre por ter se livrado dele – mas não em público...

06 – Explique o papel das reticências nesse texto e explique por que elas são mais presentes na fala de Jorge Alberto.
      Elas são usadas aqui para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê. Porque Jorge Alberto está emocionado, indignado.

07 – Diferencie o efeito de sentido do ponto de exclamação empregado nas falas de Ana Paula e de Jorge Alberto.
      Ana Paula usa o ponto de exclamação no sentido de surpresa, já Jorge Alberto está com raiva, indignado.


CONTO: OS TRÊS HOMENS ATENTOS - REGINA MACHADO - COM GABARITO

CONTO: OS TRÊS HOMENS ATENTOS


        Três homens caminhavam juntos por uma estrada quando passou por eles um velho muito apressado.
        — Por acaso vocês viram o meu camelo? — ele perguntou, cheio de preocupações.
        O primeiro homem respondeu-lhe com outra pergunta:
        — Seu camelo é cego de um olho?

        — É sim — disse o cameleiro.
       — Ele não tem um dos dentes da frente? — continuou o segundo homem.
        — É isso mesmo.
        — É manco de uma perna? — completou o terceiro.
        — Com certeza — ele afirmou.
        Os três homens então o aconselharam a seguir na direção de onde eles tinham vindo, que logo encontraria seu camelo. O cameleiro agradeceu muito a indicação e se foi. Mas nem sinal do camelo.
        “Vou voltar correndo para falar mais uma vez com aqueles viajantes”, ele disse para si mesmo. “Quem sabe poderão me dizer mais claramente em que lugar eles o viram.”
        No final do dia, já quase sem forças, o dono do camelo avistou os três homens descansando debaixo de uma amendoeira à beira da estrada.
        — Não achei nada — ele gritou.
        — O camelo levava duas cargas, de um lado mel e do outro milho? — perguntou o primeiro homem.
        — Sim — respondeu o cameleiro, bastante ansioso.
        — Uma mulher grávida estava montada nele? — quis saber o segundo.
        — Era minha mulher — falou o cameleiro.

        — Sinto muito — disse finalmente o terceiro homem. — Nós não vimos o seu camelo.
        O cameleiro foi embora desapontado, mas no caminho começou a juntar os fatos. “Se eles sabem de tudo isso, é claro que estão escondendo de mim alguma coisa importante. E se estão escondendo, é porque foram eles que roubaram meu camelo, a carga e também minha mulher. São ladrões perigosos, mas não vão me enganar.”
        Correu até o juiz e contou toda a história, muito nervoso. O juiz achou que o cameleiro tinha motivos mais que justos para suspeitar daqueles homens, e ordenou que os prendessem como ladrões. Enquanto isso, iria mandar investigar os fatos, para confirmar a culpa dos viajantes.
        Algum tempo depois, o cameleiro voltou para casa e encontrou a mulher cozinhando um delicioso carneiro para o jantar. Ela disse que deixara o camelo no campo perto da casa de sua comadre, onde tinha parado para conversar.
        O cameleiro retornou à corte e, pedindo desculpas por ter se enganado, disse ao juiz que podia libertar os homens.
        O juiz mandou chamar os três viajantes.
        — Se vocês nem sequer tinham visto o camelo, como podiam saber tantas coisas sobre ele? — perguntou, cheio de curiosidade.
        — Bem — disse o primeiro homem —, nós vimos suas pegadas no caminho.
        — Uma das pegadas era mais fraca do que as outras, por isso deduzimos que era manco — disse o segundo.
        — Além disso, ele tinha mordiscado o mato de um lado só da estrada e, assim, devia ser cego de um olho — continuou o terceiro.
        O primeiro seguiu falando:
        — As folhas estavam rasgadas, o que indica que o camelo tinha perdido um dente.
        E o terceiro:
        — De um lado do caminho vimos abelhas sobre os restos de alguma coisa no chão e, do outro lado, havia formigas sobre um outro monte. As abelhas comiam o mel que havia caído da carga, e as formigas recolhiam os grãos de milho.
        — Também vimos alguns fios de cabelo humano bem compridos que só podiam ser de uma mulher. Eles estavam bem no lugar onde alguém tinha parado um animal e depois descido — disse o primeiro homem.
        — No lugar onde a mulher sentou, observamos as marcas das duas palmas das mãos, o que nos levou a pensar que ela precisara apoiar-se, tanto para sentar como para levantar. Assim, deduzimos que a mulher estava grávida — completou o segundo homem.
        O juiz ficou impressionado.
        — Mas por que não se defenderam se não tinham culpa de nada?
        — Porque nós sabíamos que ninguém iria roubar um camelo manco, cego de um olho, sem um dente, levando uma mulher grávida! E que logo seu dono iria encontrá-lo. Sabíamos também que ficaria envergonhado e viria até a corte para corrigir seu erro — disseram os três juntos.
        Naquela noite, o juiz, antes de dormir, ficou um tempão sentado na cama lembrando-se do seu camelo. Nunca tinha reparado se ele era manco, ou se era cego de um olho, ou se lhe faltava um dente.
        Quanto aos três homens, até hoje viajam pelos caminhos do mundo, realizando o trabalho que lhes foi destinado.

Fonte: Regina Machado. A formiga Aurélia e outros jeitos de ver o mundo.
São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2003.

Entendendo o texto:
01 – Por que o título do texto é: “Os três homens atentos”?
      Porque conta uma história, em que eles prestaram muita atenção em tudo o que viram.

02 – Qual foi a pergunta que o primeiro homem fez ao dono do camelo?
      Se o camelo era cego de um olho.

03 – Quem fez a pergunta, se o camelo não tinha um dos dentes da frente?
      Foi o segundo homem.

04 – Qual foi a pergunta que o terceiro homem fez?
      Se era manco de uma perna.

05 – Por que o cameleiro voltou a procurar os três homens?
      Porque ele não conseguiu encontrar, e voltou para saber onde eles tinham visto o camelo.

06 – Quais foram as perguntas que os homens fizeram ao cameleiro, quando eles se reencontraram?
·        Se o camelo levava duas cargas, de um lado mel e do outro milho.
·        Se uma mulher grávida estava mentada nele.

07 – Após a segunda conversa com os homens, qual foi a conclusão que chegou o cameleiro?
      “Se eles sabem de tudo isso, é claro que estão escondendo de mim alguma coisa importante. E se estão escondendo, é porque foram eles que roubaram meu camelo, a carga e também minha mulher. São ladrões perigosos, mas não vão me enganar.”

08- Qual foi a decisão tomada pelo cameleiro?
      Correu até o juiz o contou toda a história, muito nervoso.

09 – Após o cameleiro, ter chegado em casa, viu que estava tudo bem, qual foi a sua decisão?
      O cameleiro retornou à corte e, pedindo desculpas por ter se enganado, disse ao juiz que podia libertar os homens.

10 – O juiz perguntou aos viajantes: “Se vocês nem sequer tinham visto o camelo, como podiam saber tantas coisas sobre ele?”
·        Bem — disse o primeiro homem —, nós vimos suas pegadas no caminho.
·        Uma das pegadas era mais fraca do que as outras, por isso deduzimos que era manco — disse o segundo.
·        Além disso, ele tinha mordiscado o mato de um lado só da estrada e, assim, devia ser cego de um olho.

11 – O que o camelo estava carregando?
      A sua mulher, o mel de um lado e do outro lado o milho.

12 – Por que os viajantes descobriram que a mulher estava grávida?
      No lugar onde a mulher sentou, observamos as marcas das duas palmas das mãos, o que nos levou a pensar que ela precisara apoiar-se, tanto para sentar como para levantar. Assim, deduzimos que a mulher estava grávida.

13 – Qual foi a resposta dos viajantes, quando o juiz perguntou porque não se defenderam, se não tinham culpa de nada?
      Porque nós sabíamos que ninguém iria roubar um camelo manco, cego de um olho, sem um dente, levando uma mulher grávida! E que logo seu dono iria encontrá-lo. Sabíamos também que ficaria envergonhado e viria até a corte para corrigir seu erro.   


domingo, 29 de julho de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): O QUE É, O QUE É? GONZAGUINHA - COM GABARITO

Música(Atividades): O Que É, o Que É?

                              Gonzaguinha
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita      
E é bonita

Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
Êh! Ôh!

E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita

Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita.
                                                       Composição: Gonzaguinha.
Entendendo a canção:
01 – O que se deve destacar na canção?
      São os vários pontos de vista apontados, o da pessoa pessimista, o da pessoa otimista e principalmente o da criança, que em sua pureza acha a vida bonita.

02 – A letra da canção: O que é, O que é? É o quê?
      A letra é um sinônimo de lição de vida e alegria.

03 – De que contradição a canção fala?
      Da contradição que existe na vida de todas as pessoas, a alegria de estar vivo e as dores e sofrimentos porque passamos quando decidimos dar intensidade à nossa existência.

04 – Algum dia, de sua janela você já observou algo que o deixou feliz?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – É preciso ser rico para ser feliz? Para ser feliz, do que você precisa?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – E em qual das respostas ele prefere acreditar?
      “Ele fica com a pureza / Da resposta das crianças”.

07 – O que é a vida para o compositor na 4ª estrofe?
      “É a beleza de ser / Um eterno aprendiz”.

08 – Leia novamente a 7ª estrofe e retire dois pares de antônimos.
      Alegria – lamento.
      Maravilha – sofrimento.

09 – Leia a 9ª estrofe e explique o quer dizer: "É o sopro do Criador/numa atitude repleta de amor".
      Segundo Gênesis 2.7 a Palavra de Deus afirma que: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe SOPROU nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”.

10 – Para você o que é a vida?
      Resposta pessoal do aluno.

11 – Se você pudesse mudar a sua vida em que sentido você mudaria?
      Resposta pessoal do aluno.

12 – No último verso “É bonita, é bonita e é bonita”, o poeta reitera essa caracterização porque:
a)   Há beleza em ser um eterno aprendiz.
b)   É preciso cantar e cantar.
c)   Necessita repetir.
d)   A vida é bonita, e será bem melhor.
e)   Tem certeza de que a vida é bem melhor.

13 – Leia o trecho da música “O que é, o que é, e indique a alternativa na qual esteja escrita a figura de linguagem presente no trecho: É bonita, é bonita e é bonita!”
a)   Onomatopeia.
b)   Metáfora.
c)   Metonímia.
d)   Pleonasmo.
e)   Assonância.