sexta-feira, 27 de outubro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): FAROESTE CABOCLO - LEGIÃO URBANA - COM GABARITO

Música(Atividades): Faroeste caboclo
                                                           Legião Urbana


Não tinha medo o tal João de Santo Cristo
Era o que todos diziam quando ele se perdeu
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu

Quando criança só pensava em ser bandido
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu
Era o terror da sertania onde morava
E na escola até o professor com ele aprendeu

Ia pra igreja só pra roubar o dinheiro
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar
Sentia mesmo que era mesmo diferente
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar

Ele queria sair para ver o mar
E as coisas que ele via na televisão
Juntou dinheiro para poder viajar
De escolha própria, escolheu a solidão

Comia todas as menininhas da cidade
De tanto brincar de médico, aos doze era professor
Aos quinze, foi mandado pro o reformatório
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror

Não entendia como a vida funcionava
Discriminação por causa da sua classe e sua cor
Ficou cansado de tentar achar resposta
E comprou uma passagem, foi direto a Salvador

E lá chegando foi tomar um cafezinho
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
E o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagem
Mas João foi lhe salvar

Dizia ele "estou indo pra Brasília
Neste país lugar melhor não há
Tô precisando visitar a minha filha
Eu fico aqui e você vai no meu lugar"

E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal

Meu Deus, mas que cidade linda
No Ano Novo eu começo a trabalhar
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga

Na sexta-feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô

Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar

E o Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar

Mas ele não queria mais conversa
E decidiu que, como Pablo, ele ia se virar
Elaborou mais uma vez seu plano santo
E sem ser crucificado, a plantação foi começar

Logo logo os maluco da cidade souberam da novidade
"Tem bagulho bom ai!"
E João de Santo Cristo ficou rico
E acabou com todos os traficantes dali

Fez amigos, frequentava a Asa Norte
E ia pra festa de rock, pra se libertar
Mas de repente Sob uma má influência dos boyzinho da cidade
Começou a roubar

Já no primeiro roubo ele dançou
E pro inferno ele foi pela primeira vez
Violência e estupro do seu corpo
Vocês vão ver, eu vou pegar vocês

Agora o Santo Cristo era bandido
Destemido e temido no Distrito Federal
Não tinha nenhum medo de polícia
Capitão ou traficante, playboy ou general

Foi quando conheceu uma menina
E de todos os seus pecados ele se arrependeu
Maria Lúcia era uma menina linda
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu

Ele dizia que queria se casar
E carpinteiro ele voltou a ser
Maria Lúcia pra sempre vou te amar
E um filho com você eu quero ter

O tempo passa e um dia vem na porta
Um senhor de alta classe com dinheiro na mão
E ele faz uma proposta indecorosa
E diz que espera uma resposta, uma resposta do João

Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo general de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o ... na mão

E é melhor senhor sair da minha casa
Nunca brinque com um Peixes de ascendente Escorpião"
Mas antes de sair, com ódio no olhar, o velho disse
"Você perdeu sua vida, meu irmão"

"Você perdeu a sua vida meu irmão
Você perdeu a sua vida meu irmão
Essas palavras vão entrar no coração
Eu vou sofrer as consequências como um cão"

Não é que o Santo Cristo estava certo
Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar
Se embebedou e no meio da bebedeira
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar

Falou com Pablo que queria um parceiro
E também tinha dinheiro e queria se armar
Pablo trazia o contrabando da Bolívia
E Santo Cristo revendia em Planaltina

Mas acontece que um tal de Jeremias
Traficante de renome, apareceu por lá
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo
E decidiu que, com João ele ia acabar

Mas Pablo trouxe uma Winchester-22
E Santo Cristo já sabia atirar
E decidiu usar a arma só depois
Que Jeremias começasse a brigar

Jeremias, maconheiro sem-vergonha
Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar
Desvirginava mocinhas inocentes
Se dizia que era crente mas não sabia rezar

E Santo Cristo há muito não ia pra casa
E a saudade começou a apertar
Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia
Já 'tá em tempo de a gente se casar

Chegando em casa então ele chorou
E pro inferno ele foi pela segunda vez
Com Maria Lúcia Jeremias se casou
E um filho nela ele fez

Santo Cristo era só ódio por dentro
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou
Amanhã às duas horas na Ceilândia
Em frente ao Lote 14, é pra lá que eu vou

E você pode escolher as suas armas
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor
E mato também Maria Lúcia
Aquela menina bosal pra quem jurei o meu amor

E o Santo Cristo não sabia o que fazer
Quando viu o repórter da televisão
Que deu notícia do duelo na TV
Dizendo a hora e o local e a razão

No sábado então, às duas horas
Todo o povo sem demora foi lá só para assistir
Um homem que atirava pelas costas
E acertou o Santo Cristo, começou a sorrir

Sentindo o sangue na garganta
João olhou pras bandeirinhas e pro povo a aplaudir
E olhou pro sorveteiro e pras câmeras e
A gente da TV que filmava tudo ali

E se lembrou de quando era uma criança
E de tudo o que vivera até ali
E decidiu entrar de vez naquela dança
Se a via-crucis virou circo, estou aqui

E nisso o sol cegou seus olhos
E então Maria Lúcia ele reconheceu
Ela trazia a Winchester-22
A arma que seu primo Pablo lhe deu

Jeremias, eu sou homem. Coisa que você não é
E não atiro pelas costas não
Olha pra cá filha da puta, sem-vergonha
Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão

E Santo Cristo com a Winchester-22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor

E o povo declarava que João de Santo Cristo
Era santo porque sabia morrer
E a alta burguesia da cidade
Não acreditou na história que eles viram na TV

E João não conseguiu o que queria
Quando veio pra Brasília, com o diabo ter
Ele queria era falar pro presidente
Pra ajudar toda essa gente que só faz
Sofrer.



Interpretação do texto:

1 – Que história conta a canção “Faroeste Caboclo”, em linhas gerais?
a)   A ascensão social, por meio da política, de um ex-delinquente.
b)   A dura formação de um sertanejo pobre que vai tentar a vida na cidade grande.
c)   O triângulo amoroso entre João de Santo Cristo, Pablo e Jeremias, alvo de CPI na Comissão de Direitos Humanos.

2 – Quando criança, João Cristo só pensava em ser:
a)   Bandido.
b)   Professor.
c)   Soldado.

3 – Com que idade João de Santo Cristo foi parar no reformatório?
a)   Aos nove anos.
b)   Aos doze anos.
c)   Aos quinze anos.

4 – Qual é a duração da música “Faroeste Caboclo”? Em que disco ela foi lançado?
a)   Nove minutos, aproximadamente; Que País é este 1978 – 1987.
b)   Cinco minutos e meio; dois.
c)   Três minutos e 49 segundos; As Quatro Estações.

5 – Quem diz, na canção, “Tô precisando visitar a minha filha, eu fico aqui e você vai no meu lugar?”
a)   João de Santo Cristo.
b)   Um boiadeiro.
c)   Pablo, um peruano que vivia na Bolívia.

6 – Antes de Brasília, João de Santo Cristo passa por uma capital do Nordeste. Qual?
a)   São Luís
b)   Recife.
c)   Salvador.

7 – “Ganhava cem mil por mês em Taguatinga”. O que é Taguatinga, na canção?
a)   Uma boate.
b)   Uma cidade satélite de Brasília.
c)   Uma empresa de transporte público.

8 – Quando João de Santo Cristo começa a ganhar muito dinheiro?
a)   Quando inaugura um templo religioso.
b)   Quando vira traficante de drogas.
c)   Quando se elege deputado.

9 – Onde acontece o duelo entre Jeremias e João de Santo Cristo?
a)   Em Ceilândia.
b)   Em Planaltina.
c)   Na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

10 – Como termina o romance de João e Maria Lúcia na canção?
a)   João de Santo Cristo morre, Maria Lúcia se casa com Jeremias.
b)   Maria Lúcia é morta a tiros com a winchester – 22, João sobrevive, desiste do crime e volta para o sertão.
c)   Ambos morrem no duelo.

11 – Há, no texto, uma clara crítica a inoperância das instituições do estado ditas “reformatórias”, que apenas agravam as condições sociais de jovens. Comente.
      O jovem é enviado a uma instituição como batedor de carteiras e sai como ladrão... Lá adquiri todas as características de um delinquente profissional praticando desde então todo tipo de delitos que praticam criminosos.

12 – Em um dado momento da letra, Renato retrata o que ocorria no período militar, plantavam bombas em locais públicos para acusar os comunistas. Localize essa passagem no texto e comente-a.
      “Não boto bomba em banca de jornal
      Nem em colégio de criança, isso eu não
      Faço não
      E não protejo general de dez estrelas
      Que fica atrás da mesa com o ... na mão.”
      No período da Ditadura Militar que durou 21 anos retirava dos cidadãos todos os direitos. A repressão perseguia qualquer ideia que fosse contraria aos militares, por isso colocavam bombas em bancas de jornais.

13- Num único verso, Renato Russo mostra-nos a existência do racismo e do preconceito social. Comente este verso.
      “Discriminação por causa da sua classe e sua cor”. Porque o jovem João de santo Cristo era negro e pobre que abandona o mundo rural de salvador e, na periferia da idade de Brasília.

14 – Logo no início da canção, seu autor procura explicar o comportamento inadequado de João desde sua infância. Como ele justifica esse comportamento? Você concorda com essa justificativa?
      Justifica porque seu pai morreu com um tiro de um soldado. Não concordo, pois o personagem se diz justiceiro, ou seja, violência gerando violência.

15 – Ao longo de toda a história de João de Santo Cristo, Renato Russo insere elementos características das história de Jesus. Releia a canção e escreva alguns desse elementos.
      João de Santo Cristo não possuía medo. Percebe-se que a vida no campo, o trabalho braçal, não o interessava, pois o ódio foi dado por motivos religiosos e possui a questão messiânica, uma das características de um sociopata com egocentrismo e falta de empatia com outros seres humanos. A falta de limites e de medo das represálias também caracterizam este desvio de caráter grave.

16 – Grande parte dos marginais são frutos de um infância violenta. Podemos comprovar isto no texto? Comente.
      Não, pois João de Santo Cristo quando criança só pensava em ser bandido, mesmo antes da morte do pai por um policial, e na canção não mostra que teve uma infância violenta.

17 – O que leva muitas pessoas à falsa ilusão do dinheiro do tráfico?
      Menores trocaram os brinquedos pelo crime, formam uma mão de obra muito assediada por traficantes e são atraídos por falsas ilusões de dinheiro e poder, acabam se envolvendo no tráfico de drogas e se tornam conhecidos da polícia.


TEXTOS CURTOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO


01 – Leia o texto abaixo:




O passageiro vai iniciar a viagem:
a)   À noite.
b)   À tarde.
c)   De madrugada.
d)   Pela manhã.

02 – Leia o texto abaixo:
      

  Chapeuzinho Amarelo

Era a Chapeuzinho amarelo
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa não aparecia.
Não subia escada
Nem descia.
Não estava resfriada,
Mas tossia
Ouvia contos de fada e estremecia.
Não brincava mais de nada,
Nem amarelinha.
Tinha medo do trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol,
Porque tinha medo de sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada,
Deitada, mas sem dormir,
Com medo de pesadelo.

                      Holanda, Chico Buarque de. In: Literatura comentada.
                                                          São Paulo: Abril Cultural, 1980.
O texto trata de uma menina que:
a)   Brincava de amarelinha.
b)   Gostava de festas.
c)   Subia e descia escadas.
d)   Tinha medo de tudo.

03 – Leia os textos abaixo:

Texto I – Os Cerrados
        Essas terras planas do planalto central escondem muitos riachos, rios e cachoeiras. Na verdade, o cerrado é o berço das águas. Essas águas brotam das nascentes de brejos ou despencam de paredões de pedra. Em várias partes do cerrado brasileiro existem canyons com cachoeiras de mais de cem metros de altura!

  Saldanha, P. Os cerrados. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

Texto II – Os Pantanais

       

O homem pantaneiro é muito ligado à terra em que vive. Muitos moradores não pretendem sair da região. E não é pra menos: além das paisagens e do mais lindo pôr-do-sol do Brasil Central, O Pantanal é um santuário de animais selvagens. Um morador do Pantanal do rio Cuiabá, olhando para um bando de aves, voando sobre veados e capivaras, exclamou: “O Pantanal parece com o mundo no primeiro dia da criação.”

               Saldanha, P. Os pantanais. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

Os dois textos descrevem:
a) Belezas naturais do Brasil Central.
b) Animais que habitam os pantanais.
c) Problemas que afetam os cerrados.
d) Rios e cachoeiras de duas regiões.

04 – Leia o texto abaixo:
                         INGRESSO
                  CIRCO DOCE MEL
             Espetáculo inédito
             Horário: 15:00 horas.
             Data: 20/11/07.
             Entrada: R$ 5,00 criança
                            R$ 10,00 adulto

O espetáculo inédito do Circo Doce Mel vai iniciar:
a) Pela manhã.
b) À noite.
c) À tarde.
d) De madrugada.

05 – Leia o texto abaixo:
    

  O rato do mato e o rato da cidade
        Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
        --- Tenho muita pena da pobreza em que você vive – disse.
        --- Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
        Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
        Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
        Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
        --- Eu vou para o meu campo – disse o rato do campo quando o perigo passou.
        --- Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
        Mais vale magro no mato que gordona boca do gato.

  Alfabetização: Livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa Abreu.
        [Et al.] Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2001. 4v. p. 60 v. 3.

O problema do rato do mato terminou quando ele:
        a) Descobriu a despensa da casa.
        b) Se empanturrou de comida.
        c) Se escondeu dos ratos.
        d) Decidiu voltar para o mato.

06 – Leia o texto abaixo:
      

  A raposa e as uvas

        Uma raposa passou por baixo de uma parreira carregada de lindas uvas. Ficou logo com muita vontade de apanhar as uvas para comer.
        Deu muitos saltos, tentou subir na parreira, mas não conseguiu.
        Depois de muito tentar foi-se embora, dizendo:
        --- Eu nem estou ligando para as uvas. Elas estão verdes mesmo...

                     Rocha, Ruth. Fábula de Esopo. São Paulo, FTD, 1992.

O motivo por que a raposa não conseguiu apanhar as uvas foi que:
        a) As uvas ainda estavam verdes.
        b) A parreira era muito alta.
        c) A raposa não quis subir na parreira.
        d) As uvas eram poucas.

07 – Leia o texto abaixo:

Receita de espantar a tristeza

Faça uma careta
E mande a tristeza
Para longe, pro outro lado
Do mar ou da lua.

Vá para o meio da rua
E plante bananeira
Faça alguma besteira.

Depois estique os braços
Apanhe a primeira estrela
E procure o melhor amigo
Para um longo e apertado abraço.

            Roseana Murray. Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1997.

Os versos do poema que expressam o significado da expressão “espantar a tristeza”, presente no título do texto, é:
        a - ”Vá para o meio da rua
             E plante bananeira”.
        b - “Depois estique os braços
             Apanhe a primeira estrela”.
        c - “E mande a tristeza
            Pra longe, pro outro lado”.
        d - ”E procure o melhor amigo
            Para um longo e apertado abraço”.

08 – O texto abaixo é:
  

      a – Uma poesia.
      b – Uma receita.
      c – Um cartum.
      d – Uma música.




09 – Leia o texto abaixo e marque o certo:



Chico Bento diz que está plantando uma árvore de esperança. Por quê?
        a – Na natureza existem muitas árvores.
        b – Esperança é planta que cresce rápido.
        c – Tem esperança de resolver o problema do desmatamento.
        d – Há muitas árvores ele quer plantar mais uma.


10 – Leia o texto abaixo:

Receita de Pão de Queijo

Ingredientes:
01 prato de queijo curado ralado.
01 quilo de polvilho doce.
08 ovos
02 copos de leite (200 ml)
01 colher de margarina.
01 copo de óleo.
02 colheres de chá de sal.



Modo de preparo:
        Coloque o polvilho em uma tigela e misture o sal. Reserve.
Ferve o leite, com a margarina e o óleo. Adicione a mistura fervente ao polvilho.
Misture bem e deixe esfriar. Quando a massa estiver fria acrescente os ovos gradativamente.
Amasse bem. Adicione o queijo e amasse até que a massa se torne homogênea.
Unte suas mãos com óleo e faça bolinhas. Coloque-as em uma forma e leve ao forno. Sirva o pão de queijo preferencialmente quente.

Os itens da lista abaixo são ingredientes da receita de pão de queijo Exceto:
        a – Leite.
        b – Queijo.
        c – Ovos.
        d – Forno.


quarta-feira, 25 de outubro de 2017

TEXTO: PINTANDO O MURO - COM GABARITO

PINTANDO O MURO

 Michelângelo, Picasso, Di Cavalcanti, Zé Carratu, Rui Amaral e Oséias Duarte. O que esses nomes têm em comum? São todos artistas. No entanto, a arte dos três últimos se manifesta de uma quadros. Eles trabalham om o grafite, fazendo de muros de concreto seus cavaletes e denunciando as mazelas sociais e os preconceitos sofridos pelos excluídos. A arte do grafite é hoje uma das mais fortes expressões culturais das grandes cidades. No Brasil, a cidade de São Paulo concentra um verdadeiro berçário do grande público diante do grafite, que o liga diretamente à pichação – este sim, um ato criminoso.
        Com o surgimento do Hip-Hop no final da década de 1960, o grafite apareceu como forma de expressão das classes marginalizadas. O grafite já foi classificado como pichação, já que as duas coisas tinham essencialmente a mesma ideia: enfeitar (ou “enfeitar”) muros se utilizando de tintas de spray. A diferença entre pichação e grafite está tanto nos fins quanto nos meios: os pichadores fazem agressão ao patrimônio, sem a autorização dos proprietários das áreas utilizadas e não há em seus trabalhos uma manifestação de técnicas reconhecíveis de pintura. [...]


Interpretação do texto:
1 – Segundo o texto, qual a diferença entre grafite e pichação? Você concorda?
      A diferença entre pichação e grafite está tanto nos fins quanto nos meios: os pichadores fazem agressão ao patrimônio sem autorização dos proprietários.
      Já os grafiteiros, fazem pinturas que representam as fortes expressões culturais. SIM.

2 – Quando o texto compara os grafiteiros a artistas consagrados como Michelângelo, Picasso e Di Cavalcanti, ele valorizou ou desvalorizou o trabalho de quem faz grafite?
      Valorizou, por comparar o grafite com grandes obras.

3 – Que tipo de mazelas sociais e preconceitos são normalmente, na sua opinião, denunciados pelos grafiteiros?
      Entre vários estão o racismo, a pobreza, a corrupção, a desigualdade social, etc.

4 – Observe a imagem de muros grafitados neste módulo. Que diferenças você observa entre eles e um muro pichado? De qual você gosta mais?
      Gosto do grafite. Porque o grafite nos muros, nos mostra uma obra de arte, enquanto que a pichação é só uma sujeira, um ato criminoso.

5 – Na sua comunidade, a pichação é comum? E o grafite? Por que você acha que isso acontece?
      Resposta pessoal do aluno.

6 – Veja o que pensam outras pessoas sobre grafite e pichação.

      O pichador carioca Tool disse e uma entrevista à revista Isto é:
        A intenção do pichador é que sua marca fique eternamente. Por isso colocamos o ano da pichação. O que faço é arte, não é sujeira. Só amador picha muro branco, porque o dono já vai pintar de novo. O profissional picha em muro velho, pedra, pastilhas, mármore e lugares de difícil acesso, como marquises de prédios. De que adianta pichar o muro dos fundos de alguma casa? Ninguém vai ver!
                                                               Revista Isto é, 1° abr. 1998.

Conforme a entrevista acima, qual é a diferença entre grafite e pichação, de acordo com Tool?

      O que faço é arte, não é sujeira. Só amador picha muro branco, porque amanhã o dono já vai pintar de novo.

NOTÍCIA: COOPERATIVISMO - COM GABARITO

COOPERATIVISMO

 Do algodão à camiseta, rede de cooperativas reúne 700 pessoas. Uma experiência gaúcha.

  O trabalho começa cedo, às 6:30 horas, e vai até às 18:00 horas, na Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos, a UNIVENS. Esse empreendimento cooperativo reúne 23 sócios (21 mulheres e 2 homens), nasceu em 1996, ganhou corpo e hoje fatura 40 mil reais por mês. Agora, começa a se preparar para vender no mercado externo.
        “Nós criamos as peças, desenvolvemos, produzimos e administramos”, conta com orgulho a presidente da UNIVENS, Nelsa Nespolo, 42 anos, que já trabalhou em indústrias de vestuário e de alimentação [...]
        Quase todo o faturamento é obtido com a venda de camisetas, jalecos, calças, uniformes, além de sacolas para eventos, tudo sob encomenda de escolas, empresas, sindicatos e prefeituras [...]
        Este ano, a UNIVENS passou a fazer parte de um grupo de cooperativas ligadas à produção e industrialização de algodão ecológico, cultivado sem uso de produtos químicos que podem contaminar o ambiente [...]
        A organização interna da UNIVENS também tem diferenças em relação a uma empresa tradicional. A diferença entre o menor rendimento (R$ 450,00) e o maior (R$ 800,00) é relativamente pequena. Os ocupantes de cargos administrativos, como presidência, vendas ou tesouraria, não ganham nada a mais por isso e trabalham ao mesmo tempo na fabricação das roupas. A remuneração varia de acordo com a produção e o custo definido para cada tarefa. “Trabalhamos de forma não competitiva, distribuindo o serviço de forma igual entre todos”, afirma Nelsa.
        São duas as formas de cálculo que determinam a divisão dos preços cobrados pelos serviços em cada etapa da produção e embutidos no custo final das peças. Nas áreas de corte e estampagem em serigrafia, a “arrecadação” mensal é somada e dividida em partes iguais entre os integrantes de cada equipe. No caso das costureiras, que realizam mais de uma tarefa (como confecção da “bainha” e “fechamento” das roupas), a produção é distribuída em lotes do mesmo tamanho, para garantir que as remunerações sejam equilibradas.
        Cada associado contribui para um fundo da cooperativa. O dinheiro acumulado até o ano passado pagou um terreno por 38 mil reais na zona norte de Porto Alegre, onde foi construída a sede definitiva da UNIVENS.

                                                                      Notícias Unisinos, 2006.
Interpretação do texto:

1 – Procure no dicionário as palavras que você ainda não conhece e anote o seu significado.
      - Estampagem: Ação ou efeito de estampar. Impressão.
      - Serigrafia: É um processo de impressão de texto ou figura em uma superfície.
      - Bainha: Estojo de arma branca. Dobra cosida na orla de tecido, barra.

2 – Qual é o tema geral do texto?
      Cooperativismo.

3 – O texto menciona uma experiência de uma cooperativa. Com base nele, o que podemos entender por cooperativa?
      É a união de várias pessoas, em função de um objetivo comum.

4 – Leia as frases a seguir. Localize o parágrafo do texto a que cada uma se refere:
a)   A maior parte da vendas é feita para escolas, empresas, sindicatos e prefeituras.
Está no 3° parágrafo.

b)   Cada associado dá sua contribuição para manter a cooperativa.
Está no 7° parágrafo.

c)   A cooperativa integra uma rede que está preocupada com a preservação do meio ambiente.
Está no 4° parágrafo.

5 – Destaque do texto a jornada de trabalho e o modo como os lucros são repartidos. A seguir, responda: quais as vantagens ou desvantagens desse sistema para os trabalhadores?
      O trabalho começa cedo, às 6:30 horas até às 18:00 horas. Para os trabalhadores, tem vantagens, eles recebem de acordo com o serviço executados.

6 – Para você, qual é a maior lição que pode ser aprendida com essa experiência? Explique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

CRÔNICA SOBRE ENVELHESCÊNCIA - MÁRIO PRATA - COM GABARITO

Crônica sobre Envelhescência

VOCÊ É UM ENVELHESCENTE?

  Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.
   Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que estre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a envelhescência.
        A envelhescênca nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso.
        --- Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?
        --- Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.
        --- Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápidos; os envelhescentes querem falar mais lentamente.
        --- Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...
        --- Os adolescentes não tem ideia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso...
        --- Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. “Ninguém me entende” é uma frase típica de envelhescente. [...]
        --- O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício. [...]
        --- O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dias, está mentindo.
        --- A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 45 aos 65 anos. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.
        --- Daqui a alguns anos, quando insistimos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:
        --- É um eterno envelhescente!
        Que bom.

               Mário Prata. 100 crônicas. São Paulo: Cartaz/O Estado de São Paulo, 1997, p. 13.
Interpretação do texto:

1 – Você gostou da crônica?
      Sim. Por se tratar de um assunto curioso.

2 – Quem é o autor da crônica?
      Mário Prata.

3 – O autor da crônica “cria” uma outra fase da vida. Qual é ela?
      A envelhescência.

4 – Segundo esse autor, qual é a faixa de idade da adolescência? e da envelhescência?
      - A adolescência vai dos 10 aos 20 anos.
      - A envelhescência vai dos 45 aos 65 anos.

5 – Você concorda que existe a fase da “envelhescência”? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno. Sim, porque mesmo tendo passado dos 65 anos, tem pessoas que não se acham idoso.

6 – Você conhece alguém que seja um “envelhescente”? Que características de “envelhescente” essa pessoa apresenta.
      Sim. A característica é por já ter entrado na velhice, e querer estar na envelhescência, até mesmo pensar em arrumar uma companheira bem mais jovem.

7 – Quando foi publicado a crônica? E em que meio de comunicação?
      Foi publicado em 1997. No Cartaz / O Estado de São Paulo.

8 – Qual é a diferença entre a adolescência e a envelhescência quanto a fala, voz?
      Na adolescência fala-se mais rápido e a voz muda.
      Na envelhescência fala-se mais devagar e tranquilo.

9 – Em quantas partes se divide a vida do homem, de acordo com Mário Prata? Quais são?
      Divide-se em 5 partes. Sendo: Infância, adolescência, maturidade, envelhescência e velhice.

10 – Qual é a frase mais típica que se ouve entre adolescentes e envelhescentes?
      “Ninguém me entende”.