sábado, 3 de junho de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES -GERALDO VANDRÉ COM GABARITO E ANÁLISE


MÚSICA: Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
1-  Caminhando e cantando e seguindo a canção / Somos todos iguais braços dados ou não, o que representa?
Resposta: representa as passeatas que reuniam, em sua maioria, jovens que tinham consigo um desejo de mudança, ambições e sonhos, eram movidas a cartazes de protestos, a vozes gritantes que entoavam hinos e músicas. Essa frase também nos mostra que independente de crenças e ideias, as pessoas são iguais, estando elas do mesmo lado ou não.

2-  Como eram as manifestação, segundo a música?
Resposta: Nas escolas, nas ruas, campos, construções: as manifestações eram compostas de pessoas de diversos ambientes, mas que possuíam o desejo de mudança em comum: agricultores, operários, camponeses, mulheres, jovens, professores, jornalistas, intelectuais, padres e bispos.

   3-   Quem eram as pessoas censuradas e vigiados durante o período da Ditadura?
Resposta: Os professores, jornalistas e intelectuais, os que depois do AI-5 ocorreu com maior intensidade, os professores não podiam lecionar e mencionar nada referente ao golpe, os jornalistas tinham seus artigos e matérias cortadas pela censura e os intelectuais eram proibidos de disseminar suas ideias e também de publicá-las.

    4-  O que aconteceu nas universidades neste período?
Resposta: Não havia vagas e muitos jovens não conseguiam estudar.

5 - Como era a situação das mulheres durante a ditadura?
Resposta: Eram discriminadas e impedidas de trabalhar.

6-   O que este trecho da música:” Vem, vamos embora, que esperar não é saber” contesta?
Resposta: Os baixos salários que os homens sofriam, os agricultores e camponeses tinham suas terras ocupadas e os padres e bispos eram ameaçados, presos e muitas vezes expulsos do país. Então a maneira encontrada para protestarem pelos seus direitos, era juntar-se aqueles que também possuíam ideias de mudança e desejo por um país melhor.

7-  A música em questão foi censurada pela ditadura. Quais elementos contidos na letra representavam, na perspectiva dos censores, um perigo/ameaça/subversão?
Resposta: Subversão, pois era desobediência ou rebelião relativamente às autoridades oficiais; transtorno ou perturbação.

8-A música foi considerada “o hino da resistência contra a ditadura”. A letra é condizente com este título? Por quê?
Resposta Pessoal

9. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer: refere-se a quem?
 Resposta: Refere-se também a pessoas que preferiam ficar em silêncio em vez de tentar alcançar a mudança junto aos estudantes e aos demais.

10. Qual a interpretação destes versos:
a) Pelos campos há fome em grandes plantações:
Resposta: As pessoas que trabalhavam nos campos, ou que eram agricultores, também sofriam com a ditadura, os poucos que possuíam um pedaço de terra a mesma lhe era tomada, os camponeses muitas vezes eram despejados e acabavam por passar fome.

b) Pelas ruas marchando indecisos cordões:
 Respostas: Cordões é como ficou conhecido os grupos de foliões que tomavam as ruas durante o carnaval, o nome refere-se a característica dos grupos serem formados de forma que as pessoas se sucedem. Assim era composta algumas das manifestações, como foi o caso da Passeata dos Cem Mil, que parecia ser dividida em blocos: artistas, mães, padres, intelectuais e entre outros, que em muitos casos, caminhavam indecisos ou com medo dos militares.

c) Ainda fazem da flor seu mais forte refrão / E acreditam nas flores vencendo o canhão:
Resposta: Enquanto os militares reprimiam os protestantes com canhões, bombas de gás, e armas, a população saia nas ruas com cartazes e com a força de suas vozes, muitos atirando pedras e tudo o que se estivesse ao alcance, mas nada parecia ser tão forte e provocante quanto os gritos, as palavras de ordem dos movimentos estudantis, frases e músicas daquele ano, essas sim eram suas verdadeiras flores. Mas começaram a surgir grupos que não acreditavam mais em democracia sem a violência, alguns grupos de radicais se formavam e gritavam em coro: “Só o povo armado derruba a ditadura”, enquanto do outro lado um grupo militante gritava: “Só o povo organizado conquista o poder”.

d)  Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão:
Resposta: Os soldados estavam sempre armados e dispostos a prender os manifestantes e levá-los para as salas do DOPS, porém, muitos pareciam alienados, não sabiam direito o que acontecia ou fingiam não saber, para quem sabe assim se redimir da culpa de tantas mortes e “desaparecimentos” da época. Mas tinham famílias, namoradas, mãe, irmãos podiam sim ser amados por alguém ou então odiados por todos. Muitas manifestações foram, sobretudo contra a violência dos policiais.

e) Nos quartéis lhes ensinam antigas lições / De morrer pela pátria e viver sem razão:
Resposta:  Os soldados aprendiam lições e como se houvesse uma lavagem cerebral aceitavam cumprir as ordens do governo, mas acredito que em sua maioria muitos sabiam exatamente o que faziam e concordavam com os planos e métodos. Como diz a frase eles aceitavam morrer pelo seu país, mesmo que para isso eles fossem recriminados pela população e tivessem que viver sem anseios e sem razão, afinal de contas eles só serviam para fazer o trabalho pesado para os governantes.

f) Somos todos soldados, armados ou não:
Resposta: Na contradição de ser ou não soldados, todos eram, a diferença está nas armas e na motivação.

g) Os amores na mente, as flores no chão / A certeza na frente, a história na mão:
Resposta: A maioria, se não todas as pessoas que participavam ativamente dos manifestos eram motivados pelas perdas que sofriam, pelas mortes de amigos, parentes, conhecidos, pela dúvida do que aconteciam com as pessoas que eram levadas. Alguns dos jovens quando crianças viram seus pais serem levados por policiais e nunca mais tiveram notícias, muitos viram seus amigos morrerem e o corpo simplesmente desaparecer e acabavam por não ter direito ao enterro, alguns poucos voltavam e de outros nunca mais se ouvira, eram guiados pela certeza de que poderiam mudar o mundo e pela história que cada um deles possuía.

h) Aprendendo e ensinando uma nova lição:
Resposta: Grande parcela dos jovens brasileiros de hoje, desconhecem o período de 10 anos desde o golpe militar até o fim da ditadura, o desejo de mudança, a fome por liberdade e a coragem de lutar não está entre as principais prioridades do jovem do século XXI. O conformismo, a tecnologia, e várias outras novidades que surgiram após 1968, impedem que estudantes despertem em si os mesmos desejos de mudança. Muitos jovens não conseguem imaginar que existiu um tempo em que não havia internet, raves, DVD, CD, TV em cores e muito menos TV a cabo, shopping centers, big brother, MSN, wattsap, entre outras coisas. Os jovens são movidos a saciar seus desejos e vontades muitas vezes supérfluas e estão mais preocupados com o próprio bem-estar, muitos desperdiçam o direito de voto, que infelizmente só foi conquistado após ditadura, direito esse que tanto foi motivo de luta dos jovens que almejavam garantir sua opinião e participar da história do próprio país. Insatisfação contra a corrupção, violência, injustiça, leis, governos, escolas, mas não passam de apenas reclamações.

ANÁLISE


A música de Geraldo Vandré é clara, nos conscientiza e informa sobre o ano de 1968 e os demais que se seguiram de ditadura militar, nos faz repensar sobre atitudes e ideais, sobre o velho e o novo, e de como o ditado “um por todos, e todos contra um” foi tão intenso durante aqueles anos, os estudantes podem não ter derrubado a ditadura, mas foram vistos e foram parte importante e indispensável da história. É decepcionante saber de que nos tempos atuais, aceitamos o que nos é imposto, fazemos parte de uma massa que cada vez mais parece alienada e movida às tecnologias. Não conseguimos nos separar de bens materiais e tampouco lutar contra isso, nos conformamos e ficamos aprisionados, o ano de 1968 ficou apenas como exemplo de uma geração de jovens com ideais, alguns alienados sim, mas a maioria com esperança de um país melhor e capaz de lutar pela liberdade e por aquilo que era lhes eram imposto. Mesmo depois de 40 anos essa composição ainda pode nos expor a importância da luta pelos nossos objetivos, desejos e ideais, mas principalmente de como o conhecimento dos próprios direitos e deveres é imprescindível para que se construa uma sociedade melhor e democrática, além de ser o nosso principal dever como cidadão. 


Keep Calm - Da Segunda Guerra Mundial para as redes sociais

Keep Calm - Da Segunda Guerra Mundial para as redes sociais

O cartaz é simples: em um fundo vermelho, uma coroa é estampada sobre a mensagem “keep calm and carry on” (em português, “mantenha-se calmo e siga em frente”).

A imagem virou febre. Primeiro, estampou cadernos, canecas e diversos acessórios. Então, caiu na rede, ganhou paródias bem inusitadas.

Mas qual a origem desse cartaz? Que história guarda a frase? Por que uma coroa no topo?

Na primavera de 1939, época em que a Inglaterra se juntou às tropas aliadas para enfrentar o exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, o governo inglês decidiu imprimir pôsteres para acalmar a população imersa em territórios tomados pelo conflito. A ideia era imprimir três cartazes que seguissem o mesmo padrão de design: duas cores, uma frase impressa em fonte elegante e um desenho da coroa do rei George VI, à frente do país na época. Três versões foram enviadas à gráfica.

Na primeira, as letras elegantes, a coroa e a frase: Sua coragem, sua alegria e sua determinação vão nos trazer a vitória”

Na segunda, o mesmo design e a mensagem: “A liberdade está em perigo. Defenda-a com toda a sua força”.


Os dois primeiros pôsteres foram distribuídos em setembro do mesmo ano e rapidamente invadiram paredes e janelas de lojas e vagões de trem. A terceira versão é aquela que você já conhece. Mas os ingleses da época da guerra nunca tiveram oportunidade de vê-lo. O cartaz com a frase “Keep calm and carry on” foi guardado para ser exposto apenas em uma situação de crise ou de invasão e acabou não sendo lançado.

Foi só em 2000, 61 anos depois de ser impresso, que o pôster caiu na boca do povo. Ele estava em um sebo na costa nordeste da Inglaterra no meio de livros empoeirados. Quando o encontrou, a dona da livraria o enquadrou e o pendurou na parede do estabelecimento. O pôster fez tanto sucesso entre os clientes que os donos decidiram imprimir cópias da imagem e comercializá-las. Foi aí que a frase começou a ganhar o mundo.

Mas por que é tão difundida? Talvez pelo conselho sensato, pelo design simples, pela mensagem universal. Para o cineasta Temujin Doran, diretor do curta que narra a história do pôster, as palavras são a chave para o sucesso: “trata-se de uma voz histórica, que oferece uma mensagem simples e sincera para inspirar a população a superar tempos difíceis. É um conselho que nunca envelhece: mantenha-se calmo e siga em frente”.


Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/conheca-a-origem-do-keep-calm-and-carry-on/

TEMAS DE REDAÇÃO PARA ENEM

Temas para a Redação Enem 
Direitos humanos para humanos direitos? Se você já sabe que tal pergunta jamais embasaria uma proposta de redação do ENEM, por pautar-se por uma falácia, isto é, um erro de raciocínio, veja só reais possibilidades de temas pautados na prerrogativa dos direitos humanos, que são incondicionais.

Uma dica: ao estudar novos temas, tanto para o ENEM quanto para os vestibulares, varie os eixos temáticos, assim você aumenta a probabilidade de “acertar” as escolhas das bancas que elaboram as provas. Nessa lista, todos têm como ponto de partida a possibilidade de problematização, algo fundamental no ENEM, que espera propostas de intervenção na realidade, sempre respeitando os direitos humanos.

1º  -  Desafios da educação inclusiva (eixo da educação)

2º  - Poluição sonora (eixo do meio ambiente)

3º - Naturalização da violência (eixo da violência

4º - Perigos do vício no trabalho (eixo do trabalho)

5º - Inclusão digital como meta (eixo da tecnologia)

6º - Desenvolvimento sustentável (eixo do meio ambiente

7º - Problemas do jeitinho brasileiro (eixo da ética)

8º - Transporte público urbano (eixo da mobilidade)

9º - Necessidade de uma economia colaborativa (eixo da economia)

10º - Discurso de ódio nas redes sociais (eixo da internet)





Temas Redação Enem : Infância e Adolescência no Brasil

 Temas Redação Enem : Infância e Adolescência no Brasil

Em meados do último mês de março a Fundação Abrinq publicou os resultados da pesquisa “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil – 2017” que abrangeu vários aspectos da vida das crianças e dos adolescentes brasileiros, mais precisamente daqueles que têm de 0 a 18 anos, como por exemplo, taxa de mortalidade, nutrição, escolarização, gravidez na adolescência, trabalho infantil, aprendizagem profissional, alfabetização, cultura e lazer, educação dos indígenas, educação de jovens e adultos (EJA), educação infantil, ensino fundamental e médio, moradia, medidas socioeducativas, garantia de direitos, população, registro civil, violência etc.
Justamente por apresentar dados tão abrangentes que resolvemos divulgar esta pesquisa na coluna de redação do infoEnem, já que estes resultados podem servir como conteúdo de estudo e de pesquisa sobre os temas listados acima que, por sua vez, podem ser abordados de diversas formas na proposta de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
A busca por informações recentes e atualizadas acerca de um determinado assunto por meio de pesquisas documentadas e amplamente divulgadas é uma maneira muito produtiva de estudar e que gera informação e conhecimento atualizado e de qualidade, ainda mais quando se trata de temas tão importantes para o contexto social do nosso país: a realidade das crianças e dos adolescentes brasileiros.
Aliás, o cenário da infância e da juventude no Brasil chega a ser cruel em determinados aspectos. No nosso país há 17,3 milhões de crianças de 0 a 14 anos, o equivalente a 40,2% da população brasileira nesta faixa etária, vivendo em domicílios com baixa renda, dados também corroborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015. Já os que vivem na extrema pobreza são 5,8 milhões de crianças nesta mesma faixa de idade, representando 13,5% desta parcela da população.

Um outro tema abordado pela pesquisa é o trabalho infantil. No nosso país há 2,6 milhões de crianças de 5 a 17 anos trabalhando ilegalmente, já que a legislação brasileira proíbe o trabalho infantil. Estes jovens estão principalmente nas regiões sudeste e nordeste.
Pensando nas possíveis abordagens da proposta de redação do ENEM e nas possíveis ações solucionadoras, ao analisar os dados publicados, devemos pensar no que é preciso e no que é possível ser feito para mudarmos situações tão assustadoras como as exemplificadas acima, já que muitos direitos estão sendo arrancados destas crianças e destes adolescentes que deveriam estar frequentando a escola, tendo acesso à cultura e ao lazer, se alimentando adequadamente, tendo acesso ao sistema de saúde, vivendo em um ambiente familiar sem violência etc.




*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada e mestranda em Letras/Português pela Univer


quinta-feira, 1 de junho de 2017

CONTO: MARINA, A INTANGÍVEL - MURILO RUBIÃO - COM GABARITO

CONTO – MARINA, a intangível
Murilo Rubião
[...]
        Abri a janela, que dava para o jardim, a fim de sentir melhor o perfume das rosas. Talvez elas me ajudassem.
        Porém, ao descerrar as venezianas, deparei com a fisionomia de um desconhecido. Rapidamente afastei os olhos noutra direção. Aquela cara me incomodava. Toda ela era ocupada por um nariz grosso e curvo. Tornei a observar o intruso e vi que me olhava com insistência.
        Sem alterar o semblante, ou mover os músculos da face, disse-me:
        - Recebi o seu recado, José Ambrósio. Aqui estou.
        Imobilizei-me ao contemplar-lhe o rosto sem movimento, a cabeça desproporcionada, tomando boa parte do espaço da janela.
        Recuperando-me do espanto que a sua presença me trouxera, retruquei com vigor:
        - Não o conheço, nem disponho de tempo para atendê-lo.
        Em seguida, fiz-lhe um sinal para se afastar. A sua figura desajeitada e estranha atormenta-me, impedia que tentasse elaborar um novo texto.
        Penso que interpretou o meu gesto como um convite para entrar, pois deu umas passadas miúdas e penetrou na sala pela porta principal.
        Deteve-se a alguns passos da minha escrivaninha e continuou a encarar-me.
[...]
                                                                                                      
Entendendo o texto

1 – Para que espécie de trabalho o narrador buscava ajuda do perfume das rosas quando foi interrompido?
       Ele estava procurando inspiração enquanto escrevia e elaborava um texto.

2 – Como se deu essa interrupção?
       Ao descerrar as venezianas, a aparição de um homem estranho espantou o narrador.

3 – Imagine alguma ação do desconhecido que possa dar continuidade à situação de surpresa. Escreva um parágrafo final para o texto, que narre essa ação?
        Mas com um parágrafo que narra algo inusitado, como, por exemplo, puxar o papel e ele mesmo escrever algo; fazer algum gesto violento, etc.

4 – Releia o texto, agora completado pelo seu final, e avalie a função das sequências que descrevem o desconhecido. Por que ele foi assim descrito?
        Mas a descrição tem de causar espanto para criar o clima de espanto na narrativa.



terça-feira, 30 de maio de 2017

TEXTO: Escrita criativa: os segredos de escritores e professores de redação criativa para a realização de um bom texto.; E OUTROS TEXTOS COM GABARITO

Textos para as questões de 01 a 03.


Escrita criativa: os segredos de escritores e professores de redação criativa para a realização de um bom texto.
 Texto 1
 Eliane Brum
"Começo a escrever dentro de mim. Vou ao computador com o texto já em mim. Resolvo os meus conflitos pela escrita" Tanto na reportagem como na ficção começo a escrever dentro de mim. Sou intuitiva na minha escrita. Dificilmente tenho bloqueios, porque quando vou para o computador a história já está dentro de mim. O processo é como uma gestação. A reportagem começa em um movimento interno de esvaziamento - da visão de mundo, dos preconceitos, dos julgamentos. Sei que nunca vou me esvaziar por completo - não podemos esquecer que somos seres históricos. Volto preenchida pela voz que é do outro, pela história do outro. [...] Na ficção é outro processo: o de ser possuído pela própria voz, pelas vozes do seu subterrâneo que você nem sabia que tinha. Também é uma apuração - dos seus interiores. Ela também começa dentro de mim. É um processo totalmente solitário. É preciso aguentar a angústia. […]
 Texto 2
 Stella Florence
 "Escrever é cortar o ego do escritor. A técnica deve misturar-se à criação sem que percebamos". Há uma frase atribuída ao Rubem Fonseca que considero perfeita: "Escrever é um labirinto cuja dificuldade não é encontrar a saída, mas a entrada". Quando se encontra a entrada do texto, tem-se tudo - e não há como forçar esse encontro. Eu costumava organizar notas, blocos, cadernos, até perceber que eu jamais esquecia o que realmente iria virar texto. Agora eu deixo que a memória funcione como um filtro. [...] Não tenho manias ou necessidades externas. Preciso apenas de concentração (isso pode acontecer em casa, num aeroporto, num bar, desde que não falem comigo). [...]
 Texto 3
 Xico Sá
 Nessa correria de hoje está todo mundo com déficit de atenção. Uma boa abertura é fundamental para abrir a porta ao leitor. Sem um bom começo há mais dificuldade na leitura. Penso numa frase de maior impacto para prender o leitor. A linguagem com termos pouco usuais funciona, chama a atenção. No texto de internet, que é para o povo mais apressado ainda, jogo adiante dois ou três significados do termo, até brincando com ele. Para livros não tenho essa preocupação, pois imagino um leitor com mais reflexão, que possa ter o entendimento por ele mesmo. São expressões às vezes regionais, que eram usuais no português em desuso. [...] Inspiro-me tanto em Graciliano Ramos, pela secura do texto, como em Nelson Rodrigues, pelo contrário: por adjetivar, não ter medo do derramamento. [...] Há também a preocupação de fechar com boas frases. Não deixo o leitor sem uma satisfação final. [...]
Disponível em: http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=10533. Acesso em agosto de 2013. (Adaptado)


QUESTÃO 01.
 Cada escritor procura estratégias (especificidades linguísticas e estilísticas, etc) na hora de escrever um texto. Nos três excertos, identificamos uma característica comum entre eles:
A) a concentração no ato de escrita e reescrita do texto
B) o estilo, que é pessoal e intransferível no ato de escrita
C) a criatividade, como elemento importante no processo de escrita
D) o tempo, cujo trabalho é solitário e cheio de manias no processo de escrita

QUESTÃO 02.
Os autores citados apontam o tempo, a paciência e a técnica como elementos necessários no processo de criação de um texto.
 Assinale a alternativa CORRETA.
 A) Eliane Brum tem uma preparação emocional e afetiva anterior ao processo de escrita. Na produção de ficção, ela procura se envolver em questões que abarcam juízos de valores para, em seguida, empreender-se no processo solitário de escrita do texto.
 B) Stella Florence diz que o mais difícil na escritura de um texto não é a sua finalização, mas o início. Sistematizar os passos que antecedem o momento inicial é pré-requisito para que a memória funcione.
C) Xico Sá utiliza como estratégias para atrair a atenção do leitor frases boas e de impacto. Acredita que para cada tipo de texto, considerando sua circulação (internet, impresso, etc), é preciso atenção nas estratégias que deverá utilizar para prender o leitor.
D) Eliane Brum e Stella Florence apresentam pontos convergentes quando citam que o ofício da escrita deve se juntar à sua criação. Ademais, asseguram que a escrita é um ato de organização do raciocínio lógico.

QUESTÃO 03.
 A linguagem tem objetivos a alcançar: informar, exprimir emoções, interagir, convencer, entre outros.
 Assinale a alternativa CORRETA quanto à função da linguagem, utilizada pelos autores dos textos.
 A) O primeiro autor apresenta uma linguagem centrada no emissor e tem como objetivo explicar e persuadir o leitor de suas impressões pessoais a respeito do ato de escrever um bom texto.
 B) O segundo autor apresenta uma linguagem centrada na primeira pessoa. É apelativa e intenciona influenciar o leitor nos hábitos de escrita com o objetivo de comovê-lo para uma mudança.
C) O terceiro texto evidencia a subjetividade na forma de interagir com o leitor, ao recorrer a conceitos gerais sobre a composição de estratégias para atrair o leitor.
D) O primeiro e o segundo texto estão centrados na primeira pessoa. Têm como característica o uso de recursos expressivos para dar mais força e intensidade ao que se diz.

Texto para as questões de 04 a 08.

 Onde comprar estantes de livros?

1 Em 1970, voltando do meu doutoramento, comecei a montar casa no Rio de Janeiro. Logo notei que as lojas não ofereciam estantes de livros. Havia estantes de tudo, menos de livros. Diante do orçamento apertado, descobri uma solução. Por serem feitas em série, escadas de subir em postes de luz são muito baratas. Com elas e mais tábuas – para colocar os livros – resolvi o problema. Quando fui morar em Brasília, em 1980, foi a mesma coisa, pois nas lojas só havia estantes profundas, para jarras ou processos administrativos. Para livros, nem pensar. Comprei sólidas tábuas de mogno e fiz minha linda estante. Recentemente, com mudanças de escritório, precisei novamente de estantes. Debalde, peregrinei por Tok & Stok, Walmart e Leroy Merlin. Eram as mesmas de antes, para bibelôs e jarros. Para livros, ou são horrendas e mal-acabadas ou são os precários trilhos verticais, com mãos francesas de encaixe duvidoso. Acabei comprando gôndolas de quitanda, no mesmo gênero. Por desfastio, busquei também no site do Magazine Luiza, encontrando centenas de estantes, mas nem uma só para livros (a maioria era para TV).
 2 Como os donos dessas empresas não são tontos, é inevitável concluir que, se não oferecem boas estantes, é porque não há compradores. Ou seja, o brasileiro frequentador dessas lojas não possui o volume de livros que provocaria a demanda por elas. Os poucos que precisam de estantes mais avantajadas se entendem com seu marceneiro e pagam as contas, também mais avantajadas. Triste constatação, pois não? E como será no mundo mais rico? Apenas para ter uma ideia, abri o site do Ikea americano, uma cadeia multinacional de móveis baratos e de bom gosto. Digitando a palavra bookcase, aparecem 725 itens. Há um número para cada cor, aparecendo também acessórios e modelos menos apropriados para livros. Por seguro, digamos que existem mais de 300 modelos de estantes para livros. A comparação é escandalosa.
3 Falando de estantes de livros, em uma área rural da Islândia, uma casa de camponeses modestíssimos foi transformada em um museu sobre os hábitos e os estilos de vida locais. Mostra a casa como estaria por volta de 1920, austera e espartana, como tudo no país. Chamou atenção a biblioteca do dono. A estante, mais alta do que eu e com um bom metro e meio de largura, estava repleta de livros, com o desgaste que corresponde ao uso frequente. Quem já viu estante de livros nas aristocráticas fazendas brasileiras? Na realidade, os islandeses estão entre os leitores mais furiosos, comprando oito livros por pessoa/ano e os domicílios abrigando uma média de 338 livros. Na Austrália e na Nova Zelândia, mais da metade dos lares tem mais de 100 livros.
4 Como serão os hábitos de leitura dos brasileiros? Os resultados não são nada lisonjeiros. A média brasileira é de 1,8 livro lido por habitante/ano. Isso se compara com 2,4 para nossos vizinhos colombianos, cinco para os americanos e sete para os franceses.
5 Diriam os cínicos, e daí? Um passatempo como outro qualquer. Infelizmente, não é assim. Uma pesquisa em 27 países mostrou que a biblioteca familiar se correlaciona mais com bons resultados na educação do que a própria escolaridade dos pais. Uma biblioteca de 500 livros se associa a acréscimos de escolaridade que vão de três a sete anos. Segundo os autores, “uma casa onde os livros são valorizados fornece às crianças ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado escolar...”. E tem mais, leitores mais assíduos visitam mais museus, fotografam mais e, surpresa, praticam mais esportes.
6 A revista The Economist inventou uma brincadeira que era avaliar o realismo das taxas de câmbio pela diferença de preço dos hambúrgueres no McDonald’s, já que em todos os países ele é o mesmo sanduíche detestável. Surpresa! O “índice do hambúrguer” revelou- se uma medida respeitável e tem vida longa. Quem sabe, além do Pisa, não poderíamos passar a medir educação e hábitos de leitura por uma simples pesquisa nos sites das lojas de móveis? Bastam alguns minutos. Isso é fácil, difícil será mudar essa triste situação.

 Cláudio de Moura Castro. Revista Veja. Edição 2251 (11/01/2012), p. 20 (com adaptações).
 QUESTÃO 04.
A afirmativa que traduz a ideia principal do texto está contida na alternativa
A) No Brasil, ainda faltam empresas especializadas que deem conta das necessidades de consumo da população.
B) Sozinho, o Pisa revela-se um instrumento precário na medição da educação e dos hábitos de leitura dos brasileiros.
 C) Atualmente, os islandeses costumam ler mais que os brasileiros, uma vez que os hábitos de leitura na Islândia surgiram com os camponeses, na década de 1920.
 D) Em geral, os brasileiros leem pouco e não possuem muitos livros em casa, o que pode estar correlacionado aos resultados insuficientes da educação do país.

 QUESTÃO 05.
Considerando os tipos textuais utilizados na sua composição, o texto apresenta, predominantemente, sequências
 A) interativas e narrativas.
 B) descritivas e dialogais.
C) argumentativas e narrativas.
D) expositivas e injuntivas.

QUESTÃO 06.
 Com base na leitura do texto, analise as afirmativas a seguir:
I.              O autor vem utilizando escadas e tábuas como estantes de livros desde 1970 até hoje, pois no Brasil essa é a solução mais barata para mobiliar uma biblioteca.
II.             As lojas de móveis brasileiras não costumam disponibilizar boas estantes de livros, porque aqui os clientes preferem comprar tais estantes em sites de multinacionais americanas.
III.           Uma pesquisa revelou que ter uma biblioteca em casa interfere direta e positivamente na educação escolar de uma criança.
IV.          Uma estante repleta de livros numa casa de modestos camponeses islandeses indica os bons hábitos de leitura dessa população já por volta de 1920.
V.            A taxa de câmbio ou o preço do hambúrguer poderiam ser usados para aferir os hábitos de leitura de um país.

 Está CORRETO o que se afirma em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV.

QUESTÃO 07.
 Assinale a alternativa em que TODAS as palavras retiradas do texto seguem a mesma regra de acentuação gráfica.
A) Série – Brasília – domicílios – países
B) Gôndolas – modestíssimos – acréscimos – hambúrgueres
C) É – há – daí – três
D) inevitável – hábitos – fácil – difícil

 QUESTÃO 08. Na construção do texto, há o emprego de diferentes recursos linguísticos e expressivos que produzem certos efeitos de sentido. Sobre esse aspecto, analise as afirmativas a seguir:
I.              As frequentes perguntas ao longo do texto, a começar pelo seu próprio título, sinalizam opinião não formada, imparcialidade e ausência de defesa de ponto de vista.
II.            O questionamento “Quem já viu estante de livros nas aristocráticas fazendas brasileiras?” (3º parágrafo) funciona no texto como uma pergunta retórica.
III.           A intertextualidade explícita, marcada pelo recurso das aspas (5º parágrafo), corrobora as ideias promovidas no texto.
IV.          A ironia está presente no questionamento: “Quem sabe, além do Pisa, não poderíamos passar a medir educação e hábitos de leitura por uma simples pesquisa nos sites das lojas de móveis?” (6º parágrafo).
Está CORRETO o que se afirma em
A) I, II e III.
B) I, III e IV.
C) II, III e IV.
D) I, II e IV.

 Texto para as questões de 09 a 11

 Acredite no conhecimento

 "Vivemos numa era em que a informação é abundante como em nunca outra."
Taí um dos clichês mais repetidos da atualidade. Tão repetido que Eric Schmidt, ex-CEO do Google, até o transformou em número: a cada 48 horas, produzimos 5 bilhões de gigabytes. E isso é mais do que tudo que foi criado entre o começo do mundo e 2003. Uau. Muito bacana. Mas e daí? Daí que a realidade é um pouco diferente. Sim, vivemos numa era de abundância. Mas informação é uma coisa. Conhecimento é outra. Uma está para a outra como o tijolo para a casa. Uma pilha de tijolos tem potencial para fazer maravilhas. Mas sozinha ela é só uma pilha. Eis então um dos grandes desafios (e oportunidades) que temos adiante: transformar milhares de blocos, esses 5 bilhões de gigabytes de tijolos, em algo útil. Dá uma trabalheira, mas aqui, na SUPER, a gente se esforça para fazer nossa parte. Misturar cimento, construir as paredes, mostrar o contexto das coisas, dar sentido a elas, enfim, transformar informações em conhecimento. A gente se dedica obsessivamente a essa missão. Queremos mostrar, por exemplo, que não há previsão de fim do mundo no calendário maia. Essa é apenas uma das informações inúteis que somam no cálculo de Eric Schmidt. E que, maias ou não maias, o importante mesmo é entender que este planeta tem prazo de validade. É só uma questão de saber como ele vai desaparecer. Ou melhor: no que ele se transformará. Para descobrir é preciso investigar o sistema solar, a atmosfera, o interior do planeta, o ser humano. Essa busca é o tema da reportagem de capa. Um belo exemplo de quantos tijolos precisamos juntar para construir o conhecimento. Acredite no conhecimento. Levamos a ideia tão a sério que lançamos um curta-metragem com esse título no YouTube. Sucesso: mais de 320 mil pessoas assistiram em menos de um mês. É simplesmente o melhor viral do Brasil em 2011. Não viu? É só ir para abr.io/1WzP.
Um grande abraço.
 SÉRGIO GWERCMAN, Diretor de Redação. GWERCMAN, Sérgio. Acredite no conhecimento. Superinteressante. São Paulo, nº 298, p.10, Dez/2011. 8

QUESTÃO 09.
 Com a leitura do texto, depreendemos que a ideia principal é a seguinte:
 A) É preciso investigar quando será o fim do mundo.
 B) O fim do mundo não está previsto no calendário maia.
 C) Mesmo com tanta informação, temos grandes desafios.
 D) É preciso transformar informação em conhecimento.

QUESTÃO 10.
O propósito principal do autor desse texto é:
 A) discutir quando será o fim do mundo.
 B) relatar os últimos acontecimentos científicos.
 C) incentivar a busca por informações verdadeiras.
 D) defender seu ponto de vista em favor do conhecimento.

 QUESTÃO 11.
 Pela consideração do contexto, interpretamos que o autor revela ironia no seguinte trecho
 A) “Taí um dos clichês mais repetidos na atualidade.” (1º §).
 B) “Uau. Muito bacana.” (1º §).
 C) “A gente se dedica obsessivamente a essa missão.” (3º §).
 D) “Ou melhor: no que ele se transformará.” (3º §).

 Texto para as questões de 15 a 18.

ALBERT  EINSTEIN

Um gênio indecifrável Morto em 1955, aos 76 anos, Albert Einstein teve os olhos e o cérebro extraídos pelo médico Thomas Harvey. Dos olhos nunca mais se ouviu falar, mas o cérebro foi fotografado de todos os ângulos por Harvey com uma câmera Exakta de 35 milímetros e depois fatiado em 240 pedaços. Ele fez também 560 lâminas microscópicas. Distribuiu aleatoriamente o material a especialistas em todo o mundo, na esperança de que explicassem a mente mais brilhante do século XX. A mais recente análise, realizada pela antropóloga Dean Falk, da Universidade Estadual da Flórida, e divulgada em novembro do ano passado, baseou-se em fotografias feitas por Harvey que estavam desaparecidas. Falk foi a mais enfática pesquisadora a relacionar as habilidades intelectuais de Einstein com certas características físicas neuronais. Comparados com fotografias de outras dezenas de cérebros, o lobo parietal (responsável pela noção de espaço e pelo raciocínio matemático) e o córtex pré-frontal (sede do pensamento abstrato) de Einstein eram bem maiores. Mesmo assim, Falk é reticente quanto à existência de uma relação direta entre essas diferenças cerebrais e a genialidade: “Einstein tinha um cérebro extraordinário, mas os estímulos intelectuais ao longo da vida também foram determinantes”.
 Revista Veja, ano 46, n. 10, 06/03/2013
 QUESTÃO 12.
 Pela leitura do texto, é CORRETO afirmar que
 A) Albert Einstein deliberou antes de morrer a respeito de questões que diziam respeito à utilização de seu cérebro para pesquisas.
 B) o famoso cientista, autor da Teoria da Relatividade, distribuiu o material colhido a partir de fotografias de seu cérebro a especialistas renomados.
C) a relação de implicação direta – sem influência de outros fatores – entre áreas do cérebro de Einstein e sua capacidade intelectual é corroborada pelas pesquisas.
 D) a observação do cérebro de Einstein contribuiu para pesquisas sobre tamanho de regiões cerebrais e a capacidade intelectual, conquanto ainda não sejam possíveis conclusões definitivas a respeito.

QUESTÃO 13.
 Assinale a alternativa que NÃO apresenta recurso empregado no texto.
 A) Emprego de vocabulário técnico esmiuçado para o leitor.
 B) Predomínio de formas linguísticas que indiciam subjetividade.
 C) Conclusão que direciona o leitor para um determinado ponto de vista.
 D) Emprego da variedade padrão formal.

 QUESTÃO 14.
 Assinale a alternativa que NÃO apresenta palavra derivada por sufixação.
 A) esperança
B) aleatoriamente
C) lâminas
 D) habilidades

QUESTÃO 15.
 “Einstein tinha um cérebro extraordinário, mas os estímulos intelectuais ao longo da vida também foram determinantes.” Quanto às palavras retiradas do segmento acima, só NÃO se pode afirmar:
 A) cérebro e estímulo são palavras proparoxítonas.
 B) intelectuais e também apresentam ditongo decrescente.
 C) tinha e também apresentam dígrafo.
 D) determinantes tem 13 letras e 13 fonemas.

 Texto para a questão 16.

 Coitadinho, tão estressado [...]

O stress não vem com o número de horas de estudo ou com a dificuldade do assunto ou sua chatice – mas com a falta de preparação para lidar com isso. Um coreano pode passar 12 horas estudando, todos os dias, sem stress, pois é seu hábito. Um brasileiro que estuda 10 minutos por dia fica estressado se tiver de estudar meia hora. [...] Sofrer com o stress não é uma fatalidade. A solução é aprender a lidar com ele [...]. Achar que os alunos estão estressados porque estudam demais é parte do cacoete que explica nossos péssimos resultados nos testes internacionais. [...] Mesmo às vésperas do vestibular, as horas de preparação são poucas, até no ensino privado. Os números mostram: nossa educação combina uma jornada escolar curta com míseros minutos estudando em casa. É o pior dos mundos. [...] Coitadinho dos nossos alunos, tão estressados! Mas está errado, se há stress, não é por excesso de dedicação, por horas demais diante dos livros, mas por falta de hábito de estudar. Estressado é quem nunca estudou direito e, de repente, ouve dizer que para passar no vestibular é preciso mudar de vida. A solução não deve ser estudar pouco ou buscar um curso fácil, mas aprender a estudar e aprender a lidar produtivamente com o stress.
 Fragmentos do artigo de opinião de Claudio de Moura Castro Revista Veja, 24 de agosto, 2011.
QUESTÃO 16.
O título do texto e a expressão “coitadinhos dos nossos alunos, tão estressados” assumem, no texto, a função de uma figura de linguagem denominada
 A) ironia.
 B) metonímia
 C) metáfora.
 D) sinestesia.

 Texto para a questão 17.

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
 Rubem Alves
QUESTÃO 17.
Considerando o texto, aponte a opção CORRETA.
 A) As escolas que são gaiolas preparam melhor os alunos para que possam desenvolver melhor as competências e habilidades no aspecto profissional e pessoal.
B) As escolas que são gaiolas formam alunos para ser guiados, obedecerem, assim não darão prejuízo à sociedade.
 C) As escolas que são asas não amam os alunos, por isso incentivam à insubordinação.

D) As escolas que são asas preparam o aluno para autonomia, mediando o conhecimento prévio do aprendiz com o conhecimento formal.