domingo, 23 de abril de 2017

TEXTO:AÍ EU CHAMO A COTA - EURICO DE ANDRADE - COM GABARITO

TEXTO – AÍ EU CHAMO A COTA

        Lá nas entranhas de Tabui tem uma serra. Serra do Urubu. No pé da serra, um rio, o Sorongo. Ladeando o Sorongo, a estrada de ferro. Bem antes da ponte, a estaçãozinha que desmoronou. Restou o desvio, com as alavancas e trilhos enferrujados. Entre as duas – estaçãozinha e ponte -, o corte, com um barranco de uns 30 metros e lá vai pedrada. Lá de cima do barranco, o velho Totonho aprecia o movimento dos trens que passam rápido, 20 a 30 km por hora, no máximo uma vez por dia. Totonho não perde um. Ouve o ronco do bicho, tá lá ele, de cima do barranco, dicocado, fazendo pitinho, vendo o trem passar.
        Turma da estrada de ferro resolve colocar Totonho pra cuidar do que restou da velha estação. Foram fazer teste com o velho.
        --- Totonho, se a ponte do Sorongo cair e o trem tá vindo, o que o senhor faz?
        --- Vô ali e mudo a chave da lavanca do desvio pro trem muda de rumo e pará, uai!
        --- E se a chave estiver estragada?
        --- Aí arranjo um pano vermeio, vô pra riba da linha e fico banano. Aí o maquinista ne vê e para o trem, uai!
        --- Mas, Totonho, e se o maquinista não o vir, se estiver cochilando?
        --- Aí acho que é mais mió eu tê sempre um apito, quinem desses de juiz de futebol, e apitá até o trem pará...
        --- Totonho foi ficando agoniado com tanto perguntamento. Doido pra garantir o emprego e ganhar uns trocados.
        --- Mas, Totonho, e se o trem vier à noite?
        --- Aí só tem um jeito: eu acendo uma fogueira pro maquinista me vê e grito e pulo até ele pará o trem! ...
        --- Mas, fogueira, Totonho!? E se estiver chovendo?
        --- Ai, meu Deus! ... Aí o recurso é ieu tê tamém uma lanterna e fazê pisca-pisca pro maquinista, uai! ...
        --- Tudo bem, Totonho! Suponhamos agora que você tem a lanterna, mas não tem pilha? ... O que você faz?
        Totonho entregou os pontos. Desanimou de ganhar o emprego.
        Oia, meu amigo, aí num tem jeito não! é muita disgraça prum cristão só. Aí eu chamo a Cota!
        --- Chama a cota? Que cota, Totonho?
        --- Oia, moço, Cota é minha muié. Chamo ela, a gente vai pra riba do barranco, acendo meu pitinho e vamo oiá e escuitá o trem disgringolá e virá pedaceira, todo espatifado, ali bem dento do Sorongo! ...

               Eurico de Andrade – Brasília/DF – eurico2002@uol.com.br
                                     Disponível em: http://eptv.globo.com/caipira/.
                                                                    Acesso em: 29 out. 2012.

1 – O ambiente em que acontece a história é urbano ou rural?
      O ambiente descrito é rural.

2 – No texto, alguém faz perguntas para Totonho. Responda:
a)   O modo falar de Totonho é igual ou diferente do falar de quem dialoga com ele?
O modo de falar de Totonho é diferente do falar de quem dialoga com ele.

b)   O falar de Totonho é uma variedade linguística mais característica de alguém que vive na área urbana ou na rural?
O falar de Totonho é uma variedade mais característica de alguém que vive na área rural.

3 – Explique o que você entendeu destas respostas de Totonho:
a)   “- Aí arranjo um pano vermeio, vô pra riba da linha e fico banano. Aí o maquinista me vê e para o trem, uai!”
Totonho arranjará um pano vermelho, irá para cima da linha do trem e ficará abanando o pano para que o maquinista o veja e pare o trem.

b)   “- Aí acho que é mais mió eu tê sempre um apito, quinem desses de juiz de futebol, e apitá até o trem pará...”
Totonho diz que acha melhor ter sempre um apito semelhante ao usado pelo juiz de futebol e apitar até que o trem pare.

c)   Transcreva das alternativas anteriores algumas palavras ou expressões que correspondem a marcas da variedade linguística que se buscou representar por meio da fala do personagem.
“vermeio”; “vô pra riba”; “banano”; “uai”; “mais mió”; “quinem”; “apitá”; “pará”. EDUCADOR: Algumas das palavras transcritas não são usadas exclusivamente por falantes da variedade que se buscou representar. Espera-se que os alunos percebam, por exemplo, que a supressão, na oralidade, do “r” e do “u” final das palavras é comum na fala de parte de falantes brasileiros, como ocorre no uso oral dos verbos vou (vô), apitar (apitá) e parar (pará).

4 – Qual o objetivo das perguntas feitas a Totonho pelo pessoal da estrada de ferro
        Fazer um teste com Totonho para verificar se ele estava preparado para cuidar do que restou da velha estação.

5 – O que o pessoal da estrada de ferro buscava saber de Totonho com essas perguntas
        Buscava saber quais providências Totonho tomaria, em diversas situações de risco, para evitar um acidente com trens que passassem por aquele trecho da estrada de ferro.

6 – Pressionado e já desanimado, Totonho dá uma resposta que provoca grande curiosidade em quem lhe faz perguntas e também no leitor. Que resposta foi essa?
        - Oia, meu amigo, aí num tem jeito não! É muita desgraça prum cristão só. Aí eu chamo a Cota!

7 – O que a última resposta de Totonho provoca no causo?

        A última resposta surpreende pelo seu conteúdo inesperado, revelando uma habilidade cômica com a qual o caipira se sai bem da situação em que estava sendo pressionado. Foi isso que gerou o momento mais engraçado do causo.



MÚSICA(ATIVIDADES): RODA DE CHIMARRÃO - KLEITON E KLEDIR - VARIEDADE LINGUÍSTICA - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES):  RODA DE CHIMARRÃO
                 Kleiton e Kledir


Esquentei a água no fogareiro do Boitatá
Tô cevando o mate com erva boa da barbaquá
E vamos charlando e contando causos que já lá vão
É o sabor do pampa de boca em boca, de mão em mão
Acendi uma vela que é pro Negrinho nos ajudar
A encontrar as histórias porque a memória pode falhar
É sabedoria deixar o amargo e viver em paz
Mate e cara alegre porque o resto a gente faz
Puxa um banco e senta que tá na hora do chimarrão
É o sabor do pampa de boca em boca, de mão em mão
Puxa um banco e senta, vem cá pra roda de chimarrão
Vem aquecer a goela e de inhapa a alma e o coração
Dizem que não presta mijar cruzado pois dá azar
Se grudou os cachorro só água fria pra separar
Diz que palma benta pra trovoada é o melhor que há
E se assoviar o minuano é certo que vai clarear
Minha avó me disse que andar descalço dá mijacão
Cavalo enfrenado na lua nova fica babão
Com passarinheiro e mulher sardenta é bom se cuidar
E quem vai depressa demais a alma fica pra trás
O melhor pra tosse é cataplasma e chá de saião
Pra acabar com a gripe só sabugueiro ou então limão
Pra curar verruga é benzer pra estrela e invocar Jesus
Contar mau-olhado um galho de arruda e o sinal da cruz
Chá de quebra-pedra, ipê, arnica, canela em pó
Hortelã, marmelo, marcela boa e capim-cidró
Tudo tem remédio churri, cobreiro e má digestão
Só pra dor de amor é que não tem solução.

                                  Música e letra: Kleiton e Kledir. Personalidade.
                                                                                   Polygram, 1994.
Barbaquá: forno que se usa para secar a erva-mate.
Capim-cidró: erva-cidreira, capim-santo.
Charlar: conversar para passar o tempo, “jogar conversa fora”.
Churri: diarreia, dor de barriga.
De inhapa: de repente.
Enfrenado: freado, domado.
Mijacão: abscesso que aparece nos pés de quem anda descalço e tem contato com a urina do cavalo.
Minuano: vento frio e forte que sopra no Rio Grande do Sul, depois das chuvas de inverno.

1 – A música “Roda de chimarrão” apresenta crendices populares que são comuns no Sul do Brasil. Anote três delas. Em seguida, responda às questões:
a)   Existem superstições semelhantes a essas no lugar em que você vive? Se existem, quais?
Resposta pessoal.

2 – Releia os versos:
      - E vamos charlando e contando causos que já lá vão
        É o sabor do pampa de boca em boca, de mão em mão
      - Puxa um banco e senta que tá na hora do chimarrão
        É o sabor do pampa de boca em boca, de mão em mão.
a)   O que significa “pampa”?
É um tipo de formação vegetal, com raros arbustos, pequenas árvores e predominância de gramíneas, característico da parte meridional da América do Sul, ou seja, Argentina, Brasil (RS) e Uruguai.

b)   O que quer dizer a expressão “sabor do pampa”?
Refere-se à bebida chimarrão e, metaforicamente, à cultura do lugar.

c)   O que as pessoas compartilham, além do chimarrão?
Além do chimarrão, elas compartilham os causos, as conversas, a companhia das outras, enfim, a cultura do lugar.


3 – Na canção, são mencionadas duas lendas brasileiras. Quais são elas?
       A lenda do Boitatá e a lenda do Negrinho do Pastoreio. Educador: caso queira ler para os alunos, as duas lendas se encontram no manual específico.

4 – Que versos da canção explicam o procedimento de preparo do chimarrão?
       “Esquentei a água no fogareiro do Boitatá / Tô cevando o mate com erva boa da barbaquá”.



POESIA: FAMÍLIA DESENCONTRADA - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

POESIA:FAMÍLIA DESENCONTRADA
                MÁRIO QUINTANA

        O Verão é um senhor gordo, sentado na varanda,
        suando em bicas e reclamando cerveja.
        O Outono é um tio solteirão que mora lá em cima
        no sótão e a toda hora protesta aos gritos:
        “Que barulho é este na escada”?
        O Inverno é o vovozinho trêmulo, com a boina enterrada
        até os olhos, a manta enrolada nos queixos e
        sempre resmungando: “Eu não passo deste agosto,
        eu não passo deste agosto...”
        A Primavera, em contrapartida
        --- é ela quem salva a honra da família! –
        é uma menininha pulando na corda, cabelos ao vento
        pulando e cantando debaixo da chuva,
        curtindo o frescor da chuva que desce do céu,
        o cheiro de terra que sobe do chão,
        o tapa do vento cara molhada!
        Oh! a alegria do vento desgrenhando as árvores,
        revirando os pobres guarda-chuvas,
        erguendo saias!
        A alegria da chuva a cantar nas vidraças
        sob as vaias do vento...
        Enquanto
        --- desafiando o vento, a chuva, desafiando tudo –
        no meio da praça a menininha canta
       a alegria da vida
       a alegria da vida!
                                            Mario Quintana. Poesia fora da estante.
                                                               Porto Alegre: Projeto, 1999.
Desgrenhar: despentear.
Em contrapartida: por outro lado.


01 – Qual é o título do texto?
      O título do texto é “Família Desencontrada”. 

02 – Quem é o autor do texto?
      Mário Quintana. 

03 – Quantos e quais são os personagens da história?
      Os personagens são: O verão; o outono; o inverno e a primavera. 

04 – Cite as características de cada um dos personagens:
      O Verão é um senhor gordo sentado suando e reclamando.
      O Outono é um tio solteirão que mora no sótão e que vive reclamando do barulho.
      O Inverno é um vô trêmulo com boina e manta.
      A Primavera é uma menina com cabelos ao que pula e canta.

05 – Explique com suas palavras o título do texto:

      O texto se chama Família desencontrada pois as estações do ano não se encontram, quando uma entra outra sai.

06– O assunto do poema são as quatro estações do ano. Na região onde você mora essas estações são bem definidas? Explique.
      Resposta pessoal.

07 – Para você, o que representam as estações do ano?
      Resposta pessoal.


08– Por que o autor utilizou características humanas para falar sobre as estações do ano?
      Ao aproximar as estações do ano dos seres humanos, o autor anima os personagens, possibilita que as suas características relacionada a natureza fiquem mais evidentes e claras.

09 – De acordo com o poema, o que significa cada uma das estações do ano?
      Verão: calor e tranquilidade; Outono: solidão e silêncio; Inverno: frio e morte; Primavera: alegria e juventude.

10 – Quais são as ações presentes no texto que representam a juventude e a alegria do personagem primavera?
      Pular corda, pular e cantar debaixo da chuva, curtir o frescor da chuva, o cheiro da terra e o vento no rosto. O poema também sugere que as chuvas da primavera são alegres.

11– Ao final do poema, afirma-se que a primavera desafia o vento e a chuva. Para você, o que significa essa afirmação?
      Por ser jovem, a primavera não teme os desafios.

12– Qual é o possível significado do título do poema?
      O título do poema significa que as estações do ano representam uma família, em que cada um tem a sua personalidade e a sua forma de se relacionar com o mundo, enxergando o mundo da sua maneira.



quinta-feira, 20 de abril de 2017

O MULATO - ALUÍSIO DE AZEVEDO - (FRAGMENTO)COM GABARITO

TEXTO LITERÁRIO  – O MULATO (fragmento)
A personagem principal da obra “O Mulato” de Aluísio de Azevedo chama-se Raimundo José da Silva. É um atraente e culto mestiço de olhos azuis que afronta a sociedade maranhense por não perceber a sua condição social. A obra foi escrita quando o autor tinha vinte anos de idade e morava no Estado do Maranhão, em 1881, numa época em que o Brasil ansiava por mudanças. A questão abolicionista era tema palpitante na corte, mas o Maranhão mantinha-se como uma das províncias mais escravistas do Brasil. A pesar da obra ser considerada do movimento Naturalista, é impossível não perceber traços do Romantismo, uma vez que o enredo se desenrola numa atmosfera de mistério que termina em uma trágica história de amor. O trecho abaixo conta como o Dr. Raimundo ficou sabendo que era filho de uma escrava com um português, fato que ele não tinha conhecimento até então.
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Raimundo tornou-se lívido. Manoel prosseguiu, no fim de um silêncio:
– Já vê o amigo que não é por mim que lhe recusei Ana Rosa, mas é por tudo! A família de minha mulher sempre foi escrupulosa a esse respeito, e como ela é toda a sociedade do Maranhão! Concordo que seja uma asneira; concordo que seja um prejuízo tolo! O senhor porém não imagina o que é por cá a prevenção contra os mulatos!… Nunca me perdoariam um tal casamento; além do que, para realizá-lo, teria que quebrar a promessa que fiz a minha sogra, de não dar a neta senão a um branco de lei, português ou descendente direto de portugueses!… O senhor é um moço muito digno, muito merecedor de consideração, mas… foi forro à pia, e aqui ninguém o ignora.
– Eu nasci escravo?!…
– Sim, pesa-me dizê-lo e não o faria se a isso não fosse constrangido, mas o senhor é filho de uma escrava e nasceu também cativo.
– Raimundo abaixou a cabeça. Continuaram a viagem. E ali no campo, à sombra daquelas árvores colossais, por onde a espaços a lua se filtrava tristemente, ia Manoel narrando a vida do irmão com a preta Domingas. Quando, em algum ponto hesitava por delicadeza em dizer toda a verdade, o outro pedia-lhe que prosseguisse francamente, guardando na aparência uma tranquilidade fingida. O negociante contou tudo o que sabia.
– Mas que fim levou minha mãe?… a minha verdadeira mãe? perguntou o rapaz, quando aquele terminou. Mataram-na? Venderam-na? O que fizeram com ela?
– Nada disso; soube ainda há pouco que está viva… É aquela pobre idiota de São Brás.
– Meus Deus! Exclamou Raimundo, querendo voltar à tapera.
– Que é isso? Vamos! Nada de loucuras! Voltarás noutra ocasião!
Calaram-se ambos. Raimundo, pela primeira vez, sentiu-se infeliz; uma nascente má vontade contra os outros homens formava-se na sua alma até aí limpa e clara; na pureza do seu caráter o desgosto punha a primeira nódoa. E, querendo reagir, uma revolução operava-se dentro dele; ideias turvas, enlodadas de ódio e de vagos desejos de vingança, iam e vinham, atirando-se raivosos contra os sólidos princípios da sua moral e da sua honestidade, como num oceano a tempestade açula contra um rochedo os negros vagalhões encapelados. Uma só palavra boiava à superfície dos seus pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando-se em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias.
– Mulato!
(Aluísio de Azevedo. O MULATO. L&PM Editores, Porto Alegre, 2002)

Assinale a única opção correta a respeito do texto.
1. O texto nos prova que o romance trata o assunto do preconceito:
a. (   ) racial         b. (   ) político       c. (   ) religioso      d. (   ) econômico
2. Fala-se de um prejuízo que se deve entender como:
a. (   ) sentimental      b. (   ) econômico       c. (   ) religioso    d. (   ) social
3. Raimundo é filho de pai:
a. (   ) preto       b. (   ) mulato     c. (   ) branco       d. (   ) escravo
4. O pedido de casamento é recusado por:
a. (   ) causa da condição econômica do pretendente
b. (   ) causa da condição social do pretendente
c. (   ) temor à reação da sociedade
d. (   ) haver outro pretendente
5. Raimundo e Manoel eram, respectivamente:
a. (   ) afilhado e padrinho
b. (   ) filho e pai
c. (   ) genro e sogro
d. (   ) sobrinho e tio
6. A verdadeira mãe de Raimundo estava:
a. (   ) escrava      b. (   ) casada        c. (   ) viva    d. (   ) morta
7. Até aquele momento, Raimundo era um homem:
a. (   ) ambicioso      b. (   ) desonesto      c. (   ) escravo      d. (   ) honesto
8. Raimundo foi declarado livre da escravidão na época de:
a. (   ) seu nascimento       b. (   ) seu batismo       c. (   ) sua infância       d. (   ) juventude
9. Raimundo deve ter sido criado:
a. (   ) num ambiente de riqueza
b. (   ) ignorante da sua situação de origem
c. (   ) sabedor da sua situação de origem
d. (   ) num ambiente de riqueza e ignorante da sua situação de origem
10. Manoel considera Raimundo um pretendente:
a. (   ) indigno       b. (   ) estranho      c. (   ) amigo     d. (   ) pobre
11. Manoel era:
a. (   ) rico      b. (   ) pobre    c. (   ) político     d. (   ) rico e negociante
12. Raimundo pediu em casamento:
a. (   ) a prima     b. (   ) sobrinha      c. (   ) a afilhada     d. (   ) a tia
13. Raimundo tinha a aparência física de:
a. (   ) branco      b. (   ) preto       c. (   ) índio     d. (   ) estrangeiro
14. Sabendo da existência da mãe, a primeira atitude de Raimundo nos revela:
a. (   ) ódio       b. (   ) surpresa       c. (   ) desespero       d. (   ) descrença
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Gabarito:
1. A        2. D       3. C     4. C     5. D       6. C      7. D      8. B    9. D     10. C     11. D      12. A      13. A       14. B


PIADAS/ANEDOTAS - PARA RIR JUNTO COM OS ALUNOS

PIADA PARA RIR JUNTO COM OS ALUNOS
PIADA 1
Uma moça acabara de acordar de um cirurgia plástica, quando o  médico entrou em seu quarto:
–       E então, doutor? Quando posso ir para casa? perguntou a paciente.
–       Amanhã a senhora pode ir embora. A operação foi um sucesso.
–       O senhor garante que não vai aparecer a cicatriz da operação?
–       Se a senhora usar roupa, garanto que ninguém a verá.
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PIADA 2
Um menino quebrou a vidraça da casa do vizinho, ao jogar bola. O dono da casa pegou o menino pela braço e disse, muito furioso:
–       Ah! moleque! Por que não vai ajudar seu pai?
O garoto respondeu com a maior cara-de-pau:
–       Mas já estou ajudando. Meu pai é dono da vidraçaria…
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PIADA 3
Um fazendeiro, desses que falam pouco e pensam muito, encontra-se com um moço da cidade, que lhe pergunta:
–       Por quanto o senhor vende sua vaca?
–       Quero um milhão por ela! respondeu o homem.
–       Por esse preço compro uma motoca.
–       Compra, sim. Mas só quero ver o senhor tirar leite da motoca.
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PIADA 4
Um apostador chega à casa lotérica que acaba de ter seu nome trocado para “Loja Treze”. Pergunta ao dono:
–       Pôs esse nome porque ganhou na loteria com o 13?
–       Não! Mudei porque no dia 13 os ladrões me roubaram 13 milhões…
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PIADA 5
Durante um acidente de carro, onde uma loira bateu o seu carro na traseira de outro à sua frente, o policial a aborda e pergunta:
–       A senhora tem carteira?
E ela, responde, mostrando uma bolsa, tipo carteira:
–       Tenho, sim. E é bonita, né?
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PIADA 6
Dois adolescentes estão juntos. Um deles está estudando. O outro está na janela, observando o movimento da rua, quando passa uma mocinha que muito agrada ao rapaz da janela. Este, comenta com o amigo:
–       Eu acho que a Vera tem muitos predicados.
O amigo, que está estudando gramática, responde distraído:
–       Verbais ou nominais?
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PIADA 7
Um surdo entra na barbearia e trava o seguinte diálogo com o barbeiro, que não sabe dessa situação do freguês:
–       Bom dia! Quero cortar o cabelo.
–       Pois não! É um prazer atendê-lo.
–       Foi o que eu disse: cortar o cabelo.
–       Sei, sei. Não quer desvestir o casaco?
–       Eu, ingerir macaco? Nunca!
–       Hi! É hoje! Só quero lhe dar um bom trato.
–       Pode ser bom prato. Mas, eu não como carne de macaco.
–       Seu ouvido hoje está enguiçado…
–       Nem cozido, nem guisado. Não como!
–       Por favor, sente um pouco pra frente.
–       Nem quente, nem frio. Não como! Não insista!
–       Que barbaridade! Vou inclinar a cadeira para…
–       Pode me mandar para a cadeia. Carne de macaco não como!
–       Não disse isso! Posso começar?
–       Processar? Eu é que vou processá-lo por me obrigar a fazer o que não quero!
–       Tenha calma! Não se levante que ainda falta cortar…
–       Falta pagar o quê? Não fez nada! E passe bem com seus macacos!
E o freguês foi embora, deixando o barbeiro com cara de interrogação.
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PIADA 8
A professora perguntou na classe, quem gostaria de ir para o céu. Todos levantaram a mão, menos Joãozinho. Admirada, a professora perguntou ao garoto:
–       Por que você não quer ir para o céu?
Joãozinho respondeu:
– Não posso porque mamãe recomendou que quando terminasse a aula eu viesse direto para casa.
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PIADA 9
O marido disse à esposa:
–       Sabe que eu gostaria de ser um pássaro?
A mulher pensou um pouco e disse ao marido:
–       E eu gostaria de ser uma espingarda. De dois canos.
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PIADA 10
Falta energia elétrica no bairro e os elevadores dos prédios estão parados. Dois moradores do 36o andar de um prédio, encontram-se na escadaria do 26o andar e um deles, notando o ar de desânimo do outro, diz:
–       Coragem! Faltam só dez andares para chegarmos. Por que esta tristeza?
– É que acabo de descobrir que a chave do meu apartamento ficou na portaria, lá embaixo.
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PIADA 11
O chefe flagrou o empregado saindo da barbearia durante o expediente. E chamou a sua atenção, dizendo:
–       O senhor não podia ir cortar o cabelo durante o expediente!
O empregado justificou-se:
–       Ué! O cabelo cresceu durante o expediente!
–       Cresceu fora do expediente também! retrucou o chefe.
Ao que o empregado respondeu:
–       Por isso eu só cortei o que cresceu durante o expediente.
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PIADA 12
O bêbado, agarrando-se no poste para não cair, diz para uma mulher que passa:
–       Feia!
A mulher, ofendida, responde:
–       Bêbado!
E o bêbado:
–       É, mas amanhã eu estarei bom, já você continua feia!
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PIADA 13
A professora está explicando sobre sujeito da oração e escreve no quadro a seguinte frase: Alguém furtou meu dinheiro. Pergunta então para um aluno:
–       Miguel, onde está o sujeito?
–       O sujeito? Deve estar gastando o dinheiro da senhora.
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PIADA 14
O filho chega em casa com o Boletim de Notas e deve mostrá-lo para a mãe tomar ciência. As notas existentes são baixas e o filho, para justificá-las, diz:
– Sabe, mãe, eu sou um aluno coerente. Já que estudamos orações reduzidas, tirei notas reduzidas!
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PIADA 15
Um agrônomo vai ao campo fazer visitas. Encontra um camponês que, toscamente, pisa as sementes que tira de uma bolsa a tiracolo, lançando-as à terra. O agrônomo  resolve ajudá-lo e o orienta dizendo:
–       Desse jeito, meu amigo, você não vai colher nem um grão de feijão.
Sorridente o capiau responde:
–       Claro, “doutô agrônimo”. Eu “tô prantando mio”.
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PIADA 16
Um homem comprou um papagaio e mandou que a loja o entregasse em sua casa. O papagaio falava cinco línguas e custou uma fortuna. À noite, quando chegou em casa, o homem procurou o papagaio e não o encontrou.
– Cadê o papagaio que eu comprei? – perguntou ele à mulher.
– Papagaio? Ih, eu pensei que fosse uma galinha e assei pro jantar.
– O quê??? Meu papagaio assado? Esse papagaio fala cinco línguas!
– E por que ele não falou quando eu botei ele no forno?

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PIADA 17

- Doutor, estou com a memória fraca.
- Desde quando?
- Desde quando, o quê?
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PIADA 18

Ronaldo volta da escola chorando:
- O Luís me bateu!
- Quando alguém bater em você, meu filho, você precisa se defender!
- Mas, papai, a gente não pode brigar na escola - geme o garoto.
- Ora, meu filho! Quando eu tinha a sua idade, andei 30 quilômetros de bicicleta para me vingar de um idiota que tinha me batido.
- Trinta quilômetros? E como você voltou?
- De ambulância...
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PIADA 19

O diretor da escola entra numa das classes.
- Olá, meninos. Vamos ver como vai essa matemática. Toninho, quantos são 2 + 2?
- Essa é fácil! São 64.
- Não! Você errou. Mas tenho certeza de que o Miguel sabe. Miguel, quantos são 2 + 2?
- Há... Sexta-feira?
O diretor ficou bravo.
- Vamos! Não é difícil. Francisco, 2 + 2 dá...
- Quatro, senhor diretor.
- Muito bem! Explique a conta aos seus colegas.
- Simples, retirei a sexta do 64!

          (Fabrice Lelarge, 365 piadas para crianças a partir dos 7 anos, Barueri, SP: Girassol; Chevron, BE: Éditions Hemman, 2006.)