terça-feira, 8 de dezembro de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): SONHO COLORIDO DE UM PINTOR - TOM ZÉ - COM GABARITO

 Música(Atividades): Sonho Colorido de Um Pintor

                                                             Tom Zé

Sonhei que pintei

Minhas noites de amarelo

Lindas estrelas no meu céu eu coloquei

O feio que era feio ficou belo

Até o vento do meu mundo eu perfumei

Numa apoteose de poesia

Um conjunto de harmonia

Uma lua roxa pra iluminar

As águas cor de rosa do meu mar

 

Meu sol eu pintei de verde

Que serve pra enxugar

Lágrimas, se um dia precisar

A dor e a tristeza fiz virar felicidade

Aproveitei a tinta e pintei sinceridade

 

Pintei de azul o presente, de branco eu pintei o futuro

O meu mundo só tem primavera

O amor eu pintei cinza escuro

 

Pra lá eu levei a bondade, dourada é sua cor

Aboli a falsidade, o meu povo é incolor

 

Na entrada do meu mundo, tem um letreiro de luz

Meu mundo não é uma esfera

Tem o formato de cruz

                                             Composição: B. LOBO / Talismã

Entendendo a canção:

01 – Nesta canção há várias palavras que determina, especifica ou qualifica somente substantivos e nem sempre vem precedida de preposição.

a)   Escreva as palavras da primeira estrofe que tem as características acima descritas e que podem ser classificadas de adjuntos adnominais.

É preciso repetir os conceitos de adjunto adnominal pode indicar posse como em “minhas” no 1°verso, e “meu” no 2° verso; e “de amarelo” e “lindas” que qualificam o substantivos noites e estrelas, respectivamente.

b)   Retire do texto, pelo menos, um exemplo de antítese.

Feio / belo; tristeza / felicidade.

02 – Que palavras ou combinações de palavras resumem a concepção de vida ou de humanidade na canção?

      “Sonhei que pintei / Minhas noites de amarelo”.

      “A dor e a tristeza fiz virar felicidade”.

      “O meu mundo só tem primavera”.

      “Pra lá eu levei a bondade, dourada é sua cor”.

03 – Que temática é abordada pelo eu lírico?

      Do sonho de pintar um mundo colorido, ou seja, um mundo mais justo, com mais bondade e sem falsidade.

04 – De que cores o eu lírico pintou o presente e o futuro?

      Pintou de azul o presente e de branco o futuro.

05 – Que figura de linguagem há em este verso: “O feio que era feio ficou belo”?

      Paradoxo ou oximoro, pois consiste na expressão de uma ideia contrastante.

06 – Identifique a opção que completa corretamente o enunciado a seguir.

        Pode-se afirmar que a letra da canção cumpre seu objetivo, pois....

a)   Simplesmente passa informações.

b)   Provoca emoções e reflexões.

c)   Serve de diversão.

d)   Modifica o comportamento.

07 – Após você analisar a letra da canção, responda: a temática é positiva ou negativa? Em seguida, explique por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

 

 

POEMA: AULA DE PORTUGUÊS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: AULA DE PORTUGUÊS

               Carlos Drummond de Andrade

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

   Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979. P. 87-88.

     Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 77- 9.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Esquipáticas: esquisitas e antipáticas; extravagantes, excêntricas.

·        Aturdem-me: atordoam-me, perturbam-me.

02 – Que jogo de palavras existe na primeira estrofe do texto?

      O eu poético diz saber “na ponta da língua” a “linguagem”.

03 – Em que situação a língua portuguesa é fácil?

      Quando é usada na comunicação diária; na linguagem falada.

04 – Quando a língua portuguesa é difícil?

      Quando estudada em sala de aula.

05 – Na expressão “superfície estrelada de letras”, que associação poderia ser feita entre letras e estrelas?

      A linguagem formal ou dos letrados é indecifrável, inatingível, como os astros no céu.

06 – Nas aulas de português, como o eu poético se sente? Por quê?

      Sente-se perdido, aturdido com as regras de gramática.

07 – Qual a parte da Gramática que o eu poético não conhece?

      As figuras de gramática, ou seja, a Estilística, lhe são desconhecidas.

08 – Dê alguns exemplos de figuras de linguagem que você já conhece.

      Já vimos em anos anteriores metáfora, antítese, personificação, ironia.

09 – Em que verso o eu poético exprime o sofrimento diante do estudo?

      “Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.”

10 – Copie a alternativa correta. Na quarta estrofe, o eu poético relaciona a língua portuguesa com:

a)   Seus sonhos de infância.

b)   Algumas experiências básicas e marcantes de seu passado.

c)   Trechos de obras de autores famosos.

11 – Qual foi a consequência para o eu poético do tipo de estudo da época? Copie a alternativa correta.

a)   Teve a impressão de esquecer a língua aprendida em casa.

b)   Perdeu o interesse pela língua portuguesa.

c)   Tornou-se exímio conhecedor da gramática.

12 – Como você entendeu o verso: “O português dão dois; o outro, mistério.”?

      Ao estudar a gramática de Carlos Góis, o poeta percebe uma clara distinção entre a língua falada por ele e a língua estudada na escola (misteriosa).

 

CONTO: AO DEUS DIÁLOGO - MARINA COLASANTI - COM GABARITO

 Conto: Ao deus diálogo

              Marina Colasanti

        Para garantir a segurança de suas famílias, os antigos romanos mantinham em casa um altar aos deuses do lar. Hoje, sem altar mas com a mesma devoção, cultuamos o deus diálogo.

   Dele esperamos que resolva todos os problemas da relação, escancarando as portas do entendimento. Que funcione como uma espécie de garantia do amor, um seguro contra as separações. Dialogue! Exortam os terapeutas e os comportamentólogos. Dialogue! Incitam centenas de livros, milhares de revistas. E nós, que somos uma geração cheia de vontade de acertar, empunhamos os sagrados estandartes do diálogo e desandamos a falar.

        Mas será que o sabemos? Desde pequeninos uma frase marca nossa relação com essa difícil arte: “Cala a boca, menino!” Criança não tem vez para falar. Junto com o desmame, aprende que não deve interromper os adultos, não deve se meter em conversa de gente grande a não ser quando solicitada. Em meus tempos de colégio interno – que já vão bastante longe, mas nem por isso fazem parte da antiguidade – não podíamos falar nem nos dormitórios, nem nos corredores, nem no refeitório, nem na sala de aula, e muito menos na capela. Ou seja, não podíamos falar, a não ser nos recreios. Transgressões a essa regra implicavam perda das saídas quinzenais. Assim, as boas freiras se esforçavam para fazer de nós futuras dialogantes.

        Em casa continua o aprendizado. Qualquer filho descobre desde cedo que os pais utilizam dois diálogos diferentes: um na frente das crianças, e outro depois que as crianças estão dormindo, ou quando acham que elas não estão ouvindo. A partir daí, os filhos, aprendizes obedientes, passam a utilizar com os pais o mesmo sistema. (...)

        Esse aprendizado pode ganhar reforço behaviorista quando, dizendo para os pais ou adultos em geral aquilo que a prudência lhe aconselharia calar, a criança é devidamente castigada. Dessa forma, castigo e verdade estabelecem aos poucos, para ela, um sólido vínculo.

        Crescidos, temos fartas oportunidades de ver aplicado em larga escala aquilo que aprendemos. Os políticos e governantes falam uma coisa e pensam outra, os filósofos e os intelectuais apregoam uma liberdade que não praticam em casa, a boa senhora patrona de uma instituição de caridade maltrata a empregada. E todos parecem praticar um discurso para uso externo e outro para consumo interno.

        Ou seja, somos oficialmente instigados à abertura e à sinceridade, ao famoso diálogo. Mas, o que nos é realmente ensinado, como meio de defesa e de vitórias, é a duplicidade do discurso.

        E por falar em amor. São Paulo, Círculo do Livro, s/d. p. 115.

     Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 97-8.


Fonte da imagem: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.acessa.com%2Fnegocios%2Farquivo%2Fnoticias%2F2017%2F05%2F08-dialogo-trabalho%2F&psig=AOvVaw1qALaoL_Dk3yQUu5G6JBNf&ust=1607562514476000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLjS-Zbbv-0CFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Exortam: encorajam.

·        Behaviorista: relativo à teoria psicanalítica que estuda o poder dos estímulos no aprendizado.

·        Comportamentólogos: estudiosos do comportamento.

·        Incitam: animam, encorajam.

·        Apregoam: propagandeiam.

·        Transgressões: desobediências.

·        Instigados: aconselhados, encorajados.

02 – De que fala o texto?

      O texto fala de causas que dificultam o diálogo entre as pessoas.

03 – Qual a ideia desenvolvida pela autora deste texto?

      Embora conscientes da importância do diálogo, temos grande dificuldade para praticar “essa difícil arte”, pois, à nossa volta, valoriza-se a sinceridade do diálogo, mas o que realmente se ensina é a duplicidade do discurso.

04 – Segundo o texto, quais as causas da dificuldade de se tornar um “verdadeiro dialogante”?

      A educação que recebemos em casa e na escola, os exemplos dados pelos pais, políticos, filósofos e intelectuais que apregoam uma coisa e praticam outra: todos parecem ter um discurso para uso externo e outro para consumo interno.

05 – Há um momento em que a autora utiliza uma profunda e amarga ironia. Localize o trecho onde isso acontece.

      “Assim, as boas freiras se esforçavam para fazer de nós futuras dialogantes.”

       

ARTIGO DE OPINIÃO: QUEM LÊ MAIS ESCREVE MELHOR? SIM - WALTER ARMELLEI JÚNIOR - COM GABARITO

 Texto: Quem lê mais escreve melhor? Sim

         Walter Armellei Júnior

        A leitura influencia a escrita por vários motivos: o leitor toma contato com novas formas linguísticas, enriquece o vocabulário, descobre mundos e amplia seus conhecimentos.

      É praticamente impossível que um apreciador da leitura não consiga escrever bem. Mas não podemos nos esquecer de que ler exige certas habilidades. Para melhor aproveitamento, o leitor precisa ter capacidade de análise e interpretação. Só assim ele extrai substratos dos livros para seu texto.

        Para escrever bem, é preciso ter posição crítica e fazer a leitura do mundo. E quem não lê geralmente fica limitado ao seu mundo. O jornal e os livros ajudam o indivíduo a conquistar novos conhecimentos. Além de enriquecer o vocabulário, ele pode ter contato com diferentes pontos de vista. Através da leitura, o ser humano cresce e toma contato com o universo.

        A televisão pode ajudar a ampliar horizontes, mas possui linguagem diferente da escrita. Parafraseando Drummond, diria que escrever só se aprende escrevendo. E lendo muito.

                                               Walter Armellei Júnior, 34, é professor de redação do 2° grau. Folha de São Paulo, 20 maio 1991.

    Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 108-9.


Fonte da imagem: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Frevistagalileu.globo.com%2FCultura%2Fnoticia%2F2019%2F06%2Fpessoas-que-leem-sao-mais-felizes-afirma-nova-pesquisa.html&psig=AOvVaw3XnL9_J5JZh4Bfv1xuF6yr&ust=1607562011512000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLjW97jZv-0CFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o texto:

01 – O texto é narrativo ou dissertativo? Por quê?

      O texto é dissertativo porque discute a escrita no seu aspecto geral.

02 – Quantos parágrafos compõem o texto?

      Possui quatro parágrafos.

03 – Relacione cada ideia ao parágrafo que a desenvolve.

a)   A televisão pode ajudar, mas não substitui a leitura.

Quarto parágrafo.

b)   Para escrever é preciso: posição crítica e leitura do mundo.

Terceiro parágrafo.

c)   O bom aproveitamento da leitura leva o leitor a escrever bem.

Segundo parágrafo.

d)   A leitura enriquece a escrita.

Primeiro parágrafo.

04 – Vamos fazer um exercício de argumentação. O autor do texto respondeu sim à questão: “Quem lê mais escreve melhor”? Que argumentos utilizaria uma pessoa que respondesse negativamente a ela?

      Resposta pessoal do aluno.

TEXTO: MEU PAI - GRACILIANO RAMOS - COM GABARITO

 Texto: MEU PAI

          Graciliano Ramos 

        Espanto, e enorme, senti ao enxergar meu pai abatido na sala, o gesto lento.  Habituara-me a vê-lo grave, silencioso, acumulando energia para gritos medonhos. Os gritos vulgares perdiam-se; os dele ocasionavam movimentos singulares:  as pessoas atingidas baixavam a cabeça, humilde, ou corriam a executar ordens. Eu era ainda muito novo para compreender que a fazenda lhe pertencia.  Notava diferenças entre os indivíduos que se sentavam nas redes e os que se acocoravam no alpendre. O gibão de meu pai tinha diversos enfeites; no de amaro havia numerosos buracos e remendos. As nossas roupas grosseiras pareciam-me luxuosas comparadas à chita de Sinhá Leopoldina, à camisa de José Baía, sura, de algodão cru. Os caboclos se estazavam, suavam, prendiam arame farpado nas estacas. Meu pai vigiava-os, exigia que se mexessem desta ou daquela forma, e nunca estava satisfeito, reprovava tudo, com insultos e desconchavos. Permanente, essa birra tornava-se razoável e vantajosa: curvara espinhaços, retesara músculos, cavara na piçarra e na argila o açude que se cobria de patos, mergulhões e flores de baronesa. Meu pai era terrivelmente poderoso, e essencialmente poderoso. Não me ocorria que o poder estivesse fora dele, de repente o abandonasse, deixando-o fraco e normal, num gibão roto sobre a camisa curta...

        Sentado junto às armas de fogo e aos instrumentos agrícolas, em desânimo profundo, as mãos inertes, pálido, o homem agreste murmurava uma confissão lamentosa à companheira. As nascentes secavam, o gado se finava no carrapato e na morrinha. Estranhei a morrinha e estranhei o carrapato, forças evidentemente maiores que as de meu pai. Não entendi o sussurro lastimoso, mas adivinhei que ia surgir transformação. A vila, uma loja e dinheiro entraram-me nos ouvidos. O desalento e a tristeza abalaram-me. Explicavam a sisudez, o desgosto habitual, as rugas, as explosões de pragas e de injúrias. Mas a explicação me apareceu anos depois. Na rua examinei o ente sólido, áspero com os trabalhadores, garboso nas cavalhadas. Vi-o arrogante, submisso, agitado, apreensivo – um despotismo que às vezes se encolhia, impotente e lacrimoso. A impotência e as lágrimas não nos comoviam. Hoje acho naturais as violências que o cegavam. Se ele estivesse embaixo, livre de ambições, ou em cima, na prosperidade, eu e o moleque José teríamos vivido em sossego. Mas no meio, receando cair, avançando a custo, perseguido pelo verão, arruinado pela epizootia, indeciso, obediente ao chefe político, à justiça e ao fisco, precisava desabafar, soltar a zanga concentrada. Aperreava o devedor e afligia-se temendo calotes. Venerava o credor e, pontual no pagamento, economizava com avareza. Só não economizava pancadas e repreensões. Éramos repreendidos e batidos.

    Graciliano Ramos – Infância. São Paulo, Record, 1992. P. 25-27.

     Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 86-8.

Entendendo o texto: 

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Acocoravam-se: agachavam-se, ficavam de cócoras.

·        Alpendre: área coberta diante da casa.

·        Gibão: casaco de couro.

·        Sura: surrada.

·        Estazavam: cansavam, fatigavam.

·        Desconchavos: disparates, despropósitos.

·        Retesara: enrijecera, tornara rijo, duro.

·        Piçarra: rocha argilosa, cascalho.

·        Inertes: paradas, sem força.

·        Agreste: rústico, rude, áspero.

·        Morrinha: sarna epidêmica do gado.

·        Sisudez: seriedade, gravidade.

·        Ente: ser.

·        Garboso: elegante.

·        Despotismo: autoritarismo, tirania.

·        Epizootia: doença, contagiosa ou não, que ataca numerosos animais ao mesmo tempo e no mesmo lugar.

·        Aperreava: aborrecia, incomodava.

·        Calotes: logros, fraudes, danos.

·        Avareza: apego excessivo ao dinheiro, mesquinhez.

02 – Copie a alternativa correta. O narrador é:

a)   Um menino assustado pela agressividade do pai.

b)   Um adulto lembrando das impressões causadas por seu pai em sua infância.

c)   Um adulto falando das relações com seu pai.

03 – Que observações levam o narrador, ainda criança, a deduzir que seu pai era um homem poderoso?

      Ele percebia a diferença na roupa que vestiam, nas atitudes submissas das pessoas que viviam à volta do pai.

04 – O narrador está contando fatos acontecidos em que época de sua vida?

      Na primeira infância.

05 – Quais as características psicológicas do pai presentes no texto?

      O pai aparece como autoritário, violento, déspota, parcimonioso, pontual em seus pagamentos.

06 – Copie a alternativa correta. No texto, o pai:

a)   Tem sempre o mesmo comportamento.

b)   Apresenta uma mudança de comportamento.

c)   Apresenta constantes alterações em seu comportamento.

07 – Por que o narrador se surpreende com a mudança de comportamento do pai?

      Porque ele se acostumara ao seu modo grave de ser, sempre gritando com os empregados.

08 – Por que o pai repreendia e castigava os filhos?

      Para descarregar as frustações dele.

09 – Ao justificar, depois de adulto, o violento comportamento paterno, a que ele atribui esta atitude?

      A tentativa de manter uma posição social em meio ao verão, à epizootia, à política local e ao fisco.

10 – O narrador, quando criança, estranha o fato de haver forças maiores que as de seu pai. Que forças são essas?

      As forças da natureza (seca, doenças nos animais) e as forças políticas (chefe político local, justiça, fisco).

11 – As fortes pressões sofridas pelo pai para manter-se nos negócios faziam-no adquirir uma dimensão mais humana, tornavam-no “normal”. Pode-se dizer que, nessas ocasiões, estabelecia-se alguma afetividade entre o pai e os filhos? Retire do texto uma frase que justifique sua resposta.

      Não. Eles apenas o temiam, não o amavam: “A impotência e as lágrimas não nos comoviam”.

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

TEXTO INFORMATIVO: COMO JOGAR FREE FIRE - PARA INICIANTES - COM GABARITO

 

TEXTO INFORMATIVO: Como jogar Free Fire – para iniciantes

 1. Celular para jogar: os requisitos mínimos

Free Fire é compatível com celulares Android e iOS, mas nem todos. Para Android o aparelho deve ter a versão do sistema Android 4.0.3 ou superior, além de 2GB de memória RAM e, pelo menos, 1GB de espaço livre no armazenamento.

Já para iOS Free Fire exige, no mínimo, iOS versão 8.0, além de iPhone que tenha, pelo menos, 2GB de memória RAM e 1GB de espaço livre no armazenamento.

2. Conexão com a Internet

Free Fire é um jogo de partidas multiplayer e, por isso, conexão com a Internet é obrigatória. Porém, é possível jogar tanto no Wi-Fi, quanto via rede de dados, 3G ou 4G, por exemplo.

3. Atenção aos personagens diferentes

Os itens cosméticos, ou seja, de decoração, não modificam a jogabilidade e suas habilidades dentro do game. Os personagens, sim.

O jogador começa com Adam e Eve, que não possuem habilidades. Com o tempo, ou com dinheiro, podem destravar outros.

Alguns dos principais personagens, e suas habilidades, são:

  • Caroline – 3% mais de velocidade com espingarda
  • Paloma – 30 Munição AR não ocupam espaço na mochila
  • Antonio – Receba 10HP quando a rodada começar
  • Kelly – Velocidade de corrida aumentada em 1%
  • Nikita – Velocidade de recarregar metralhadora aumenta em 4%
  • Misha – 5% menos de dano no veículo e velocidade do veículo aumenta em 2%
  • Ford – Reduz o dano fora da área de segurança em 4%


 Entendendo do texto

        1. Marque a opção incorreta.

          a)Os itens de decoração não modificam suas habilidades dentro do game.

a)                     b)Para se jogar o Free Fire a Internet é obrigatória.

b)                    c)Free Fire é compatível com todos os celulares Android e IOS.

c)                  d)O jogador começa com Adam e Eve mas que não possuem habilidades.

 

2. Uma característica presente nas instruções de jogos digitais que é possível encontrar no texto lido é

a) A presença de verbos no modo imperativo

b) O fato do texto possuir explicações sobre como se jogar acompanhado de um amigo.

c) Explicações básicas que permitirão o jogador iniciante a conhecer mais sobre o jogo e como jogá-lo.

d) O texto coloca o jogar em uma situação e depois ensina como sair dela.

 

3. Marque a alternativa incorreta sobre o gênero textual “Instruções de jogos digitais”.

a) São textos voltados para o oferecimento de explicações capazes de levar o leitor a realizar um objetivo.

b) Poderá haver diferenças nos textos instrucionais de acordo com a plataforma em que o jogo se realizar.

c) A semelhança entre as instruções de jogos e o tutorial é que ambos buscam orientar alguém a realizar um objetivo.

d) A tipologia textual desse gênero é descritiva.

 

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): SAPATO 36 - RAUL SEIXAS - COM GABARITO

 Música(Atividades): Sapato 36

                                                            Raul Seixas

Eu calço é 37
Meu pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto meu pé outra vez
Eu aperto meu pé outra vez

Pai eu já tô crescidinho
Pague prá ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Quero partir sem brigar
Pois eu já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar

Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai

Pai já tô indo-me embora
Eu quero partir sem brigar
Já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar (Êêêê)
Que não vai mais me apertar (Aaaa)
Que não vai mais me apertar (Êêêê)

                        Composição: Raul Seixas. In: Sylvio Passos e Toninho Buda. Uma antologia. São Paulo, Martin Claret, 1992. P. 223.

      Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 89-90.

Entendendo a canção:

01 – De acordo com o texto, como é o pai presente na canção?

      Ele é autoritário e violento e não respeita a vontade dos filhos.

02 – O que há de comum no filho presente neste texto?

      É vítima do autoritarismo do pai.

03 – Qual é atitude do filho com relação ao pai?

      A partir de certa idade, ele se revolta contra o autoritarismo do pai. Ele procura, no presente, justificativas para as atitudes violentas de seu pai. “Hoje acho naturais as violências que o cegavam.”

04 – Pense no que vimos sobre linguagem conotativa.

a)   Se entendermos os versos “Eu calço é 37 / Meu pai me dá 36” como uma imagem literária, um recurso utilizado pelo autor para que melhor compreendamos o que sente o eu poético, que sentido ganha esse trecho?

Sente que os horizontes do vão muito além daquilo que o pai lhe oferece e lhe permite.

b)   E os versos: “Quero partir sem brigar / Pois eu já escolhi meu sapato / Que não vai mais me apertar”?

Quero partir em busca de meus próprios caminhos, de minha liberdade.