Notícia: Publicidade infantil deve ser feita com responsabilidade em vez de proibida, dizem especialistas
Especialistas
debateram educação para o consumo na última edição do Arena do Marketing
Diana Lott
18 maio 2018 às 2h00
São Paulo
A educação para o consumo deve ser o foco da discussão sobre a publicidade voltada para o público infantil, segundo as especialistas que participaram da última edição do Arena do Marketing, programa mensal promovido pela Folha em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e que teve mediação da jornalista Laura Mattos.
A proibição desse tipo de publicidade
não é a saída mais adequada, de acordo com as convidadas.
Para Luciana Corrêa, coordenadora da
área de pesquisa sobre Famílias e Tecnologia do ESPM Media Lab, a publicidade,
seja ela direcionada ao público infantil ou não, já faz parte do cotidiano da
criança.
“Não existi mais fronteira entre o que
é publicidade e o que é conteúdo. A sociedade como um todo já entende isso e
estudos mostram que os consumidores não se incomodam com essa presença”,
afirma.
É necessário que os pais ajam como
moderadores, diz Luciana, cuja pesquisa é voltada para as plataformas digitais.
“Em relação ao YouTube, a regra deve vir, em primeiro lugar, de casa.”
Vanessa Vilar, presidente do comitê
jurídico da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e diretora jurídica da
Unilever, afirma que os anunciantes devem agir com responsabilidade em relação
a esse público, mas sem retirar dos pais o papel de decidir sobre o que seus
filhos consomem.
Ela também acredita que os
patrocinadores das peças publicitárias devem contribuir na educação dos jovens
consumidores. “A educação para o consumo é o que pode formar cidadãos mais
responsáveis e informados que poderão fazer melhores escolhas”, afirma.
LOTT, Diana. Publicidade
infantil deve ser feita com responsabilidade em vez de proibida, dizem
especialistas. Folha de São Paulo, São Paulo, 18 maio 2018. Disponível em: https://bit.ly/2kbAQ1W.
Acesso em: 29 set. 2018.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º
ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 225-6.
Entendendo a notícia:
01 – Releia o título e o
subtítulo da notícia e responda:
a) Que fato é apresentado?
O Arena do Marketing, programa mensal promovido pela Folha em
parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), promoveu
debate sobre a proibição de publicidade infantil com especialistas e mediação
da jornalista Laura Mattos.
b) No título, é apresentada a opinião de especialistas no assunto. Qual é a posição sobre a proibição da publicidade infantil?
Não se deve proibir a publicidade infantil.
c) O que a escolha desse título revela sobre a posição assumida pelo jornal que publicou a notícia sobre o tema? Explique.
Revela que o jornal tem a mesma opinião da especialista.
02 – Essa notícia faz um
relato sobre o debate que ocorreu em um programa on-line, denominado Arena Marketing.
Responda:
a) Quais pessoas participaram do debate? Quais entidades elas representam?
Vanessa Vilar, da ABA e Luciana Corrêa, do ESPM Media Lab.
b) Quais são as opiniões das duas “debatedoras” sobre o tema?
Ambas são contrárias à proibição de publicidade infantil.
c) Em sua opinião, pode ser considerado um debate de ideias se ambas defendiam a mesma tese? Explique.
Resposta pessoal do aluno.
d) Como deveria ser um debate para o leitor formar sua opinião sobre esse tema? Explique.
Deveria ter pessoas que são contrárias e favoráveis à publicidade
infantil.
03 – Releia os depoimentos
de Luciana Corrêa e responda:
a) Por que não adianta proibir a publicidade, segundo ela?
Porque a publicidade já faz parte do cotidiano da criança.
b) Que papel deve ser assumido pelas famílias?
Os pais devem ser moderadores do acesso à publicidade pelas
crianças.
c) Luciana Corrêa foi ouvida na reportagem da Prática de leitura 2. Esse ponto de vista da especialista ficou evidenciado na reportagem? Por que foi feito esse recorte?
Não, o que ficou evidenciado é a opinião sobre publicidade
camuflada. Porque o enfoque foi o abuso em relação a essa prática de camuflar a
publicidade.
04 – Agora, releia os
depoimentos de Vanessa Villar e responda:
a) Qual é o papel dos anunciantes em relação à publicidade infantil, de acordo com Vanessa?
Os anunciantes devem agir com responsabilidade em relação a esse
público, especialmente nos conteúdos que apresentam, mas são os pais que devem
decidir sobre o consumo.
b) Como as peças publicitárias podem contribuir para a formação dos jovens consumidores, segundo ela?
Podem ser educativas, para contribuir na formação das crianças para
o consumo consciente.
05 – Em sua opinião, a
“educação para o consumo” é uma ideia oposta à proibição da publicidade
infantil? Explique.
Resposta pessoal do aluno.
06 – Na notícia, as
informações são apresentadas pela ordem decrescente de importância, ou seja, da
mais importante para a menos importante. Releia a notícia, observando a ordem
de informações e opiniões apresentadas:
a) Qual frase inicia a notícia? Que informação apresentada sobre a publicidade infantil?
“A educação para o consumo deve ser o foco da discussão sobre a
publicidade voltada para o público infantil”. Ela já apresenta um enfoque
único, sem apresentar os pontos de vista contrários.
b) No segundo parágrafo, que outra informação é apresentada?
“A proibição desse tipo de publicidade não é a saída mais adequada”.
07 – Releia a notícia,
observando os verbos:
a) Que tempos e modos verbais são utilizados?
Presente do indicativo, em alguns momentos, e modo imperativo em
quase todo o texto.
b) Que modo verbal é predominante nos depoimentos dos especialistas?
O modo imperativo.
c) Qual efeito de sentido foi produzido com a predominância desse modo verbal? Explique.
Sentido de persuasão, conferindo à notícia o mesmo papel de anúncio
publicitário e descaracterizando-a.
08 – Releia os trechos:
“A proibição desse tipo de publicidade
não é a saída mais adequada, de acordo com as convidadas.”
“A educação para o consumo é o que pode
formar cidadãos mais responsáveis e informados que poderão fazer melhores
escolhas”, afirma.
a) Quais palavras e expressões têm conotação negativa? A que se referem?
Proibição e não é a saída; referem-se à publicidade infantil.
b) Quais palavras e expressões têm conotação positiva? A que se referem?
Mais responsáveis e informados, melhores escolhas; referem-se à
educação para o consumo em contraposição à proibição.