domingo, 4 de agosto de 2024

POEMA: SEM PULGAS - ALMIR CORREIRA - COM GABARITO

 Poema: Sem pulgas

             Almir Correia

Nem as pulgas mais gosta de mim
Foram todas embora
Na semana passada
E ontem fui quase atropelada
Mais ainda estou aqui
Malmequer
Bem-te-vi
Talvez uma criança

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl_gSVn891Qs6wUvKQIdz5uyzrWMPsFNtYS6Jo4hLSBFfJxc3H3quqKy3IyTK-zkZ-VaxkUf4FScFRO5ZLZYbB35c1JMnM5YdLUGcDfmutrylFLs55fAGd8B2xUyDtdAgSDahf6aFLW0fE8hD7xNcwg9eNSqdvc70vSbW4fj4adyPXxpoyhycuLuIKrpo/s320/CAO.jpg


Ainda me veja
Me queira
Me pegue
Me leve
Me guarde
Me ilumine
Não peso quase nada
Como pouquinho
Mas não economizo

No carinho.

Almir Correia. Sem pulgas. In: Almir Correia. Anúncios carentes de bichos abandonados por gente. São Paulo: Biruta, 2013. p. 30.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 181.

Entendendo o poema:

01 – O que aconteceu com as pulgas no poema?

      As pulgas foram embora na semana passada.

02 – Qual foi o incidente quase trágico que a narradora menciona?

      A narradora menciona que quase foi atropelada ontem.

03 – Como a narradora do poema se sente em relação a si mesma?

      A narradora parece se sentir desprezada e desejosa de ser notada, valorizada e cuidada, expressando esperança de que uma criança a veja, queira, pegue, leve, guarde e ilumine.

04 – Qual é a visão da narradora sobre seu próprio peso e necessidades alimentares?

      A narradora diz que não pesa quase nada e come pouquinho.

05 – Como a narradora compensa suas necessidades econômicas?

      Apesar de comer pouco, a narradora não economiza no carinho.

 

sábado, 3 de agosto de 2024

CONTO: A ARANHA ASSUSTADORA - FRAGMENTO - DON ROFF - COM GABARITO

 Conto: A aranha assustadora – Fragmento

        Era a maior que ela já tinha visto...

        Enorme.

        Gigantesca.

        E estava bem na sua frente, olhando para ela com seus oito olhos pretos que pareciam de vidro.

        Debbie McClintock não se lembrava de algum dia ter visto uma aranha maior do que aquela que estava sobre o assoalho do seu quarto. [...]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZKf_tOmn_K-DNoV9X3ONRFYkTdIaVBSUnkiLO9eZ_uoGM5YgEeAT9EihcxFtsSRsYyYcju2O2_BLe4BUURDBV0d9o86PzjcaOhYdFqbbjgQhqjBHrKvnV3K51chOyciZ15f_cPRsHQR2YRuUyqeex0EJK389TUQ4qJMLu5uSiMd6XF4UltmAJRjr1YZw/s320/ARANHA.jpg


        [...] As pessoas riam de Debbie, que tinha o que um médico havia chamado de aracnofobia. Ou medo de aranhas, simplesmente. Aranhas grandes, aranhas pequenas e até fotos de aranhas em livros ou na televisão. Não importava.

        As aranhas a apavoravam. Faziam Debbie suar. Deixavam-na paralisada. Desde quando podia se lembrar, sentia medo de aranhas e de nada mais.

        Cobras? Sem problemas.

        Ratos? Tudo bem.

        Baratas? Que nada! 

        Mas aranhas... ugh!

        Talvez porque seus corpos roliços lembravam frutas peludas. Talvez porque suas pernas longas e finas pareciam espetos mortalmente fincados no corpo. Ou talvez fosse a cor delas que a impressionasse — o preto brilhante da viúva-negra, ou o marrom encardido da caranguejeira. A soma de todas as partes medonhas de uma aranha era um pesadelo para Debbie.

        Ela tentou chamar o pai no quarto ao lado, para que viesse matar a gigantesca aranha, mas sua voz ficou presa na garganta.

        — Ora, Debbie — ele sempre dizia. — É só uma aranhazinha à toa, não precisa ter medo. — Depois pegava a aranha com um pedaço de papel e levava para fora. Nunca a matava. — As aranhas trazem sorte — ele dizia. — Elas matam insetos como moscas e pernilongos, é bom tê-las por perto.

        Será que seu pai — isso é, se ela conseguisse soltar a voz para chamá-lo — entraria em seu quarto, pegaria a aranha e levaria para fora, soltando-a no quintal? Provavelmente.

        Mas este monstro não pode viver, pensou ela. Não pode.

        Ela não queria encontrar a aranha de novo se ela decidisse fazer mais uma visita. E se a aranha entrasse discretamente na cozinha enquanto Debbie estivesse tomando café? E se entrasse no banheiro enquanto ela estivesse tomando banho? E se andasse pela sua cama enquanto ela estivesse dormindo?

        Não, pensou Debbie. Ela não pode continuar viva.

        De algum modo, embora estivesse paralisada de medo, ela alcançou a ponta do pesado livro de ciências que estava em cima de sua cama. Tocar aquela superfície lisa e dura ajudou a trazê-la de volta à realidade. Se conseguisse pegar o livro e jogar em cima da aranha, ela morreria.

        Se...

        Ela tinha que tentar. Mexendo a mão bem devagar, segurou com firmeza a ponta do livro com a mão suada. E agora, com um rápido movimento do pulso... 

        Blam!

        Rapidamente, estava tudo acabado. O monstruoso aracnídeo desapareceu sob o enorme livro de capa dura. Uma sensação de alívio percorreu o corpo de Debbie. Conseguia respirar de novo. De manhã, pediria aos pais que se livrassem dos restos mortais da aranha. Ela, provavelmente, estava reduzida a um emaranhado de pernas pretas e peludas debaixo do livro.

        Debbie ficou satisfeita por ela estar morta.

        No entanto, Debbie teve dificuldade para dormir naquela noite. Um ruído interrompia seu sono. Era um barulho esquisito, como se uma pequenina escova de dentes esfregasse delicadamente o assoalho...

        Ou como se uma aranha estivesse andando pelo chão.

        Chic-chic-chic. Chic-chic-chic. Chic-chic-chic.

        Não era o som de apenas uma aranha rastejando pelo chão, mas de milhares de aranhas!

        Movendo-se como um tapete marrom e preto, as aranhas pulavam, rastejando e subindo umas nas outras, em uma corrida para chegar à cama de Debbie.

        Ela estava cercada.

        A porta do quarto estava tão distante que ela precisaria caminhar sobre aquele tapete com milhões de pernas. As aranhas começaram a escalar suas cobertas como se fossem dez mil alpinistas em miniatura ansiosos para chegar ao destino. Debbie encostou na parede, sem conseguir se afastar do exército de aracnídeos. E imaginou o reflexo de seu rosto aterrorizado nos milhares de olhos pretos e sem vida. 

        Ela puxou as cobertas e se cobriu, mas isso só facilitou o ataque das aranhas. As cobertas esticadas se transformaram numa ponte sobre a qual os implacáveis soldados podiam marchar.

        E então ela sentir algo tocando de leve seu dedão do pé, como se fosse uma pena.

        Não! Não podia ser!

        Debbie olhou debaixo das cobertas. Sua cama estava preta, repleta de aranhas e elas começavam a subir no seu pé, cobrindo-o de pelos escuros e espetados.

        Ela tentou gritar. Seus pais — eles tinham que ajudá-la. Mas quando ela abriu a boca, só conseguiu soltar um gemido de medo.

        As aranhas estavam no seu rosto. Como milhares de pequenas exploradoras, elas percorriam sua face, saltavam sobre seus olhos e exploravam as cavernas de seus ouvidos. Depois rastejaram entre seus dentes e entraram em sua boca aberta como se fossem escovas de dentes vivas.

        — AAAAHHHHHHHHHHHHH! — o grito de Debbie a despertou do sonho. Seus lençóis estavam úmidos de suor. Ela se sentou na cama.

        Tudo bem aí? — sua mãe perguntou do outro quarto.

        — Sim — respondeu ela, olhando para o assoalho, que não estava tomado por milhões de aranhas. — Foi só um pesadelo.

        O livro de ciências ainda estava no chão, onde ela o havia jogado horas antes. E a coisa embaixo dele... estava morta. Sim, estava morta, e suas amigas não estavam indo atrás dela para se vingar.

        Debbie soltou um suspiro de alívio e se acomodou novamente em seus lençóis úmidos. Desejou que amanhecesse logo e que aquela noite terrível terminasse. Precisava dormir.

        Ela fechou os olhos, mas um barulhinho a assustou quando ela estava quase adormecendo. Era um barulho esquisito, como se uma pequenina escova de dentes esfregasse delicadamente o assoalho...

        Ou como se uma aranha estivesse andando pelo chão.

        Chic-chic-chic!

        Debbie olhou para o piso de madeira. Estava repleto de aranhas rastejantes. Mas desta vez não era sonho.  

        Chic-chic-chic. Chic-chic-chic. Chic-chic-chic.

Don Roff. A aranha assustadora. In: Don Roff. Histórias de terror. Tradução de Carolina Caires Coelho. Barueri: Girassol, 2010. p. 54-58. Copyright@2007 becker & mayer! LLC.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 64-67.

Entendendo o conto:

01 – Qual é a principal característica da aranha que Debbie enfrenta no conto?

      A aranha é descrita como enorme e gigantesca, com oito olhos pretos que parecem de vidro.

02 – Qual é o medo específico de Debbie em relação às aranhas?

      Debbie tem aracnofobia, ou seja, um medo intenso e irracional de aranhas, independentemente do tamanho ou da forma.

03 – Como Debbie tenta lidar com a presença da aranha no seu quarto?

      Debbie tenta chamar o pai para ajudar, mas sua voz fica presa na garganta. Então, ela decide usar um livro pesado para esmagar a aranha.

04 – Qual é a reação do pai de Debbie em relação às aranhas?

      O pai de Debbie não leva o medo dela a sério. Ele considera as aranhas como algo inofensivo e até benéfico, pois elas matam insetos como moscas e pernilongos.

05 – O que acontece após Debbie matar a aranha com o livro?

      Debbie sente alívio, mas tem dificuldade para dormir devido a um pesadelo em que está cercada por milhares de aranhas.

06 – Como o pesadelo de Debbie se desenrola?

      No pesadelo, Debbie está cercada por um "tapete" de aranhas que a atacam, rastejam pelo seu corpo e entram em sua boca e ouvidos.

07 – Qual é a reação de Debbie quando acorda do pesadelo?

      Ela acorda suada e assustada, percebe que a aranha está realmente morta sob o livro e que não há aranhas em seu quarto.

08 – O que Debbie faz após acordar do pesadelo?

      Ela solta um suspiro de alívio, tenta se acalmar e deseja que amanheça logo para terminar a noite terrível.

09 – Como termina o conto?

      O conto termina com Debbie ouvindo um barulho estranho, similar ao de uma aranha rastejando, e ao olhar para o piso, vê que está cheio de aranhas, indicando que o pesadelo pode estar se tornando realidade.

10 – Qual é o efeito final do pesadelo no estado mental de Debbie?

      O pesadelo e o barulho final deixam Debbie aterrorizada e indicam que o medo dela pode não ter acabado, mesmo depois de enfrentar a aranha.

 

 

 

RELATO: ESCOLA ANTIGA - RACHEL DE QUEIROZ - COM GABARITO

Relato: ESCOLA ANTIGA

             Rachel de Queiroz

        Isto se passava lá pela década de 1920. 

        Toda tarde, ao encerrar as aulas, naquela escola do Alagadiço, em Fortaleza, se dava a sabatina da tabuada. (Vocês sabem o que é? É a tabela das quatro operações, com números de um a dois algarismos). As crianças decoravam a tabuada em voz alta, cantando assim:

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoJ_ISPIK_sohLGsl9SW6jg8lCVth76jcw3iU3-VIUMzAK3F5MPjOgNJyYZLPSoKQ5RVXyw-hVIa_eUDjKUn205R38vwg5D56qlgwOllJfJeSlDnnO1b_dU4u5osriw6usYa9bN3zv14kgU5ZronOXyAlh80FPnPcE19te5kPyqwuACYll0rPf3v9o1Hc/s320/TABUADA.jpg


        “Duas vezes um, dois. Duas vezes dois, quatro. Duas vezes três, seis”, etc, etc. Na hora da sabatina, os alunos de toda a classe formavam, de pé, uma roda, com a palmatória à vista, na mão da professora. Somar e diminuir era fácil, mas, quando chegava a tabuada de multiplicar, era um perigo. A casa do sete, por exemplo, era a mais difícil: “Sete vezes seis, sete vezes oito” – já sabe, o coitado que errava, a professora mandava o seguinte corrigir e, se ele acertasse, tinha direito de dar um bolo de palmatória na mão do que errou. Doía como fogo.

        Sempre havia os sabidinhos que decoravam tudo e davam bolo nos outros. Mas recordo um grandalhão chamado Alcides que não acertava jamais. Mas não chorava nunca, podia levar vinte bolos, mordia os beiços e aguentava firme. Quando chegava em casa, estava com as palmas inchadas e tinha que botar as mãos de molho na água de sal.

        Algum tempo depois, inaugurou-se a chamada “ESCOLA NOVA”. Acabaram com a tabuada, com a sabatina e com a palmatória.

        Acho que foi boa ideia.

                Escola Antiga. Rachel de Queiroz. In: Memórias de menina. Rio de Janeiro, Editora José Olympio, 2003, @ by herdeiros de Rachel de Queiroz. p. 7-8.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 80-81.

Entendendo o relato:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Bolo: no texto, quer dizer pancada dada na mão aberta.

·        Escola nova: movimento do início do século passado que defendia uma escola pública e gratuita para todos.

·        Palmatória: pequena peça circular de madeira com cinco orifícios dispostos em cruz e com um cabo, com a qual se castigavam pessoas, de escravos a escolares, batendo-lhes com ela na palma da mão.

·        Sabatina: prova para medir o conhecimento sobre alguma coisa.

02 – Em que década se passa o relato "Escola Antiga" de Rachel de Queiroz?

      O relato se passa na década de 1920.

03 – O que é a sabatina da tabuada mencionada no texto?

      A sabatina da tabuada era uma atividade diária em que as crianças decoravam e recitavam em voz alta a tabela das quatro operações matemáticas, especialmente a tabuada de multiplicação.

04 – Como as crianças decoravam a tabuada?

      As crianças decoravam a tabuada cantando em voz alta, por exemplo: “Duas vezes um, dois. Duas vezes dois, quatro. Duas vezes três, seis”, etc.

05 – O que acontecia durante a sabatina quando um aluno errava uma resposta?

      Quando um aluno errava uma resposta, a professora mandava o aluno seguinte corrigir. Se ele acertasse, tinha o direito de dar um golpe com a palmatória na mão do aluno que errou.

06 – Qual era a parte mais difícil da tabuada para os alunos, segundo o texto?

      A parte mais difícil da tabuada para os alunos era a casa do sete, por exemplo: “Sete vezes seis, sete vezes oito”.

07 – Quem era Alcides e qual era sua característica marcante durante as sabatinas?

      Alcides era um aluno grandalhão que nunca acertava a tabuada. Sua característica marcante era que, apesar de levar muitos golpes de palmatória, ele nunca chorava e suportava a dor com firmeza.

08 – O que mudou com a inauguração da "ESCOLA NOVA"?

      Com a inauguração da "ESCOLA NOVA", acabaram com a tabuada, a sabatina e à palmatória, trazendo um novo método de ensino que a autora considera uma boa ideia.

 

 

 

E-MAILS: BABÁ DE DRAGÃO - FRAGMENTO - COM GABARITO

 E-mails: Babá de dragão – Fragmento

               De: Eduardo Smith-Pickle

               Para: Morton Pickle

               Data: Domingo, 31 de julho

               Assunto: Seu dragão

                Anexo: Cocô nos sapatos

      

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi36Bry9sxOQ77lh8GsD4a8aECiwu3XwZ82Y7bgIOzQ-A8qrdB33OXUz5KENzZP8izUc3oTfArphC-UUJioAKoA0GyHX3NNJ35uGpJTldMkct-xKYRpbmz2-gNZ2Z9wJVc-9fIQOlAtzejZx4oDYLieNfBoLK612Z0-D6X4Rh6rwBPkE8tgcWf3yqVp6Xc/s320/DRAGAO.png 

 

        Querido tio Morton,

        É melhor você pegar um avião agora e voltar pra cá. Seu dragão comeu Jemima.

        Emily adorava aquele coelho!

        Eu sei o que você está pensando, tio Morton. Nós prometemos cuidar do seu dragão por uma semana. Eu sei que prometemos. Mas você não disse que seria assim.

        Emily está no quarto dela agora, chorando tão alto que a rua inteira está ouvindo.

        Seu dragão está sentado no sofá, lambendo as garras, todo cheio de si.

        Se não vier busca-lo, a mamãe vai ligar para o zoológico. Ela disse que não sabe mais o que fazer.

        Eu não quero que o dragão fique atrás das grades. E aposto que você também não. Mas não tenho como impedir minha mãe de fazer isso. Então, por favor, venha busca-lo.

        [...]

        Edu.

Josh Lacey. Babá de dragão. Ilustrações de Garry Parsons. Tradução de Alexandre Boide e Claudia Affonso. São Paulo: Escarlate, 2015. p. 7 e 9.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 37.

Entendendo o e-mails:

01 – Quem escreveu o e-mail e para quem foi enviado?

      O e-mail foi escrito por Eduardo Smith-Pickle e enviado para seu tio, Morton Pickle.

02 – Qual é o principal motivo pelo qual Eduardo pede que seu tio volte para casa?

      Eduardo pede que seu tio volte para casa porque o dragão dele comeu o coelho de Emily, deixando-a muito triste e chorando.

03 – Como Eduardo descreve a reação do dragão após comer o coelho de Emily?

      Eduardo descreve o dragão sentado no sofá, lambendo as garras e todo cheio de si, demonstrando que o dragão está satisfeito e sem remorso pelo que fez.

04 – O que a mãe de Eduardo ameaçou fazer se Morton não vier buscar o dragão?

      A mãe de Eduardo ameaçou ligar para o zoológico para que eles venham buscar o dragão, pois ela não sabe mais o que fazer com ele.

05 – Como Eduardo expressa seus sentimentos em relação ao dragão ser levado para o zoológico?

      Eduardo expressa que não quer que o dragão fique atrás das grades e acredita que seu tio também não quer isso, mostrando preocupação com o bem-estar do dragão.

 

 

  

POEMA: O PASSARINHO E O ESPANTALHO - MARCIANO VASQUES - COM GABARITO

 Poema: O passarinho e o espantalho

             Marciano Vasques

Quando se aninha
num coração de palha
um passarinho,
o seu canto se espalha aquecido,
e o espantalho,
com a alma repleta de voos,
desperta querendo gorjear.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH9EpQOM5OEZmyLWJeglRj6_d7f0INFSNY3bTJYWqODnu9ukRIFIlBLCg3RTEDFdZ9dwFb8qHH82yAnYZbW30Z_fB6Bf7sqZ16ovpuq8xPOreFzJGSvUh8yUJ4ehVF5SJIceBIS22KOanQxAnWP31XLM_rcHDXIyi0I2ynTw4E940DyyjMDDuRjMJH6dk/s320/PASSARINHO.jpg



Espigas o saúdam.
Amarelos brincam ao redor
do seu vulto esfarrapado.

Campos acordam em festa
com o orvalho anunciando
que o dia está sorrindo.

Quando o Sol se espreguiça
e o passarinho vai embora,
o espantalho se entristece com o ninho vazio
no peito, mas o dia gorjeia em seu lugar.

Marciano Vasques. O passarinho e o espantalho. Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro: ICH, ano 29, nº 285, dez. 2016. Quarta capa.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 110.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o efeito do canto do passarinho no espantalho?

      O canto do passarinho aquece o coração do espantalho, fazendo com que ele se sinta com a alma repleta de voos e desperte querendo gorjear.

02 – Como os elementos da natureza reagem à presença do espantalho?

      As espigas saúdam o espantalho, e os amarelos brincam ao redor do seu vulto esfarrapado.

03 – O que simboliza o despertar dos campos em festa?

      O despertar dos campos em festa simboliza a alegria e a renovação que o orvalho da manhã traz, anunciando que o dia está sorrindo.

04 – Como o poema descreve a transição do amanhecer para o dia?

      O poema descreve o Sol se espreguiçando, e o passarinho partindo, deixando o espantalho triste com o ninho vazio no peito, mas o dia gorjeando em seu lugar.

05 – Qual é a reação do espantalho quando o passarinho vai embora?

      O espantalho se entristece com o ninho vazio no peito quando o passarinho vai embora.

06 – O que substitui o canto do passarinho quando ele se vai?

      Quando o passarinho vai embora, o dia gorjeia no lugar do canto do passarinho.

07 – Qual é a mensagem central do poema?

      A mensagem central do poema é a transformação e o impacto positivo que a presença de algo ou alguém especial pode trazer, mesmo que temporariamente, aquecendo e despertando uma nova vida e alegria.

 

 

POST: UMA CASA, MIL OLHARES - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Post: Uma casa, mil olhares – Fragmento

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI29mOlMbC0Jggg_zZDeqDVETNJ6YcsKmTUsd4aZrOV0-E9NjpjFO875iDnccROeGn4fEtuhbSJ-cKgr8_HA1C8cdj1AWx_P74aMIOA4jjTLwx7Wmbfh8waiA4PUfp3fjjgCqtbDTzWiA9ou0Ob9auOL5TDoB8ThudoHY_45GHLpV09rLwggxjIJTCctQ/s320/casa.jpg


        Hoje fui numa exposição muito legal chamada Uma Casa, Mil Olhares, no Shopping Eldorado.

        A exposição é uma casa sustentável, aonde cada ambiente representa uma década e explica um problema ambiental.

        [...]

        No fim, a gente se senta e fala sobre coisas como o que é sustentabilidade, como ser mais sustentáveis no dia-a-dia e coisas do tipo. Depois da conversa, as crianças tem uma oficina para fazer brinquedos reciclando.

 
Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRcyBX-knby2TNPKXu9h5TzV4pvS5uFESle5ZOKLxiVuaEDGywKr_5eXx1q4oPbKPg2vavS8i8YMGdw8LaRyosTiVlkZqrrmzBJuYlo2zb7f18wJsIg5ZmVy3tWogNc6oA3CC6FuvtwnHGO5fjVc_N8ghv0v4DraCv2nbjUrOK8DNgtVXrSQvDw7Z9fBE/s320/crian%C3%A7as.jpg

        Como era sobre sustentabilidade e reciclagem a oficina, e isso é exatamente o que eu estou estudando na escola, eu acabei usando muita coisa que aprendi na escola (uma das instrutoras disse que eu sabia de tanta coisa que queria que eu fosse funcionário dela! Já pensou?)

        Tinham outras crianças na exposição, (do jeito que estou falando parece que só tinha eu e meu irmão!) mas eram pequenas e o assunto era mais novo para elas do que para mim e para o @giorgiosns.

        Mas você sabe o que é ser sustentável? Vamos ver:

        Sustentabilidade é existir no mundo de forma harmônica, sem destruir tudo que existe. (profundo esse pensamento, né? ;-))

        P.S. essas fotos são da oficina com reciclagem!

UMA CASA, mil olhares. Ver para crescer, 20 jul. 2011. Blog. Disponível em: http://verparacrescer.blogspot.com.br/2011/07/uma-casa-mil-olhares_20.html. Acesso em: 20 out. 2017.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 15.

Entendendo a post:

01 – Qual era o tema da exposição "Uma Casa, Mil Olhares"?

      O tema da exposição "Uma Casa, Mil Olhares" era a sustentabilidade, abordando diferentes problemas ambientais através de uma casa sustentável, onde cada ambiente representava uma década e explicava um problema ambiental.

02 – O que acontecia no final da exposição?

      No final da exposição, os visitantes sentavam-se para conversar sobre sustentabilidade e formas de ser mais sustentável no dia a dia. Após a conversa, havia uma oficina para as crianças, onde elas podiam fazer brinquedos reciclando materiais.

03 – Como o autor do post se sentiu em relação ao que estava estudando na escola em comparação com a oficina?

      O autor do post sentiu que o que estava estudando na escola era diretamente relevante para a oficina sobre sustentabilidade e reciclagem. Ele mencionou que conseguiu usar muito do que aprendeu na escola e uma das instrutoras até disse que ele sabia tanto que ela gostaria que ele fosse funcionário dela.

04 – Quem mais estava na exposição com o autor e como ele descreveu a participação deles?

      Além do autor e de seu irmão, havia outras crianças na exposição. O autor observou que, embora houvesse outras crianças, elas eram menores e o assunto era mais novo para elas do que para ele e seu irmão.

05 – Como o autor define sustentabilidade?

      O autor define sustentabilidade como "existir no mundo de forma harmônica, sem destruir tudo que existe," refletindo um pensamento profundo sobre a importância de viver de maneira que não prejudique o meio ambiente.

 

 

 

 

CONTO: NOITE DE TERROR - (FRAGMENTO) - TATIANA BELINKY - COM GABARITO

 Conto: Noite de terror – Fragmento

           Tatiana Belinky

        [...]

        Papai e mamãe tiveram de sair por algumas horas, à noite, e nos deixaram sozinhos no quarto, eu, como de costume, tomando conta dos meus irmãos. O que parecia fácil, especialmente porque, quando eles saíram, os dois meninos já estavam dormindo, o maior numa das camas junto comigo, e o menor no berço, tudo na santa paz. Só que, uma hora depois que eles saíram, o caçulinha acordou chorando. Fui ver o que havia – e era que o pequerrucho, decerto por causa da excitação daquele dia movimentado, fez xixi no berço, e não fez pouco: o berço ficou encharcado e eu tive que tirá-lo de lá. Troquei-lhe a fralda e coloquei-o junto conosco, na nossa cama. Ficou meio apertado, mas enfim, tudo bem, ele adormeceu logo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnwdaeY9QkgKhqlCqNnHpW6PPC2XBiWyhjbq-dXwEyBaSdAp_3AsKH2tgpR0pW0HdY3ZjYtfQMNX5NVscJtsbHreH_URAHaPQBGVWlNKDDlnnhdVOeA2ol9iQXdQ-8evVDLAtOZIaX7Q_jLnl6iAL38-Tp3fBEKTSn2ec6gJh2-EqBuXpJ8brjERnUf-0/s1600/IRMAOS.jpg


        Mas a paz não durou muito, e logo logo ele fez xixi de novo, molhando o lençol debaixo de nós três. Que fazer? Peguei o maninho no colo, chamei o maior, e fomos os três para a cama grande, de papai e mamãe. "Quando eles chegarem, vão dar um jeito em tudo", pensei. E cansada, adormeci também, junto com os dois – só para ser novamente acordada, “nadando" no lençol novamente encharcado pelo inesgotável caçulinha...

        Não havia outra cama para a gente ir, mas também não dava pra ficar naquela molhadeira, e tivemos de descer, ficar no chão mesmo. Mas aí aconteceu mais um terrível imprevisto: nem bem pisamos no assoalho. Era uma barata, mas uma barata "tropical", enorme, de um tamanho nunca visto! As baratinhas europeias que eu conhecia eram pigmeus perto daquela, insetos meio nojentinhos, porém miúdos, pouco maiores que as unhas das minhas mãos. Mas aquela ali era do tamanho de uma ratazana, ou assim me pareceu, e acho que não ficaria mais apavorada se visse uma tarântula ou uma cobra na minha frente.

        De um pulo, com o pequeno no colo e o maior atrás, voltei para a cama encharcada... Era muita desgraça junta! E sentada sobre o lençol "xixizado", com os meus irmãozinhos dos lados, entreguei os pontos e comecei a chorar, assustando os dois, que também abriram o bué.

        E foi assim que nossos pais nos encontraram um pouco depois: os três sentados sobre o lençol empapado de xixi, chorando em desafinado uníssono. E o pior foi que papai e mamãe, em vez de ficarem horrorizados, penalizados e solidários, desataram a rir “às bandeiras despregadas", para a minha grande raiva e humilhação. “Os adultos às vezes não entendem nada", pensei comigo, magoada. Mas logo esqueci o "doloroso" episódio – ou não? Por que será que o contei agora?

Tatiana Belinky. Onde já se viu? São Paulo: Ática, 2005. p. 56-57.

Fonte: Encontros – Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 90-91.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Pigmeu: indivíduo de baixa estatura.

·        Tarântula: espécie de aranha.

·        Abrir o bué: abrir o berreiro, chorar bem alto.

·        Às bandeiras despregadas: sem parar.

·        Episódio: acontecimento.

02 – Por que os pais tiveram que sair e deixar os filhos sozinhos?

      Os pais tiveram que sair por algumas horas à noite e deixaram os filhos sozinhos no quarto.

03 – O que aconteceu quando o caçula acordou pela primeira vez?

      O caçula acordou chorando porque tinha feito xixi no berço, molhando tudo. A narradora trocou a fralda dele e o colocou na cama junto com ela e o irmão maior.

04 – Qual foi a solução encontrada pela narradora após o segundo incidente de xixi?

      Após o caçula fazer xixi de novo e molhar o lençol, a narradora pegou o caçula no colo, chamou o irmão maior e foram para a cama dos pais.

05 – O que aconteceu quando os irmãos desceram para o chão?

      Quando os irmãos desceram para o chão, encontraram uma barata enorme, o que os assustou muito e os fez voltar para a cama molhada.

06 – Como os pais encontraram as crianças ao retornarem para casa?

      Os pais encontraram as crianças sentadas sobre o lençol molhado de xixi, chorando.

07 – Qual foi a reação dos pais ao verem a situação das crianças?

      Em vez de ficarem horrorizados, penalizados ou solidários, os pais começaram a rir muito da situação, para grande raiva e humilhação da narradora.

08 – Como a narradora se sentiu após a reação dos pais e o que ela concluiu?

      A narradora ficou magoada e pensou que os adultos às vezes não entendem nada. Ela reflete sobre o episódio, questionando por que se lembrou de contar essa história.