quinta-feira, 17 de agosto de 2023

FILME(ATIVIDADES): MARCELINO PÃO E VINHO - DIRETOR: LADISLAO VAJDA - COM GABARITO

 FILME(ATIVIDADES): MARCELINO PÃO E VINHO.

SINOPSE

Em uma vila espanhola, o padre franciscano Luís conta a uma menina doente a lenda de Marcelino: um bebê deixado na porta do mosteiro e que, após várias tentativas frustradas de entregá-lo para adoção, acaba sendo cuidado e criado por doze frades da irmandade.

Data de lançamento: 24 de fevereiro de 1955 (Espanha)

Diretor: Ladislao Vajda

Autor: José María Sánchez Silva

Roteiro: Ladislao VajdaJosé María Sánchez Silva 

Entendendo o Filme

01. Qual é o enredo principal de "Marcelino pão e vinho"?

          O filme conta a história de Marcelino, um menino abandonado em um mosteiro, e sua relação especial com uma imagem de Jesus Cristo.

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmzCCZXpEVSBAaTb03jXI1bK1XI7ss6ebbT2pKhh0lKeZbrUdtRz99vDfXZc4Kcv_V_m8IIC1jaeeel_sR-qLDG74eH1UE_5Wv8Nm6OKQnHEKY3cGT09CGTp7ohf52aMmO8ne5aPsjaC36dvMaM1PabO9Y38TF7GlQZvkypg0brRZL1Q-UWq33gCD2Y0c/s320/Marcelino.jpg


       02.Onde se passa a maior parte da história do filme?

A maior parte da história se passa em um mosteiro isolado.

     03.Como Marcelino encontra a imagem de Jesus Cristo?

        Marcelino encontra a imagem de Jesus Cristo em uma capela esperançosa, onde começa a desenvolver um relacionamento afetuoso com ela.

     04.Qual é a importância do pão e do vinho na trama?

O pão e o vinho têm um papel central no filme, representando a ligação espiritual entre Marcelino e Jesus. Marcelino compartilha seu alimento com a imagem do Cristo e acredita que Jesus o alimenta em troca.

05. Como os outros monges reagem à relação de Marcelino com a imagem de Jesus?

Inicialmente, os outros monges estão preocupados com o carinho peculiar de Marcelino à imagem de Jesus, mas acabam percebendo a profundidade de sua fé.

06. O que acontece quando Marcelino cresce e a imagem é removida da capela?

Quando Marcelino cresce e a imagem é removida da capela para ser levada à cidade, ele sente um vazio emocional e espiritual.

07. Quem é o "Irmão João" na história?

       Irmão João é um monge que cuida de Marcelino e desempenha um papel de mentor na vida do menino.

08. Como o filme aborda temas de fé e ansiedade?

O filme aborda temas de fé, ansiedade e amor ao próximo através da jornada espiritual e emocional de Marcelino, bem como das ações e reações dos personagens ao seu redor.

09. "Marcelino pão e vinho" é baseado em alguma obra literária? Sim, o filme é baseado em um romance homônimo escrito por José María Sánchez Silva.

 10. Marcelino fez um novo amigo que estava no sótão. Só Marcelino conversava com ele, podia levar comida e até vinho. Por que só Marcelino conseguiu vê-lo? O que ele tinha de especial?

         Marcelino conseguiu ver e interagir com o amigo no sótão porque esse amigo era uma representação sobrenatural de Jesus Cristo. A relação entre Marcelino e a imagem de Jesus era especial devido à pureza e sinceridade da fé de Marcelino. Acreditava-se que Marcelino tinha um tão puro e uma fé tão forte que isso lhe permitia ter uma conexão única com a imagem de Jesus, permitindo-lhe ver, conversar, compartilhar comida e vinho do coração, como uma expressão da profundidade de sua devoção.

 

 

 

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

MÚSICA(ATIVIDADES): QUEM DE NÓS DOIS - ANA CAROLINA

 Música: Quem de nós dois

             Ana Carolina

 Eu e você

Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdn0GHOkkO_vMYGODthNHox32iHwKqai3EobWEzSUT-wGGMNDoOkFaVpSEJzvpC0k55gL7iTPX58sn7mOGsiQJcOfcgYZ_W691N-87Ia9WjpawnHWykVOm9ilf8FfYTV-d2xwbIxV0frnMfUkEjHiyPggbzh4-IqFOm9roAPSi5Thtd-Ovjhdc8sXIxe8/s320/ANA.jpg


Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer

Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei, você vai rir da minha cara

Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
E eu já nem preciso, é

Sinto dizer que amo mesmo
Tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos

No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso, meio na contramão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais, é
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro

Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar

Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades

Você conhece o meu sorriso
Lê o meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais, é
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro

Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída, yeah
Acabo entrando sem querer na tua vida.

Compositores: Gianluca Grignani / Massimo Luca

Entendendo a música:

01 – Qual é o tema principal compreendido pelo eu lírico na música?

      O tema principal se encaixava pelo eu lírico é a concentração e ambiguidade dos sentimentos em um relacionamento amoroso.

02 – Quais são os sentimentos expressos pelo eu lírico ao longo da música?

      O eu lírico expressa sentimentos de dúvidas, medo de se entregar completamente ao amor e recebimento de se machucar.

03 – Quais recursos literários são usados pelo eu lírico para descrever sua situação emocional?

      O eu lírico utiliza metáforas e analogias para descrever a intensidade e a confusão dos sentimentos, como na frase: “Dois amantes felizes, não fazem combinação”.

04 – Como o eu lírico se percebe em relação ao amado ou amada na música?

      O eu lírico se percebe dividido entre o desejo de se entregar ao amor e o recebimento de sofrer com essa entrega, demonstrando uma ambiguidade em relação ao amado ou amada.

05 – Qual é o ponto de vista do eu lírico em relação ao futuro do relacionamento?

      O eu lírico mostra-se inseguro quanto ao futuro do relacionamento, questionando se ambos seguirão juntos ou se vão se separar, o que evidencia a intermitente sobre os rumores da história de amor.

06 – Como a música reflete a vulnerabilidade emocional do eu lírico?

      A música reflete a vulnerabilidade emocional do eu lírico por meio de versos que mostram suas angústias e o dilema de entregar-se plenamente a uma relação amorosa, mostrando o lado frágil e humano dos sentimentos.

     

 

CONTO: A CHINELA TURCA - MACHADO DE ASSIS - COM GABARITO

 Conto: A Chinela Turca

             Machado de Assis

 

Vede o Bacharel Duarte. Acaba de compor o mais teso e correto laço de gravata que apareceu naquele ano de 1850, e anunciam-lhe a visita do Major Lopo Alves. Notai que é de noite, e passa de nove horas.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvr8upmbqxCKORLQ4ExlsGCwiOl1-EkK6Sxx8zuHw-IqFyVEe63EI1A4A065F6dsRbGTXFsj6nm-9_MwkWV23nLRY4hnlcDbvQd3uqyCoSC7vKT2LdA6tnSEtD3son0HL7u6YyAX5gQ4Z7y7qDmgmzfDTOIPD66KZ1FggYwFsdYcHyrFYIkQ4Hlao13cA/s320/sapato01.jpg


Duarte estremeceu, e tinha duas razões para isso. A primeira era ser o major, em qualquer ocasião, um dos mais enfadonhos sujeitos do tempo. A segunda é que ele preparava-se justamente para ir ver, em um baile, os mais finos cabelos loiros e os mais pensativos olhos azuis, que este nossa clima, tão avaro deles, produzira. Datava de uma semana aquele namoro. Seu coração deixando-se prender entre duas valsas, confiou aos olhos, que eram castanhos, uma declaração em regra, que eles pontualmente transmitiram à moça, dez minutos antes da ceia, recebendo favorável resposta logo depois do chocolate. Três dias depois, estava a caminho a primeira carta, e pelo jeito que levavam as cousas não era de admirar que, antes do fim do ano, estivessem ambos a caminho da igreja. Nestas circunstâncias, a chegada de Lopo Alves era uma verdadeira calamidade. Velho amigo da família, companheiro de seu finado pai no exército, tinha jus o major a todos os respeitos. Impossível despedi-lo ou tratá-lo com frieza. Havia felizmente uma circunstância atenuante; o major era aparentado com Cecília, a moça dos olhos azuis; em caso de necessidade, era um voto seguro. Duarte enfiou um chambre e dirigiu-se para a sala, onde Lopo Alves, com um rolo debaixo do braço e os olhos fitos no ar, parecia totalmente alheio à chegada do bacharel.

— Que bom vento o trouxe a Catumbi a semelhante hora? Perguntou Duarte, dando à voz uma expressão de prazer, aconselhada não menos pelo interesse que pelo bom-tom.

 — Não sei se o vento que me trouxe é bom ou mau, respondeu o major sorrindo por baixo do espesso bigode grisalho; sei que foi um vento rijo. Vai sair?

— Vou ao Rio Comprido.

— Já sei; vai à casa da viúva Meneses. Minha mulher e as pequenas já lá devem estar: eu irei mais tarde, se puder. Creio que é cedo, não? Lopo Alves tirou o relógio e viu que eram nove horas e meia. Passou a mão pelo bigode, levantou-se, deu alguns passos na sala, tornou a sentar-se e disse:

— Dou-lhe uma notícia, que certamente não espera. Saiba que fiz... Fiz um drama. — Um drama! Exclamou o bacharel.

— Que quer? Desde criança padeci destes achaques literários. O serviço militar não foi remédio que me curasse, foi um paliativo. A doença regressou com a força dos primeiros tempos. Já agora não há mais remédio senão deixá-la, e ir simplesmente ajudando a natureza.

Duarte recordou-se de que efetivamente o major falava noutro tempo de alguns discursos inaugurais, duas ou três nênias e boa soma de artigos que escrevera acerca das campanhas do Rio da Prata. Havia porém muitos anos que Lopo Alves deixara em paz os generais platinos e os defuntos; nada fazia supor que a moléstia volvesse, sobretudo caracterizada por um drama. Esta circunstância explicá-la-ia o bacharel, se soubesse que Lopo Alves algumas semanas antes, assistira à representação de uma peça do gênero ultrarromântico, obra que lhe agradou muito e lhe sugeriu a ideia de afrontar as luzes do tablado. Não entrou o major nestas minusciosidades necessárias, e o bacharel ficou sem conhecer o motivo da explosão dramática do militar. Nem o soube, nem curou disso. Encareceu muito as faculdades mentais do major, manifestou calorosamente a ambição que nutria de o ver sair triunfante naquela estreia, prometeu que o recomendaria a alguns amigos que tinha no Correio Mercantil, e só estacou e empalideceu quando viu o major, trêmulo de bem-aventurança, abrir o rolo que trazia consigo.

— Agradeço-lhe as suas boas intenções, disse Lopo Alves, e aceito o obséquio que me promete; antes dele, porém, desejo outro. Sei que é inteligente e lido; há de me dizer francamente o que pensa deste trabalho. Não lhe peço elogios, exijo franqueza e franqueza rude. Se achar que não é bom, diga-o sem rebuço.

Duarte procurou desviar aquele cálix de amargura; mas era difícil pedi-lo, e impossível alcançá-lo. Consultou melancolicamente o relógio, que marcava nove horas e cinquenta e cinco minutos, enquanto o major folheava paternalmente as cento e oitenta folhas do manuscrito.

— Isto vai depressa, disse Lopo Alves; eu sei o que são rapazes e o que são bailes. Descanse que ainda hoje dançará duas ou três valsas com ela, se a tem, ou com elas. Não acha melhor irmos para o seu gabinete?

Era indiferente, para o bacharel, o lugar do suplício; acedeu ao desejo do hóspede. Este, com a liberdade que lhe davam as relações, disse ao moleque que não deixasse entrar ninguém. O algoz não queria testemunhas. A porta do gabinete fechou-se; Lopo Alves tomou lugar ao pé da mesa, tendo em frente o bacharel, que mergulhou o corpo e o desespero numa vasta poltrona de marroquim, resoluto a não dizer palavra para ir mais depressa ao termo.

O drama dividia-se em sete quadros. Esta indicação produziu um calafrio no ouvinte. Nada havia de novo naquelas cento e oitenta páginas, senão a letra do autor. O mais eram os lances, os caracteres, as ficelles, e até o estilo dos mais acabados tipos do romantismo desgrenhado. Lopo Alves cuidava pôr por obra uma invenção, quando não fazia mais do que alinhavar as suas reminiscências. Noutra ocasião, a obra seria um bom passatempo. Havia logo no primeiro quadro, espécie de prólogo, uma criança roubada à família, um envenenamento, dous embuçados, a ponta de um punhal e quantidade de adjetivos não menos afiados que o punhal. No segundo quadro dava-se conta da morte de um dos embuçados, que devia ressuscitar no terceiro, para ser preso no quinto, e matar o tirano do sétimo. Além da morte aparente do embuçado, havia no segundo quadro o rapto da menina, já então moça de dezessete anos, um monólogo que parecia durar igual prazo, e o roubo de um testamento.

Eram quase onze horas quando acabou a leitura deste segundo quadro. Duarte mal podia conter a cólera; era já impossível ir ao Rio Comprido. Não é fora de propósito conjeturar que, se o major expirasse naquele momento, Duarte agradecia a morte como um benefício da Providência. Os sentimentos do bacharel não faziam crer tamanha ferocidade; mas a leitura de um mau livro é capaz de produzir fenômenos ainda mais espantosos. Acresce que, enquanto aos olhos carnais do bacharel aparecia em toda a sua espessura a grenha de Lopo Alves, fugiam-lhe ao espírito os fios de ouro que ornavam a formosa cabeça de Cecília; via com os olhos azuis, a tez branca e rosada, o gesto delicado e gracioso, dominando todas as demais damas que deviam estar no salão da viúva Meneses. Via aquilo, e ouvia mentalmente a música, a palestra, o soar dos passos, e o rugeruge das sedas; enquanto a voz rouquenha e sensaborona de Lopo Alves ia desfiando os quadros e os diálogos, com a impassibilidade de uma grande convicção.

Voava o tempo, e o ouvinte já não sabia a conta dos quadros. Meia-noite soara desde muito; o baile estava perdido. De repente, viu Duarte que o major enrolava outra vez o manuscrito, erguia-se, empertigava-se, cravava nele uns olhos odientos e maus, e saía arrebatadamente do gabinete. Duarte quis chamá-lo, mas o pasmo tolhera-lhe a voz e os movimentos. Quando pôde dominar-se, ouviu o bater do tacão rijo e colérico do dramaturgo na pedra da calçada.

Foi à janela; nada viu nem ouviu; autor e drama tinham desaparecido.

— Por que não fez ele isso a mais tempo? Disse o rapaz suspirando.

O suspiro mal teve tempo de abrir as asas e sair pela janela fora, em demanda do Rio Comprido, quando o moleque do bacharel veio anunciar-lhe a visita de um homem baixo e gordo.

— A esta hora? Exclamou Duarte.

— A esta hora, repetiu o homem baixo e gordo, entrando na sala. A esta ou a qualquer hora, pode a polícia entrar na casa do cidadão, uma vez que se trata de um delito grave.

— Um delito!

— Creio que me conhece...

— Não tenho essa honra.

— Sou empregado na polícia.

— Mas que tenho eu com o senhor? De que delito se trata?

— Pouca cousa: um furto. O senhor é acusado de ter subtraído uma chinela turca. Aparentemente não vale nada ou vale pouco a tal chinela. Mas há chinela e chinela. Tudo depende das circunstâncias.

O homem disse isto com um riso sarcástico, e cravando no bacharel uns olhos de inquisidor. Duarte não sabia sequer da existência do objeto roubado. Concluiu que havia equívoco de nome, e não se zangou com a injúria irrogada à sua pessoa, e de algum modo à sua classe, atribuindo-se-lhe a ratonice. Isto mesmo disse ao empregado da polícia, acrescentando que não era motivo, em todo caso, para incomodá-lo a semelhante hora.

— Há de perdoar-me, disse o representante da autoridade. A chinela de que se trata vale algumas dezenas de contos de réis; é ornada de finíssimos diamantes, que a tornam singularmente preciosa. Não é turca só pela forma, mas também pela origem. A dona, que é uma de nossas patrícias mais viajeiras, esteve, há cerca de três anos no Egito, onde a comprou a um judeu. A história, que este aluno de Moisés referiu acerca daquele produto da indústria muçulmana, é verdadeiramente miraculosa, e, no meu sentir, perfeitamente mentirosa. Mas não vem ao caso dizê-la. O que importa saber é que ela foi roubada e que a polícia tem denúncia contra o senhor.

Neste ponto do discurso, chegara-se o homem à janela; Duarte suspeitou que fosse um doudo ou um ladrão. Não teve tempo de examinar a suspeita, porque dentro de alguns segundos, viu entrar cinco homens armados, que lhe lançaram as mãos e o levaram, escada abaixo, sem embargo dos gritos que soltava e dos movimentos desesperados que fazia. Na rua havia um carro, onde o meteram à força. Já lá estava o homem baixo e gordo, e mais um sujeito alto e magro, que o receberam e fizeram sentar no fundo do carro. Ouviu-se estalar o chicote do cocheiro e o carro partiu à desfilada.

— Ah! Ah! Disse o homem gordo. Com que então pensava que podia impunemente furtar chinelas turcas, namorar moças louras, casar talvez com elas... e rir ainda por cima do gênero humano.

Ouvindo aquela alusão à dama dos seus pensamentos, Duarte teve um calafrio. Tratava-se, ao que parecia, de algum desforço de rival suplantado. Ou a alusão seria casual e estranha à aventura? Duarte perdeu-se num cipoal de conjeturas, enquanto o carro ia sempre andando a todo galope. No fim de algum tempo, arriscou uma observação.

— Quaisquer que sejam os meus crimes, suponho que a polícia...

— Nós não somos da polícia, interrompeu friamente o homem magro.

— Ah!

— Este cavalheiro e eu fazemos um par. Ele, o senhor e eu fazemos um terno. Ora, terno não é melhor que par; não é, não pode ser. Um casal é o ideal. Provavelmente não me entendeu?

— Não, senhor.

— Há de entender logo mais.

Duarte resignou-se à espera, enfronhou-se no silêncio, derreou o corpo, e deixou correr o carro e a aventura. Obra de cinco minutos depois estacavam os cavalos.

— Chegamos, disse o homem gordo.

Dizendo isto, tirou um lenço da algibeira e ofereceu-o ao bacharel para que tapasse os olhos. Duarte recusou, mas o homem magro observou-lhe que era mais prudente obedecer que resistir. Não resistiu o bacharel; atou o lenço e apeou-se. Ouviu, daí a pouco, ranger uma porta; duas pessoas, — provavelmente as mesmas que o acompanharam no carro, — seguraram-lhe as mãos e o conduziram por uma infinidade de corredores e escadas. Andando, ouvia o bacharel algumas vozes desconhecidas, palavras soltas, frases truncadas. Afinal pararam; disseram-lhe que se sentasse e destapasse os olhos. Duarte obedeceu; mas ao desvendar-se, não viu ninguém mais. Era uma sala vasta, assaz iluminada, trastejada com elegância e opulência.

Era talvez sobreposse a variedade dos adornos; contudo, a pessoa que os escolhera devia ter gosto apurado.

Os bronzes, charões, tapetes, espelhos, — a cópia infinita de objetos que enchiam a sala, era tudo da melhor fábrica. A vista daquilo restituiu a serenidade de ânimo ao bacharel; não era provável que ali morassem ladrões.

Reclinou-se o moço indolentemente na otomana... Na otomana! Esta circunstância trouxe à memória do rapaz o princípio da aventura e o roubo da chinela. Alguns minutos de reflexão bastaram para ver que a tal chinela era já agora mas que problemática. Cavando mais fundo no terreno das conjeturas, pareceu-lhe achar uma explicação nova e definitiva. A chinela vinha a ser pura metáfora; tratava-se do coração de Cecília, que ele roubara, delito de que o queria punir o já imaginado rival. A isto deviam ligar-se naturalmente as palavras misteriosas do homem magro: o par é melhor que o terno; um casal é o ideal.

— Há de ser isto, concluiu Duarte; mas quem será esse pretendente derrotado?

Neste momento abriu-se uma porta do fundo da sala e negrejou a batina de um padre alvo e calvo. Duarte levantou-se, como por efeito de uma mola. O padre atravessou lentamente a sala, ao passar por ele deitou-lhe a bênção, e foi sair por outra porta rasgada na parede fronteira. O bacharel ficou sem movimento, a olhar para a porta, a olhar sem ver, estúpido de todos os sentidos. O inesperado daquela aparição baralhou totalmente as ideias anteriores a respeito da aventura. Não teve tempo, entretanto, de cogitar alguma nova explicação, porque a primeira porta foi de novo aberta e entrou por ela outra figura, desta vez o homem magro, que foi direito a ele e o convidou a segui-lo. Duarte não opôs resistência. Saíram por uma terceira porta, e, atravessados alguns corredores mais ou menos alumiados, foram dar a outra sala, que só o era por duas velas postas em castiçais de prata. Os castiçais estavam sobre uma mesa larga. Na cabeceira desta havia um homem velho que representava ter cinquenta e cinco anos; era uma figura atlética, farta de cabelos na cabeça e na cara.

— Conhece-me? Perguntou o velho, logo que Duarte entrou na sala.

— Não, senhor.

— Nem é preciso. O que vamos fazer exclui absolutamente a necessidade de qualquer apresentação. Saberá em primeiro lugar que o roubo da chinela foi um simples pretexto...

— Oh! Decerto! Interrompeu Duarte.

— Um simples pretexto, continuou o velho, para trazê-lo a esta nossa casa. A chinela não foi roubada; nunca saiu das mãos da dona. João Rufino, vá buscar a chinela.

O homem magro saiu, e o velho declarou ao bacharel que a famosa chinela não tinha nenhum diamante, nem fora comprada a nenhum judeu do Egito; era, porém, turca, segundo se lhe disse, e um milagre de pequenez. Duarte ouviu as explicações, e, reunindo todas as forças, perguntou resolutamente:

— Mas, senhor, não me dirá de uma vez o que querem de mim e o que estou fazendo nesta casa?

— Vai sabê-lo, respondeu tranquilamente o velho.  

A porta abriu-se e apareceu o homem magro com a chinela na mão. Duarte, convidado a aproximar-se da luz, teve ocasião de verificar que a pequenez era realmente miraculosa. A chinela era de marroquim finíssimo; no assento do pé, estufado e forrado de seda cor azul, rutilavam duas letras bordadas a ouro.

— Chinela de criança, não lhe parece? Disse o velho.

— Suponho que sim.

— Pois supõe mal; é chinela de moça.

— Será; nada tenho com isso.

— Perdão! Tem muito, porque vai casar com a dona.

— Casar! Exclamou Duarte.

— Nada menos. João Rufino, vá buscar a dona da chinela.

Saiu o homem magro, e voltou logo depois. Assomando à porta, levantou o reposteiro e deu entrada a uma mulher, que caminhou para o centro da sala. Não era mulher, era uma sílfide, uma visão de poeta, uma criatura divina.

Era loura; tinha os olhos azuis, como os de Cecília, extáticos, uns olhos que buscavam o céu ou pareciam viver dele. Os cabelos, desleixadamente penteados, faziam-lhe em volta da cabeça um como resplendor de santa; santa somente, não mártir, porque o sorriso que lhe desabrochava os lábios, era um sorriso de bem aventurança, como raras vezes há de ter tido a terra.

Um vestido branco, de finíssima cambraia, envolvia-lhe castamente o corpo, cujas formas aliás desenhava, pouco para os olhos, mas muito para a imaginação.

Um rapaz, como o bacharel, não perde o sentimento da elegância, ainda em lances daqueles. Duarte, ao ver a moça, compôs o chambre, apalpou a gravata e fez uma cerimoniosa cortesia, a que ela correspondeu com tamanha gentileza e graça, que a aventura começou a parecer muito menos aterradora.

— Meu caro doutor, esta é a noiva. A moça abaixou os olhos; Duarte respondeu que não tinha vontade de casar.

— Três cousas vai o senhor fazer agora mesmo, continuou impassivelmente o velho: a primeira, é casar; a segunda, escrever o seu testamento; a terceira engolir droga do Levante...

— Veneno! Interrompeu Duarte.

— Vulgarmente é esse o nome; eu dou-lhe outro: passaporte do céu.

Duarte estava pálido e frio. Quis falar, não pôde; um gemido, sequer, não lhe saiu do peito. Rolaria ao chão, se não houvesse ali perto uma cadeira em que se deixou cair.

— O senhor, continuou o velho, tem uma fortunazinha de cento e cinquenta contos. Esta pérola será a sua herdeira universal. João Rufino, vá buscar o padre.

O padre entrou, o mesmo padre calvo que abençoara o bacharel pouco antes; entrou e foi direto ao moço, engrolando sonolentamente um trecho de Neemias ou qualquer outro profeta menos; travou-lhe da mão e disse:  

— Levante-se!

— Não! Não quero! Não me casarei!

— E isto? Disse da mesa o velho, apontando-lhe uma pistola.

— Mas então é um assassinato?

— É; a diferença está no gênero de morte: ou violenta com isto, ou suave com a droga. Escolha! Duarte suava e tremia. Quis levantar-se e não pôde. Os joelhos batiam um contra o outro. O padre chegou-se-lhe ao ouvido, e disse baixinho:

— Quer fugir?

— Oh! Sim! Exclamou, não com os lábios, que podia ser ouvido, mas com os olhos em que pôs toda a vida que lhe restava.

— Vê aquela janela? Está aberta; embaixo fica um jardim. Atire-se dali sem medo.

— Oh! Padre! Disse baixinho o bacharel.

— Não sou padre, sou tenente do exército. Não diga nada.

A janela estava apenas cerrada; via-se pela fresta uma nesga do céu, já meio claro. Duarte não hesitou, coligiu todas as forças, deu um pulo do lugar onde estava e atirou-se a Deus misericórdia por ali abaixo. Não era grande altura, a queda foi pequena; ergueu-se o moço rapidamente, mas o homem gordo, que estava no jardim, tomou-lhe o passo.

— Que é isso? Perguntou ele rindo.

Duarte não respondeu, fechou os punhos, bateu com eles violentamente nos peitos do homem e deitou a correr pelo jardim fora. O homem não caiu; sentiu apenas um grande abalo; e, uma vez passada a impressão, seguiu no encalço do fugitivo. Começou então uma carreira vertiginosa. Duarte ia saltando cercas e muros, calcando canteiros, esbarrando árvores, que uma ou outra vez se lhe erguiam na frente. Escorria-lhe o suor em bica, alteava-se-lhe o peito, as forças iam a perder-se pouco a pouco; tinha uma das mãos feridas, a camisa salpicada do orvalho das folhas, duas vezes esteve a ponto de ser apanhado, o chambre pegara-se-lhe em uma cerca de espinhos. Enfim, cansado, ferido, ofegante, caiu nos degraus de pedra de uma casa, que havia no meio do último jardim que atravessara.

Olhou para trás; não viu ninguém, o perseguidor não o acompanhara até ali. Podia vir, entretanto; Duarte ergueu-se a custo, subiu os quatro degraus que lhe faltavam, e entrou na casa, cuja porta, aberta, dava para uma sala pequena e baixa.

Um homem que ali estava, lendo um número do Jornal do Comércio, pareceu não o ter visto entrar. Duarte caiu numa cadeira. Fitou os olhos no homem. Era o Major Lopo Alves.

O major, empunhando a folha, cujas dimensões iam-se tornando extremamente exíguas, exclamou repentinamente:

— Anjo do céu, estás vingado! Fim do último quadro.

Duarte olhou para ele, para a mesa, para as paredes, esfregou os olhos, respirou à larga.

 — Então! Que tal lhe pareceu?

— Ah! Excelente! Respondeu o bacharel, levantando-se.

— Paixões fortes, não?

— Fortíssimas. Que horas são?

— Deram duas agora mesmo. Duarte acompanhou o major até à porta, respirou ainda uma vez, apalpouse, foi até à janela. Ignora-se o que pensou durante os primeiros minutos; mas, a cabo de um quarto de hora, eis o que ele dizia consigo: — Ninfa, doce amiga, fantasia inquieta e fértil, tu me salvaste de uma ruim peça com um sonho original, substituíste-me o tédio por um pesadelo: foi um bom negócio. Um bom negócio e uma grave lição: provaste-me ainda uma vez que o melhor drama está no espectador e não no palco.

 FIM

  Entendendo o texto

01. Quem é o protagonista do conto?

O protagonista do conto é o Bacharel Duarte.

02. Por que Duarte estava se arrumando no início do conto? Duarte estava se arrumando porque estava se preparando para ir a um baile onde encontraria uma moça com quem estava se relacionando.

03. Por que a visita do Major Lopo Alves incomoda Duarte?

A visita do Major Lopo Alves incomoda Duarte porque ele estava se preparando para encontrar uma moça de quem estava apaixonado, e a presença do Major atrapalharia seus planos.

04. Qual é o certo "crime" de Duarte no conto?

O certo "crime" de Duarte no conto é o roubo de uma chinela turca valiosa.

05. Quem é a verdadeira dona da chinela turca?

   A verdadeira dona da chinela turca é a noiva que foi apresentada a Duarte.

06. Qual é o verdadeiro propósito da visita do Major Lopo Alves?  O verdadeiro propósito da visita do Major Lopo Alves era distrair e pregar uma peça em Duarte, envolvendo-o em uma narrativa fantástica.

07. O que o Major Lopo Alves revela a Duarte no final do conto? No final do conto, o Major revela que toda a situação foi uma encenação eletrônica para entreter Duarte e fazer com que ele vivesse uma experiência emocional intensa.

08. O que o Major Lopo Alves afirma ser o "melhor drama"?

O Major Lopo Alves afirma que o "melhor drama" está no espectador, ou seja, nas emoções e reações do público diante de uma história.

09. Como o conto "A Chinela Turca" se desenrola em relação à realidade e à imaginação?

O conto se desenrola misturando elementos da realidade e da imaginação. O encontro do protagonista com o Major e a narrativa do drama fantástico acontecem na realidade, enquanto o final revela que tudo foi uma representação fictícia orquestrada para mexer com as emoções de Duarte.

    10. Cite a moral da história.

           Mantenha a porta da sua casa igual seu coração, trancado.

 

   

 

 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

POEMA: ESTRADA - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

 Poema: Estrada

              Manuel Bandeira

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,
Que a vida passa! Que a vida passa!
E a mocidade vai acabar.

 BANDEIRA, M. O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicOCCxk0wk74I-2umUC_WowlaHjPUk9HNWqkPDPOE7IcCcaOJmCNduHvO2iOm1hxmtITG-p5Sx9VuLSa1FRhODL_j3KclsIM4I1-rOR1L1eZDPF-QV24HsiyZWh1hLOJK6H-nBArpVbXEnAM1Nw87QFefh3WSYyz1m5nBPwKlIZ_YFAU2414HvqNEZdY8/s320/ESTRADA.jpg


Entendendo o poema

01.A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos a partir de elementos do cotidiano. No poema Estrada, o lirismo presente no contraste entre campo e cidade aponta para

(A) o desejo do eu lírico de resgatar a movimentação dos centros urbanos, o que revela sua nostalgia com relação à cidade.

(B) a percepção do caráter efêmero da vida, possibilitada pela observação da aparente inércia da vida rural.

(C) a opção do eu lírico pelo espaço bucólico como possibilidade de meditação sobre a sua juventude.

(D) a visão negativa da passagem do tempo, visto que esta gera insegurança.

(E) a profunda sensação de medo gerada pela reflexão acerca da morte.

 

02. Qual é a temática central do poema "Estrada"?

O poema "Estrada" aborda a ideia da passagem do tempo, da jornada da vida e das escolhas que fazemos ao longo do caminho.

03. Qual é o sentimento ou emoção predominante no poema?

O sentimento predominante no poema é a nostalgia. O poeta expressa um misto de saudade e reflexão sobre a jornada da vida.

04. Como o poeta descreve a estrada no poema?

A estrada no poema é descrita como "suja e feia", uma metáfora para as dificuldades e desafios da vida. Ela também é descrita como "enluarada", sugerindo momentos de beleza e luz.

05. Qual é a mensagem central transmitida pelo poeta?

A mensagem central é sobre a inevitabilidade do tempo e da mudança. O poeta reflete sobre as escolhas que fez e como o tempo passou, trazendo lembranças e saudades.

06. Como o poema "Estrada" se relaciona com a experiência humana?

O poema se relaciona com a experiência humana ao retratar a jornada da vida como uma estrada cheia de altos e baixos. O poeta reflete sobre as decisões tomadas ao longo desse caminho e as memórias que permanecem.

 

FILME(ATIVIDADES): O EQUILIBRISTA - (PROTAGONISMO) - JAMES MARSH - COM GABARITO

 FILME(ATIVIDADES): O Equilibrista

Questão 01

Quais comportamentos da competência Comprometimento com o processo e resultado podem ser identificados no filme? Procure avaliar todos os personagens e em todos os componentes da competência:

a) Planejamento;

b) Execução

c) Reavaliação.

Vou analisar os comportamentos relacionados à competência de Comprometimento com o Processo e Resultado nos personagens e nos diferentes componentes dessa competência:

a) Planejamento:

Philippe Petit (interpretado por Joseph Gordon-Levitt): Philippe demonstra um comprometimento excepcional com o planejamento. Ele passa meses estudando as Torres Gêmeas, elaborando planos detalhados e coordenando com sua equipe para garantir que tudo esteja preparado antes da caminhada. Sua dedicação ao planejamento é evidente em cada etapa da preparação.

b) Execução:

Philippe Petit: O equilibrista exibe um comprometimento inabalável com a execução do seu plano. Ele enfrenta desafios físicos, emocionais e técnicos durante a caminhada, mas sua força de trabalho o leva a completar a tarefa. Sua coragem e foco na execução são fundamentais para o sucesso da caminhada entre as Torres Gêmeas.

c) Reavaliação:

Philippe Petit: Embora a reavaliação não seja enfatizada de forma explícita no filme, Philippe demonstra uma capacidade de adaptar sua abordagem quando confrontado com desafios inesperados durante a caminhada. Ele permanece calmo e reavalia a situação, tomando decisões rápidas para manter o equilíbrio e continuar a caminhada.

No filme, o personagem de Philippe Petit é o principal exemplo de um comprometimento excepcional com o processo e resultado. Ele planeja meticulosamente, executa com originalidade e está disposto a se adaptar quando necessário. Sua paixão e dedicação são fundamentais para o sucesso do evento.

Outros membros da equipe de Philippe também demonstram um comprometimento semelhante, ajudando na preparação, na montagem dos equipamentos e na execução da caminhada. No entanto, o filme se concentra principalmente na jornada pessoal e no comprometimento de Philippe em realizar seu sonho, tornando-o um exemplo notável dessa competência.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigHJV3-i2SDinqyShar67WVZmjJU5VPVZi-BXHeclnhcNGEgjkfEv7XvCHTJ1UQJBR9gTb5Z2Ii5t6d2vUCrCdQocEdmyByNoGCPAHbcfuuourQ_vTnRY2NrztzyZQ3C1nGE54vi__XTdFo0LxhW7ebTY4hwxg6OMrUBeqZ3JwZIT5vZSWA4qjwEmHkMI/s320/eQUILIBRISTA.jpg

Questão 02

Quais comportamentos demonstram falta ou dificuldade de apresentar a competência Comprometimento com o processo e resultado?

Embora "O Equilibrista" seja focado na história de sucesso de Philippe Petit e sua caminhada entre as Torres Gêmeas do World Trade Center, há momentos no filme que podem ser interpretados como falta ou dificuldade em apresentar a competência de Comprometimento com o Processo e Resultado:

1. Jean-Louis (amigo de Philippe): Jean-Louis, um dos amigos de Philippe que também faz parte da equipe de preparação, demonstra algumas hesitações e dúvidas sobre a caminhada. Sua reflexão pode ser interpretada como uma falta de comprometimento total com o processo e resultado, visto que ele expressa preocupações quanto à segurança e viabilidade do plano.

2. Dificuldades Iniciais: O filme retrata as dificuldades enfrentadas por Philippe e sua equipe ao longo do processo de planejamento e preparação. Essas dificuldades incluem desafios logísticos e técnicos, bem como problemas pessoais entre os membros da equipe. Esses momentos de obstáculos iniciais podem ser interpretados como falta temporária de comprometimento, uma vez que a equipe precisa superar essas dificuldades para alcançar o resultado desejado.

3. A Invasão da Torre Norte: Há um momento no filme em que Philippe e sua equipe invadem a Torre Norte para preparar os equipamentos. Isso demonstra uma atitude arriscada e ilegal que pode ser interpretada como uma falta de comprometimento com os procedimentos legais e de segurança.

4. Momentos de Dúvida de Philippe: Embora Philippe seja altamente comprometido com o plano geral de caminhar entre as Torres Gêmeas, o filme mostra momentos de dúvida e reflexão interna. Isso pode ser interpretado como uma falta temporária de comprometimento emocional quando ele considera os riscos envolvidos e as possíveis consequências.

Vale ressaltar que, embora o filme se concentre principalmente na experiência e no comprometimento de Philippe com a caminhada, esses momentos de hesitação e desafios são parte natural de qualquer empreendimento. Eles mostram os altos e baixos do processo e intercedem para a narrativa geral do filme.

 

Questão 03

Que outras competências ficaram evidentes no filme?

Além da competência de Comprometimento com o Processo e Resultado, o filme "O Equilibrista" também apresenta outras competências e temas relevantes. Aqui estão algumas delas:

1. Criatividade e Inovação: A própria fachada de Philippe Petit de caminhar entre as Torres Gêmeas é um testemunho de sua criatividade e inovação. Ele projeta soluções únicas para os desafios técnicos e logísticos da caminhada, demonstrando um pensamento criativo e a capacidade de pensar fora da caixa.

2. Coragem e Determinação: A coragem de Philippe em realizar uma caminhada ilegal e altamente arriscada entre as Torres Gêmeas é um aspecto central do filme. Sua força em superar desafios e enfrentar riscos extremos ressalta sua força interior e coragem.

3. Trabalho em Equipe: Embora Philippe seja o foco principal, sua equipe desempenha um papel crucial na preparação e execução da caminhada. Eles colaboram, sustentam conhecimentos e recursos, destacando a importância do trabalho em equipe para alcançar objetivos complexos.

4. Planejamento Estratégico: A meticulosidade com que Philippe planeja a caminhada, desde a análise das torres até o uso de cordas e equipamentos específicos, demonstra um planejamento planejado detalhado. Ele considera todos os cenários variáveis ​​e possíveis para garantir o sucesso.

5. Resiliência e Persistência: Philippe enfrentou diversos desafios e obstáculos ao longo do filme, incluindo problemas de equipe, falta de recursos e dificuldades técnicas. Sua resiliência e perseverança em superar essas adversidades são aspectos importantes da narrativa.

6. Liderança: Philippe exerce liderança ao guiar sua equipe, tomar decisões difíceis e fornecer direção durante a preparação e execução da caminhada. Sua habilidade de liderança é evidente na forma como ele inspira e motiva os outros.

7. Foco e Concentração: O equilíbrio em si exige um alto nível de foco e concentração. Philippe precisa manter sua mente clara e sua atenção absoluta durante a caminhada, demonstrando um alto nível de concentração mental.

No geral, "O Equilibrista" aborda várias habilidades relacionadas ao sucesso empreendedor, coragem, inovação e trabalho em equipe. Philippe Petit é uma figura central que personifica muitos desses traços e habilidades ao realizar uma tarefa notável e desafiadora.

 

Questão 04

Quais comportamentos você consegue relacionar com a sua própria atuação?

Resposta pessoal.

Questão 05

A partir disso, qual aprendizado pode ser extraído do filme para a competência Comprometimento com o processo e resultado para melhorar a sua prática?

1. Planejamento Detalhado: Assim como Philippe Petit realiza um planejamento meticuloso e detalhado para sua caminhada entre as Torres Gêmeas, é importante investir tempo no planejamento detalhado das respostas e refúgio. Isso inclui entender claramente as necessidades dos usuários e fornecer informações relevantes e bem estruturadas.

2. Determinação Diante de Desafios: Philippe enfrentou inúmeras dificuldades e obstáculos ao longo da preparação e execução da caminhada. Da mesma forma, ao enfrentar perguntas complexas ou desafiadores, é importante manter a experiência para buscar respostas e fornecer informações precisas e relevantes.

3. Foco no Resultado: A caminhada de Philippe é um exemplo de foco implacável no resultado final. Da mesma forma, minha prática deve se concentrar em fornecer respostas que atendam às expectativas dos usuários e forneçam informações úteis e produtivas.

4. Adaptabilidade: Philippe demonstra adaptabilidade quando enfrenta desafios inesperados. Da mesma forma, devo estar preparado para me adaptar às necessidades e inspirado dos usuários, ajustando minha abordagem e respostas conforme necessário.

5. Planejamento e Execução Disciplinados: O filme ressalta a importância de um planejamento disciplinado e uma execução precisa. Isso se traduz em minha prática por meio da oferta de respostas bem organizadas, que seguem uma lógica clara e são organizadas de forma coerente.

6. Fornecer Informações Relevantes: Assim como Philippe se esforça para fornecer informações relevantes para sua caminhada, meu comprometimento com o processo e resultado envolve oferecer respostas que sejam pertinentes às perguntas dos usuários, ajudando-os a alcançar seus objetivos.

7. Manter a calma sob Pressão: Durante a caminhada, Philippe mantém a calma mesmo quando enfrenta situações desafiadoras. Da mesma forma, é importante manter a calma ao responder às perguntas difíceis ou lidar com as complexas, garantindo que as respostas sejam claras e coerentes.

8. Avaliação e Aprendizado Contínuos: Embora o filme não se concentre fortemente na reavaliação, a história de Philippe envolve um processo de aprendizado contínuo e ajustes ao longo do caminho. Da mesma forma, devo buscar continuamente aprimorar minha prática, avaliando o feedback dos usuários e aprendendo com cada interação.

Em resumo, o filme "O Equilibrista" destaca a importância do comprometimento com o processo e resultado, da experiência em enfrentar desafios e da busca pelo sucesso. Esses princípios podem ser aplicados na minha prática para oferecer respostas de alta qualidade e significativos aos usuários, promovendo uma experiência positiva de interação.