domingo, 29 de agosto de 2021

REPORTAGEM: MAIORIA DOS BRASILEIROS UTILIZOU CRÉDITO POR IMPULSO EM FEVEREIRO - LEONARDO GUIMARÃES - COM GABARITO

 Reportagem: Maioria dos brasileiros utilizou crédito por impulso em fevereiro

          Pesquisa revelou que a média para o período foi de três compras parceladas por consumidor. Levantamento também apontou o tipo de crédito mais recusado

POR LEONARDO GUIMARÃES - 14 DE MAIO DE 2018

        O crédito é uma boa opção para quem precisa parcelar ou financiar alguma compra. Porém, os cartões, cheques pré-datados ou crediários podem se tornar um inimigo para quem se perde no planejamento. Uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostrou que seis em cada dez brasileiros fizeram compras por impulso usando o crédito em fevereiro.

        Os itens mais comprados fora do planejamento foram roupas, calçados e acessórios, com 19% das aquisições. Em segundo lugar aparecem as compras em supermercados (17%). Logo em seguida na lista estão os perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%). Entre as mulheres, o destaque foi a aquisição de peças de vestuário e acessórios (23%). A compra de produtos eletrônicos ficou em primeiro lugar entre os homens (13%).

Número de parcelas

        A pesquisa mostrou que muitos consumidores não avaliam o impacto de uma compra no orçamento antes de parcelar. Cerca de 15% dividem a aquisição no maior número possível de prestações, independentemente do valor. Já 18% optam pela menor quantidade de parcelas disponíveis. Outros 31% afirmam que levam em consideração a alternativa com um número de prestações que mais se encaixa a sua realidade financeira.

        Em fevereiro, 38% dos brasileiros realizaram alguma compra parcelada. A média foi de três compras a prazo por consumidor. Entre quem dividiu, a média ficou entre cinco e seis prestações.

Rejeição

        O levantamento do SPC e da CNDL também revelou quais foram os meios de pagamento que mais foram recusados nos estabelecimentos. O primeiro do ranking é o crediário, com 33% das compras rejeitadas. Com 29% das negativas, o cheque pré-datado não ficou muito atrás. Cerca de 24% dos consumidores não tiveram sucesso ao tentar pagar com o cartão de crédito. Já 21% das rejeições aconteceram quando o cliente tentou usar o cheque à vista.

        O canal de venda que oferece mais opções de crédito é a internet, na visão dos entrevistados. Um terço (33%) dos consumidores afirmou que o e-commerce estimula novas compras por oferecer mais possibilidades de parcelamento. Os outros tipos de estabelecimentos citados pelos entrevistados como locais que facilitam a divisão do valor da compra são as lojas de departamento (23%), supermercados (13%) e shopping centers (12%).

Metodologia

        Foram ouvidos 910 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais e pessoas acima de 18 anos nas 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,2 pontos percentuais.

  GUIMARÃES, Leonardo. Maioria dos brasileiros utilizou crédito por impulso em fevereiro. Consumidor Moderno, maio 2018. Disponível em: https://bit.ly/2PFuyJp. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 224-6.

Entendendo a reportagem:

01 – Releia o título e o subtítulo da reportagem.

Maioria dos brasileiros utilizou crédito por impulso em fevereiro

Pesquisa revelou que a média para o período foi de três compras parceladas por consumidor. Levantamento também apontou o tipo de crédito mais recusado

a)    Que fato pode ser identificado pelo título e subtítulo?

A impulsividade da maioria de consumidores brasileiros nas compras a crédito.

b)    Quais decorrências desse fato a reportagem parece abordar?

A média de três compras parceladas por consumidor e o tipo de crédito mais recusado.

c)    O que significa a expressão “por impulso” nesse contexto? Consulte um dicionário, se considerar necessário.

Sem pensar, sem reflexão, sem planejamento.

d)    Que tempo verbal é utilizado no título e subtítulo? Por que o autor da reportagem fez essa escolha?

Foi utilizado o pretérito perfeito, porque se trata de uma pesquisa sobre fato ocorrido três meses antes.

02 – Releia o primeiro parágrafo da reportagem, no qual se encontra o lide, e responda:

a)   Quem realizou o levantamento? Quando foi realizado?

O levantamento foi realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) das compras feitas em fevereiro de 2018.

b)   Quais dados a pesquisa mostrou?

A pesquisa mostrou que seis em cada dez brasileiros fizeram compras por impulso usando o crédito em fevereiro.

c)   Em sua opinião, por que foi realizada a pesquisa?

Resposta pessoal do aluno.

03 – Leia atentamente alguns dados da pesquisa.

        “Os itens mais comprados fora do planejamento foram roupas, calçados e acessórios, com 19% das aquisições. Em segundo lugar aparecem as compras em supermercados (17%). Logo em seguida na lista estão os perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%). [...]”.

a)   Do que tratam esses dados?

Tratam dos itens mais comprados fora do planejamento, ou seja, por impulso.

b)   Produza um gráfico de barras, com cores diferentes e legenda, no qual se possam visualizar esses dados.

Resposta pessoal do aluno.

04 – Identifique no texto os dados de parcelamento de compras e responda:

a)   Qual a conclusão mostrada pela pesquisa sobre o comportamento do consumidor brasileiro nas compras parceladas?

A pesquisa mostrou que muitos consumidores não avaliam o impacto de uma compra no orçamento antes de parcelar.

b)   Produza um gráfico em formato de pizza, usando cores diferentes e legenda, no qual se possam visualizar os dados sobre parcelamento.

Resposta pessoal do aluno.

c)   Qual foi a média de consumidores brasileiros que parcelaram as compras e a média de parcelas?

Em fevereiro, 38% dos brasileiros realizaram alguma compra parcelada. A média foi de três compras a prazo por consumidor. Entre quem dividiu, a média ficou entre cinco e seis prestações.

05 – Reproduza o quadro e preencha-o com dados sobre rejeição de crédito nas compras.

Tipos de crédito             -      Dados sobre rejeição

Crediário                          -      33% das compras rejeitadas.

Cheque pré-datado          -      29% das compras rejeitadas.

Cheque à vista                 -      21% das compras rejeitadas.

Cartão de crédito             -      24% tiveram cartão rejeitado.

06 – Reproduza o quadro e preencha-o com os dados da metodologia usada na pesquisa apresentada pela reportagem.

Consumidores entrevistados = 910 consumidores.

Gêneros = ambos os gêneros.

Classes sociais = todas as classes sociais.

Faixa etária = pessoas acima de 18 anos.

Local = 27 capitais do Brasil.

Margem de erro = 3,2 pontos porcentuais.

07 – Sobre a oferta de mais opções de crédito, a qual conclusão chegou o estudo? Você concorda com a justificativa dada pelos consumidores ouvidos? Explique.

      O canal de venda que oferece mais opções de crédito é a internet, na visão dos consumidores. Um terço (33%) dos consumidores afirmou que o e-commerce estimula novas compras por oferecer mais possibilidade de parcelamento. Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

 

POEMA: A FAMÍLIA DE OLHOS - MARSHALL BERMAN - COM GABARITO

 Poema: A FAMÍLIA DE OLHOS

Era a tarde de um longo e adorável dia em que eles passaram juntos. Sentaram-se no terraço em frente a um novo café, na esquina de um novo bulevar. O bulevar estava ainda atulhado de detritos, mas o café já exibia orgulhoso seus infinitos esplendores. [...] Enquanto se mantêm sentados e felizes, olhos nos olhos, o casal é surpreendido pelos olhares de outras pessoas. Uma família de pobres, vestida de andrajos – um pai de barba grisalha, um filho jovem e um bebê – para exatamente em frente a eles e observa, embevecida, o brilhante mundo novo lá dentro. As três faces eram extraordinariamente sérias, e aqueles seis olhos contemplavam fixamente o novo café com a mesma admiração, que diferia apenas em função da idade. [...] Os olhos do pai pareciam dizer: “Como isso é belo! Parece que todo o ouro do mundo foi se aninhar nessas paredes”. Os olhos do filho parecem dizer: “Como isso é belo! Mas é um lugar que só pode ser frequentado por pessoas que não são como nós”. Os olhos do bebê estavam demasiado fascinados para expressar qualquer coisa de alegria, estupidez e intensidade. A fascinação dos pobres não tem qualquer conotação hostil; sua visão do abismo entre os dois mundos é sofrida e resignada. Por causa disso, um dos enamorados (o rapaz) começa a sentir-se incomodado e até um pouco envergonhado. Surpreende-se tocado por essa “família de olhos” e sente alguma afinidade com eles. Porém, no momento seguinte, quando volta a olhar para os olhos de sua querida, tentando ler neles os seus próprios pensamentos ela diz: “Essas pessoas de olhos esbugalhados são insuportáveis! Você não poderia pedir ao gerente que os afastasse daqui?” O incidente o deixou triste; agora vê “como é difícil as pessoas se compreenderem umas às outras, como o pensamento é incomunicável, mesmo entre pessoas apaixonadas”. Marshall Berman


       Nossa primeira cena primordial emerge em "Os olhos dos pobres" (Spleen, de Paris, nº26).

        Esse poema assume a forma da queixa do apaixonado: o narrador explica à mulher que ama porque ele se sente distante e amargo em relação a ela. Lembra-lhe a experiência que ambos há pouco partilharam. Era a tarde de um longo e adorável dia que eles passaram juntos. Sentaram-se no terraço em frente a um novo café, na esquina de um novo bulevar. O bulevar estava “ainda atulhado de detritos”, mas o café “já exibia orgulhoso seus infinitos esplendores”. O mais alto desses esplendores era um facho de luz nova: “O café estava deslumbrante. Até o gás queimava com o ardor de uma iniciação; com toda a sua energia, iluminava a cegante brancura das paredes, a extensão dos espelhos, as cornijas e as molduras douradas”. Menos deslumbrante era o interior decorado, iluminado pela luz do gás: uma ridícula profusão de Hebes e Ganimedes, sabujos e falcões; “ninfas e deusas arranjando pilhas de frutas, gamos e guloseimas sobre suas cabeças”, uma mistura de “toda a história e toda mitologia, incitando à gula”. Em outras circunstâncias o narrador recuaria diante dessa grosseria comercializada; apaixonado, porém, sorri com afeição e desfruta do seu apelo vulgar – nossa era chamaria a isso Acomodação.

        Enquanto se mantêm sentados e felizes, olhos nos olhos, os amantes são surpreendidos pelos olhares de outras pessoas. Uma família de pobres, vestida de andrajos — um pai de barba grisalha, um filho jovem e um bebê — para exatamente em frente a eles e observa, embevecida, o brilhante mundo novo, lá dentro. “As três faces eram extraordinariamente sérias, e aqueles seis olhos contemplavam fixamente o novo café com a mesma admiração, que diferia apenas em função da idade”. Nenhuma palavra é proferida, todavia o narrador tenta ler os olhos deles. Os olhos do pai parecem dizer: "Como isso é belo! Parece que todo o ouro do mundo foi se aninhar nessas paredes". Os olhos do filho parecem dizer: "Como isso é belo! Mas é um lugar que só pode ser frequentado por pessoas que não são como nós". Os olhos do bebê “estavam demasiado fascinados para expressar qualquer coisa além de alegria, estupidez e intensidade”. A fascinação dos pobres não tem qualquer conotação hostil; sua visão do abismo entre os dois mundos é sofrida, não militante; não ressentida mas resignada. A despeito disso, ou por causa disso, o narrador começa a sentir-se incomodado, “um pouco envergonhado de nossos copos e garrafas, grande demais para a nossa sede”. Surpreende-se “tocado por essa família de olhos" e sente alguma afinidade por eles. Porém, no momento seguinte, quando “eu voltei a olhar para os seus olhos, minha querida, para ler neles meus pensamentos” (o grifo é de Baudelaire), ela diz: "Essas pessoas de olhos esbugalhados são insuportáveis! Você não poderia pedir ao gerente que os afastasse daqui?"

        Eis por que, diz ele, hoje ele a odeia. E acrescenta que o incidente o deixou triste e enraivecido: agora vê "como é difícil para as pessoas se compreenderem umas às outras, como o pensamento é incomunicável” – assim termina o poema – “mesmo entre pessoas apaixonadas". [...]

                           BERMAN, Marshall. Tudo o que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 160-2.

Entendendo o poema:

01 – Qual o significado da palavra Andrajo, no texto?

      Significa trapo, roupa muito velha e rasgada.

02 – Você já presenciou alguma situação semelhante à retratada no poema e enfocada pelo autor da análise? Se a resposta for positiva, comente com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – No texto que você leu, trechos do poema analisado são intercalados à análise propriamente dita.

a)   De que forma é possível perceber quais partes do texto são trechos do poema?

Os trechos do poema aparecem entre aspas e a linguagem se diferencia um pouco das sequências de análise.

b)   De que maneira o autor retextualiza algumas partes do poema? Explique.

O autor realiza citações, com o texto entre aspas, e faz paráfrases, de forma que a leitura fica mais compreensível para o leitor.

c)   Quais aspectos do poema foram destacados pelo filósofo? Justifique sua resposta.

O preconceito e a exclusão ilustrados pelo poema. Isso pode ser justificado pelo trecho: “Essas pessoas de olhos esbugalhados são insuportáveis! Você não poderia pedir ao gerente que os afastasse daqui?”

d)   De que forma o autor faz referência ao poema ao criar o título para seu texto? Explique-o.

O nome do poema é “Os olhos dos pobres”. Fazendo alusão a esse nome, o texto de Berman é “A família de olhos”, pois é quem usa os olhos para apreciar o belo.

04 – Releia o trecho do texto:

        [...] Sentaram-se no terraço “em frente a um novo café, na esquina de um novo bulevar” [...]. Responda:

a)   Você sabe o que é “bulevar”? Procure o significado dessa palavra no dicionário e registre-o.

Bulevar é uma avenida larga e arborizada.

b)   O que esse cenário revela sobre a condição social do casal do poema?

As avenidas largas e arborizadas em grandes cidades são frequentadas por pessoas de poder econômico mais alto.

05 – Pelo texto “A família de olhos”, é possível determinar o tempo e o espaço em que ocorre a ação relatada no poema analisado?

      Podemos perceber que a história se passa em frente a um elegante café, em um bulevar, e dura apenas alguns minutos.

06 – O poema narrativo analisado retrata dois mundos, duas realidades diferentes.

a)   Explique que realidade são essas e a quais personagens do poema se referem.

A realidade da pobreza, representada pela família que observa o café, e a do conforto material, representada pelo casal de namorados que está na parte interna do café.

b)   Pode-se afirmar que o poema trata de uma situação de discriminação social? Explique.

Sim, porque a mulher queria ver a família humilde fora dali, pois se sentia incomodada com aquelas pessoas de “olhos esbugalhados”. Isso é uma violência e um ato extremo de discriminação social.

07 – De acordo com a análise de Berman, qual foi o sentimento do rapaz e da namorada ao perceberem que estavam sendo observados por uma família de pobres?

      O rapaz se sentiu incomodado e envergonhado, demonstrando compaixão por aquelas pessoas. Já a namorada sentiu outro tipo de incômodo: sentiu-se agredida pelo olhar da família, considerando que aquelas pessoas não deveriam estar ali.

 

 

sábado, 28 de agosto de 2021

FILME(ATIVIDADES): MILAGRE NA CELA 7 - COM QUESTÕES GABARITADAS

 FILME(ATIVIDADES): MILAGRE NA CELA 7

1.   Que temas são abordados no filme?

Temas sensíveis como a dificuldade de aceitação da sociedade para com o que julga ser fora dos padrões, as angústias que um portador de deficiência enfrenta para se encaixar em um mundo tão cruel, a falta de evolução do ser humano para conseguir o auto-perdão por erros passados, a falta de compreensão e boa vontade para ouvir e entender o próximo, e o sentimento mais presente em todo contexto, a violação dos direitos humanos.

2.   Em uma parte do filme, a avó de OVA infelizmente falece. Como ela morre?

Ela sente-se muito mal, coloca a mão no coração e cai morta no chão de sua própria casa.

3.   Qual foi o fato que modificou a vida dos personagens?

Quando MEMO brincava com uma criança, e ela ao cair nas pedras e bater a cabeça, morre, e ele é acusado de a ter matado.

 4.   Qual a frase que OVA e seu pai sempre falam?

Várias vezes durante o filme aparece a expressão “Lingo, lingo! Garrafas!“, uma espécie código usado entre pai e filha. Ova fala “Lingo Lingo, e seu pai Memo responde “Siseler (garrafas), a expressão faz parte de uma famosa música turca, Lingo Lingo Şişeler.

 5.   Quem são os personagens do filme?

Memo, Ova e Fatma, sendo Memo  o personagem principal, um pai solteiro portador de deficiência intelectual, mora com sua filha Ova e com sua avó Fatma.

6.   Cite três cenas emocionantes no Filme.

Resposta pessoal.

Sugestão: A relação entre pai e filha; Reviravoltas no roteiro do filme e O lado humano dos presidiários.

7.   A história retrata muitas lições importantes para os dias atuais. Quais?

Respeito; o lado humano de cada personagem, abordando conceitos sobre humildade, companheirismo e verdade.

 8.   Como é para Fatma, avó de Memo, cuidar por décadas de um adulto-criança e também de sua bisneta?

Para ela, duas crianças, seres inocentes, iluminados, que carregam o amor que recebem da avó-bisa para um mundo cruel e desumano.

9.   O que acontece no final do filme?

Depois de serem ajudados a escapar da prisão, Memo e Ova ficam juntos novamente e partem em um barco para começar uma nova vida em um país diferente.

10.               Qual a história do filme?

O filme conta a história da relação entre uma jovem chamada Ova e seu pai Memo, que possui um distúrbio cognitivo.

 Os dois vivem felizes, até que Memo é injustamente acusado de matar a filha de um oficial militar de alto escalão.

Memo acaba sendo mandado para a prisão pelo crime que não cometeu. Apesar de estar sem o pai, Ova jura provar sua inocência. Ela pede a ajuda de sua bisavó e de professores para encontrar uma testemunha que Memo afirma ter visto quando a filha desse oficial militar sofreu um acidente e acabou morrendo.

Enquanto isso, na prisão, a vida de Memo vai de mal a pior quando os prisioneiros se voltam contra ele, no mesmo tempo em que é condenado a morte por enforcamento quando seu julgamento o considera culpado do assassinato.

Outro prisioneiro tomou o lugar de Memo, e ele fugiu para outro país com sua filha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

MÚSICA(ATIVIDADES): MARIA DA VILA MATILDE - AUTOR: DOUGLAS GERMANO - CANTORA : ELZA SOARES - COM QUESTÕES GABARITADAS

 Música(Atividades): Maria da Vila Matilde  -     Autor: Douglas Germano

                        Cantora: Elza Soares


Cadê meu celular?

Eu vou ligar pro 180

Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar

Eu solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: péguix...
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Cadê meu celular?
Eu vou ligar pro 180
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar

Eu solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: péguix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

E quando o samango chegar
Eu mostro o roxo no meu braço
Entrego teu baralho
Teu bloco de pule
Teu dado chumbado
Ponho água no bule
Passo e ofereço um cafezim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Cadê meu celular?
Eu vou ligar pro 180
Vou entregar teu nome
E explicar meu endereço
Aqui você não entra mais
Eu digo que não te conheço
E jogo água fervendo
Se você se aventurar

Eu solto o cachorro
E, apontando pra você
Eu grito: péguix
Eu quero ver
Você pular, você correr
Na frente dos vizinhos
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

E quando tua mãe ligar
Eu capricho no esculacho
Digo que é mimado
Que é cheio de dengo
Mal acostumado
Tem nada no quengo
Deita, vira e dorme rapidinho
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

Mão, cheia de dedo
Dedo, cheio de unha suja
E pra cima de mim? Pra cima de moi? Jamais, mané!

Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim
Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim

 Fonte: Musixmatch

Compositores: Elza Soares

 https://www.passeidireto.com/arquivo/89417799/6-musica-maria-da-vila-matilde-1

 Entendendo a canção

 01.Quem fala nessa música é um homem ou uma mulher? Para quem essa pessoa está falando? Qual é o vínculo entre as pessoas?

O eu lírico dessa música é uma mulher e ela fala com um homem, provavelmente seu companheiro. Há elementos na música que comprovam isso, como o emprego de adjetivos flexionados no gênero masculino para descrever esse homem na quarta estrofe da música (mimado, cheio de dengo e mal-acostumado).

  02.Para que ela quer o celular? Para quem ela quer telefonar? Porquê?

 Ela quer encontrar o celular para fazer uma ligação para a polícia, porque ela foi agredida fisicamente pelo seu companheiro.

 

           03. O que você sente com essa música? O que os instrumentos te levam a pensar?

Resposta pessoal.

Sugestão: Há uma    tensão que vai crescendo ao longo da música, sendo que esta começa quase sem instrumentos.  Os instrumentos vão entrando aos poucos e ampliam cada vez mais o clima de tensão e confusão que é tanto expresso pela musicalidade quanto pela letrada música.

 04. O   que aconteceu entre   eles?   Que elementos   do   texto   te   ajudaram   a   compreender essa história?

Tudo   indica   que   houve   uma   briga   do   casal   e   que   a   mulher   foi   agredida   fisicamente.   O trecho “eu   mostro   o   roxo   no   meu   braço” indica   que   ela   foi   agredida   e   que   essa   agressão gerou   hematomas   com   os   quais   ela   comprova   o   fato   ocorrido.   Além   disso, ao   longo   da música, o verso “Cê   vai   se   arrepender de  levantar  a   mão   pra  mim”  aparece  repetidas  vezes indicando que ela buscará não deixar a agressão impune.

   05. Que imagem do “homem” pode ser construída a partir da interpretação da música? Que   tipo   de pessoa o eu lírico descreve na música?

A partir da interpretação da música, pode- se construir a imagem do homem como um indivíduo que   utiliza   a violência   como   meio de imposição   de   suas   vontades.   O   eu   lírico   descreve   um   homem agressivo, mimado, dengoso, mal-acostumado e sem juízo.

    06. Samango   é   uma   gíria   usada   no   Rio   de   Janeiro.   Você   sabe   o   que   isso   significa?   O   que ela vai fazer quando o samango chegar? Por que ela vai fazer isso?

Samango   é   uma   gíria   utilizada   no   Rio   de   Janeiro (e   também   em   outras   localidades   do Brasil) para   se   referir   a   um   policial.   O   eu   lírico   diz   que   mostrará   para   os   policiais   os hematomas   que estão em seu corpo “Eu mostro o roxo no meu braço”. Assim, ela denunciará seu companheiro   para   a   polícia, mostrando   não      a   agressão   que   sofreu, como também   os objetos que denunciam   outras   práticas ilícitas   ou   suspeitas   com   as   quais   o   agressor   se   envolve,   como   o   bloco   de  apostas   e  o   dado viciado: “Entrego teu baralho/ Teu bloco de pule/ Teu dado chumbado”.

    07. Por que ela diz: “Ponho água no bule / Passo e ofereço um cafezim”?

A   expressão “ponho   água   no   bule/   passo   e   ofereço   um cafezim”   transmite   a  ideia   de   que   o eu lírico pretende agradar ao policial com um café, podendo conversar com ele por algum tempo.   Dessa forma,   ela   se   mostra   como   uma   mulher   generosa,   pretendendo   conquistar   a   simpatia   dele   para receber sua colaboração quanto à penalização de seu companheiro.

    08. Porque ela diz: “Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”? O que vai acontecer   se   ele fizer isso?

A mulher diz que o companheiro se arrependerá caso levante a mão para ela, porque ela   o   denunciará   à   polícia   e   irá   denegrir   a   imagem   dele   para   a   polícia, para   a família e para outras pessoas da comunidade (“eu capricho no esculacho”).

    09. Que mensagens essa música deixa para as pessoas?

          A  mensagem do  empoderamento  das mulheres, uma vez que as incentiva a procurar   a polícia   caso sejam   vítimas   de   violência   doméstica   e   familiar.   Essa   mensagem   é   transmitida   por   meio   do   que   diz   o próprio   eu   lírico, que   não   se   cala   e   não   se   amedronta   ao   ser   agredida por seu companheiro. Essa música nos ajuda também a pensar em como as pessoas, não apenas   as   mulheres,

precisam ser respeitadas e reforça a ideia de que há leis que precisam ser cumpridas.

 

10. Em   uma   apresentação   da   música   (Disponível   em:   < https://    www.youtube.com/watch?v=-m393EagdSk>.Acesso   em   17/10/2016.)   a   cantora   Elza   Soares   comenta:   “Se   a   da   Penha   é brava que dirá a da Vila Matilde” .O que a cantora quis dizer? A que ela faz referência?

A   cantora   faz uma   referência   a   Maria   da   Penha,   brasileira   que   ficou   paraplégica   ao   ser   vítima de   violência doméstica   e   que   lutou   para   que   seu   agressor   (seu,   então,   marido)   fosse   condenado.   Sua   luta possibilitou   a   implementação   de   maior   rigor   à   condenação   de     crimes     de violência   contra   a mulher   e   deu   origem   à   lei   11.340,   a   qual   recebeu   o   seu   nome,  simbolizando   sua   luta .

A   cantora,  então,   estabelece   uma   relação   entre as   duas mulheres:   a   Maria   da   Penha   e   a Maria   da   Vila   Matilde   (eu lírico   da   canção   trabalhada), dizendo   que   a   mulher   da   Vila Matilde   é   ainda mais  brava  que  a  da   Penha, pois, agora, ela e todas as mulheres podem contar com a lei .

11. Os versos “Teu bloco de pule/Teu dado chumbado” referem-se a jogos populares. Você   conhece esses jogos ou saberia explicar com suas palavras como eles são? Caso não saiba, pesquise.

A   definição   para “pule”   é   “Bilhete   de   aposta   nas   corridas   de   cavalos; conjunto das   apostas   em   jogos,   corridas.”

Fonte: <http://www.dicionarioinformal.com.br/pule/>. Acesso em 24/10/2016.

   “dado   chumbado   remete   à   ideia   de   um   “jogo   de   azar”   e   constitui   uma   forma   de trapaça, uma vez que se refere a um dado alterado que tem um de seus  lados mais pesado, propiciando, assim, ganho contínuo do dono do dado .

12. Leia os versos abaixo:

“Mão, cheia de dedo

Dedo, cheio de unha suja

E pra cima de mim? Pra cima de moi? Jamais, mané!”

a. O que ela quis dizer com “mão, cheia de dedo/Dedo, cheio de unha suja”?

As   expressões “Mão   cheia   de   dedo/   Dedo, cheio   de   unha   suja”  relacionam-se   à violência sofrida ,   uma   vez   que   o   punho  humano   é   geralmente associado   à   força.   Ademas, a   ideia   de   sujeira   demonstra o   nojo   que  o   eu   lírico   sente   de   seu   agressor   e   de   toda   a situação   que   compunha   o   momento   de   sua   agressão .

b. “Moi” é uma palavra francesa. O que ela significa nesse contexto? Porque você acha que ela foi usada na música?

De   origem   francesa, a   palavra “moi” é equivalente   ao   pronome   oblíquo   tônico “mim” em língua portuguesa. Ela foi utilizada como termo integrante à expressão popular brasileira “pra cima de mim” que ironiza a ação do interlocutor de tentar enganar ou convencê-la de algo.

13. O número 180 refere-se a que serviço?

O número 180 refere-se à “Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Ligue 180”. Esta é uma central telefônica que registra denúncias de violência contra a mulher. Além   de receber   denúncias   de   violência, o “Ligue   180” também recebe reclamações   sobre   os   serviços   da rede   de   atendimento   à   mulher   e   as   orienta   sobre   seus   direitos   e   sobre   a   legislação   vigente, encaminhando-as para outros serviços, quando necessário.

O   serviço   é   gratuito, preserva o   anonimato   e   funciona   24   horas   durante   todos   os   dias da semana (inclusive em finais de semana e feriados).

14. Você   acha   que   a   música   colabora   com   a   divulgação   do   número   e   o   aumento   das denúncias?

Resposta pessoal.